ALMARA: Ameaça na Ilha de Xibalba escrita por Xarkz
Notas iniciais do capítulo
Nossos heróis chegam em uma cidade infestada por mortos-vivos e uma misteriosa criança surge diante deles.
Qual será o mistério que que envolve esta cidade?
Mergulhada nos livros de magia, Eril mal percebe o que acontece ao seu redor.
O chacoalhar da carruagem motorizada acaba por acordar Kore, que dá um salto de seu leito quando percebe Voughan comendo o alimento contido em uma grande sacola.
— HEI! Essa comida é para todos nós. — exclamou, irritado.
— Eu sou maior e mais forte, então tenho que comer mais.
— Mas você comeu o suficiente para quase uma semana.
— Vê se não enche, cotoco. — referenciando o braço amputado de Kore.
— Um braço só é o suficiente para arrebentar você.
Ao ser ignorado, Kore cerra seu punho e golpeia em cheio o maxilar de Voughan.
O shamarg fulmina o monge com o olhar e faz menção de se levantar, mas Algar interrompe no momento certo, freando bruscamente a carruagem.
Mesmo Eril acaba despertando de seu transe literário, dirigindo-se à Algar.
— O que aconteceu? Porque paramos? — questiona a elfa.
— Princesa, veja com seus próprios olhos. — apontando para o cenário à sua frente.
Ela avista uma enorme área de solo enegrecido, com sua vegetação morta e uma nuvem escura no céu, que se mantém apenas em cima daquele local, tão densa que impede que os raios do Sol penetrem e iluminem a região.
— Este lugar sempre foi assim? — pergunta o anão.
— Não. — responde a elfa. — Com certeza não. Depois desta região iremos passar pelo reino dos bárbaros e então chegaremos à Galvas. Teremos de passar por aqui ou perderemos pelo menos duas semanas de viagem.
— Reino dos bárbaros!? — alertou-se Voughan. — Tenho que conhecer este lugar. Em frente com essa lata velha.
— Que rude. Esta carruagem é tecnologia de ponta. — reclama. — De qualquer forma vejo que não temos muitas opções.
— Vá com cautela, Algar.
— Pode deixar, princesa.
A medida que a carruagem avança, a escuridão parece tomar conta e o cenário é iluminado apenas por alguns fracos feixes de luz do Sol, nos pontos onde as nuvens são um pouco menos densas.
Algumas casas destruídas são avistadas, plantas mortas e secas tomam a maior parte da paisagem e então surgem os primeiros ossos à vista, seguidos de crânios e então esqueletos inteiros, jogados ao relento.
— Pelos deuses. — espanta-se a garota. — O que foi que aconteceu aqui?
— Pare a carruagem! — gritou Kore. — Tem alguém ali. — Apontando para uma pequena silhueta na escuridão.
Ao se aproximarem, percebe-se que trata-se de uma criança. Uma menina humana, com vestido comprido e o que parece ser uma rena de pelúcia em suas mãos.
Em um salto, o monge desce da carruagem e aproxima-se da menina.
— Olá, menininha! O que faz em um lugar desses?
Ela apenas o encara, pendendo um pouco a cabeça para o lado, como se tentasse entender algo.
— Está com algum problema? Onde estão seus pais?
Ela nada responde.
Quando Algar percebe algo e tenta alertá-lo.
— KORE, SAIA DAÍ AGORA!
— É UMA ARMADILHA!. — completa Eril.
— O quê? — espanta-se o monge, sentindo algo tocando sua bota.
Ele olha para baixo e percebe uma mão esquelética segurando seu pé.
Ao tentar puxar sua perna, a mão esquelética vem junto, desenterrando um esqueleto inteiro, que se movimenta sozinho, ficando em pé em sua frente.
Ao olhar novamente, a menina já não está lá.
— Droga! Ela era uma ilusão? Eu deveria ter percebido.
Outros esqueletos se desenterram do chão, alguns portando espadas, lanças e tridentes.
Apesar de assustado, Kore mantém a postura.
Eles partem para cima, mas basta um golpe em cada e os esqueletos se desmontam, ficando aos pedaços no chão.
Voughan salta da carruagem, quebrando o restante dos esqueletos à socos e pontapés.
— Hunf! Só isso? Achei que teria alguma emoção.
Como que ouvindo o pedido de Voughan, os pedaços no chão começam a se remontar, tornando-se esqueletos completos novamente.
— Por essa eu não esperava. — admirou-se Kore.
— Se só ficarem voltando vai ser uma droga. — conclui o shamarg. — Não quero ficar batendo em fracotes o resto da vida.
— Novamente eles golpeiam os esqueletos, desta vez com mais força. Kore utiliza seu punho com o elemento vento, lançando o ataque nos oponentes à distância, então alterna para o punho em chamas, para destruir os inimigos próximos.
