Black Desert escrita por Kallin


Capítulo 129
Superando a primeira noite




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— "Ebraín? Saret? O que aconteceu?"
— "A Clínica foi mudada de lugar Yura, Sal deve ter dado a ordem antes de ir ao nosso encontro porque já não havia mais nada lá quando chegamos -o lugar está abandonado."
— "O quê!?"
— "Amanhã, depois de resolver a sua situação eu tentarei entrar em contato com alguém para descobrir o novo paradeiro das meninas mas, até lá Saret terá que ficar conosco. Eu e Geva já conversamos aliás, e ele cedeu o quarto ao lado para ela dormir."
— "Saret...?"

Independente das palavras inesperadas de Ebraín sobre a Clínica ter mudado de lugar -afinal Sal muito raramente chegava a tomar uma decisão radical como essa- meu olhar para Saret sequer foi de compaixão pelo fato dela não ter mais para onde ir, mas sim, de descrença por saber que ela sequer usou os seus poderes para encontrar a nova localização da Clínica como éramos todos instruídos a fazer caso precisasse!
"Saret... você realmente está evitando tanto assim os seus poderes que sequer escolheu usá-los em uma situação necessária como essa?!"
Eu indaguei-a apenas com a minha desacreditada expressão, no que ela, claramente ciente do que estava se passando pela minha cabeça, começou então a me evadir como se não quisesse admitir por vergonha o medo -e as dificuldades- que agora os seus poderes estavam lhe causando.

— "Haah..."

Eu então suspirei de forma depreciativa enquanto balançando a minha cabeça em negação. Talvez Ebraín não soubesse de algo assim, mas era o mínimo eu e Saret sabermos que se em um caso emergencial a Clínica fosse mudada de lugar, uma pista da sua nova localização seria então deixada para trás para que todos nós pudéssemos nos reencontrar no novo espaço sem ficarmos vagando atoa pelas ruas. Sendo isso feito através de um veio de canos pequenos enterrados na entrada de cada possível casa que Sal costumava usar como base -cada uma espalhada pelos locais mais discretos possíveis da Ala Oeste, e que ela tão firmemente nos fazia decorar enquanto sob sua custódia. No que sempre que a Clínica precisasse então ser realocada, uma pessoa se encarregaria de mover uma pequena quantidade de água que ficava dentro desse sistema de canos para aquele que apontasse na direção do novo destino. Nos indicando para onde seguir, independente do aviso sobre a troca de locais não conseguir chegar até todos nós.

"O que significa que Saret podia ter facilmente descoberto a nova localização e não o fez. Eu sei que ela está se sentindo um monstro pelo que precisou fazer com Minka mas, será mesmo que rejeitar os seus poderes está valendo até mesmo a sua segurança pela noite?"
Novamente os meus olhos então tentaram encará-la com uma imensa reprovação, no que Saret continuou desviando seu rosto para o lado até Ebraín -possivelmente alheio à razão para eu estar fazendo aquilo- decidir interromper o nosso silêncio de um modo impaciente.

— "Eu não sei se quero saber por quê vocês dois estão se olhando assim, mas o que está feito já está feito... Saret, Geva lhe deu a chave do quarto, vá repousar um pouco o seu corpo. Enquanto isso irei tentar encontrar algo para trocarmos os seus curativos e poder finalmente me concentrar no problema de Yura. Geva já confirmou que nos auxiliará a contatar o limite dos Desertos Profundos e também a descobrir alguma informação sobre o paradeiro de Sal, mas dependendo do tempo que isso for levar eu terei que passar a noite toda acordado atrás destas informações -e não poderei ficar me concentrando mais em vocês dois."
— "Certo..."
— "Já você Yura, tente também ficar apenas dentro do seu quarto -já me basta Gale solto por aí. Eu vou especialmente precisar de você descansado e preparado para qualquer problema quando amanhecer. Mesmo que eu não consiga garantir a sua viagem logo de manhã, a nossa estadia aqui é limitada e eu não posso ter você cansado no caso de precisarmos voltar mais uma vez a encarar essas ruas."

