I Take My Crown escrita por Cat Lumpy


Capítulo 13
A Culpa é Sempre do...


Notas iniciais do capítulo

Depois de uma pequena e não proposital hibernação, eu estou de volta!!!! Yay!!!
Podem comemorar, hoje trago um capítulo especial, ou seja, que não acrescenta nada de importante ao enredo, mas enfim... Sei que vão gostar ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/706595/chapter/13

Capítulo Especial – A Culpa é Sempre do...

— Bonnie, esse tipo de conversa não é para alguém da sua idade.

Jujuba fez sua melhor cara de ofendida ao ouvir a repreenda da vampira. Até parou de pentear os cabelos para dedicar toda a sua atenção a Marceline, que estava sentada em uma das poltronas de seu quarto. A princesa estava próxima a ela, no banquinho da penteadeira.

— Só porque não tenho mil anos não quer dizer que eu seja nova — foi sarcástica.

Marceline tirou os olhos do livro que fingia ler (era impossível se concentrar em alguma coisa com o cheiro de Jujuba por todo o quarto) e encarou a princesa, o que foi um erro, uma vez que o corpo doce dela estava coberto apenas por uma simples lingerie preta.

— Do meu ponto de vista você é só uma garotinha — declarou, embora estivesse tendo dificuldades para manter a atenção no rosto da princesa.

Jujuba sentiu a frase como uma flechada no peito.

Garotinha?!

— Hoje é meu aniversário! Estou completando dezenove anos! — Alteou a voz.

A vampira demonstrou surpresa.

— É seu aniversário?

A Princesa Doce concordou empinando o queixo.

Quem é a garotinha agora?

— Ainda assim, não acho que está na hora de você conversar sobre tais coisas.

Marceline tinha razão sobre uma coisa, que era não ter aquele tipo de conversa com Jujuba. Mas, às vezes, Bonnibel deixava seu lado ousado dominar, o que sempre resultava em situações desconfortáveis. Exemplo: a caçada pelo Javali Bufante.

Marceline não tinha como mudar de assunto de forma sutil, pois, se Jujuba fora capaz de se levantar pela manhã, se exibir seminua para a vampira e simplesmente perguntar como "funcionava" entre duas mulheres, ela com certeza tinha o gás necessário para passar o resto do dia tentando retomar o tema.

Então a vampira apelou para o encerramento definitivo da conversa de forma clara e direta. Dizer para a Princesa Doce que ela não passava de uma menininha era algo que desagradava ambas as partes. Jujuba, obviamente, não queria ser classificada como criança e Marceline achava custoso admitir que estivesse se deixando distrair por uma princesa de dezenove anos de idade. Logo ela, a grande Rainha dos Vampiros, Princesa da Noitosfera, estava sendo afetada fortemente por Bonnibel Bubblegum, a menina/mulher arrogante que conseguia a tirar do sério.

Contudo, ao dizer que Jujuba não tinha maturidade suficiente, Marceline abriu uma porta muito mais perigosa do que só conversar com Jujuba. A vampira não previu que ser tão direta podia fazer o senso competitivo da princesa descarrilhar ladeira abaixo. Ela com certeza entraria sem pedir licença.

— Bem, não é como se eu não soubesse o que acontece quando se trata de duas mulheres.

— Não me surpreendo com seus conhecimentos. — Marceline apontou para o livro — Princesa Costeletas e o Barão de Pimenta? Esse negócio é sessenta por cento sexo explícito.

Ninguém com o juízo perfeito encostaria um termômetro em Jujuba no momento, pois ele explodiria com a elevação súbita de sua temperatura.

— Esse é meu romance preferido — confessou enquanto desviava o olhar para seu reflexo no espelho da penteadeira.

A vampira a estava seguindo desde o dia anterior, e a Princesa Doce muitas vezes não sabia o que fazer diante de certas atitudes dela. A proximidade entre elas aumentou sem dúvida alguma, assim como certa... Tensão. Para Marceline, essa atual situação era o equivalente a se infiltrar em um salão cheio de humanos: arriscado e estúpido.