Da mesma forma, os esqueletos tornam a se regenerar.
— Kore, Voughan. Levantem os punhos. — solicita a elfa.
Apenas Voughan obedece, então Eril concentra uma energia branca luminosa na ponta de seu cetro, em seguida aponta-o para o shamarg.
A energia, que segue pelo ar, encontra os punhos de Voughan, cobrindo-os de luz.
— Kore! — clama a elfa. — Levante logo seu punho também.
Ele sorri e sinaliza negativamente com a cabeça.
— Tenho uma nova técnica e é a hora perfeita para testar. — responde o monge.
Após um instante de concentração, o punho de Kore também emana um brilho luminoso.
Os dois guerreiros novamente partem para cima dos mortos-vivos, atingindo-lhes sempre com os punhos luminosos e desmontando-os.
Desta vez todos se mantém no chão, não tornando a se regenerarem.
— O único elemento que pode ferir de verdade os mortos-vivos é o elemento luz. — explica Algar. — Parece que você dominou mais um elemento, garoto.
— Este é o “Punho da Alma”. No monastério o mestre falava muito desta técnica, pois a vila dele foi tomada por mortos-vivos quando ele era criança. E foi com o Punho da Alma que conseguiram se salvar.
— Vocês deveriam ter feito isso antes de me deixarem ficar desmontando esqueletos em vão. — retruca Voughan.
— Isso é algo tão trivial que imaginamos que você já soubesse. — responde Eril, quase em tom de deboche. — Além do mais, vocês precisavam de um pouco de ação desde que perderam para o arcanjo.
— Não precisava mencionar esse cara. Sempre que vejo que só tenho um braço eu me lembro dele.
— É, e eu lembro do que ele fez com meu bracelete. Nenhum ferreiro quis arrumar.
— Grande coisa um bracelete. Eu perdi um BRAÇO.
— Já estou cheio de você retrucando, cotoco. — Aproximando-se de Kore e dando-lhe um tapa com a parte de trás da mão, jogando-o longe.
— Hei! Parem com isso agora! — ordena a elfa.
Ignorando completamente o pedido, Kore corre na direção do shamarg, desviando de um soco e golpeando-o com força no lado de seu corpo, com seu punho em chamas.
O corpo de Voughan se dobra levemente, mostrando que ele sentiu um pouco o ataque, apesar de sua couraça.
Um segundo soco vem na direção do monge, desta vez de cima para baixo.
Ele desvia com um passo rápido para o lado e então lança uma rajada de socos, todos em chamas, porém, mesmo recebendo os ataques, o shamarg lança um chute que atinge Kore em cheio no peito, jogando-o para trás.
Quando o monge se levanta e parte para cima novamente, uma explosão acontece no espaço entre ele e Voughan, causada por uma bomba lançada por Algar.
— Deixem suas brigas para quando estivermos em um lugar mais seguro. Entrem na carruagem e vamos sair logo desse lugar.
Mesmo contrariados, eles entram no veículo, que avança pela cidade.
Mais esqueletos surgem pelo caminho, mas Algar desvia de alguns e atropela outros, em alta velocidade.
O odor de carne podre fica cada vez mais forte e a visibilidade mais difícil. Ainda sim Algar avança com maestria, fazendo uso da boa visão na penumbra, dom de todos os anões, superada apenas pela incrível visão noturna dos elfos.
A estrada, agora ladeada por duas enormes montanhas rochosas, começa a afunilar, aumentando a sensação claustrofóbica da cidade.
Em dado momento, Algar avista algo bloqueando o caminho. Ele então diminui a velocidade a medida e então estaciona a carruagem motorizada.
— O que é isso? — questiona Eril, olhando para um estranho rochedo disforme, que bloqueia a estrada.
Existem visíveis pedaços de carne por entre as rochas e o cheiro é muito forte.
— Parece uma pilha de corpos incrustados nas pedras. — continua a elfa.
Algar apenas observa, curioso, aproximando-se devagar.
Enquanto descem do veículo, Kore e Voughan espremem os olhos, tentando enxergar algo, mas mal conseguem ver qualquer coisa à mais de três metros à sua frente.
Após dar alguns passos, um par de olhos azuis brilhantes cintilam na escuridão em frente ao monge, seguido de uma voz aguda e infantil.
— Vocês vieram ajudar o meu pai?
Apesar de estranhar, Kore se aproxima e então se abaixa, ficando na altura dos olhos que avistara, enxergando uma linda menina humana de cabelos negros e pele pálida, carregando uma rena de pelúcia.
— Você de novo? — conclui, enquanto estica o braço, tocando com o dedo indicador na testa da menina. — Você é real? O que faz em um lugar desses?
— CUIDADO! — alerta Algar. — É uma ilusão.
— Calma, ela é real. — responde o monge.
— Olhe com sua visão das trevas, garoto.
