Black Desert escrita por Kallin


Capítulo 31
As Odaliscas da Citadela




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Finalmente tendo certeza de que tudo estava no seu devido lugar, e que meu cabelo também estava arrumado da melhor forma possível, eu então andei até o topo daquela pilha de roupas que se mantinha bem arrumada sobre minha cama, pegando e vestindo a minha túnica, assim como meu manto -enrolando-o novamente ao redor do meu corpo, e cobrindo minha cabeça.
De manhã realmente o clima lá fora era muito mais quente, mas meu manto era até bem leve para o seu comprimento, e graças a ele o sol não me maltratava diretamente, então era bem mais confortável ficar enrolado o tempo todo nele, do que seria se eu andasse por aí sem nada em cima de mim.
Finalmente, próximo à porta, eu calcei minhas sandálias e coloquei o resto dos meus vários -mas simples- acessórios, saindo de vez do meu apartamento, de volta para mais um dia naquela enorme Citadela.

Dentro dos corredores do apartamento, as paredes -feitas daquele estranho material preto-, e o chão -feito de pesados blocos de pedras escuras- eram reluzentes e igualmente negros. Porém a iluminação ainda sim transitava muito bem ali dentro em meio à tanto preto reflexivo, fosse através das luzes que constantemente ficavam acesas nos corredores, ou da própria luz do sol que entrava pelas janelas, assim como um pouco da areia que o vento conseguia trazer, vindo de lá de fora.
Querer que as coisas não ficassem cobertas de areia aqui era impossível, mas eu realmente me divertia com as pessoas vindas do exterior que reclamavam constantemente sobre isso. Era quase sempre esse o primeiro ponto para identificar os estrangeiros que adoravam rondar a área dos mercados na entrada, dentro das avenidas (e aliás também a razão para as avenidas serem sempre muito mais limpas do que o resto todo da cidade, mesmo estas estando muito mais perto dos portões da Citadela).
"Aposto que os vendedores gastam metade do dia só varrendo a areia para fora das suas lojas."

Não esbarrando em nenhuma pessoa até sair do meu prédio (o que era bem normal), eu comecei então à acelerar um pouco mais os meus passos ao que notei que estava com fome.
Sinceramente eu vivi uma infância difícil se tratando também de comida, então meu corpo não era do tipo que estava acostumado a comer muito. Eu podia ficar um bom tempo sem ter uma refeição de verdade, e ainda sim não sentiria minha energia diminuir por conta disso. Porém eu também me exercitei demais na noite passada, e por isso era fácil já de se imaginar que eu iria sentir fome logo cedo. Afinal eu continuava à ser só uma pessoa, não importa o quão resistente eu fosse.
Por essa minha falta de hábito de comer regularmente, e por passar muito pouco tempo na minha própria casa, eu então jamais criei o hábito de guardar qualquer tipo de comida lá dentro do meu apartamento. Eu sempre gostei muito de comidas frescas, então por unanimidade pessoal eu preferia muito mais ir até as lojas ou estabelecimentos procurar comida (não importasse o horário), do que ficar guardando mantimentos como uma pessoa precavida. Eu até poderia tentar ter algo guardado em casa, mas as chances de que a comida acabaria estragando dentro de uma cesta -largada em cima da minha cômoda- eram muito altas para eu acabar decidindo arriscar.
E considerando ainda mais que estava bem cedo, então era até melhor realmente procurar qualquer mercador que fosse, porque era justamente nesse horário que eles adoravam colocar as frutas e pães frescos à venda!

