WSU's Soldado Fantasma - O Riso da Caveira. escrita por Nemo, Lex Luthor, WSU


Capítulo 2
O Novo Vigilante


Notas iniciais do capítulo

Como foi dito anteriormente, o prólogo não é obrigatório, mas não significa que ele é desconsiderado, muito pelo contrário suas influencias vão se arrastar até aqui. Outro ponto a ser ressaltado é que essa história faz parte do WSU, que é um universo compartilhado de fics.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/709674/chapter/2

Estrada de Corsário, BA, 20:12

 

A escolta policial, transportava Santana naquela noite, ele era um antigo traficante de drogas da cidade do Corsário que entrou no caminho de um vigilante chamado a Caveira.  Foi condenado a dez anos de prisão. Nessa noite Santana seu destino seria a prisão do Corsário, junto dele, iriam quatro guardas e dois prisioneiros, além do motorista e o seu companheiro.

Santana era branco, cabelos desgrenhados pretos, vestia o uniforme padrão o que destacava seu físico mediano, seus olhos castanhos mantinham um olhar baixo, mas que escondiam revolta e ódio.

A operação era secreta, afinal Santana, era um traficante conhecido e logo tentariam libertá-lo, então tudo foi feito às escondidas, apenas o delegado e membros do alto escalão sabiam da transferência e para não levantar muitas suspeitas, foi designado apenas um camburão. Eles pensaram que não teriam problemas. Erraram.

A estrada estava silenciosa e tudo seguia calmamente. O motorista e seu companheiro, tomavam um bom gole de café, enquanto conversavam animadamente sobre futebol, até o condutor notar um vulto a frente.

Tentou frear, mas o carro estava em alta velocidade, entretanto o homem a sua frente, não sofreu nenhum arranhão, parecia que tinha passado pelo veiculo, como se fosse imaterial. Mesmo assim, o camburão saiu da estrada, e teria batido numa árvore, se o freio não agisse a tempo.

O vulto  não perdeu tempo, atravessou o camburão como um fantasma, portava dois bastões de aço, nos quais atravessaram o peito tanto do motorista quanto do seu companheiro, aparentemente sem causar dano, num primeiro momento, gerando perplexidade, mas depois se materializaram, provocando a morte instantânea em ambos.

— O que está acontecendo aí? — indagou o policial, abrindo aquela escotilha, dando de cara com o invasor. Os guardas decidiram metralhar o intruso, contudo os projéteis somente o atravessavam. O ser intangível usou da mesma tática com os três guardas e ainda vitimou os dois presos que iam com Santana.

— Você deveria evitar ficar se metendo nesse tipo de confusão. — Em seguida o agarrou, e ambos atravessaram a porta traseira do camburão, em seguida ficaram materiais, indo até a moto escondida no mato.

— O que vai fazer? — indagou Santana ao irmão.

— Primeiro, vou te deixar em um esconderijo na cidade, depois vou caçar o homem que te humilhou daquela forma.  — chegou bem perto do rosto do traficante — Mas primeiro, vamos aos negócios.

 

 

Dois dias depois, 8:30 - Cidade do Corsário

 

Meu trabalho... é salvar o máximo de inocentes, acontece que nem sempre isso é o bastante, apenas salvar é como podar as consequências e não aquele que as ocasionou. E esse alguém nem sempre é o traficante, ou um ladrão, não existe lado bom e lado mal, existem pessoas e pessoas estão sujeitas a corrupção.

Políticos, policiais e todos aqueles que se dedicam a arruinar vidas inocentes, para seus próprios fins... Eu realmente desejava trabalhar do lado da lei, mas ela é falha, cheia de brechas, e em brechas tanto escapam como entram coisas. Na maioria das vezes tento não matar, vejo as coisas de forma diferente, e evito, mas as vezes tenho que fazê-lo, não é justificável ou mesmo correto, mas em algumas situações ou você mata ou pessoas morrem.