Após ouvir as suas ordens eu então balancei a minha cabeça, não tendo quaisquer razões para questionar as suas palavras antes de voltar obedientemente para dentro do meu quarto da mesma maneira que Saret também o fez -sem pensar em muito além do que o meu corpo exausto àquela altura estava me permitindo pensar. Ao que assim que fechei então a porta e pude ouvir o som dos passos de Ebraín se afastando do corredor de quartos, nada mais me sobrou para fazer senão voltar a me jogar naquela dura cama tentando dar uma segunda chance para o meu traiçoeiro sono me deixar dormir... Uma segunda chance, que a princípio até parecia estar funcionando mas, que em minutos -ou talvez horas depois- voltou a me despertar no susto com o misto de assustadores sentimentos que me fizeram perder o fôlego até o ponto de eu saltar da cama achando que estava sufocando mais uma vez!

E foi dali em diante que eu não consegui mais descansar... sempre que eu voltava a fechar os meus olhos e relaxar o meu corpo, igualmente minha mente parecia voltar a -de alguma forma criativa- me fazer ver coisas que eu não queria ver! Gritar palavras que eu não queria, e ouvir sons que faziam a minha adrenalina disparar! Me deixando inquieto, e cada vez mais inquieto no que sequer parecia que horas inteiras estavam conseguindo se passar entre aquelas tentativas frustradas de fazer o meu corpo repousar!

"Já chega, eu não aguento mais...! Eu não consigo continuar com isso!"
Minha mente enfim explodiu enquanto eu tentava ao menos manter o meu corpo ainda imóvel, contrário aos meus olhos que não eram mais capazes de fazer outra coisa senão encararem fixamente os riscos no teto de pedra em um ato consciente de cansaço e agitação por todas as vezes que tentar fechá-los acabou sendo em vão! Só que sequer mantê-los abertos estava também me ajudando a fugir daqueles pesadelos, já que eles agora pareciam transbordar para fora dos meus sonhos se transformando, enfim, nas lembranças que eu não queria ter que revisitar. Que eu temia recordar, ao que pelo jeito eu finalmente estava começando a me dar conta da real seriedade por trás de cada uma delas!

— "Haah, haah...!"

Minha respiração parecia pesar toneladas enquanto eu tentava lutar contra cada pequena memória. Cada pequena coisa que começava a fazer o fato de eu ter descoberto que era um Vessel e de que Gale era igual a mim sequer parecer mais relevante ante todo resto! Ante às duras cenas enevoadas pela fumaça daquele prédio, cenas que eu conseguia sentir melhor do que ver acontecendo em minha mente graças ao calor que eu lembrava queimando os meus olhos! Me cegando enquanto eu recordava de cada pequena decisão certa e errada vindas de mim, da certeza de que Minka morreu porque eu não fui rápido o suficiente para salvá-la, da incerteza de que Saret poderia igualmente ter morrido se Gale não tivesse tirado-a de lá, e que eu quase forcei Damian e eu contra o mesmo destino por pura-...!! Damian... a última lembrança que eu consigo ter dele ainda por cima foi daquela sua expressão nervosa me mandando fugir antes de eu abandoná-lo sozinho contra aquele Skrea.

— "Ugh... será mesmo que eu devia de ter feito aquilo?"

Meu peito então começou a doer no que a minha mão precisou pressioná-lo até aquela sensação conseguir passar. Não sabendo eu se as duas lágrimas inesperadas que cairam pelo meu rosto foram por culpa daquele desconforto, ou se por culpa da nostalgia que de fato havia naquela cena. Naquela mesma cena que eu também testemunhei quando Sáshia igualmente me olhou em desespero e me mandou fugir, ficando para trás enquanto empunhando sua lança contra o Skrea que estava nos seguindo pelos becos. Até que ela-...
"Haah... Eu não-... eu não consigo mais fingir! Eu sei que eu devia de confiar que ele está bem por ser um Skrea, mas eu não-... apenas não consigo! Meu coração não consegue ser tão otimista assim, não depois desses pesadelos, e nem a minha mente está conseguindo mais fingir ser!"