— Acabei de tocar nela. Ela é real.
— Apenas faça o que eu disse.
Contrariado, Kore se levanta e, concentrando o elemento trevas, enxerga através da ilusão, ficando em choque.
A menina realmente está ali, porém, sua verdadeira forma é a de uma menina morta-viva em estado de decomposição. Alguns ossos estão à mostra e a carne que sobrou está apodrecida. Totalmente diferente de sua aparência com a ilusão.
— Porque tocou na minha cabeça? — questiona a menina, de forma inocente. — Tem algo na minha testa?
Imediatamente todos se entreolham, como quem possui uma notícia ruim mas não quer contar à pessoa.
— Quem… quem é você, menina? — arrisca o monge. — O que está fazendo aqui?
— Eu moro aqui. Pelo menos por enquanto, até o papai terminar o feitiço. Vocês vieram ajudar ele?
— De que feitiço você está falando?
— Ah! Se tivesse vindo ajudar ia saber. Não são amigos do papai. — dando um passo para trás, fazendo menção de que iria correr.
— Hei! Calma! Não precisa ter medo. — enquanto se agacha novamente, tentando não demonstrar perigo à menina. — Nós só estamos de passagem, mas se o seu pai precisa de ajuda, talvez nós possamos ajudar? Somos boas pessoas.
— Huuuum! Não sei.
Percebendo a dificuldade de Kore em extrair informações, Algar se aproxima, dirigindo-se a menina.
— Mas que lindo guaxinim. — referindo-se ao boneco de pelúcia. — Ele tem nome?
— Não é um guaxinim, é uma rena e o nome dele é Tony.
— Ha, ha! Me desculpe. Agora vi os chifres dele. Eu me chamo Algar.
— Meu nome é Calime.
— É um belo nome. Calime, estamos tentando chegar até a cidade de Galvas, mas acabamos nos deparando com este obstáculo. Você disse que seu pai precisa de ajuda, ficaremos felizes em ajudá-lo.
— Huuuuum! Não sei se posso confiar em vocês.
— Ora, ora. Nós baixinhos temos que ser unidos.
— Eu não sou baixinha. Sou uma criança. Ainda vou crescer.
Com esta afirmação, Algar confirma sua suspeita.
Após um instante, pensativa, a menina decide.
— Tudo bem, vou levar vocês até o meu pai.
Erguendo a mão direita, a menina diz algumas palavras ininteligíveis, até que uma aura escura surge em sua mão.
O chão parece tremer e as rochas que bloqueavam o caminho começam a rolar e cair.
Algar e Kore, que estavam mais próximos, se afastam para não serem atingidos pelas pedras.
O que parecia ser um enorme rochedo a frente agora possui apenas algumas protusões semelhantes à pedras brancas e carne podre, que se movem.
Em seguida, podem ser vistas quatro patas gigantescas e então uma cabeça.
— O que, em nome dos deuses, é isso? — espanta-se Algar, dando alguns passos para trás.
O enorme monstro revela-se também um morto-vivo, quase completamente decomposto. Em sua maior parte resta apenas o esqueleto e não possui asas.
— Aquilo não é um rochedo… é um dragão! — conclui Eril, já concentrando sua magia de fogo na ponta de seu cetro.
— Hei! Não use fogo. — repreende Calime. — Ele vai ficar com medo.
A criatura gigante apóia-se sobre as quatro patas, ergue a cabeça, fitando a labareda na ponta do cajado da elfa e então solta um rugido horrendo.
Com a pata dianteira direita, o monstro ataca Eril, que salta para trás, desviando por pouco do impacto da garra.
Ele tenta uma segunda investida com a mão, mas é detido por Voughan. Seu punho atinge com força a pata do dragão, no sentido contrário em que ela vinha, uma mão chocando-se contra a outra.
Voughan é empurrado para trás, mas detêm o golpe.
— Não machuca ele. — insiste a menina, apontando a mão espalmada na direção do shamarg, enquanto uma energia escura surge em sua palma.
— Mas que diabos? Agora tudo ficou ainda mais escuro. — reclama Voughan, para o espanto dos demais.
— Do que está falando, grandalhão? — pergunta Kore. — Não ficou mais escuro.
— Então porque eu não estou enxergando nada?
Todos voltam seu olhar para a menina.
— Magia de cegueira! — conclui Algar.
Em um movimento brusco, o rabo esquelético do dragão atinge em cheio Voughan, que é lançado longe com o impacto.
— Todos para trás! — ordena o anão. — Calime, não vamos machucar seu amigo. Peça à ele que pare, por favor.
Imediatamente Eril desfaz a energia de fogo na ponta de seu cetro e se afasta, atendendo ao pedido do parceiro.
A menina reluta um pouco, mas em seguida faz um movimento com a mão, na direção do dragão morto-vivo, que se acalma e então senta-se no chão, em uma atitude semelhante à de um cachorrinho.
