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Capítulo 3
Hogwarts Express


Notas iniciais do capítulo

Olá! Eu estava bem ansiosa para postar esse capítulo, pois teremos a introdução de diversos personagens novos, além da participação de alguns originas da série que foram inseridos no contexto. Espero que gostem! Boa leitura!



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O Quarto Rosa, após quase cinco anos abrigando a mesma residente, havia mudado consideravelmente. As cortinas, antes verde-grama, foram substituídas por panos pesados e azuis; as paredes estavam cobertas por pôsteres de bandas e cantores trouxas famosos; na escrivaninha, ao lado da pilha de livros variados, havia uma gaiola prateada contendo uma coruja-serra-afiada pequenina que dormia com a cabeça enfiada na asa; e, logo à frente da mesa, havia uma cama grande na qual Aurora Young ressonava suavemente.

Dez minutos depois, quando o despertador soou pela segunda vez, Ava abriu os olhos, sonolenta, porém animada. Ela mal havia dormido, antecipando o dia seguinte, mas não se sentia nem um pouco cansada enquanto ia para o banheiro afim de se trocar para a longa viagem que faria.

A garota estava extremamente animada para voltar a Hogwarts. Ela queria rever suas melhores amigas, Freya Ayers e Dorothy Lacroix, após três meses separadas, e sentia falta da escola em si. Além disso, o quinto ano era o ano dos N.O.M.s, exames que definiriam seu futuro no mundo bruxo. Ava não sabia bem qual profissão gostaria de seguir, mas pensara em algo no Ministério da Magia, de preferência lidando com trouxas. Além disso, a garota estava decidida a se juntar ao time de quadribol da Corvinal, sua Casa, agora que boa parte da equipe antiga se formara.

Ao voltar para o Quarto Rosa, já vestida, Ava olhou-se no espelho para ter certeza de que estava tudo em ordem. Ela havia colocado jeans pretos e um blusão branco de mangas longas, arrumou seu cabelos escuros soltos ao redor do rosto, não querendo prendê-los, e calçou botas em seguida.

Sua bagagem fora levada para o andar de baixo no dia anterior, então ela apenas pegou a gaiola de sua coruja, Amora, que estava muitíssimo insatisfeita por ter ficado presa durante a noite, e a bolsa com sua varinha, o dinheiro bruxo, além das vestes de Hogwarts.

No andar de baixo, sua mãe, Meggie Young, já a esperava. A mulher de cabelos negros e olhos azuis estava impaciente, olhando para o relógio a intervalos regulares de três segundos enquanto bebia seu café fumegante. Ela arregalou os olhos em alívio ao ver a filha descer as escadas.

— Finalmente! — disse. — Achei que tinha desistido de ir. Pegou tudo? Amora? A bolsa? Ótimo, não dá tempo pra comer, vamos andando!

Meggie, para o espanto de sua filha, bebeu a caneca de café num gole só e correu porta afora, parando apenas para pegar seu casaco no gancho do corredor. A mãe tinha razão, eram dez e meia, e tinham de estar na Plataforma às 11 horas, portanto era bom que corressem.

A menina pegou o malão, carregando-o com algum esforço, e o levou para o porta-malas, que sua mãe mantinha aberto. Ela o colocou lá dentro, caminhando rapidamente para o banco da frente com a gaiola de Amora.

— Quero que me mande uma coruja assim que chegar — lembrou Meg, já dirigindo em direção à estação. Com o passar dos anos, ela havia aderido à linguagem bruxa com facilidade, dada a frequência com que Aurora a reproduzia. — E não vá se meter em encrenca, por favor.

Ava riu, assentindo.

— Eu nunca me encrenco — disse.

Era verdade; por ser geralmente ofuscada por Freya e Dorothy, a garota nunca estava no radar dos professores. Infelizmente, o zelador, Argo Filch, nutria uma desconfiança implacável por ela desde que a pegara tentando contrabandear nugá sangra-nariz como um favor a Jason Stone para sua Casa no terceiro ano. Aquela fora a única ocasião em que chegara perto de levar uma detenção, pois os artigos da loja Gemialidades Weasley eram estritamente proibidos, mas ela conseguiu escapar fingindo que fora confundida.