— "Damian..."

Eu então levantei enxugando o meu rosto com o manto que estava na cômoda ao lado enquanto sentindo aquela nostálgica sensação de perda voltando a me angustiar. E sinceramente? Eu não estava mais conseguindo tolerar. Cada vez mais era como se todo esse misto de inquietações se tornasse pior, mais insuportável, mais até do que elas um dia já foram durante as velhas noites lamentando por Sáshia, ou algemado, cruzando o frio deserto entre os camelos dos traficantes de escravos enquanto me perguntando como estaria o que sobrou da minha família, se minhas irmãs estavam com frio, com fome, vivas...! Não, isso sequer chegaria perto do que estou sentindo agora porque com elas eu nunca tive realmente a esperança de que iria reencontrá-las, apenas o desejo. Apenas um inocente desejo... mas com Damian? Mesmo tendo sido tão pouco tempo eu nunca conheci alguém tão insistente em sempre cruzar com o meu caminho, em me ajudar mesmo quando eu não aceitava a sua ajuda, e em ser honesto demais sobre as suas intenções... quisesse eu saber delas ou não! Ele... eu nunca conheci alguém tão... presente nos meus pensamentos como ele.
"Alguém tão difícil de apenas superar... e deixar que fosse enterrado pelas areias da minha mente."

O meu corpo inteiro estremeceu ante a noção de que eu não estava conseguindo focar em mais em nada além do medo de também perdê-lo, e que, dessa vez, eu duvidava com tantas culpas e tão poucas respostas que o tempo aos poucos iria conseguir me fazer esquecer de parte disso!
"Não... eu não consigo! Eu não quero esquecer... eu não quero partir sem saber se afinal vou voltar a vê-lo, ou se Grivah está tentando me avisar que ele...!"
Ignorando o fim daquela frase que ameaçou perfurar o meu peito, eu esfreguei os meus olhos e finalmente pulei para fora da cama ignorando o forte cansaço ainda presente no meu corpo, me enrolando novamente no meu manto e decidindo abandonar aquele quarto por mais que o que viesse a seguir fosse uma grande besteira por minha parte! Quietamente eu então me esgueirei para fora do corredor e logo em seguida para além da cozinha dos fundos, sempre atento à qualquer possível sinal de movimento mesmo que até chegar ao salão da frente eu acabasse não encontrando uma alma sequer ainda acordada. Nem Ebraín, nem Geva, nem os clientes... eu não sabia que horas eram, mas de fato o lugar estava propiciamente tão deserto que eu simplesmente terminei de jogar a minha cautela para o alto e disparei rumo à tábua de madeira que mal se encostava contra o buraco da saída! Puxando-a apressadamente para o lado, antes de bruscamente travar em minha delinquência ao ouvir uma voz surgir por trás de mim!

— "Aonde você pensa que está indo?"
— "!!"

Em um pulo o meu corpo se virou às pressas para a direção dos fundos do salão! Me dando de cara então -no meio daquela fraca escuridão perturbada apenas pela iluminação de uma única tocha na parede- com os olhos dourados e intolerantes de ninguém mais do que Saret, que caminhava com passos firmes até mim, enquanto cruzando os seus braços sem demonstrar qualquer pretensão de apenas dar meia volta e fingir que não me viu ali!

— "S-Saret, o que você está fazendo aqui!?"
— "Isso é o que EU quero saber, Ebraín deixou claro que era para ficarmos nos quartos até o amanhecer."
— "... E-eu sei o que ele disse, mas eu tenho que-... eu tenho que ver uma pessoa e isso não pode mais esperar."
— "Humph, e você acha que consegue me convencer do mesmo jeito que convenceu Ebraín a deixar Gale ir? Bem, você pode até tentar mas... não vai ser tão fácil assim."
— "..."

