Entre dois mundos escrita por Vicky18


Capítulo 58
Cortando laços


Notas iniciais do capítulo

Oláaa meus amores!!Como prometido,consegui entregar mais esse capítulo pra vocês dentro do prazo(o que é um milagre,visto que meu histórico não é dos melhores hahahaha)Tenham uma boa leitura:)



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—Mô,eu não consigo ir mais longe que isso...-Cascão se apoiou em uma mesa de canto naquela sala de estar gigantesca,enquanto sentia seu corpo esquentar e sua pressão cair aos poucos.-O que tá acontecendo?Porque a gente não volta pra lá?

—A gente não pode!Só falta mais um pouco pra gente dar o fora daqui,você consegue!-Mônica colocou um dos braços de seu amigo em volta dos ombros e conseguiu conduzi-lo até metade da sala,se conseguissem chegar até o hall de entrada já seria o suficiente para escapar do professor.Mas Mônica não pensou muito bem nas consequências que  desligar os aparelhos a força teria  no estado físico de seu amigo.

Em poucos segundos, Cascão caiu de joelhos no piso frio da mansão,sem ter forças para se levantar novamente. Mônica entrou em desespero ao tentar segurá-lo e juntando todas as suas forças conseguiu erguê-lo no colo, se dirigindo rapidamente a saída da Mansão.

—Cascão,aguenta firme,por favor...Falta pouco agora.-Já com os olhos marejados,Mônica criou uma faísca de esperança ao ficar de cara a cara com aquele par de portas colossais de madeira a sua frente.Era o único obstáculo que faltava para que ficassem em segurança.E este era o problema.

—Tá trancado!-As lágrimas acumuladas nos olhos da garota,agora rolavam molhando todo o seu rosto.Mônica sabia que sua intuição não estava errada quanto as suspeitas com o professor,já que  única saída mais acessível e perto o suficiente para uma fuga estava trancada e não era acidental.

Seu medo se intensificou ainda mais quando lembrou das diversas vezes que o professor saiu no meio da observação para “ir ao banheiro”,mesmo que tenha sido por este motivo,Cascão poderia ter acordado a qualquer momento durante estas saídas e Mônica poderia muito bem desligar aqueles aparelhos na sua ausência,mas era como se tudo tivesse sido calculado ou premeditado para acontecer daquela forma.

Se Licurgo não estivesse seguro o suficiente de que suas cobaias não poderiam escapar,certamente teria segurado ou impedido Mônica de entrar em pânico. Ele parecia estranhamente calmo enquanto Cascão se debatia.

Mesmo que não houvessem muitas soluções disponíveis naquele momento,aquela suposta “solução” talvez fosse justamente o contrário ,se caso, Mônica não intervisse,provavelmente Cascão passaria mal da mesma forma e assim Mônica seria convencida a se tornar a mais nova cobaia do experimento para continuar a suposta missão de resgate dos seus amigos.

Mas ao mesmo tempo,se Mônica intervisse e desligasse os aparelhos,isso causaria efeitos colaterais em Cascão,que o deixaria mal.Era essa perspicácia que a assustava ao ver que, na verdade, estava presa em uma teia de aranha pronta para ser devorada.

Ela fez exatamente o que ele queria,deixou todos sem alternativa.Com Cascão naquele estado,seria difícil colocá-lo em contato com a máquina novamente,só restaria uma alternativa dentro daquele lugar.Uma ultima presa a cair na armadilha.

—O que tá acontecendo...-Os olhos de Cascão reviravam enquanto suava frio e sentia cada centímetro do seu corpo formigar sem poder comandar seus movimentos.Ainda poderia escutar a voz da amiga ao fundo pedindo para que permanecesse com ela e que não fechasse seus olhos,mesmo que a voz se tornasse cada vez mais distante,Cascão poderia sentir o desespero com que Mônica o segurava firmemente enquanto se movimentava pela Mansão em busca de um esconderijo.

Mas infelizmente,seus olhos fecharam e o ultimo som que pôde escutar fora de um estrondo vindo do laboratório.Parece que alguém tinha conseguido arrombar a porta.

Enquanto isso...No mundo paralelo====================

Cebola ficara por um longo período analisando aquele pedaço de papel dobrado em suas mãos.Já fazia um bom tempo desde que Cascão lhe entregara aquilo e mesmo assim era difícil juntar coragem para ler o que se escondia nas dobras daquela folha branca.

—É o trabalho de novo?-Penha se apoiou na porta do escritório ao perceber que seu marido não saia de lá a algumas horas.

—Sim sim!Eu estou bem preocupado com as ações da empresa.-Naquele momento Cebola escondeu o papel rapidamente debaixo de sua agenda e continuou mentindo a respeito de suas ocupações.

Ele sempre foi muito centrado em seu trabalho e não era a toa que tinha chegado tão longe profissionalmente,mas quando se tratava de Magali,sua mente perdia o foco e o fazia se esquecer até de suas funções mais básicas.

—Conseguiu falar com aquela maluca?-O tom de voz de Penha mudou totalmente ao se dirigir á Magali,demonstrando até mesmo um certo nível de arrogância.