A noite chegava mais uma vez na cidade do Corsário, uma gangue de traficantes se armava para promover uma aliança com uma gangue rival, pois sobreviver na cidade, se tornava mais difícil, o Temerário, era um dos motivos centrais, agora some isso a um indivíduo misterioso que espancou seis rapazes de uma vez e você tem medo. Porém haviam outros rumores, a de que um novo chefe do crime estava em ascensão e o pior de tudo, um aprimorado.

As gangues contavam com 47 indivíduos, todos armados até os dentes e para o caso de traição. Todos observavam seus líderes, conversando e propondo condições.

Enquanto isso uma figura solitária jazia observadora, em frente ao armazém com a ajuda do seu fuzil sniper M24, fitava os presentes, sua missão ali era apenas observar, identificar e rastrear os indivíduos até suas residências e eliminar um alvo, um que ele buscou por semanas e que ainda não estava lá.

De repente um carro estacionou no local, era moreno, cabelos desgrenhados e negros, estava vestindo roupas simples, desceu do carro, o assassino estava com o dedo no gatilho. Nisso a porta do carona se abre, e uma garotinha sai.

— Papai, espera. — disse uma menina de cabelos negros e pele morena, aparentemente de seis anos.

— Filha, fique no carro, papai não vai demorar muito. — falou ele, indo até ela, enquanto a colocava no carro e dizia:

— Depois que tudo acabar, prometo que te levo no cinema para ver aquele filme...

— Zootopia.

— Sim. Esse mesmo — disse ele enquanto trancava o carro e passava a mão na cabeça dela. Seu algoz abaixou a arma. Não vale a pena.

No galpão as coisas seguiam como o combinado. O rapaz entrou no galpão e a porta se fechou, enquanto o seguinte discurso era ouvido:

— ... desse modo, nossos esforços para eliminar a ameaça dos vigilantes e do nosso novo...

A frase foi interrompida, pela queda de uma caixa de papelão, que acabará de surgir do teto. Alguns se assustaram, mas um deles se aproximou da caixa e em seguida começou a abrir dizendo:

— Mas que porra é...

Nem teve tempo de concluir a frase e todo o armazém voou pelos ares, em uma terrível explosão, arremessando destroços por toda a área. E surpreendendo até mesmo o vigilante. Ele observou o carro onde a garotinha estava, aparentemente estava quase intacto com alguns riscos e amassados, mas sua ocupante não estava, algo havia quebrado e ele não podia fazer nada.

Após se recompor um pouco, recolheu a arma colocando-a nas costas e saiu do local saltando entre os prédios, sem jamais hesitar ou errar.

Mas enquanto o vulto saia de cena, uma figura emergia das chamas do desastre, sem qualquer dano ou ferimento aparente, o novo chefe do crime  estava em ascensão e com seus inimigos eliminados, iria se dedicar a uma única causa: Destruir o Temerário.

 

21:00

 

No entanto, não se dirigiu para sua casa, ver um barracão explodir junto com pessoas dentro era traumático, poderia ser traumático, mas não se importava, pelo menos não com aquilo, haviam outros demônios o atormentando… Tudo o que queria era informação, a respeito de um fugitivo da justiça, Santana. E de quem quer que fosse o responsável pela explosão, pois apesar de serem criminosos eles tinham família.

Conseguir informação no mundo no crime, geralmente não é uma tarefa muito fácil, mas esse vigilante tinha experiência e paciência... muita experiência. Sabia onde ir.

O problema de ser um vigilante é que as pessoas acham que você só veste sua roupa e sai para combater o crime, claro tem esses casos, imprevistos surgem, mas prefiro ser conhecedor do meu inimigo, do que cometer um erro pela ignorância. E além disso existem muitas fontes a serem exploradas, especialmente os elos mais fracos.

Ele as encontrou em seu beco costumeiro, onde vendiam suas drogas, acontece que esse beco ficava a uma distância considerável da escola e em algumas ocasiões muitos estudantes acabavam experimentando e se viciando, (afinal eles usavam crack misturado com as outras drogas) se tornando capachos dos vendedores, dispostos a qualquer coisa. E daí nasciam problemas, nem todos ou a maioria, mas ainda assim problemas.

