O Deus da Escuridão escrita por AnnaGrandchamp007


Capítulo 10
Causamos um incêndio no Brooklin


Notas iniciais do capítulo

Ohayoooo gafanhotinhosssss! Tudo bem? Desculpe a graaaande demora para postar, mas preguicite aguda é uma doença meio séria. Gomenazaiiiii.

PS; Quem narra é a Maya. Bjus e Boa leitura.



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Não sei o que elas quiseram dizer com diversão.

A única coisa que passou pela minha cabeça foi; Fuja enquanto dá tempo. Mas eu não ia mais fazer isso. Abandonar Nico e Gale estava fora de questão.

Os dois estavam parados, um de cada lado, prontos para pegar as garrafas no chão e joga-las nas Hisminas, mas encarar de frente machados flamejantes pareceu pior do que a ideia de perder um para o outro na competição. Se ao menos eu pudesse usar as sombras para levar as garrafas nas mãos deles... Ou melhor, direto na cabeça dos daemones... Seria fantasticamente bom. Ainda assim, eu sabia que seria impossível; As sombras nem sempre acertam o alvo, pois até mesmo a direção delas é incerta. Elas são livres, embora insistam em ficar comigo. Essa é a verdade. Então caso eu tentasse usa-las para jogar o álcool no Deus, e o fogo do machado consumisse o liquido rápido de mais... Eu não teria tempo de fugir levando os meus dois companheiros semi-possuidos. Isso sem contar o perigo de um pouco do conteúdo da garrafa cair nas ruas, ou em nós, e iniciar um incêndio, ou pior, nos queimar até a morte.

Assim que termino de pensar as possibilidades, Nico cai. Eu me assusto com o som do seu corpo batendo no chão. Gale olha para meu irmão com um olhar confuso, obviamente sem ter certeza se era bom ou ruim ter um parceiro/súbito inimigo quase morto.

— O que você fez agora? – Indago, enquanto acudia Di Angelo. Meu irmão estava com a expressão fechada, como se lutasse contra algo.

— Parece que este é um pouco mais resistente do que o outro. – Diz com desprezo a Hismina da direita. – Pelo visto ouviu sua voz, e tentou se libertar de seu próprio ressentimento contra o Filho de Hermes.

— Porque Nico se ressentiria de Gale? – Pergunto. A Hismina da esquerda é quem me responde desta vez.

— Ah, perdoe minha irmã. Não é exatamente de... Gale. Acho que esse é o nome dele, certo? – A daemone estava muito querendo ser estrangulada. – Bom, o rancor é o defeito fatal dos Filhos de Hades. O garoto deve se ressentir de muita gente. Eu só direcionei seu ódio para Gale, mas infelizmente parece que meu brinquedinho estragou cedo demais...

Isso foi a gota d’água. Antes que eu pudesse considerar o que eu estava fazendo, ataquei. Mas Gale me impediu, e agora todo o seu olho estava vermelho.

— O que pensa que está fazendo? – Rosno para ele. Mas seus olhos vermelhos giravam em órbitas. Ele lembrava um zumbi. – Gale, você não vai deixar essas deusas esquisitas de segunda categoria te dominarem, ou eu mesma vou matar você!

O garoto não teve reação nos primeiros segundos. Mas em seguida, as Hisminas disseram alguma coisa em grego e Gale me atacou. Incrível foi como ele ficou ágil. Girava e me golpeava somente com o bastão, e eu tentava me defender com o punhal, mas é difícil quando você não pode acertar seu inimigo. Muito difícil. A luta se mantinha empatada, mas eu tinha que mantê-lo afastado de Nico o tempo todo, e simultaneamente olhar para as Hisminas, que querendo ou não, representavam o perigo real ali.

Eu precisava alcançar uma garrafa, e depressa. Mas mesmo que eu conseguisse, o que eu faria em seguida? Não sabia se aguentava com o peso de Nico, e muito menos se Gale voltaria ao normal.

Girei, e bloqueei Gale com o punhal. Ele usou uma das mãos para colidir o bastão com a lâmina, e a outra para me dar um soco no estomago. Eu arquejei, e instintivamente saltei para o lado, usando a dor ao meu favor. Por sorte, o Filho de Hermes errou e ao invés de me atingir, bateu na parede e quebrou varias garrafas de uma só vez, deixando suas pernas encharcadas de álcool e estilhaços de vidro.

Ops.

— Gale me escuta...

Ele ataca. Eu rolo para o outro lado, tendo a ligeira impressão do meu plano estar indo por água abaixo. Se uma simples faísca atingisse meu companheiro, ele iria literalmente pegar fogo. E eu não podia deixar isso acontecer. Mas também não podia deixar ele me matar. Essa brincadeira de pique-pega ia me esgotar e nessa hora, as Hisminas iam facilmente matar a nós três. Simples assim.

