Meu nome é Ariana Dumbledore. Tenho 14 anos, sou uma bruxa mestiça. Hoje vou contar minha história.

Quando eu tinha seis anos de idade, fui atacada por três garotos trouxas, quando estes me viram praticar magia. Depois disso, não consegui mais ser a bruxa que eu era antes. Eu não conseguia mais controlar minha magia, porém esta ainda estava em mim. Eu ainda era uma bruxa.

Depois, nesse ano, causei a morte de minha própria mãe. Passei meses chorando, e a dor ainda permanece dentro de mim, mas tento me controlar. Porque se eu não conseguir... bem, se eu não conseguir, ocorrerá outro acidente, e Alvo e Aberforth não estarão lá para me proteger.

Aliás, falando em Alvo... ele está bastante estranho esses dias. Vive discutindo com Abe - meu outro irmão, e julgo dizer que meu preferido -, não conversa mais comigo como antes, e nem lê livros para mim no fim da tarde. Ele está descontrolado, e só fala de duas coisas: poder e Gerardo Grindelwald. Pelo que Abe diz, esse Gerardo é incrivelmente mesquinho. Nunca fiquei no mesmo ambiente que ele; passo o dia trancada em casa, e quando ele vem, Abe diz para eu ficar em meu quarto, pois Gerardo é perigoso. Concordei, é claro. Confio em Abe.

Mas eu tinha curiosidade, é claro. E, por causa dessa curiosidade, resolvi abrir a porta do quarto e ir até o quintal, e ver o que estava acontecendo lá, porque Alvo e Abe estavam demorando mais daquela vez. Fui até lá e vi Alvo, Abe e o tal de Gerard num duelo triplo. No primeiro momento, fiquei chocada. Eu nunca imaginei que eles fossem fazer algo assim, e me questionei sobre o que Gerard havia feito para Alvo ir contra ele. Foi quando percebi o que estava acontecendo.

Alvo não estava indo contra Gerard. Ele estava indo contra Abe.

***

Lágrimas começaram a brotar dos meus olhos. Eu não conseguia acreditar que Alvo, por mais ambicioso e mesquinho que fosse, iria entrar num duelo com Abe, e para defender outra pessoa! Outra pessoa que ele conhecia não fazia nem mesmo um ano!

Depois, fiquei em dúvida no que fazer. Eu não poderia deixar aquilo assim, mesmo sabendo que era o que eu deveria fazer. Sabia que se eu tentasse fazer alguma coisa, iria acontecer algo ruim, como da última vez que tive emoções fortes. Foi quando tentei um feitiço. Dei vários passos à frente. Não sei se não consegui contar porque eram muitos ou por causa da dúvida em minha mente sobre quem defender.

Decidi que iria apenas tentar parar os feitiços. Comecei a murmurá-lo. Abe me avistou primeiro. Gritou alguma coisa, mas não consegui ouvi0lo.

Fiz o feitiço.

Foi quando surgiu uma luz que seria capaz de cegar. Surgiu num ponto em que todos os quatro feitiços se juntaram. E todos juntos foram para a direção da última pessoa a murmurar o feitiço.

Eu.

Vi a luz vir na minha direção, e a única coisa que me passou pela minha cabeça foi fechar os olhos e me preparar para o que viria a seguir.

E eu já sabia o que viria a seguir.