Começando à andar finalmente pela estreita rua que dava até meu apartamento, eu discretamente tomei um longo fôlego, respirando aquele ar fresco que me provava que eu havia conseguido sobreviver à muita coisa na noite passada! Eu não precisava pensar demais nisso para ter a certeza do quão próximo eu estive ontem da morte (e por mais de uma vez). Mas entre todas as várias coisas que eu costumava facilmente deixar para trás na minha vida, as coisas perigosas eram as que mais rápido eu abandonava dentro dos meus próprios pensamentos, mesmo elas tendo de tudo para me marcar muito mais intensamente.
"O perigo é sempre a consequência das coisas que estão muito fora do meu controle. Então não tem porque eu ficar remoendo ou refletindo sobre aquilo que não foi responsabilidade minha."
Ainda sim eu deixei um sutil sorriso escapar, contente por eu ter conseguido sobreviver à todas aquelas confusões... Não sei dizer até onde eu podia me contentar com a minha própria vida, mas eu definitivamente me contentava bastante com os meus próprios êxitos (mesmo que o êxito fosse o de continuar vivo).
Seguindo estão até o fim da rua, eu finalmente voltei para aquela grande e principal avenida da Cidade Baixa, olhando cuidadosamente para os lados, reparando no movimento fresco que desde manhã já começava à florescer. Fosse esse o movimento das pessoas voltando finalmente para casa, ou o de pessoas que -assim como eu- se ocupavam em seus próprios serviços já desde bem cedo.
Essa cidade inteira realmente era uma cidade matutina, com grande parte das pessoas indo dormir muito cedo, e acordando mais cedo ainda. Acho que isso era o que mais me afetava, fazendo com que mesmo indo dormir mais tarde que o normal, eu ainda sim fosse capaz de acordar junto com todos os outros bem pela manhã -estivesse eu com ou sem sono.

Logo então meus olhos foram atraídos por uma senhora que havia finalmente sentado sobre um grande pano que estendera no chão, do outro lado da rua na calçada oposta à onde eu estava. Ao seu redor, várias cestas com uma boa variedade de pães, frutas e grãos à cercavam, trazendo um doce aroma de coisas recém-assadas para o meio daquele transito ininterrupto de pessoas ocupadas.
Mesmo que a zona comercial da Citadela ficasse nas Avenidas, algumas pessoas que moravam muito para dentro da cidade (não importasse o distrito) sempre acabavam vendendo também -no meio das ruas- algumas coisas de uso mais diário. Isso porque muita gente não podia toda hora se dar ao trabalho de gastar 40 minutos andando, só para chegar nas Avenidas e comprar seu café da manhã.
E me aproveitando daquilo, eu apenas atravessei aquela larga rua chegando até a velha senhora sentada, comprando um dos seus pães de grãos à mostra, tipicamente feitos com as especiarias encontradas apenas no deserto e nos desertos profundos.
A culinária dos desertos nunca foi uma questão de sabor, mais do que era uma questão de pura sobrevivência. E por isso tínhamos uma culinária muito simples e limitada. Nossas grandes iguarias eram as frutas, e o resto da alimentação era resumido ao que se podia fazer com grãos, leite, carne ou ovos. De preferência, tudo sempre seco para não estragar rápido.
Eu nunca fui de experimentar a comida de outras regiões, mas também nunca deixei também de ouvir as pessoas que já viajaram por aí, reclamarem da nossa obrigatória simplicidade culinária.
"Pra falar a verdade... Ainda tenho dificuldade de imaginar boas razões para as pessoas de fora escolherem viver aqui, se o resto do mundo lá fora parece tão mais satisfatório para eles..."