O Soldado inicialmente analisou o terreno de cima do prédio: Haviam três vendedores e sete usuários no local. Os vendedores estavam desarmados, talvez tivessem facas, mas não iria fazer diferença. Ele desceu silenciosamente do prédio e foi para a rua, virando para a direita adentrou no beco.  Um dos vendedores, ao ver um novo usuário em potencial perguntou:

— Compre ou vaza, escolha.

— Diga ou morra, escolha. — respondeu o homem, caminhando lentamente em direção ao vendedor de forma séria e obscura. — Sou eu quem dita as ações por aqui...

 — Santana, o que sabe sobre ele?

 O vendedor respondeu depreciativo:

— Seu imundo! Compra ou vaza! Vai querer ou não? 

O homem se aproximou do vendedor dizendo:

— Vou querer sim… — Em seguida o agarrando pela camisa o jogou contra a parede. — Santana domina essa região, você trabalha para ele, você sabe quem é ele, você vai me contar sobre ele, ou então...

Os usuários fugiram (pelo menos os que conseguiam correr), enquanto os outros dois armados de canivetes, foram em direção ao inimigo que por sua vez, abandonou o traficante desmaiado no chão. Um dos vendedores desferiu um golpe direto no peito do Soldado, mas não houve qualquer dano, sem perder nenhum segundo este, agarrou a mão que portava a adaga e a quebrou, em seguida chutando o traficante contra a parede.

O segundo tentou um ataque pelas costas, mas o vigilante percebendo sua aproximação correu em direção a parede e enquanto a subia, saltou da mesma, em um giro, caindo para trás do seu agressor, golpeando pelas costas, fazendo com que ele ganisse de dor. Em seguida foi até os pacotes de drogas, desembrulhou todos, juntou os dois criminosos desmaiados e colocou os pacotes sobre eles. Agarrou o que tentará lhe vender e o levou para o telhado.

Um pouco depois o vendedor recobrou a consciência, a princípio estranhando o local, mas em seguida se dando conta de onde estava e quem estava com ele.

— Por favor, cara me solte.

— Primeiro a informação. — respondeu o Soldado de costas para ele.

— Eu juro que não sei de nada. — lamuriou ele.

— Sabe, no meu trabalho é primordial que eu saiba dizer se mentem ou se dizem a verdade. — disse o Soldado enquanto se virava — Embora sua língua diga uma coisa, seu corpo me diz exatamente o contrário.  — Em seguida continuou:

— Meu tempo é limitado, se não me contar o que quero saber vou arrancar a informação de você, de uma forma nem tão confortável claro... — O vulto exalava obscuridade, e com ela vinha o medo e com o medo a confissão.

O vendedor fitou aquele homem mais uma vez, pensou na força de seu golpe e se lembrou de algo, algo que ouviu enquanto atendia um usuário:

— Eu não acredito nisso.

— Eles foram espancados mano, tomaram uma surra tão tensa que alguns estão em coma.

— A Caveira não faria isso...

— Dizem que outro cara...

*******

 

 

— Tudo bem, só não faça nada comigo — lamuriou o infeliz — Dizem que Santana está em uma casa perto do porto, está aguardando um navio para extraditá-lo, para um outro estado.

— Seja mais especifico — falou o estranho, dando pequenos passos em direção ao vendedor apavorado.

— D-dizem que ele está em uma casa, em frente ao mercado Três Irmãos.

— E o navio?

— É o Santa Rita, ele irá aportar as onze e deixar o porto lá pelas três, não querendo dedurar os amigos. — Ele dá um sorriso amarelo — Mas ele é frequentemente usado para transporte de gente assim, drogas e até urânio.

— Mais alguma coisa?

 — Se eu fosse você, ficaria longe do Santana, o irmão dele é um assassino profissional e está protegendo ele. Corre o boato, que está procurando a Caveira para se vingar, mas acho que ele se aposentou... Por favor não faça nada comigo, é tudo o que eu sei!

