Black Desert escrita por Kallin


Capítulo 111
Autoaceitação




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— "Ei, está tudo bem?"

Em meio à minha confusão, uma voz então discretamente chamou por mim. Fazendo com que a minha consciência enfim tentasse voltar ao meu corpo e me fizesse notar o quão cravado os meus dedos estavam no couro daquela poltrona, ante a preocupada -porém mansa- voz de Gale. Enquanto que seus olhos me observavam de forma compreensiva, mas ainda sim incomodados pelo meu estado completamente isento de reação.

Nisso eu então corri para soltar o amparo daquela poltrona em surpresa comigo mesmo, no que eu igualmente não queria estimular Gale a entrar em qualquer novo assunto complicado demais para a minha cabeça, já que diferente de mim, ele por outro lado parecia bem consciente e no domínio de suas próprias certezas. Nem um pouco abalado ou impressionado, mesmo após tantas informações terem nos assaltado de uma única vez -será que nada disso foi de fato novidade para ele? Ou será que ele apenas está conseguindo fingir melhor do que eu o que realmente está agora se passando pela sua cabeça?

Com essa dúvida me rondando, eu então acabei ficando inquietado pela sua calma. No que minha cabeça sacudiu algumas vezes para tentar espantar aquela minha falta de reação de vez, até minha atenção integralmente conseguir retornar para aquela pessoa que, em resposta ao meu -brusco- sinal de vida, acabou sorrindo de modo um pouco mais acolhedor.
 
— "Pelo visto você ficou mesmo impressionado com tudo isso, não foi Yura?"
— "E... e você não ficou?"

Gale por um segundo perdeu então o seu compassivo sorriso e fechou aquela sua expressão de uma forma muito mais séria. Rápido o suficiente para não me estimular a questionar o seu temperamento, mas óbvia o suficiente para eu saber que em fato ele não estava também tão imune assim àquele assunto. Disfarçando ele então mais uma vez as suas reações, através de um balançar contemplativo de sua cabeça e da invejável confiança que ele ainda estava conseguindo manter em seu olhar.

— "Não, não fiquei. Eu já sabia sobre isso tudo."
— "Até mesmo sobre eu ser um Vessel!?"
— "Bem... Eu tinha as minhas suspeitas mas, honestamente nunca me importei muito com esse assunto."
— "Nunca se importou... Mesmo que isso possa significar que o que você sente por mim, na realidade seja só-...?"
— "Ei."
— "?"
— "Pare de pensar demais sobre algo que você sempre foi, afinal no que isso vai realmente te ajudar? Eu entendo que essa ideia toda de Vessel possa ser novidade na sua cabeça, mas não existe novidade nenhuma nisso para mim ou para aqueles outros dois. E isso nunca nos impediu de ainda sim decidirmos nos aproximar de você."
— "..."
— "Se você acha que esteve por algum momento manipulando alguma coisa, pense novamente. Porque a única coisa que você realmente faz é trazer certos sentimentos à tona, e o que, ou com quem as pessoas decidem usar eles, essa nunca será uma escolha sua. Então nem perca tempo tentando pensar nisso, porque ninguém é realmente inocente nessa história."
— "!!"

Meus olhos se abriram em surpresa, ao ouvir ele dizer aquelas coisas. Afinal diferente de Ebraín que sempre quer o meu bem, Gale por outro lado nunca foi alguém de opiniões movidas por mera amizade. Se ele estava se dando ao trabalho de me dizer aquilo, era então porque aquilo era realmente o que ele pensava. E por esse ponto, suas palavras então me preencheram com muito mais facilidade do que todas as outras que Ebraín até ali havia tentado usar para me consolar.
O que me deu um pouco mais de confiança para aceitar que eu ser um Vessel ou não não iria importar para as minhas -poucas- relações, mesmo que ainda sim eu não tivesse conseguido evitar que minha cabeça continuasse se inclinando ainda mais para baixo, em receio.