Pegando então aquele pão bem fresco e macio, e começando à comê-lo ali mesmo sem sequer decidir parar em algum canto para fazer isso, eu então continuei à tomar o meu rumo pelas ruas movimentadas ao que rapidamente terminei de comê-lo sem qualquer incomodo.
Logo na primeira esquina, eu acabei virando para dentro de um dos vários becos, tomando um caminho menos movimentado entre as escondidas escadarias das ruas paralelas -que eram muito mais vazias e mais agradáveis para mim. Dentro delas, algumas mulheres também passavam por mim em completo anonimato, ocupadas com suas próprias vidas e tarefas.
Várias delas eram mulheres de família, carregando urnas com água ou outras coisas até suas casas. E algumas outras -igualmente cobertas- eram as várias odaliscas que rondavam o distrito não só de noite, como de manhã também por igualmente morarem aqui.
À noite elas realmente se destacavam pelas ruas, seduzindo e se dependurando nos homens. Atraindo eles para os estabelecimentos para perderem todo o seu dinheiro dentro das incontáveis diversões que poderiam conseguir.
Mas de manhã, essas mesmas mulheres e meninas voltavam à possuir um recate, uma timidez e discrição notável. Cobertas com panos que permitiam apenas aos rápidos olhares a capacidade de captarem suas roupas, cabelos, maquiagens e rostos, resquícios deixados pela longa noite de trabalho, que sempre as tornavam muito atraentes.
Toda aquela discrição era porque as manhãs aqui jamais eram um horário para se perder na luxúria dos sentimentos humanos. De dia as pessoas eram sempre mais sérias, trabalhadoras, censuradoras... E nesse ritmo, até quem vivia para a noite também se adequava a esse pensamento, se escondendo dos olhos alheios até a noite mais uma vez se fazer presente. Escapando do risco de serem julgadas por aqueles que ainda se incomodam com a presença delas pela cidade.
E sabendo que esses becos eram um dos caminhos mais fáceis de se transitar desapercebidamente -longe das grandes multidões-, então tanto eu quanto essas mulheres acabávamos escolhendo justamente essas passagens como o nossa forma preferida de andar pela Cidade Baixa, deixando de sermos atrapalhados ou abordados pelas pessoas inconvenientes que por sorte preferiam o fácil caminho da rua principal à extenuante passagem das escadarias.

Subindo os lances de escadas que eram levemente bem distribuídos entre rápidos corredores cercados por prédios e casas, sem nenhum aviso eu então dobrei em um beco (entre muitos outros) que cruzava aquela longa passagem, agora descendo uma outra escadaria bem escura e estreita, e saindo em mais um corredor de prédios muito colados -entre outros corredores que eram muito mais iluminados em comparação-, todos desembocando na larga rua principal.
E como era de se esperar, assim que eu entrei ali, pude me deparar com algo que infelizmente era mais comum de se ver do que eu gostaria. Um homem (claramente bêbado) parecia estar se debruçando sobre uma menina de cabelos pretos e ondulados que claramente estava tentando discretamente se afastar dele, sem nenhum sucesso. Ele segurava seu braço moreno com certa firmeza, ao que ela relutantemente puxava-o mais e mais na tentativa de se soltar, tudo ao som de desculpas assustadas vindo de sua parte -desculpas obviamente ignoradas.
Sem perder tempo algum então, eu me aproximei dos dois, me colocando entre ele e a menina e segurando o braço do homem que a prendia, com a intenção de chamar a atenção dele antes que a machucasse.

— "Ela disse que não quer nada com você, vá embora."
— "O-oQUe voCê SHabee... N-nÃO she inTROMEtha...-hic!"

O homem então se virou um pouco na minha direção, tentando me segurar pelo meu manto com sua mão livre ao que falava aquilo para mim -em meio à um bafo pesado de bebida-, puxando a menina junto dele ao que mal conseguia manter mais seu equilíbrio.
"Mais um bêbado que não sabe a hora de voltar para casa..."
No mesmo instante, como um reflexo da minha total falta de paciência (por já conhecer bem demais esse tipo de gente), apenas com uma de minhas mãos livres eu dei sem qualquer aviso um gancho no nariz dele, rápido o suficiente para que ele nos soltasse no mesmo instante sem perceber, cambaleando para trás e caindo no chão como se fosse uma árvore seca.
O homem então -completamente desorientado- se virou de costas e começou a se arrastar pelo chão, tentando inutilmente se afastar de mim. Enquanto ele fazia isso, eu finalmente me dei conta do sangue que estava escorrendo de seu nariz e pingando na terra suja da rua, me fazendo questionar se eu havia acidentalmente exagerado ali. Já a menina que até então parecia um pouco assustada, apenas se colocou atrás de mim segurando de leve meu braço ao que tentava não encarar aquela cena deplorável -e bem comum para ela.
De qualquer forma eu sabia que não podia voltar atrás na minha atitude, e por isso continuei sendo firme na minha intenção de expulsá-lo daquele beco.