Meus olhos então se desviaram por um momento para o lado, incerto de como lidar com aquela situação. Saret não parecia ter nada contra Damian para ser insensível às minhas razões, só que-... quase nunca importara também as minhas razões para acabarmos sempre sendo insensíveis um com o outro. O que me deixou sem saber como de fato convencê-la -ou se ela sequer iria me deixar convencê-la- se eu por outro lado apenas não escolhesse logo forçar o meu caminho para fora dali querendo ela ou não -e da forma mais bruta possível!

— "Eu não tenho tempo para isso. Se você não for usar os seus poderes para tentar me impedir então não tem nem por quê eu perder o meu tempo com isso! Eu estou indo Saret, e é melhor que você não tente se envolver porque, diferente de você, eu vou usar a minha feitiçaria se for necessário!"
— "!!"

Com aquelas palavras eu então dei as minhas costas para ela da forma mais insensível -e necessária- possível! Não vendo aquele momento de outra forma senão como uma inconveniência, ao que antes de terminar de sair pela porta eu me virei para a sua expressão constrangida e falei em um tom bem sério.

— "Eu pretendo estar de volta antes do amanhecer, avise Ebraín quando ele acordar. Por favor."

Só que antes que eu pudesse terminar de sair da taberna com nada mais além do que aquele seco aviso, Saret então me agarrou pelo meu braço e me puxou de volta para dentro! Me pegando de surpresa tão facilmente que eu sequer consegui me dar conta de que precisava reagir até ela finalmente me virar irritada para a sua direção e rosnar broncamente palavras que me pegaram de surpresa!

— "'Voltar antes do amanhecer'!? Já ESTÁ quase amanhecendo, seu idiota! Que horas afinal você pensa que são?"
— "!..."
— "Não importa para onde você vá, você não vai conseguir voltar antes de Ebraín descobrir que você saiu sem avisar porque daqui a pouco ele já vai estar acordando! Essa cidade toda vai acordar, incluindo a mulher que quer te matar!"
— "Tsc-...! Eu-... não, não importa."
— "!?"
— "Não importa que isso vá me meter em uma grande confusão. Se eu não fizer isso eu não vou de todo modo conseguir deixar essa cidade-... eu não vou ser capaz."
— "Humph. Vocês homens são mesmo sempre tão idiotas? Que seja então, eu vou com você."
— "O quê?"

Eu pisquei os meus olhos algumas vezes um tanto surpreso. Saret era mal-humorada e definitivamente não gostava de mim, sendo assim, então por quê ela resolveria cooperar comigo tão de repente sem sequer saber para onde íamos? Eu a olhei confuso, no que as palavras apenas saíram da minha boca sem que eu pudesse ter percebido.

— "Saret, não me diga que você-... que você também está preocupada comigo?"
— "!! N-Não entenda errado, eu não poderia me importar menos com o que pode acontecer com você! Seria até mais fácil dar meia volta e deixar você se matar! Mas-... se algo realmente acontecer eu sei que Sal vai ficar infeliz, e eu me importo com os sentimentos dela. Eu não quero vê-la triste."
— "..."

Aquelas suas palavras me atingiram de uma forma familiar, ao que eu podia dizer que fiz o mesmo quando entrei naquele prédio em chamas e tomei muitas decisões idiotas não porque eu me importava com Saret, mas sim porque eu me importava com Sal. Balançando então em concordância a minha cabeça para ela, ao que Saret em resposta finalmente me soltou e pareceu igualmente se acalmar. Indo ela até a parte de trás do balcão e tratando de ao menos deixar para trás um bilhete para Ebraín, avisando-o de que estaríamos juntos e voltaríamos no máximo em 2 horas, a fim de tentar não preocupá-lo mais do que já sabíamos que iríamos preocupar. No que após isso nós então apenas deixamos aquele buraco, percebendo ao que passávamos pelas grades de segurança uma escuridão erma e acinzentada ainda tingindo a alvorada até onde nossos olhos podiam alcançar.