No momento em que ele desce o bastão na direção do meu rosto, consigo atrasar o golpe. Mas eu estava em desvantagem de força, até que... Ouço o barulho de algo caindo. Em seguida, o calor me atinge com tudo. O grito das Hisminas me dá forças para chutar Gale desprevenido, e joga-lo para o outro lado. Ele tropeça em alguma coisa e cai com força no chão. Espero que isso não afete sua cabeça para sempre. Em seguida, observo o Hades que o lugar virou.

As Hisminas gritavam em um coro de duas vozes que parecia como uma gravação; Lenta e falhada. Às vezes, suas formas se uniam, e em algum momento, vi a forma masculina delas com o terno, o Iphone caindo no chão em camêra lenta enquanto o daemone se retorcia. Do outro lado do beco, numa distância segura, Nico atirava algumas garrafas. Ele parecia bem melhor do que estava antes, e quando me viu olhando, atirou uma ultima garrafa antes de correr e desviar do fogo. Ele me alcança, e segura Gale, que estava atirado no chão, semiconsciente.

— Vamos pular a grade! Agora!

Apesar da confusão, (e do fato do fogo ter ocupado o beco todo, a essa altura, queimando levemente as pernas de nós três, e especialmente de Gale), eu corro e escalo a grade, ajudando Nico com o corpo inerte do meu amigo. Estranho. Nunca imaginei que chamaria alguém assim, mas isso não vem ao caso agora.

Cair na grama foi delicioso, mas não tive muito tempo para aproveitar, com o incêndio aumentando, sirenes de bombeiros começaram a soar de longe. Eu arrasto Gale enquanto Nico saltava, e em seguida, continuamos a correr.

Por sorte, caímos no pátio de um prédio, e ele estava vazio. Por azar, tivemos que arrombar a porta dos fundos para sair na rua principal de novo, e o pior; Gale ainda não acordara, então além de isso representar muito peso para nós, não sabíamos onde sua mãe morava para nos abrigarmos.

Como num passe de magica, eu tropecei, e dar de cara no chão fez meu Filho de Hermes preferido acordar.

— Ai!

— Gale! – Eu e Nico gritamos em uníssono. Só depois o ajudamos a levantar. Ele balança a cabeça, confuso.

— Hã? O que houve? Não estávamos no beco? Cadê o Daemone? – Ele se vira para Nico, inseguro. – Eu te odeio?

— Ainda não. – Responde o outro, sorrindo maldosamente. – Mas vai, depois que você nos paga por ter que te carregar.

Ergo uma sobrancelha. A ameaça de Nico realmente fez sentido para mim. Então, dou um pescotapa em Gale, quase sem perceber. Ele começa a massagear o local.

— Para que isso?!

— Por nada. Onde sua mãe mora?

Ele parece chateado.

— Nós vamos coloca-la em perigo.

— Ou vamos morrer. – Retruca Nico. Gale aponta para frente.

— Seguindo por ali, e virando a direita. Mas se algo acontecer com ela...

— Não vai, a gente promete. – Digo com a voz mais calma e controlada que consegui.

Nós começamos a correr, seguindo Gale. Ele parecia muito mais saudável do que nós, apesar das calças chamuscando e alguns cortes (Dos quais eu posso ser culpada).

O prédio da mãe de Gale era idêntico aos outros, mas a rua em que estava situado parecia anormalmente vazia, como se os mortais soubessem que as coisas não estavam nada bem. Gale sobe alguns degraus e toca o interfone. Uma voz feminina atende após vários segundos intermináveis. Ela era suave e doce, como se uma princesa da Disney estivesse do outro lado da linha.

— Alô?

— Mãe? É o Gale. Hã...

— Gale? – A voz fica acentuada. – Ai deuses, você voltou!

— É... Parece que sim. – Eu jamais tinha visto ele tão envergonhado. Após um barulho alto, a porta se abre e nós entramos rapidamente e trancamos. O salão de entrada não era nada impressionante. Começamos a subir as escadas.

— Eu moro no ultimo andar. – Ele avisa. Pareceu cansativo, mas muito mais convidativo do que voltar para Éris e seus filhos. 

Nós subimos ansiosos e em silêncio. Nico guarda sua espada de ferro Estigio, mas prefiro ficar com meu punhal. Assim que chegamos à soleira da porta do apartamento da mãe de Gale (Uau), ele se vira de costas para nós, e diz, nervosamente.

— Não liguem para a histeria dela, vocês sabem como mães são.

Em seguida, ele abre a porta.


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Notas finais do capítulo

Gente linda do meu core, favoritem se gostaram, recomendem se gostaram e comentem o que dá para melhorar. Continuem acompanhando e juro que vou tentar voltar a postar mais. Ah, e amanhã é meu aniversário. Nãos sei por que falei, mais beleza. Se quiserem comentar algo de presente... Mentira.

Beijoooos até a próxima!



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