— Quietinho, Pongo! Bom menino!
— Desculpe se assustamos seu amiguinho. — retrata-se o anão, tentando desfazer o mal entendido e evitar um confronto.
— Ele tem medo de fogo, por isso atacou. Ele não é mau.
— Já entendemos. O nome dele é Ponto, certo? Nos desculpe, Pongo.
A criatura pende a cabeça para o lado enquanto emite um leve ronco sem abrir a boca.
— Ele desculpou e disse que vai levar vocês até o meu pai.
— Ótimo!
O animal esquelético abaixa a cabeça até a altura do chão enquanto abre sua enorme boca o máximo que pode e a mantém assim.
A menina então entra na boca do dragão e faz sinal para que os demais a acompanhem.
— Podem vir. ele não vai morder.
Enquanto os três olham uns para os outros, pensando se deveriam entrar, Voughan reaparece, tateando o caminho, muito irritado.
— Onde está aquele bicho? Vou acabar com ele.
— Calma, Voug! Foi um mal entendido. — explica Kore.
— Isso não me importa. Apenas me diga onde ele está.
— Se você se acalmar, a Calime remove o feitiço de cegueira de você.
Voughan rosna como um animal, mas resolve se acalmar.
— Tudo bem! Mas devolva meus olhos.
Com um estalar dos dedos das mãos, a menina desfaz a maldição.
Todos adentram na boca do monstro e percorrem um pequeno corredor, correspondente a parte interna do pescoço do dragão.
No final do corredor encontra-se uma porta, que é aberta pela menina.
— Estamos mesmo fazendo isso? — questiona Kore. — Entrando boca à dentro de um dragão morto-vivo?
— Confesso que isso pode muito bem ser uma armadilha. — responde o Algar, sussurando. — Mas quero ver aonde isso vai dar. Quero entender o que aconteceu nessa cidade e também quero ajudar aquela garotinha. Ela não sabe que é uma morta-viva. — revela. — Eu suspeitei disso logo que a encontramos, mas confirmei quando ela disse que ainda vai crescer. Ela realmente acha que está viva.
— Mas se esse for o caso, o que podemos fazer?
— Nem tudo podemos resolver. Algumas palavras de conforto e demonstrar nosso apoio é tudo que podemos fazer por ela. Além do mais, precisamos deixar que a alma dela se livre desta existência profana.
— Está dizendo que vamos ter que matá-la?
— Ela já está morta, garoto. Sua alma está presa de uma forma anti-natural em um corpo que apodrece mais a cada dia.
— Não sei se temos o direito de fazer isso.
— Não tinham o direito é de fazê-la passar por isso. Agora quieto ou ela vai ouvir.
Todos atravessam a entrada, chegando à uma sala minúscula com uma grande porta dupla no chão, com os cantos arredondados, que está fechada. Ao redor, diversas janelas por onde se pode enxergar o lado de fora, por entre os vãos das costelas do dragão morto-vivo.
Então percebem que estão em movimento.
— O que está acontecendo, Calime? — pergunta o anão.
— Esse lugar era uma carruagem à vapor, mas não temos mais combustível, então colocamos ela dentro do Pongo e ele nos leva aos lugares que precisamos. Não é legal?
— E aonde ele está nos levando?
— Até o papai. A única forma de entrar lá é de dentro do Pongo. Ta vendo isso? — apontando para a porta dupla no chão da carruagem. — Ela é tipo de uma… chave, ou algo assim.
Ninguém parece entender o que Calime quer dizer e ficam em silêncio, então ela continua.
— O Pongo deita em cima da entrada e encaixa essa porta… chave… sei lá, aí a outra porta abre… e essa também… Aaaaah! Não sei explicar. Vocês vão ver quando chegarmos lá.
Eril se mantém próxima a uma janela, memorizando o caminho que o monstro faz, até que avista algo no solo. Uma espécie de escotilha, mas sem nenhum tipo de fechadura.
Como dito pela menina, o monstro esquelético circunda a escotilha, posicionando-se em cima dela e então se abaixa, tocando sua barriga nela.
Um som de engrenagens e mecanismos pode ser ouvido, até que a porta do chão da carruagem se abre, revelando uma segunda porta, a da escotilha, esta também se abre em seguida.
Uma escadaria leva à um longo corredor subterrâneo, iluminado apenas por tochas nas laterais das paredes. A menina prontamente começa a descer as escadas, até que para, após alguns degraus, e olha para trás.
— Meu pai está lá embaixo. Vocês não vem?
Intrigados, nossos quatro heróis se entreolham, tentando decidir se devem ou não prosseguir.
Quer saber? — diz Kore. — Isso está ficando cada vez mais estranho.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Opiniões e críticas construtivas são bem vindas.