— Você cooperou e está dizendo a verdade... — Ficou pensativo, mas em seguida se resolveu:

— Não vou te machucar, contanto que você se entregue a polícia e abandone essa vida... aproveite essa segunda chance. — Ele deu uma pausa — Contudo, se eu te encontrar novamente fazendo esses mesmos negócios, pode ter certeza que você irá desejar não ter nascido. — saltou do prédio para outro desaparecendo de vista.

*******

 

 

A verdade é que com tudo o que estava acontecendo, as coisas que ele presenciou nos últimos dias e com as quais tinha de lidar, precisava descansar. Pois amanhã ele acordaria cedo, para seu bico no corte de cana. Afinal todos temos nossas despesas, não é?

 

 

11:00

Seu sobrado, possuía três cômodos, a cozinha/sala, seu quarto e o banheiro. Contava com uma pia, mesa, uma geladeira, dois banquinhos, um colchão, rádio, uma TV de dezoito polegadas. Trancou a porta, colocou a arma em cima do colchão e foi em direção a geladeira. Após ter tomado o desjejum, ligou a TV e viu as notícias:

Havia uma repórter perto de um prédio já fumacento, ela narrou o seguinte:

— Um antigo armazém do lado norte da cidade explodiu, segundo a polícia, ali era o quartel-general de um grupo de traficantes, ainda não foi estabelecida uma contagem oficial, mas se estima que foram de vinte a trinta homens, mortos. A polícia tem levantado diversas teorias do que teria provocado a explosão, desde um cano de gás defeituoso, ao ataque de uma gangue rival. — Ela se aproximou do delegado dizendo — Mas parece que alguns policiais têm suas próprias teorias. Delegado Romário, o que o senhor pensa sobre isso?

— Bom, acredito que haja um novo vigilante na cidade e diferentemente do chamado Caveira, ele é consideravelmente mais brutal e com treinamento de nível militar, senão maior. Sabemos que esse vigilante, tem atacado essa gangue faz dois dias, ontem a central recebeu uma ligação anônima, onde seis membros foram encontrados espancados, alguns estão em coma...

 

 

*******

Ele se lembrava daquela noite, estava chegando na cidade, procurava um local para passar a noite e em sua caminhada conviveu com uma jovem aterrorizada, os caminhos iriam se separar por um curto período de tempo e nesse ínterim, ela foi pega por um grupo de rapazes, eles a espancaram, e ele os espancou de volta, só que o dano já estava feito, aquela noite jamais sairia da garota, ou dele.

Ela estava quebrada, por dentro e por fora, mesmo inconsciente ele percebeu isso. Pensou em chamar a polícia, mas concluiu que era ela quem faria a escolha. Então ele a levou para casa, não foi difícil encontrar com seu GPS. O difícil foi carregar uma garota inconsciente pela noite e ainda entrar no apartamento dela, por sorte, sua colega de quarto não estava lá. Ele efetuou os cuidados necessários e deixou as pistas necessárias para que ela soubesse que foi ele.  Realmente queria estar lá quando despertasse, mas ele entendia que ele era a memória viva daquela noite. Portanto o melhor era não estar lá. Como ele sabia de tudo isso? Pesquisa.

O delegado continuou:

— Quando interrogados, eles admitiram que tentaram violentar uma jovem, mas essa figura surgiu e derrubou os seis, exigindo que eles confessassem seus crimes e bem...

De repente a reportagem cortou para um jovem todo enfaixado:

— E-eu admito, tentamos mesmo e ela não foi a única... Ele disse que ia nos encontrar e nos matar se não admitíssemos... aquilo não é um homem, é o diabo!

— Vocês é que não são homens.

 Romário continuou:

— Eles nos deram uma descrição do sujeito, como sendo alto, encorpado, um uniforme preto, não puderam ver seu rosto, pois era ocultado por uma máscara preta meia face. Alguns deles alegaram que o sujeito parecia ter força sobre-humana, bem como reflexos e o ultimo não deve estar em sua sanidade...

— O senhor acha mesmo que poderia ter sido esse vigilante que fez isso?

— Bom nós temos o Caveira, mas ele é só um homem com uma fantasia, o que aqueles rapazes encararam era bem diferente disso.

— O senhor está disposto a promover uma caçada a este vigilante?