— Eu não tenho nenhum livro retratando a interação íntima entre homoafetivos. — Jujuba largou a escova e voltou-se diretamente para a vampira — Dei um jeito de Menta me contar tudo sobre o assunto.

— Mas é claro que fez isso. — Mais condescendente impossível.

Aquela era a gota d'água! Jujuba não podia aceitar a forma como a vampira estava duvidando de sua maturidade. Ela nem mesmo bateu, empurrou a porta com tudo e enfiou-se em uma busca que tinha como resultado pretendido provar a Marceline que ela era sim capaz de falar sobre sexo.

Nota: na realidade, naquela mesma manhã, quando Jujuba acordou chamando por Marcy, a vampira encarou a Princesa Doce jogada sobre a cama (cabelos bagunçados, olhos semiabertos) e pensou instantaneamente na palavra ”deliciosa”. O que, considerando as recentes trocas de saliva entre as duas, significava que Marceline pensava em realizar atividades bem adultas com Bonnibel.

— Ele foi bem detalhista, Menta me explicou muita coisa... — Jujuba falou baixinho.

Marceline umedeceu os lábios, era muito fácil ler as expressões da princesa, por isso, quando a vampira viu que Jujuba desviou os olhos para um canto qualquer e expirou profundamente, deduziu que alguma coisa estava por vir. Assim, Marceline cobriu o rosto com o livro, decidida a ignorar as próximas ações da princesa.

Decisão essa que teve de revogar assim que ouviu os passos de Jujuba se aproximando e sentiu o peso dela quando a mesma rodeou seu colo com as pernas esguias.

— O que está fazendo? — Marceline questionou, pousando lentamente o livro na mesinha ao lado.

Jujuba tinha aquele olhar febril de determinação e as bochechas mais vermelhas do que nunca. A vampira respirou fundo, aquilo ia ser difícil. Ainda estava sendo atormentada pelas imagens de Jujuba "brincando" consigo mesma na noite anterior. Não tinha certeza se conseguiria suportar mais um pouco aquele jogo de provocações.

— Estou pondo em prática o que vi em teoria.

— Essa é uma piada muito engraçada Bonnie. — Marceline abriu um pequeno sorriso — Mas acontece que não estou a fim de te ensinar nada hoje.

— Não preciso de suas aulas, deixe-me aprender sozinha dessa vez.

E antes que Marceline dissesse para que parasse de brincadeira, sentiu as mãos da princesa deslizarem por sua barriga. Subindo, como serpentes traiçoeiras, alisando o tecido de seu vestido até enroscarem-se em seus seios.

Marceline tentou disfarçar o quanto aquilo a tinha surpreendido, mas isso era meio difícil, uma vez que estava sem sutiã e as palmas de Jujuba pressionavam pontos particularmente reveladores sobre seu estado.

— Então, você gosta disso? — Jujuba sussurrou a pergunta.

Como já conhecia a resposta, apalpou a carne macia e quente da vampira, o que provocou um leve suspiro.

— Aonde quer chegar princesa?

— Ao fim do percurso, presumo — murmurou, levando os lábios até o pescoço de Marceline.

Começou a beijar a pele pálida, se deliciando com o sabor dela enquanto prosseguia acariciando a vampira. Queria ouvir...

— Bonnie... — Marceline gemeu.

Ah, aqui está.

E a vampira inclinou a cabeça para trás, deixando o espaço livre para Jujuba fazer o que quisesse. Em outras palavras:

"Que se dane tudo, eu sou toda sua"

Ass. Marceline Abadeer

A princesa apreciou o ato, e para demonstrar, beijou os lábios da vampira. Um beijinho leve. Tinha planos bem mais interessantes para aquele raro momento em que a imperiosa Rainha dos Vampiros encontrava-se indefesa.

Entretanto, não tinha como abandonar aquela boca, aquele sabor. Jujuba beijou-a mais uma vez, depois outra. E na quarta vez se viu presa por aquela língua travessa. Estava ficando difícil pensar. Algo em seu íntimo começava a arder em brasas, a vibrar. Ela sentia a pele de Marceline queimar em seus dedos. Precisava... Precisava prosseguir...

— Pare... Agora...