—Ela não é “maluca”.-Desde que começara sua trajetória no mundo da música,as coisas nunca mais tinham sido as mesmas na vida de Magali e Cebola era o único que acompanhara essas mudanças de perto.

Embora fosse extremamente incomodo ouvir aquelas coisas a respeito da amiga,compreendia o porquê de sua má reputação.Com o vício em álcool cada vez mais forte,era difícil controlar ou distinguir as atitudes impensadas das atitudes sãs de Magali.

—Mas consegui falar com ela,ela pediu desculpas...-Pedir desculpas não era uma atitude muito corriqueira da Magali que vivia naquela realidade,mas Cebola sempre fazia de tudo para manter a reputação dela de alguma forma.

—Eu quero você longe dela,ouviu?Essa mulher não bate bem da cabeça!

—Penha,ela é minha amiga.Eu não pretendo me afastar dela tão cedo,eu sinto muito.

—Sente muito?É só isso que vai me dizer depois de todos os problemas que a gente têm enfrentado?Esqueceu que a sua imagem já está manchada com a imprensa com estes processos nas suas costas?

—Eu não esqueci nada disso,tá legal?Mas não é motivo pra deixar uma amizade de lado.

—Amigos não levam a gente pro fundo do poço,Cebola!Ela é uma alcoólatra que só sabe fazer merda e manchar a sua imagem!

—Mesmo assim,eu não vou deixar de ser amigo dela.

—Você carrega essa mulher nas costas pra tudo o que é lugar que a gente vai,eu não aguento mais ouvir no nome dela toda hora e fingir que eu amo o trabalho dela.Mesmo depois que nos casamos você ainda insiste em manter ela na sua vida e acaba atrapalhando a nossa!

—Penha,eu a Maga temos uma amizade de anos e...

—NÃO IMPORTA! Agora somos NÓS DOIS e mais NINGUÉM! Até quando você vai deixar os seus “amigos” se intrometerem na nossa vida? Se eu te chamo pra viajar comigo você sempre diz que está ocupado com o trabalho, mas quando essa SEM NOÇÃO te liga bêbada de madrugada me insultando você sai correndo pra casa dela no outro dia pra ver como ela está!

—Era uma emergência.

—Tudo na sua vida é mais urgente que o nosso casamento,Cebola!TUDO!-A modelo esbravejou e bateu a porta do escritório com tamanha força que o som do impacto ecoou pelos corredores da mansão,deixando Cebola sozinho dentro do cômodo.

O rapaz respirou fundo,sem saber o que fazer naquele momento.

Penha não deixava de ter razão quanto ao que dizia, ela sempre era deixada em segundo plano de alguma forma e mesmo que não a amasse, ainda sentia um carinho muito especial por ela.

Mesmo assim, decidiu que leria a carta de uma vez por todas, seria muito melhor resolver todas as suas pendências com Magali para depois resolver os problemas do casamento com mais calma.

A poucos quilômetros dali...=======================

—Alguma noticia dela?

—Não, senhor.-Assim que recebeu a resposta, Quim dera um murro na porta e grunhiu de raiva.

—Liguem mais uma vez pra ela.

—Mas senhor...

—QUANTAS VEZES FOREM NECESSÁRIAS!EU QUERO ELA AQUI,AGORA!

—Mas não sabemos aonde a Srta. Magali possa estar, senhor. -O mordomo tentava conter o seu medo enquanto se afastava a passos curtos do patrão enfurecido.

—VOCÊS SÃO PAGOS PRA ACHÁ-LA!AGORA DÁ O FORA DAQUI!-Quim jogou um vaso de flores na direção do mordomo, mas este conseguiu desviar rapidamente e  sair do local antes que fosse alvo de mais um vaso.

O seu ódio era tanto que o sangue que corria em suas veias, agora borbulhava em seus olhos. Quim, se sentia abandonado pela cantora e se enfurecia com tamanha “ingratidão” que esta lhe mostrou desde que sua carreira solo começou a decolar. Como se a fama tivesse subido a sua cabeça.

Desde que Magali começou a ganhar destaque na Star Stars, Quim passou de seu namorado para empresário, cuidando de toda a sua agenda de entrevistas, shows e comerciais. Mas aquela proximidade com Cebola sempre o incomodara, como se ele estivesse tirando a sua autoridade como empresário, alegando que ela tinha que ser livre para agenciar a própria carreira. O que era um absurdo para Quim.

Mas ele nunca imaginou que ela seria capaz de lhe dar as costas daquela forma, saindo de casa de mãos dadas com aquele homem que sempre considerou um dos seus maiores inimigos. Jamais pensou que Magali tivesse tamanha coragem para uma atitude da qual ele encarava de forma tão desleal.

Durante todos aqueles anos, Quim deixou passar grandes oportunidades de manter Magali em suas mãos, mas agora era chegada a sua última chance de fazer aquilo dar certo de uma vez por todas.

 


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Notas finais do capítulo

Pessoal,estamos chegando na reta final em breve dessa fic e agradeço a todos por terem acompanhado mais uma capítulo até aqui,muito obrigada a vocês,bjs da Vick ♥ e até a próxima:)



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