— Bem, por enquanto não a provas suficientes para comprovar que ele, é responsável pelo que ocorreu aqui, mas estamos montando uma força tarefa para trazer a nossa cidade paz e segu...

O rapaz desligou a TV e se levantando da cadeira murmurou:

— Não faça promessas que não pode cumprir policial, essa cidade nunca conheceu a paz e não vai conhecer porque eu serei preso.

Em seguida, afastou sua geladeira do local e pegou uma mala, cheia de armas, a maioria todas roubadas de traficantes. Ele pegou dois 38, bem como seis pentes, duas adagas, sua "Sniper", junto com um pente. Para finalizar bebeu mais um pouco de café, limpou o rosto e foi se preparar.

 

 

*******

Ficou no telhado do mercado analisando o inimigo, a casa era grande, provavelmente, haveria de dez a vinte homens ali, todos armados, poderia simplesmente denunciar e deixar aquilo com os policiais, mas sabia que alguns poderiam morrer e além disso aquilo era pessoal. Santana privou algo dele.

Desceu discretamente do telhado do supermercado, deixou sua Sniper ali,   afinal ela cumprira seu papel. Lhe conferiu visualização.

Invadiu a casa vizinha, escalou o telhado, colocou dois silenciadores nos revólveres, pulou do telhado para o muro e assim que seus pés o tocaram, saltaram o mesmo em um pulo maior, no qual ele girou seu corpo e disparou contra os dois guardas que guardavam a parte de trás. Eles caíram agonizando, não iam morrer, mas também não iam interferir.

O Soldado por sua vez, caiu rolando na grama em seguida sutilmente se levantando, foi até a porta dos fundos e instalou um pequeno disparador de gás lacrimogêneo. Em seguida, deu uma olhada pelo lado esquerdo da casa, ninguém, avançou um pouco e no caminho plantou os disparadores nas janelas. Ao se virar um pouco, notou dois guardas, voltou a parte de trás da casa e avançou pelo lado esquerdo, como não encontrou ninguém plantou também nas janelas.

Em seguida, se virou e vislumbrou os dois seguranças conversando entre si, efetuou os disparos, e ambos caíram em agonia, mas foram segurados pelo vigilante, que os colocou no chão levemente. O soldado avançou cuidadosamente em direção a porta e bateu na mesma com um toque formal. Mas todo o resto aconteceu em uma frenesi de segundos:

Um traficante a atendeu, mas antes que pudesse abri-la a porta caiu sobre ele e o invasor avançou impiedosamente, três traficantes abriram fogo, mas as balas ricochetearam, ele protegia seu rosto com os braços, enquanto se concentrava, bem na linha de fogo das armas uma brecha no espaço se formou e outra na linha das pernas, quando estes dispararam, foram atingidos pelas próprias armas.

Ele podia criar distorções, brechas no espaço físico, alterando trajetórias, fugindo, ou atacando o inimigo com a mesma moeda, algo bem semelhante ao que os buracos de minhoca fazem na ficção. 

Um escondido avançou com um facão em direção ao desconhecido pelas costas, mas este percebeu, agarrou o facão, desferiu um chute para trás no escondido, se virando, e fazendo-o sentir o peso de seu soco frontal em seu peito. O Soldado sacou sua adaga, encarando mais um traficante, e criando a mesma distorção que antes, cravou a adaga nas costas do inimigo. Um deles tentara socar seu rosto, mas acabou golpeando o seu próprio. Quando quase todos acabaram derrotados e desarmados, mais dois deles decidiram fugir pela porta dos fundos, mas o vigilante disparou nas pernas de ambos, disparando logo em seguida o gás lacrimogêneo.

Santana  se encontrava escondido em seu quarto, tentando ligar para seu irmão, infelizmente para ele, o celular se encontrava na caixa postal. A porta se abriu e um homem adentrou no quarto. Seus passos eram lentos, como se sua dedicação fosse tornar aquilo o mais diabólico possível para Santana. O homem vagou por todo o quarto, e depois fez menção de deixar o quarto, Santana sentiu um pequeno alivio, mas durou pouco, pois os passos do Soldado, hesitaram e se voltaram em direção a cama.

