Entre dois mundos escrita por Vicky18


Capítulo 57
O lobo em pele de cordeiro


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoaas!!Faz alguns séculos?Talvez,mas eu cumpri com a minha palavra e não desistirei dessa fic(eu juro)kkkkkkprincipalmente agora que estou de férias e consegui concluir outra fic minha,pretendo terminar essa história com chave de ouro em breve:)Tenham uma boa leitura♥



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—Magali...Por favor...-Depois de alguns segundos, Cebola desprendeu dos lábios de sua amiga, ainda tentando entender o que tinha acabado de acontecer.-...Você não tá no seu melhor estado, não faça coisas que vai se arrepender depois.

A garota permaneceu em silêncio, apenas observando o amigo limpar a boca com uma das mãos.

—Me desculpe ,eu não sei aonde eu tava com a cabeça...-Respondeu a mesma, visivelmente constrangida.-...Tudo tem sido tão difícil pra mim nos últimos tempos, que eu não sei mais o que fazer.

—Tá tudo bem, tem que ficar.-Cebola esfregou uma das mãos na testa, respirando fundo enquanto tentava juntar as peças daquele quebra-cabeça.Com Magali agindo daquela forma tão impulsiva e descontrolada, os riscos de algo acontecer com ela haviam aumentado drasticamente.

O pior daquilo tudo, é que a Magali era a própria inimiga. Cebola não queria nem imaginar o que tinham feito com ela pelas suas costas a ponto de deixá-la naquele estado psicológico tão autodestrutivo.

Foi naquele momento, enquanto observava sua amiga se levantando do carpete cinza do quarto que sua ficha caiu por alguns segundos. O peso da responsabilidade que recaia nas suas costas era muito maior do que imaginava, como se estivesse carregando a cruz sem perceber.

A ansiedade começou a lhe dominar rapidamente, só de pensar que a vida da sua família e de sua amiga estava somente nas suas mãos. Por tantos anos, Cebola sonhava em ser um herói, aquele que seria o dono da rua ou até mesmo o dono do mundo, mas nunca pensou que ser um “herói” seria uma tarefa tão árdua e difícil, principalmente, sem superpoderes.

Foi naquele instante que Cebola olhou para o seu uniforme acinzentado, para a prisão em que se encontrava e pela primeira vez se viu como uma pessoa cheia de limitações e extremamente incapaz de mudar aquela situação, no entanto, o peso da responsabilidade se tornara cada vez maior ao ser relembrado pela sua consciência das palavras ríspidas que Magali esbravejava em meio a luta. Aquelas palavras não deixaram de ter um significado e muito menos deixaram de ter razão.

Cebola sabia que era o responsável pelo sofrimento de todos os envolvidos, agora só restava saber se seu plano infalível faria jus ao nome desta vez.

—Viemos verificar o estado da cobaia. A voz grossa do segurança fez com que Cebola voltasse a terra de seu devaneio e voltasse suas atenções para a equipe de doutores que adentravam no local para examinar Magali.

—Já fizeram isso antes,não fizeram?-O rapaz tentou intervir, com medo de que a levassem dali novamente.

—Vai ser necessário fazer de novo. Ordens do chefe. Um dos médicos respondeu friamente enquanto segurava Magali pelo pulso e preparava uma nova injeção.

—ME SOLTEM!EU NÃO DEI PERMISSÃO PRA QUE ME TOCASSEM!!-A garota começou a se debater na mesma força de quando estava lutando com Cebola a poucos minutos atrás, o que assustou os médicos que estavam ali presentes.

Alguns deles começaram a cochichar entre si, como se algo não estivesse saindo como o esperado.

Até que um dos médicos se aproximou do segurança, sussurrando algo em seu ouvido antes que este se retirasse do local rapidamente.

—O que está havendo?-Cebola começou a entrar em estado de pânico quando viu aquela movimentação estranha acontecendo em volta de Magali.

—Sem mais perguntas, Cobaia. -Depois de finalmente terem aplicado a injeção na “paciente”, a equipe de 5 doutores, seguraram Magali fortemente  pelos braços e pelas pernas, arrastando-a pra fora do quarto.

—O QUE ESTÃO FAZENDO COMIGO?!!ME SOLTEM!!-Magali gritava desesperadamente, enquanto era arrancada a força do local.-CÊ!!ME AJUDA,POR FAVOR!!ME TIRA DAQUI!!

—Não se preocupe quanto a isso, seu amigo vai te fazer companhia dessa vez. Cebola fora “convidado educadamente “a acompanhar a equipe, sem ter ao menos ideia do que os aguardava.

Enquanto isso- Á Quilômetros dali...==================

—O que tá acontecendo?!-Mônica começou a entrar em desespero quando viu Cascão se debater na maca como se estivesse sendo eletrocutado.

—Vamos esperar um pouco...-O professor continuou observando atentamente a frequência dos batimentos cardíacos da cobaia na tela do computador.

—A GENTE PRECISA FAZER ALGUMA COISA!

—Acalme-se, não podemos arriscar tudo agora, vamos aguardar mais alguns minutos pra ver se ele acorda. Embora estivesse começando a ficar preocupado com o estado de Cascão, sabia que não seria a melhor escolha simplesmente desligar os aparelhos. Mas Mônica não.