— "Suma daqui de uma vez! Já amanheceu a muito tempo!"

Eu disse para ele com uma voz dura e forte, fazendo o corpo daquele homem estremecer ao que ele finalmente se dava conta de que eu não era mais uma daquelas meninas com quem ele tão facilmente podia importunar sem qualquer consequências, e fazendo-o finalmente olhar confuso para o meu rosto.
"Haaah... Provavelmente ele está tão chapado que não se deu conta até agora de que eu era um cara..."
O homem então desorientadamente olhou para os lados -ainda sem se levantar- e mais uma vez olhou para mim, balançando sua cabeça como uma criança obediente e desengonçadamente tentando se levantar para ir embora dali -voltando para qualquer que fosse o buraco de onde ele havia saído.
Eu me mantive naquele lugar -parado- até que ele sumisse da minha vista, para ter certeza de que a mulher iria ficar à salvo no instante que eu desse as costas para ela, já que não dá para se confiar muito na insistência de um homem bêbado.
Pior que aquilo era muito normal aqui na Cidade Baixa. Homens que bebiam e aproveitavam demais a vida noturna, acabavam sempre sobrando de manhã pelos becos, rumando por eles e abordando as meninas, até serem afugentados por alguma outra pessoa.
Normalmente esses bêbados não eram violentos, e nem um problema também para se enfrentar. Mas eram insistentes e muito chatos, desrespeitando as odaliscas que tentavam ter uma manhã minimamente normal e longe de confusões. E como eu sempre tomava os mesmos caminhos que elas também tomavam, era então quase sempre uma rotina para mim acabar afugentando esses caras.
"Especialmente quando eles resolvem incomodar alguma das meninas que eu conheço."

— "Obrigada Yura!"

De repente pude sentir braços finos e delicados como galhos macios me abraçando por trás, balançando todas aquelas várias pulseiras que estavam até então escondidas por baixo de algumas camadas de pano, e mostrando o quão adornada em joias aquela mulher realmente estava -o que era já de se esperar.
Rapidamente então ela me soltou, ao que sem aviso eu me virei em sua direção -com um sorriso honesto-, começando a falar em um tom bem tranquilo.

— "Você está bem? Ele não chegou a te machucar, não é?"
— "Não, você apareceu na hora certa. Ele era um dos clientes dessa noite, que acabou resolvendo gastar tudo o que tinha de uma vez só... Pobre homem, perdeu a família e decidiu dar um fim no resto do seu dinheiro lá na boate. Provavelmente vai dormir hoje nas ruas."
— "... Contanto que ele não volte a incomodar as outras, então não é problema nosso."
— "Verdade. Yura, você pode ser apenas um jovem rapaz, mas é incrível como já sabe melhor do que muita gente a lição mais importante da nossa profissão, não é mesmo?"
— "Lição? (eu não sou tão jovem assim...)"
— "Sim, a de nunca tomar para si os problemas dos clientes."
— "... -Ah, essa lição foi a vida que me ensinou mesmo, já a muito tempo."
— "Entendo... Aliás, falando sobre o trabalho, você está indo para a boate não é? Eu vi no quadro que hoje é o seu turno."
— "Sim, estou indo para lá. E você?"
— "Eu estou voltando para casa. Antes que Rigur decida estender meu horário graças àqueles clientes da manhã que já começaram à chegar. Sabe como é Rigur... Tem a lábia de um adolescente, e a mente perspicaz de um vendedor."
— "Hehe, sim, é melhor você sumir do alcance dele mesmo, vá com cuidado. Nos veremos amanhã de noite."
— "Certo! Bom serviço lá Yura!"