— Quero que você saiba. — disse o Soldado sinistramente — Que me deu trabalho, para te rastrear, passei meses caçando seus amigos, cada um deles foi preso e pagou o preço. Você teve sua chance de ser preso, sem tomar uma surra, mas por sua culpa policiais foram mortos.

— Eu pago qualquer coisa! — gritou Santana embaixo da cama. — Pode levar tudo!

— Estou aqui, por que fiz uma promessa, nada vai mudar isso. — Logo depois pegou a cama e com um único puxão a fez ser jogada na parede atrás de si. A raiva e a dor inebriavam o fantasma. Ele se defrontou com um trêmulo traficante, o homem que tinha começado tudo aquilo.

— Há alguns meses você estava em Itapeva, coordenava um grupo de traficantes, mas tinha seus rivais e quis eliminar sua concorrência. Houve um tiroteio, entre os dois grupos, pessoas se feriram e outras morreram... mas você jamais se importaria com isso, não é?

O Soldado o agarrou pelo colarinho e ficou cara a cara com ele, em seguida dizendo:

— Você não se importou com aquela garotinha! — Em seguida o arremessou contra a parede contrária. Santana caiu entre os ferros da cama e disse quase chorando:

— Eu sinto muito car... não sabia... Me perdoe por... — Mas o vigilante não deu atenção.

— Santana Teixeira, idade 27 anos, três passagens pela polícia, preso por tráfico de entorpecentes, homicídio, latrocínio roubo, pedofilia, fora todas as pessoas que você matou ou mandou matar e que nunca foram encontradas, mas você não fez nada disso porque não teve oportunidade, você teve muitas, e boas pessoas pagaram o preço.

O Soldado o pegou e o arrastou até a cozinha dizendo:

— Eu a carreguei em braços enquanto ela sangrava, pedi ajuda inúmeras vezes, a você próprio, mas você apenas quis sair do local e fugir...

Nisso. Ele o jogou contra a mesa da cozinha.

— Ela morreu, não apenas pela sua ganância, mas pela sua negligência, se tivesse recebido tratamento, ela estaria viva...

— Me lembro de você... — disse Santana gemendo. — Me matar... Não vai trazê-la de volta...

— Não. — Sacou suas adagas e subitamente as cravou nos olhos de Santana, removendo-as de forma brusca e  aplicando um corte no cento peito. Depois as retirou e limpou dizendo, enquanto Santana gritava de dor:

— Isso não vai acontecer, mas você também não vai se recuperar, não é?

— Nunca! Nunca vou viver essa vida de merda! — disse Santana com raiva em seus últimos momentos, enquanto colocava as mãos sob os olhos — Eu devia ter te matado!

— Sim, você deveria ter tentado. — Seu algoz se agachou e ficou em frente ao traficante caído:

— Mas eu lhe sou grato, se não fosse por você e seus amigos, eu estaria levando minha vida pacata em outra cidade, deixando pessoas inocentes sofrerem e morrerem, enquanto pessoas como você se divertem...

— Não mais.

— Seu verme... Você vai morrer... ele vai te pegar... e se não te pegar... A polícia vai.... Você é um terrorista agora...

— O que?

— Acha realmente que vão culpar meu irmão... Pelo armazém? Sorria amigo...você está... Sendo fil.m...

O Soldado se virou e viu uma câmera gravando tudo. Ele a encarou friamente e saiu da casa, em direção a noite eterna e ao seu próximo alvo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Como foi dito na outra nota e como você já deve ter percebido temos outro vigilante na cidade, que é a Caveira (ou Temerário) vai ser a partir do segundo capitulo que ele vai adentrar na história. Caso você não tenha lido a história dele, você tem duas opções: Ler a história dele que pode ser encontrada aqui (já está terminada e é muito boa): https://fanfiction.com.br/historia/709152/WSUs_O_Temerario/ . Ou você pode optar por ler o resumo (caso não goste do estilo entre outras coisas), que sairá no início das notas do próximo capítulo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "WSU's Soldado Fantasma - O Riso da Caveira." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.