Assim, em quinze minutos, as Young estavam chegando em King's Cross. Ava, com ajuda de Meg, colocou seu malão no carrinho e elas seguiram para a Plataforma 9, apressadas.

— Não se esqueça de escrever toda semana — dizia Meggie.

Logo, as duas estavam diante da parede que levaria Ava até a Plataforma 9 ¾. Meggie suspirou, abraçando a filha, que correspondeu o gesto com certo pesar; a garota detestava deixar a mãe só em casa.

— Tenha um bom ano letivo, meu bem — desejou Meg. — Nos vemos no Natal.

— Até, mamãe — respondeu ela.

A mulher se afastou enquanto Ava se preparava para correr em direção à amurada. Ela lançou um último olhar carinhoso a sua mãe antes de avançar, apressada; faltavam dez minutos para as 11 horas. Aurora correu, fechando os olhos apenas por costume, e abrindo-os para encontrar-se num lugar totalmente diferente.

Sua plataforma, como sempre, estava apinhada de gente. Ela se moveu com dificuldade entre a multidão, tomando cuidado para não dar com o carrinho em ninguém enquanto procurava por algum de seus colegas. Ao olhar adiante, Ava avistou um braço pálido acenando em sua direção: ele estava ligado a Dorothy Lacroix, que parecia muitíssimo animada.

A garota avançou até sua amiga, sorrindo contente ao vê-la. A seu lado, Agatha Lacroix, a avó de Dory, abandonou sua conversa com uma mulher e uma garotinha, ambas ruivas, para cumprimentá-la.

— Alô, querida — disse em sua voz trêmula. A mulher, como Aurora descobrira ainda no primeiro ano, era a única parente viva de Dorothy, e a criara em uma casa protegida com magia no litoral do país.

— Oi, sra. Lacroix — respondeu Ava.

— Deixe-me apresentar — disse, virando-se para a ruiva à sua frente. Aurora quase teve um derrame quando a reconheceu. — Ava Young, esta é Gina Potter; Gina aqui é minha prima em segundo grau e eu a examinei pessoalmente em seu N.I.E.M., uma bruxa brilhante. E esta é Lily, filha dela, que está começando em Hogwarts esse ano.

— Olá — disse Gina, entendendo a mão para que Ava apertasse.

Ela já vira a sra. Potter pela plataforma, claro, pois fazia a mesma série que seu filho mais velho, James. No entanto, em todas as ocasiões, Ava quase explodia de felicidade, pois Gina já jogara para as Harpias de Holyhead, o time de quadribol para o qual ela torcia, e agora trabalhava como editora de esportes no Profeta Diário, o principal jornal bruxo da Grã-Bretanha.

— Muito prazer — disse Ava, falsamente controlada. — Eu li seu artigo sobre a defesa das Harpias e acho que está totalmente certa, elas estão deixando muito a desejar.

Gina assentiu, aprovando.

— Fico feliz que tenha gostado. Você torce pra elas? — indagou.

— Desde o meu primeiro ano — respondeu a menina, e a mulher sorriu.

— E você, Lily, está animada para ir a Hogwarts? — perguntou Dorothy, dirigindo-se à garotinha ao lado da sra. Potter; com seus cabelos ruivos, a amiga de Ava poderia ser facilmente confundida com a irmã mais velha de Lily.

— Sim — trinou a pequena Potter, balançando a cabeça para enfatizar a resposta.

— E já sabe em qual Casa quer ficar? — indagou Aurora.

— Na Grifinória — respondeu a garota. — Que nem todo mundo na minha família. Bom... menos a Lucy, que está na Corvinal, e o Alvo, que foi pra Sonserina.

Aurora assentiu em reconhecimento, lembrando-se do choque geral de dois anos atrás, quando Alvo Potter fora selecionado para a Casa rival à de seus pais; no entanto, o garoto parecia estar totalmente adaptado agora, e criara uma amizade forte Scorpius Malfoy. Já Lucy Weasley era uma garota sorridente de cabelos castanho-avermelhados que agora estava no quarto ano e parecia amar a Corvinal com todas as suas forças. 

— Vovó, eu acho que está na hora de irmos — disse Dorothy, checando o relógio em seu pulso.