— "O quê foi?"
— "Eu-... Eu confio em você mas, será que todos vão realmente pensar assim também caso descubram o que eu sou? Afinal, existem tantas razões para as pessoas terem raiva de mim... tantas mortes-..."
— "E daí? Com ou sem você, tudo teria acontecido da mesma maneira. Afinal, se não tivesse sido você então iria ter sido qualquer outra pessoa no seu lugar. E qualquer um com um mínimo de noção é capaz de entender isso. Se bem que-... eu até fico satisfeito que no fim das contas tenha sido você o Vessel, e não qualquer outra pessoa."
— "Por quê!?"
— "Porque ao contrário de qualquer 'outra pessoa', eu confio que ao menos VOCÊ vai ter cabeça para saber lidar com essa história. Afinal, é esse o Yura que eu sei que está bem diante de mim agora. E não só mais um Vessel qualquer com o qual eu não tenho a obrigação de me importar."
— "!"

As palavras de Gale pareceram cercar todos os meus receios de uma só vez, atropelando um por um até que diante de mim não restasse mais nada além de sua forçada convicção. Sua confiança, que podia ser excessivamente otimista, mas que também era forte o suficiente para conseguir afastar qualquer nova reação negativa de dentro do meu peito!

"Eu... eu entendi o recado. Ele não está nem aí se eu sou um Vessel ou não. Ele só se importa com que eu continue a ser a mesma pessoa que sempre fui. E nada mais além disso..."
A realização então finalmente me acertou. No que à medida que nossos olhos se entreolharam, sua inabalável certeza conseguiu superar as minhas incertezas e simplesmente clareou a minha mente muito mais do que eu poderia ter desejado. Me fazendo com isso abaixar novamente o meu olhar, mas por conta de uma seriedade muito mais forte e determinada do que antes! Ao ponto de eu notar Gale convencidamente também balançar a sua cabeça, sabendo que eu enfim entendi o seu recado.

Mesmo que eu seja um Vessel, mesmo que haja consequências em eu ser um, e mesmo que tudo isso esteja se emaranhando dentro da minha própria -complicada- identidade... eu não posso me esquecer de que eu ainda sou eu. E que mesmo que à partir de agora eu precise por segurança começar a olhar para a minha vida de uma forma diferente, por outro lado, eu não preciso trazer novos significados às várias coisas que já existiam nela. Afinal, de fato só porque minha compreensão sobre mim mesmo precise mudar, não quer dizer que automaticamente a compreensão dos outros sobre mim também irá.
"E se alguém estiver ao meu lado só porque eu sou um Vessel-... Eu, eu preciso aprender a entender que isso não será por escolha minha. E que eu não posso também me cobrar por essa consequência, mesmo que isso vá me incomodar. Afinal, eu não tenho como tomar nenhuma decisão pelos outros. E eu nunca tomei!"
Sendo assim eu então retornei meu olhar -mais confiante- para Gale, enfim balançando a minha cabeça e lhe respondendo com muita honestidade.

— "Obrigado, Gale."

Ele em resposta também me acenou com sua cabeça, aparentemente se tranquilizando o suficiente para enfim poder voltar a mais uma vez se distrair com a fixada atenção de Damian em nossa direção. Se mostrando ele próprio incapaz de tirar os seus olhos por muito tempo do Skrea que estava do outro lado daquela sala, talvez porque vigiar a distância entre os dois o trazia alguma mínima segurança ali dentro, ou talvez porque ele não queria se permitir esquecer que a morte o encarava impassível do outro lado daquela sala.
Qualquer que fosse a resposta, eu mesmo me vi não conseguindo evitar de imitá-lo, até que enfim minha preocupação altiva àquela cena me trouxe um conforto bem mais positivo do que eu estava esperando!
Afinal, mesmo de forma limitada, aquela sim era uma questão que eu tinha como controlar! Uma questão que eu tinha como influenciar por escolha minha, e não só porque eu estava próximo a eles! E foi por isso que então a minha mente me inclinou a tomar qualquer atitude, diferente de apenas continuar ali sentado remoendo assuntos que estavam muito além do meu alcance!

