I Take My Crown escrita por Cat Lumpy


Capítulo 4
Uma Visita Inesperada


Notas iniciais do capítulo

Tcham Tcham Tcham Ram... O mistério do encapuzado foi respondido.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/706595/chapter/4

Bonnibel Bubblegum, uma voz grave e sedutora a acordou, eu preciso te dizer algo, ela sabia quem era aquele, sentia os braços fortes a rodearem e o cheiro cítrico de seu perfume. Abriu os olhos, não podia esperar para vê-lo novamente.”

Príncipe Másculo, sussurrou para o rosto anguloso a centímetros do seu, o que faz aqui? Como entrou em meu quarto?”

Tenho de confessar-lhe algo, ele tocou uma bochecha doce com a mão, Jujuba ficou perdida no verde daqueles olhos tão intensos, entrei aqui hoje porque não conseguia mais me segurar!

“Jujuba corou, e no mesmo instante se deu conta de que estavam em sua cama, sozinhos. Eu... Você não deveria estar aqui...

Shhhhhh!, ele pôs um dos dedos sobre os lábios da princesa, deixe-me continuar... Bonnibel Bubblegum, tem uma coisa em você que me atrai por completo.”

“E o-o que é?, perguntou, seu corpo ficando quente com a proximidade do homem, hipnotizada pela aura espantosamente selvagem que exalava do príncipe.”

Sua... sua coroa, ela é tão brilhante..., ele respondeu, desviando os olhos dos de Jujuba e os colocando no objeto, mesmo que você fosse a garota mais feia de Ooo, eu ainda te acharia sexy se estivesse com essa coroa na cabeça.”

“Todo o encanto quebrou-se instantaneamente, ela soltou um grunhido de raiva e levou as mãos ao peitoral largo do Príncipe Másculo, empurrando-o de cima dela.”

— Então é isso?! Só quer me beijar por causa da minha coroa?! — gritou irritada, sentando-se de uma vez na cama e mirando o escuro de seu quarto.

O corpo foi ao chão, produzindo um baque surdo. Depois, tudo o que se ouviu no cômodo foi o barulho do gato-despertador de Jujuba e a respiração agitada dela. Os instantes de silêncio foram necessários para que ela se tocasse de que, primeiro: estivera sonhando, o Príncipe Másculo só existia em sua imaginação, segundo: se era assim, quem ela tinha empurrado no chão? E terceiro: o que essa pessoa em questão fazia em seu quarto a noite?

Jujuba saiu da cama de um pulo, agarrou qualquer coisa que estava no criado-mudo (o abajur) e segurou firme enquanto tentava enxergar o rosto no meio da massa disforme que estava aos seus pés. Mas ela não viu nada. Nada a não ser várias camadas de pano.

Você! O que pensa...?! Como ousa invadir meus aposentos?! — sua indignação era tanta que o abajur começou a tremer em suas mãos.

Marshall se levantou lentamente, as mãos ao lado da cabeça em sinal de rendição. Jujuba o fitava, os olhos azuis apertados e a boca contraída. Ele era um Candy, fora até o reino participar do concurso ridículo no qual ela seria o prêmio. A raiva que subiu sua cabeça foi tão forte que, por um momento, ela ficou tonta com o sentimento. Poderia mata-lo.

O Rei da Noitosfera, pensando ser seguro se mexer, começou a fazer gestos agitados, apontava para a porta da sacada energeticamente. Contudo, Jujuba não se preocupou em tentar entendê-lo. Sapecou o abajur nele. Errou. Voltou a erguer os braços, ofegando por conta da ira. Mais uma vez. Marshall deu um passo para trás e segurou o objeto com uma das mãos.

Ela puxou o abajur furiosamente, mas ele era mais forte, derrubara um Javali Bufante sozinho. Com um rugido, Jujuba soltou o objeto e atirou-se sobre Marshall. Queria bater nele por ser o seu possível marido, queria bater nele por não ter voz, queria bater nele por não ter rosto, queria bater nele por... por não ter feito nada quando Rômulo a humilhou em sua frente!

— Seu homem desprezível! Repugnante! Cabuloso! Vil! Depravado!... — ela rosnava ao tentar acerta-lo com seus punhos, entretanto, mal partira para cima de Marshall e ele já tinha dado um jeito de agarrar seus pulsos, daí, passou a chuta-lo. Acertou um pontapé espetacular em uma das canelas dele.

— Ai!

Jujuba parou...

Franziu as sobrancelhas.

— S-sua voz... Por que sua voz é tão... feminina?

Uma tensão se fez no ar. Os dois não se mexeram. A raiva já escapava da princesa, sendo substituída pelo cheiro de intriga. Estava perto de Marshall, perto o suficiente para ver a costura do capuz na penumbra do quarto.

Jujuba soltou-se com um movimento brusco dos braços, o encapuzado estava distraído demais para conseguir impedi-la. Assim, com olhos azuis determinados, a princesa jogou o capuz para trás.

Uma cabeça coberta de cabelos negros surgiu, os fios escuros escapando de um coque mal feito. Então, um rosto pálido, fino e de traços delicados. Os lábios eram carnudos, o nariz reto e os olhos de pálpebras pesadas, tão escuros quanto os cabelos, eram moldados por longos e espessos cílios. A pele pálida contrastava gritantemente com todo o resto.

Jujuba estava de boca aberta, capturando cada detalhe do rosto. Até que as feições do mesmo se contraíram e, em menos de um segundo e sem saber como acontecera, a princesa tinha sido jogada na cama, os braços presos em suas costas e a cara enfiada nos lençóis caros.

— Bocê Bê Bûma Bûlê! (você é uma mulher!) — ela exclamou, a voz abafada pelos panos.

—Acha que não sei disso, princesa? — o suposto Marshall falou debochado, o timbre rouco, embora inegavelmente feminino.

Jujuba não entendia o que estava acontecendo. Primeiro o encapuzado invade seu quarto e depois ele não é mais um rapaz, como dissera seu pai, mas sim uma moça. Uma mulher. Uma mulher que pretendia disputar a sua mão. Ela se esperneou, esperando soltar-se do tal Marshall, contudo, não conseguiu.

Jujuba começou a falar várias coisas de uma só vez, mas suas palavras não passavam de resmungos ininteligíveis para o Rei da Noitosfera.

— Para! Fica calma! — sussurrou para a princesa — Eu não vou te machucar.

Mais resmungos, mas dessa vez a garota pálida pareceu compreender o que Jujuba dizia, pois:

— Olha, eu posso explicar tudo, é uma longa história, mas, claro, somente se você estiver disposta a me ouvir sem tentar me bater com a primeira coisa que vir pela frente, ou chamar os guardas-bananas, ou fugir antes de eu terminar. Vai me ouvir?

Jujuba ficou calada, considerando o que deveria fazer. Estava doida para entender que confusão toda era aquela, então...

— Bîm (sim).


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que será que a Marceline está aprontando? Comentários?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I Take My Crown" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.