Me despedindo com um aceno daquela bela mulher, eu então olhei ao redor para ver se alguma outra pessoa tivera sem querer visto aquela cena toda. Por sorte não parecia que aquilo havia sido testemunhado, e com isso eu me senti mais relaxado.
Não sei até onde isso é algo exclusivo aqui dos desertos, mas a maioria das pessoas não costumam tratar bem as Odaliscas, como se elas valessem muito menos do que todos os outros, só porque elas precisam abdicar de suas reputações para sobreviverem aqui dentro. E graças à isso -à essa forma das pessoas diminuírem elas-, é que elas então passam à precisar tomar mais e mais cuidado ainda, para acabarem não dando razões para as pessoas normais implicarem, julgarem e maltratarem elas de alguma maneira.
"Afinal, aqui nas ruas elas não podem contar com ninguém."
Bem, não é também como se as Odaliscas apenas recebessem o escárnio dos outros, porém elas definitivamente são segregadas (mesmo que só um pouco), e com isso jamais são respeitadas como as pessoas que são... seja pelos homens, pelas mulheres ou até mesmo pelos Skreas, que reconhecem nelas uma fonte de sentimentos prazerosos e condenavelmente viciantes.
"Esse é o maior preço que essas garotas sem qualquer sorte pagam. A certeza de que jamais serão completamente aceitas na sociedade."
E isso tudo acontece desde que eu me lembre, seja dentro dessas muralhas muito bem fortificadas, ou dentro das outras cidades espalhadas também pelos desertos.

Por culpa dessa rotina, as próprias Odaliscas já se acostumaram com esse tipo de tratamento, aceitando demais os maus-tratos alheios sem questionar ou reclamar.
Já eu pessoalmente não consigo aceitar ver essas coisas... Mesmo que eu também não seja uma pessoa que defina qualquer moral ou padrão -para poder ter o direito de ditar o que soa certo ou errado- ainda sim eu acabei -muito pelas minhas experiências de vida- de qualquer forma aprendendo, que até mesmo aqueles que se vendem para poder sobreviver não são menos dignos de consideração do que todos os outros nessa cidade.
Essas mulheres todas nasceram como pessoas normais, e foram obrigadas pela vida à se tornarem o que jamais quiseram ser... Assim como meu povo inteiro foi... E assim como eu também quase fui.
"Para mim é quase impossível julgar elas. Julgar dessa mesma forma que muitos outros fazem."

Agora, eu sei que não sou também uma pessoa muito clara quanto à quem eu quero tratar bem, ou não. Em um geral eu realmente guardo muito rancor pelas pessoas e Skreas, porque eu sei o quão ruim todos eles podem acabar vindo à ser. Mas acima disso, eu sempre fui cercado de mulheres que me tratam bem, desde criança. Fosse quando eu vivi em minha tribo com minha família, fosse quando eu vivi como escravo no meio de muitas delas, ou quando eu cresci cercado de todas aquelas Odaliscas, sob a guarda daquela poderosa mulher. Então eu não consigo agora ser insensível à nenhuma dessas meninas que tentam apenas viver suas vidas da melhor forma que são capazes. Seja trabalhando nas ruas vendendo seus corpos -como as Odaliscas- ou tentando crescer dentro de suas próprias e diferentes escolhas -como as Feiticeiras.
"E eu também nem conseguiria tratar nenhuma delas mal, sem acabar pensando nas minhas duas irmãs e sobre como elas também poderiam fácilmente sofrer da mesma forma que todas essas meninas... Haah..."
Eu então deixei aquele suspiro pesado escapar, ao que aos poucos começava à me dar conta do quão complicado aquele assunto realmente era para mim, esperando ali parado, olhando para o chão, até que aquela estranha sensação de impotência -quanto à lidar com meus próprios assuntos pessoais- finalmente passasse.


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