Só bastou poucos segundos de distração para que toda a missão de resgate fosse por água abaixo.Mônica trancou o professor dentro da sala de computadores e correu na direção da maca onde o amigo estava se debatendo, arrancando todos os fios de seu corpo e por fim tirando o capacete de sua cabeça.

—O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?!!-Ligurgo gritava dentro da pequena sala,enquanto batia no vidro que permitia ver o laboratório.

Mônica até se daria o trabalho de responder se aquela sala não fosse a prova de som,a garota sabia que o professor certamente tentaria impedi-la de salvar a vida do amigo,mas não teve escolha.

Estava cansada de toda aquela história,já tinha perdido dois dos seus melhores amigos para aquele experimento,não queria que Cascão fosse o próximo nome daquela lista.Mesmo sabendo que a ajuda dele era necessária para conseguir ajudar seus outros amigos,as chances dele se perder no mesmo caminho também eram muito grandes.

E se aqueles sequestradores fossem atrás dele também?E se de uma hora pra outra desaparecesse como os outros?

Mônica não queria correr este risco,queria poder ajudar de alguma outra forma que não fosse colocando a vida de outras pessoas em risco.

Aquele experimento era algo que ,certamente,ela não entendia muito bem como funcionava,mas se até o Franja que era um amigo de infância se deixou levar pela ambição de realizar um projeto sem pensar nos riscos que isso teria para a vida dos seus amigos,será que o professor não estaria prestes a fazer o mesmo com Cascão?

Parecia um plano de resgate muito estranho para alguém que passou pelos horrores que foi aquele experimento,mesmo que suas causas fossem nobres e seus argumentos fossem convincentes,ainda sim não poderiam justificar tamanha irresponsabilidade quanto a vida do próprio aluno.

Mônica não sabia exatamente qual era a melhor alternativa para resolver tudo aquilo,mas sabia que deixar aquele ciclo se repetir não se encaixava nessa categoria.

—Cascão!-O rapaz levantou-se esbaforido e com o corpo trêmulo,suas mãos suavam como nunca e suas pupilas estavam dilatadas,como se tivesse tomado uma dose de adrenalina em suas veias.Mas mesmo naquele estado,Mônica não deixou de abraça-lo e comemorar a volta de seu amigo.Se ele estava vivo,era tudo o que importava.-Você está bem?!

O garoto apenas assentiu positivamente com a cabeça,enquanto tentava recuperar seu fôlego aos poucos.-Eu consegui...

—Conseguiu?-Mônica olhou fixamente nos olhos do seu amigo,tentando decifrar o que exatamente ele tinha conseguido.

—Eu consegui dar a carta pra ele,mas eu tenho que voltar lá pra receber a resposta...

—Não! Você não vai voltar.-Mônica abraçou Cascão mais uma vez,desta vez ainda mais forte.

—Do que você tá falando,Mô?A gente precisa continuar,pela Maga...

—Se você continuar,eu vou te perder.-A garota tentou segurar suas lágrimas por muito tempo,mas aquele nó que se formou em sua garganta desde dos últimos eventos começou a desenformar num tenro desabafo.-Por favor...Já basta o que aconteceu com a Magali,eu não quero que você seja o próximo!Por favor,tem que ter outra forma da gente consertar as coisas,uma forma mais segura...uma forma que não tire você de mim.

Cascão respirou fundo e correspondeu ao abraço de sua amiga, embora não concordasse com a ideia de encerrar a sua participação no experimento, estava pensando seriamente em repensar a sua decisão. Ver Mônica chorando como uma criança em seus braços lhe doía o coração, ele sabia que tudo estava sendo difícil pra todo mundo, mas aquele peso certamente era muito maior para ela.

Não só pelo fato de ter perdido o contato de pessoas que amava, mas também por não ter noção de como o experimento funcionava na prática. Mônica sempre esteve no controle das situações que aconteciam entre seus amigos, mesmo que indiretamente, ela sempre tinha a solução em suas mãos, sempre era a líder que se posicionava para proteger os demais. Mas não desta vez, o que realmente poderia ser assustador para quem sempre teve tudo sob controle.

—Precisa confiar na gente, Mô. Precisa confiar em mim.

—Eu confio, mas eu tô com...Medo.

—Eu sei, mas...-O desabafo fora interrompido abruptamente por uma sequencia de barulhos vindos da porta da sala de computadores, parece que alguém estava tentando arranjar outras formas de sair de lá.-O que houve? Porque o professor Licurgo tá trancado lá dentro?!

—Eu te explico quando a gente sair daqui. -Mônica tirou o amigo ás pressas da maca, antes que este pudesse perguntar o que tinha acontecido naquelas horas em que ficou “inconsciente”.Sem ao menos imaginar o que viria mais tarde.


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Notas finais do capítulo

Veshhh o negócio ta ficando tenso hahahahah,será que a Mônica vai conseguir sair dessa?Veremos no próximo capitulo que vai ser postado ainda este final de semana:)Muito obrigada mais uma vez a todos que não desistiram e esperavam pacientemente essa escritora de fics tão relapsa hahaahhahaha muito obrigada mesmo pelo carinho e dedicação:)Bjs da Vick e até o próximo capítulo(se Deus quiser)♥



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