Com isso o meu corpo então se levantou enfim daquela poltrona com a coragem que antes havia me faltado para ir calmamente até Damian, agora ainda mais avesso à idéia recuar de volta para dentro do limbo de pensamentos do qual eu havia acabado de sair, no que ele também ao primeiro sinal da minha aproximação desviou na mesma hora os seus olhos de Gale!
"Eu sei que não posso salvar o Gale dessa situação mas, ao menos, eu posso livrá-lo da atenção de Damian um pouco. E se esse é o mínimo que eu posso fazer agora por ele, então eu farei."
Aqueles meus pensamentos me acompanharam até eu enfim parar bem diante de Damian. Notando sua postura recuar um pouco para trás com a minha aproximação, junto ao seu olhar que desviou de mim com uma inesperada rejeição!

"Mas o quê-?!"
Eu me surpreendi com aquilo! Será que Damian ficou incomodado comigo após tudo que Ebraín falou a respeito de eu ser um Ve-...!? Não, não era isso. Damian já sabia de tudo, e mesmo assim ele nunca teve a intenção de se afastar de mim. O problema claramente não era esse, mas sim, o que quer que já estava incomodando-o desde que Ebraín teve a chance de ficar com ele sozinho! Sendo que eu estava me sentindo nervoso por não ter a menor ideia do que realmente aconteceu entre os dois, ou de como que eu iria tirar essa informação dele com algum sucesso -afinal seu incomum silêncio estava por conta própria já intimidando as minhas palavras!
Porém, antes mesmo que eu pudesse procurar alguma forma de iniciar aquele assunto sem colocá-lo automaticamente na defensiva, pude ouvir então um inesperado suspiro escapar de sua boca sem aviso. No que sua voz penosamente decidiu se pronunciar do nada, mesmo que seus olhos continuassem me evadindo sem qualquer discrição.

— "Eu... sinto muito."
— "?"
— "Eu sinto muito, pelo que a minha raça te fez passar."
— "..."
— "Eu sei que não tenho qualquer responsabilidade em te dizer isso, mas por alguma razão acho que você possa precisar ouvir. Quem decidiu começar com aquele extermínio foi a minha raça, e você não tem qualquer culpa sobre um erro que eles mesmos decidiram cometer."
— "... Obrigado Damian. Mas está tudo bem, você não precisava ter se forçado a me dizer isso."

Eu o respondi não sabendo dizer se a falta de jeito de Damian comigo era por conta apenas dele querer me dizer aquilo, ou se havia algo mais por trás daqueles olhos vermelhos que continuavam a me evitar.
Sendo que ao que o tempo foi prolongando e sua postura sequer se permitiu alterar, eu então também acabei me vendo acuar ante aquele clima de distanciamento que o silêncio cada vez mais parecia fortalecer. Isso, até o ponto onde eu também acabei desviando o meu olhar, para tentar engolir solitariamente aquela minha impotência em não saber como abordar o Skrea diante de mim de um modo fácil.
Porém, talvez fosse justamente por esse meu igual silêncio que então subitamente a voz de Damian retornou a ele. Fazendo-o enfim voltar com seus olhos para mim, até seu real estado de espírito ser exposto através de um incomodado questionamento.

— "Não parece que está tudo bem. Você está estranho."
— "Haah-... Eu estou? E vo-...!?"
— "?"
— "Q-quero dizer, eu... Eu realmente estou bem. Só um pouco sobrecarregado depois de ter ouvido tudo aquilo mas, vai passar depois que eu conseguir acertar melhor a minha mente."