A sra. Lacroix assentiu, aproximando-se para beijar a testa da neta – e tendo de ficar na ponta dos pés para tal.

—Tenha um bom ano, querida — disse. — Vocês duas estudem bastante, sim?

— Foi um prazer rever vocês — disse Dorothy a Gina, que sorriu.

— Igualmente — respondeu a mulher. — Você também, Ava.

Aurora sentiu que poderia explodir ao ouvir aquilo, mas preferiu agir normalmente e logo estava andando com Dory entre a multidão até o trem, para o compartimento que Freya Ayers já estava guardando para elas.

A menina livrou-se do carrinho e, com ajuda da amiga, conseguiu carregar seu malão e a gaiola de Amora até a cabine onde Freya esperava com seus pais, Elijah e Harlen. Ambos haviam frequentado Hogwarts por volta do tempo de Clarabella, e agora o primeiro trabalhava no Ministério da Magia como auror, enquanto o outro era médico em um hospital trouxa de Londres.

— Olá, meninas — disse Elijah, sorrindo abertamente. Ele tinha a pele no mesmo tom que sua filha e era bastante alto. Seu marido, Harlen, tinha quase a mesma altura, mas era ruivo e pálido.

— Já estávamos de saída — garantiu. — Sua mãe ainda está por aqui, Ava?

— Acho que sim — disse a menina. Meggie e os pais de Freya haviam se conhecido durante o segundo ano das meninas e haviam se tornado amigos tão inseparáveis quanto elas. Harlen assentiu.

— Então vamos, Eli, são quase 11 horas. — Então virou-se para a filha: — E você, tenha juízo, por favor.

Ao lado da janela, Freya riu.

— Eu sou monitora — disse, falsamente presunçosa.

O homem rolou os olhos, mas então sorriu e abandonou a cabine, junto de seu marido. Durante aquele verão, Freya havia recebido uma coruja anunciando que seria a nova monitora da Corvinal, assim como Ian Boot. Ela recebera também um distintivo que usava agora, assim como as vestes de Hogwarts.

— Alô, vocês duas — disse Freya, sorrindo. — Foi ótimo lá na casa de praia, mesmo vocês tendo se recusado a ir, obrigada por perguntarem.

— Ah, desculpa Freya — pediu Dorothy, as sobrancelhas franzidas. — Minha avó quis visitar os Weasley, e depois voltamos à França.

— E eu fui pro Alabama, lembra? — perguntou Ava. — A propriedade do meu avô continua lá, temos que ir de tempos em tempos ver se está tudo certo.

— Ah, tudo bem — garantiu Freya, — Vocês perderam duas semanas inteiras de chuva direto e uma cadela prenha muito zangada.

Dorothy e Ava riram, e o trem começou a andar enquanto Freya contava em detalhes os dias que passara na casa de veraneio de seus pais, no litoral, descrevendo em detalhes a ida às pressas ao veterinário quando os filhotes de Colette, a cadela, dicidiram nascer. Logo, o trio ouviu batidas na porta e Ian Boot, o outro monitor da Corvinal, apareceu.

— Ei, Ayers, temos que ir para o vagão dos monitores — informou.

— Ah, sim — disse ela, levantando-se. — Até mais, meninas.

Freya deixou o compartimento praticamente flutuando, o que causou risadas nas duas garotas. Pouco tempo depois, Ally Smith e Lisa Macmillan, duas quintanistas da Corvinal que dividiam o dormitório com o trio, juntaram-se a elas. De pronto, Dory mergulhou numa conversa sobre os N.O.M.s com Lisa, enquanto Ally e Aurora se ocuparam em falar de quadribol; Ally tentaria a posição de batedora naquele ano, e torcia para entrar no time com Ava.

— Seria genial — comentou a garota, animada. — Imagina se ganharmos a Taça das Casas?

— Acho que vamos precisar de um milgare para isso — declarou Lisa, largando momentaneamente o assunto dos N.O.M.s e virando-se para as outras duas.

— Não precisamos de uma milagre quando teremos a melhor artilheira de Hogwarts — declarou Ava, referindo-se a si mesma de brincadeira e arrancando risos das outras.