"Está tão tarde que chega a estar cedo para os guardas quererem dar muita atenção para nós dois..."
Eu contemplei aquilo passando pelas suas figuras desatentas e sonolentas em passos breves, consciente de que não tínhamos tempo a perder mas que aquele era o melhor ritmo que eu também iria conseguir manter com tão pouco tempo de descanso que tive. Só que por outro lado, foi quando então notei a igual dificuldade de Saret para superar aquele ritmo, que resolvi finalmente lhe questionar.

— "Saret... você por acaso conseguiu dormir?"
— "Você diz melhor do que você? Como eu poderia? Nem mesmo com uma parede de pedra entre nós dois eu consegui deixar de ouvir a barulheira vindo do seu quarto. Pareciam ratos rolando a noite toda no feno."
— "V-você estava me ouvindo!?"
— "Todos estavam... Até mesmo Ebraín desistiu de dormir no seu quarto quando ele escutou você se agitando do outro lado da porta."
— "E-ele foi até o meu quarto? Eu não me lembro disso..."
— "Ele não entrou. Disse que seria melhor não te incomodar e me pediu para deixá-lo descançar por algumas umas horas no meu quarto mesmo."
— "... Me desculpe. Eu não costumo ter noites difíceis assim..."
— "..."
— "..."
— "Está tudo bem, não era como se eu também estivesse conseguindo fechar os olhos."

Ouvindo aquilo eu então não ousei dizer mais nada, notando que Saret parecia se contentar melhor com a solidão do próprio silêncio do que com o som da minha voz. Carregando ela sozinha aquele peso tão grande sobre seus ombros como se não fosse nada... ou como se talvez a sua determinação não a permitisse fazer outra coisa senão tolerá-lo, diferente de mim que agora estava me vendo obrigado a nos levar até a Cidade Baixa em busca de respostas que quem sabe poderiam me ajudar a continuar de pé mesmo se o resto do meu mundo resolvesse terminar em algum momento de desmoronar.
"Eu invejo essa determinação dela, mas nós nesse sentido realmente não somos iguais. E justamente por não sermos iguais é que eu preciso ir até Rigur pedir ajuda. Só ele vai ser capaz de me ajudar a saber o que aconteceu com Damian, e acho que só ele também irá aceitar me fazer esse favor..."

Nós então continuamos pelo nosso caminho sem trocarmos mais nenhuma palavra, independente do quão intimidadora aquela cidade pudesse se tornar sem ninguém mais além de nós dois caminhando por ela. No que o ecoar dos nossos passos sobre a areia seca alertavam facilmente a nossa indiscreta presença por entre as várias fileiras de prédios que nos acompanhavam, nos ignorando estes porém com a reconfortante falta do iluminar de suas janelas ou de figuras que pudessem estar nos percebendo passar. Sendo apenas as luzes da rua que continuavam a se destacar em minha visão, independente da presença dos pássaros que já começavam a anunciar timidamente do topo dos prédios o surgimento do sol no horizonte para além do que nossos olhos podiam testemunhar. E assim aquele céu gelado e acinzentado começou a clarear, me fazendo olhar fixamente para cima ao lembrar de todas as vezes em que Damian surgira do nada saltando de um desses prédios apenas para me abordar -me fazendo com isso desejar tão intensamente poder vê-lo mais uma vez surgindo de cada um daqueles telhados, furioso, só para me impedir de continuar.
"Damian, eu estou novamente na rua. Eu estou me arriscando. Então por quê você não aparece agora só para me dar uma bronca?"

Eu desejei aquilo tão intensamente por todo aquele longo caminho... Só que quando nós dois chegamos enfim, junto dos primeiros raios de sol, no beco que dava até as portas da Boate, os meus olhos em muita decepção se fecharam junto a um amargo medo que me preencheu por dentro. Damian não havia aparecido como ele sempre conseguia misteriosamente fazer. Será que esse era o sinal-... de que algo sério realmente havia acontecido com ele?


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