Damian me observou com a calma de alguém que não se ateve às minhas palavras, mais do que ao meu jeito transtornado em tentar respondê-lo. Talvez até mesmo notando a pressa com a qual eu recuei de um novo embate entre nós dois por não estar me sentindo à vontade com a quantidade de pessoas ao nosso redor, ou por igualmente não estar com energia suficiente para conseguir suportar confrontar aquele Skrea -com temperamento ainda mais volátil que o meu- depois de ter passado por tantos momentos tão exaustivos já.
"Se bem que desde que nos conhecemos, eu não sinto que consegui ter um dia sequer de paz desde então. Será que precisarei começar a me acostumar a sempre estar no meu limite se eu quiser ficar perto dele?"

Com isso minha cabeça apenas se inclinou para o chão, sem saber como fazer para resolver os problemas de Damian se nem mesmo os MEUS problemas eu estava tendo condições de saber resolver primeiro. Dando com isso então a ele novamente a chance para tentar dizer algo após aquele prolongado e incômodo silêncio entre nós dois, já que eu não iria conseguir ter essa iniciativa.

— "Não perca o seu tempo com isso."
— "?"
— "Se você já entendeu que é um Vessel, então não há mais nada para precisar pensar. Eu já entendi -pelo que aquele velho disse- que você passou por muitas coisas. Mas mesmo assim, todas essas coisas não passam de um passado que já aconteceu, e de decisões que não foram tomadas por você. Perder o seu tempo concentrado nisso só vai servir para tirar o seu foco do agora. E o 'agora' é onde preciso que você realmente se concentre, se quiser chegar até o fim dessa história vivo -comigo do seu lado."
— "... Damian."

Eu o olhei com muito mais sentimento do que eu tivera conseguido transmitir até então por receio. Enfim enxergando em Damian aquela pessoa que me admitiu há alguns dias atrás me amar, mesmo diante dessa fachada distante que ele estava agora levantando entre nós dois.
"Sim, ele ainda era o mesmo. E ele não vai mudar só porque eu de repente entendi que sou um Vessel. Ou porque Ebraín falou de assuntos que nunca iriam importá-lo como Skrea."
Finalmente aquela certeza retornou ao meu peito, no que Damian pareceu perceber aquilo também e me sorriu discretamente, voltando seus olhos para mim por um instante antes de então retornar com a sua postura mais reclusa.

E dessa vez eu não me deixei intimidar por isso. Era possível que ele estivesse assim porque estávamos muito expostos, ou porque Ebraín de fato lhe falou alguma coisa errada. Mas eu não tinha que ter medo de perguntá-lo sobre isso, porque afinal Damian não era legível como um Humano. Assim como suas reações não iriam ser previsíveis como as de um Humano. Se eu queria saber o que estava acontecendo, eu apenas precisava perguntar sem ter qualquer receio de sua postura. E assim eu o fiz, sem ousar mais uma vez cometer o erro de pensar demais sobre aquilo.

— "Damian? Me diga, o quê afinal acon-..."
— "Nghhh..."
— "!!"

Antes porém de eu sequer conseguir começar a falar, um gemido inesperado vindo da direção dos sofás surpreendeu todos nós ao mesmo tempo! Me fazendo na mesma hora virar para a direção de Gale, onde Saret se encontrava ainda deitada!
Nisso eu só tive tempo de ver Gale prontamente -no susto- se atirando ao lado do corpo dela que parecia finalmente começar a dar sinais de qualquer reação! Se contorcendo com seus olhos ainda fechados, no que ele tentava acudi-la sem saber muito por onde começar -era quase como se sua consciência estivesse tentando lutar contra as diversas substâncias que estavam circulando em seu corpo, ou talvez contra as dores que seu corpo até então havia suportado sozinho sem a sua ajuda!
Nisso eu então imediatamente, em um movimento brusco, me virei para a direção da entrada da cozinha e gritei em alarme!

— "EBRAÍN!! RÁPIDO, ELA ESTÁ ACORDANDO!"