— Nosso time do ano passado era bastante fraco, acho que por culpa dos batedores — comentou Dory, pensativa. — Porque Wood era um bom goleiro; os artilheiros, embora desorganizados, conseguiam trabalhar a bola; e o apanhador não era de todo ruim.

— Acho que você tem razão — disse Ally. — É realmente uma pena, lembra daquele jogo que perdemos pra Grifinória?

As quatro fizeram caretas. Em seu quarto ano, o time da Grifinória marcara vinte e cinco pontos de diferença em relação ao time da Corvinal. A partida acabara após uma hora de pura decepção quando o apanhador da Casa delas, Noah Corner, tivera a decência de agarrar o pomo de ouro.

— Acho que Wood vai se sair bem como capitão — disse Ava com firmeza. Owen Wood era um rapaz de sua série um pouco mandão e mal-humorado que jogava como goleiro desde o terceiro ano.

— Se for melhor do que o antigo, estamos no lucro — zombou Lisa.

— Qual é a sua vassoura? — perguntou Dorothy, virando-se para Ally.

O olhar da menina iluminou-se, e pela meia hora seguinte, Smith falou sobre sua Nimbus 2016, adquirida durante as férias. Em troca, Aurora contou sobre o emprego temporário que tinha conseguido no verão para ajudar sua mãe a comprar uma Firebolt II. A série de vassouras já estava em sua quarta renovação, mas Ava teria de trabalhar uma vida inteira antes de comprar a Firebolt IV; de qualquer forma, a II seria igualmente competente.

— Uma Firebolt! — exclamou Ally, quase pulando de animação. — Deve ter custado uma fortuna!

— Foram dois meses e meio de trabalho árduo, fora o tempo em que estive no Alabama — disse Ava. — Mas valeu à pena no final.

Assim, as quatro corvinas continuaram a falar sobre quadribol durante vários minutos, até que a senhora do carrinho de comida apareceu à porta; ela estivera presente no trem em todos os anos de Ava, sempre com o mesmo sorriso bondoso e barriga protuberante.

— Querem alguma coisa, queridas? — perguntou.

De pronto, elas começaram a remexer em bolsos e mochilas afim de achar dinheiro. Aurora havia reabastecido seu estoque de galeões trocando o dinheiro trouxa que conseguira guardar de seu salário de verão com os duendes do Gringotes, e logo havia puxado um galeão de ouro reluzente da bolsa.

Ela foi até o corredor acompanhada de Dorothy, e, enquanto agachava-se para ver o que tinha na parte de baixo do carrinho, notou que as pessoas de outras cabines começavam a se aproximar. Ao se erguer novamente, deu de cara com um rapaz alto de cabelos castanhos que a olhou, sorrindo nervosamente.

— Oi, Ava — disse Charlie Cattermole, um aluno da Grifinória que também cursava o quinto ano. A garota sorriu, percebendo que o rosto dele se tornara escarlate com aquele gesto.

— Olá, Charlie — respondeu. Quando estavam no segundo ano, Freya havia lhe contado que o garoto nutria uma queda não-tão-secreta por ela, fato que Ava tentava ignorar com todas as suas forças.

— Como é que foi de verão? — perguntou, mexendo nos sapos de chocolate casualmente.

— Foi legal — respondeu Aurora, juntando uma pilha de tortinhas de abóboras. — Voltei ao Alabama, arrumei um emprego temporário... sabe, coisa de gente normal.

Ele riu, embora não fosse engraçado, e a menina estendeu o que tinha pegado para que a senhora do carrinho visse.

— Serão nove sicles e quatro nuques, meu bem — disse ela, carinhosamente.

— Ei, se quiser passar na minha cabine depois — falou Charlie, pegando pelo menos uma dúzia de sapinhos de chocolate. — River Jordan está nos ensinando a mudar a cor dos cabelos.

Aurora sorriu e assentiu, embora não tivesse a menor pretensão de ir ao compartimento do rapaz, e voltou para o seu próprio com os braços cheios de doces. Dorothy lançou um olhar exasperado à amiga, seguindo-a.