Jujuba conseguiu se livrar da prisão que eram os lábios da vampira; olhou para Marceline, ela estava arfando, as pupilas dilatadas e as bochechas coradas.

— Como você... Como consegue dizer isso?! — Jujuba voltou a dar atenção aos seios da vampira.

Marceline fechou os olhos, a princesa percebeu que ela tinha acabado de segurar um gemido.

— Quer isso tanto quanto eu! — acusou.

Então, para seu espanto, sentiu as mãos de Marceline alisarem suas coxas desprotegidas. Jujuba se arrepiou com o contato daqueles dedos. Daí, a vampira foi os movendo vagarosamente sobre a pele doce, até suas palmas chegarem ao bumbum, onde descansaram. Quando Jujuba ergueu o queixo, deu de cara com o rosto de Marceline. Ela não estava mais recostada na poltrona; não estava mais indefesa e entregue. Seu olhar era faminto, predatório. Jujuba se remexeu, a necessidade que tinha da vampira tomando uma forma mais incômoda. Esclarecendo: algo tinha começado a encharcar sua calcinha.

— Você não faz ideia do que isso significa. — Marceline apertou seu traseiro, forçando-a contra seu corpo.

— Sei mais do que imagina! Eu não sou nenhuma crian...!

Sua frase foi interrompida, ela precisou soltar um gritinho de surpresa. Marceline tinha acabado de beijar o tecido sobre seu seio esquerdo.

Isso é a língua dela?!

— Marcy... Por favor...

A vampira não respondeu com palavras, tudo o que fez foi abaixar o tecido do sutiã, tirando-o de seu caminho, e envolver o seio da princesa com sua boca. Jujuba arqueou as costas inconscientemente, soltando um longo suspiro. Ela sabia muito bem no que isso acabaria: estava prestes a fazer aquilo que vinha imaginando há algum tempo, iria, talvez, poder acabar com aquela sensação estranha que sentia toda vez que pensava em Marceline; iria se satisfazer por completo e, quem sabe, finalmente seu coração começasse a bater em um ritmo normal perto da vampira.

Três batidas na porta do quarto às sobressaltaram.

— Princesa! Hora de acordar!

E, antes que alguma das duas pensassem em se separar, Menta entrou nos aposentos, um largo sorriso no rosto e uma bandeja com a café-da-manhã de Jujuba nas mãos.

— Bom dia Princesa!

Ele quase derrubou a bandeja ao ver a cena. Jujuba sobre a poltrona com um dos seios à mostra. Ela trazia no rosto uma expressão que Menta decifrou como: fui pega em flagrante!

— M-m-me d-desculpe Princesa! — Ele virou-se, dando as costas a Jujuba —  Eu não sabia que estava tendo um de seus, hã, momentos íntimos...

Jujuba só compreendeu a reação não tão exagerada do mordomo (ele deveria ter desmaiado ou algo do tipo) quando olhou para baixou e não viu nada além da poltrona. Ainda sentia as mãos de Marceline sobre seu corpo, mas a imagem da vampira não estava sob si. Ela tinha ficado invisível bem no último segundo.

— Se recomponha. — Marceline sussurrou.

Jujuba, sentindo-se mais frustrada do que nunca, retirou-se do colo da vampira, ajeitou a alça do sutiã e se dirigiu ao banheiro.

— Eu vou tomar banho Menta! — informou, a voz transparecendo sua irritação com o mordomo, que nem sabia o que tinha acabado de interromper.

Claro, só mais tarde, quando ela estivesse de cabeça fria, é que a vergonha iria se agarrar mais uma vez ao seu pescoço.

Menta pensa que eu estava me tocando!

Então, ela chegaria a pensar que aquele seria o pior de todos os seus aniversários, mas depois, mudaria de ideia, pois uma Marceline indiferente ao acontecido da manhã a puxaria para um dos corredores vazios do castelo, a daria um beijinho na bochecha e diria:

— Feliz aniversário, Bonnie.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quem completou o título com "Mordomo" acertou em cheio XD
Por favor não me batam, tbm é proibido atirar hate... Em mim, mas no Menta podem mandar ver!
Até o próximo capítulo o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I Take My Crown" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.