Sequer sem esperar eu terminar aquela frase, Ebraín então surgiu às pressas por aquela porta como se seus olhos estivessem sendo guiados pelos gemidos inconscientes de Saret! Ignorando ele a figura de Gale que tentava desesperadamente segurá-la no lugar, enquanto que seus pés dispararam por aquela sala sem aguardar nem um segundo sequer!

— "Rápido! 7.5ml do frasco menor, e 2.5 do azul! Faça ela ingerir!"

Ebraín comandou enquanto seu velho corpo ainda tentava agilmente alcançar Saret, apontando para Gale dois frascos que ainda se encontravam ao lado daquele sofá. Balançando Gale então sua cabeça sem sequer perguntar nada, no que ele se debruçou no enconsto do sofá para alcançar aqueles frascos, e -medindo apenas no olhar as doses-, tentou começar a fazer Saret ingerí-los de alguma maneira!

Com isso eu enfim percebi que precisava ir até lá para ajudá-los, olhando rapidamente para trás -para Damian-, que me acenou com a sua cabeça confirmando que eu o fizesse, sem me importar em deixá-lo para trás!
Com isso eu não pensei duas vezes e dei meus primeiros passos na direção deles! Travando porém no mesmo lugar, quando subitamente batidas fortes foram ouvidas vindo da porta da frente -a porta que estava exatamente atrás de Damian!
"!! Mas o quê-...!? Há alguém na porta logo agora!?"

Meu sangue gelou, e meus passos travaram sem saber se continuavam ou mudavam agora o seu rumo. No que eu pude ver meu receio contaminar Damian por igual, de tal modo que ele abruptamente se colocou entre mim e aquela porta preparando-se para o pior!
Só que indiferente às nossas reações de tensão, Ebraín, que estava agora ao lado de Saret tentando cuidar dela junto de Gale, apenas me ordenou de longe com muita impaciência por não poder ficar se desconcentrando do que estava fazendo.

— "Yura, verifique quem é!"
— "M-mas... Mas e se for?!"
— "Se fosse alguém com más intenções, essa pessoa então não estaria perdendo tempo batendo nessa porta. Abra logo!"

Eu olhei Ebraín sem muitas palavras, me voltando então para a direção de Damian sem saber muito o que fazer. Ao que ele também demorou um instante para reafirmar os seus pensamentos, enquanto que o barulho da agitação de Saret atrás de mim parecia distraí-lo de sua própria sensatez.

— "Damian?"
— "... Ele-... ele não está errado. Se fosse 'ela', essa porta já teria sido arrombada na primeira batida. Pode abrir."

Ele me disse aquilo recuando então para a parede ao lado da porta onde sua figura poderia ficar nas sombras, escondida dos olhos desatentos de qualquer Humano que viesse a surgir ali naquela hora. Me balançando a sua cabeça mais uma vez para tentar me dar a confiança em fazê-lo, antes de se ocultar ao meu lado da melhor forma que ele poderia conseguir.

Sendo assim eu então pousei a minha mão sobre o ferro gelado da maçaneta daquela porta. Deslizando o meu dedo até os ferros que a estavam trancando, à medida que o som da agitação de Saret se debatendo sob as mãos de Gale e Ebraín também parecia diminuir. Diminuir, até o instante em que eu destranquei aquela última corrente e o completo silêncio se fez enfim presente por toda aquela sala. Invadindo meu peito com muita apreensão, à medida que eu então girei a maçaneta lentamente e a velha madeira da porta sendo deslocada cautelosamente por mim estalou e rangeu em um mal agouro. Dando com isso lugar finalmente à uma inesperada figura que aguardava do outro lado daquela porta.

— "Yura!?"

Meus olhos se arregalaram em surpresa, ante a aflita voz de Sal que me recebeu com exatamente aquela mesma expressão! Estando ela com a sua mão parada em pleno ar, impaciente para bater novamente naquela porta caso eu tivesse demorado alguns segundos a mais para abri-la!


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