O resto da tarde passou depressa. Harpia, a gata de Dory, acordou com muita raiva por ter sido enfiada em sua gaiolinha para a viagem, e começou a sibilar e miar tanto que a garota foi obrigada a deixá-la sair; com muita dificuldade, Ava tirou sua Firebolt do malão para mostrá-la a Ally, cujos olhos pareceram quase marejar de emoção; e Lisa ensinou a todas o feitiço que seu irmão mais velho, um auror em treinamento, criara durante as férias, que permitia, num duelo, sugar maldições lançadas pelo oponente através da ponta da varinha: captum.

Foi só quando o Sol estava se pondo que Freya voltou. Ela parecia cansada, mas contente, e se adiantou para um dos bolos de caldeirão restantes de Ava, atacando-o sem piedade.

— Como é que foi a primeira tarde de monitora? — indagou Dorothy, animada.

— Foi bem normal, creio eu — respondeu a garota, engolindo antes de falar. — Nós nos reunimos uns vagões à frente, recebemos instruções dos monitores-chefes e depois fomos patrulhar os corredores por um tempo. Acreditam que Odell Wood explodiu uma bomba de bosta no compartimento de Marcus Bole? Foi uma nojeira. O que me lembra: vocês nunca vão adivinhar quem é o monitor da Grifinória!

— Quem? — perguntou Ally, interessada.

Tony Finnigan.

Tony Finnigan? — repetiu Dory, surpresa.

Ava compreendia o espanto; o garoto de cabelos claros era famoso por andar com Seth Sawyer, James Potter II e Fred Weasley II, já tendo pegado algumas detenções por tomar parte nas empreitadas malucas de seus amigos, como colocar uma tonelada de vermes cinzentos na sala de Hestia Carrow, professora de Transfiguração. Os quatro, por algum motivo incompreensível para Ava, se auto-intitulavam Os Marotos, e sabia-se que diversas meninas da escola tinham quedas não-correspondidas por eles.

Aquela parte, Ava até compreendia. James, por ser filho de dois bruxos famosos, era o que mais atraía a atenção, e era um bem charmoso por si só; Fred, cujo pai e tio encabeçavam a franquia Gemialidades Weasley, aparentava ser bastante engraçado, embora Aurora nunca houvesse realmente falado com ele; Seth, o garoto do carrinho de doces, parecia ser o mais sério dos quatro e era bastante franzino até o ano anterior, quando começou a ficar bonito; e Tony era o mais controlado, aquele que tentava colocar freios nos amigos, porém sempre falhando monumentalmente.

— Acho que fizeram isso achando que ele vai controlar os outros três — comentou Lisa, o nariz franzido.

O trem fez mais uma curva, e elas conseguiram ver atrás de um morro que o céu a oeste estava multicolorido, com o Sol vermelho baixando no horizonte. Logo, uma voz suave ecoou por toda a locomotiva:

— Vamos chegar a Hogwarts dentro de dez minutos. Por favor, deixem a bagagem no trem, ela será levada para a escola.

Lisa abaixou a cortina para que pudessem se trocar, e, passados alguns minutos, Ava já estava pronta. Não havia nada no regulamento da escola que proibisse as meninas de trajarem fardas masculinas, e por isso ela comprara alguns pares de calça, pretendendo usá-los quando o clima começasse a esfriar.

Assim, enquanto observava o céu cada vez mais escuro a oeste e ouvia as conversas animadas das garotas em seu compartimento, Ava teve um vislumbre da plataforma de Hogsmeade, o povoado bruxo vizinho à escola, e, logo atrás dela, a silhueta de um grande castelo tomar forma. Ela sorriu, sem conseguir controlar sua felicidade: estava voltando para casa.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Eu estou pensando em fazer um Tumblr para a história onde eu postaria informações sobre os personagens e tal, o que vocês acham?

Além disso, tem uma coisinha que eu vi numa fic que acompanho e curti bastante, então decidi tentar aqui. Funciona assim: eu faço uma pergunta pra vocês aqui nas notas e vocês respondem nos reviews.

Pergunta: Qual a sua Casa de Hogwarts e por quê?
Minha resposta: Grifinória, porque gosto do criador da Casa e do que ela apoia - coragem e lealdade.

Espero que tenham gostado do capítulo e que não me deixem sozinha no meu joguinho!
XOXO,
Lanna



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