Eterno Anjo escrita por Bell Fraser, Cristabel Fraser


Capítulo 2
Boas Mãos


Notas iniciais do capítulo

Boa noite tributos, é com grande prazer que venho postar mais um capítulo recém saído do forno de EA. Pois é queridos eis-me qui na correria. Primeiramente queria agradecer as lindas: Gaby Melo , Arabella MHSI, Stelle e SolAlves que favoritaram a fic (meninas muito obrigada) e quero agradecer tbm aos 12 comentários do primeiro capítulo amei responder cada um, e aos 18 acompanhamento, gente quero ver esses 18 comentando nesse cap heim? Hum! Rss brincadeirinha meninas, mas amo cada um comentário viu. Pessoal este cap está um tantinho tenso e ele será explicado no meio da fic o que realmente aconteceu, aguardem e prestem muito a atenção. Bora ler e por favor leiam as notas finais.
PS: editei super rápido então qualquer erro, por favor desconsiderem babys.



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Assim que deixo minha pequena na escola ligo para a Gina avisando que não precisaria cumprir suas horas trabalhadas como sempre, pois Johanna iria buscá-la na escola e depois a levaria para o balé.

— Francis, por favor leve meu carro para o concerto, pois está com aquele problema no alarme de novo.

— Sim, Sr. Mellark. – responde já estacionando frente à Mellark’s THG.

— Você levará minha mãe à academia hoje?

— Sim, ela disse que nenhuma das amigas iria passar para busca-la.

— Tudo bem então, deixe que retorno para casa de taxi, caso meu carro não fique pronto.

Abri a porta traseira do carro me despedindo dele e logo adentrei o saguão principal da empresa.

A Mellark’s THG é uma empresa de software e análise de sistemas. Meu pai começou com um pequeno escritório que logo foi crescendo. Toda minha infância foi me interagindo a esta área e mais tarde acabei me formando em Ciências da Computação e em T.I.

Quando estava no terceiro ano da minha segunda faculdade meu pai veio a falecer e eu como seu único filho tive que assumir a empresa. No começo foi muito difícil administrar tudo, pois além de me lembrar nele o tempo todo, tinham mais 220 funcionários para eu pensar. Hoje a empresa tem mais de 400 funcionários. Meu braço direito é meu amigo, Gale Hawthorne. Prestamos muito serviço a pequenas empresas e bancos privado.

— Bom dia Sr. Mellark, tem uma reunião para comparecer em cinco minutos. – minha assistente me lembra assim que chego no último andar.

— Obrigado, Kate. – pego a pasta que me entrega.

Assim que entro em minha sala vejo Gale aos sorrisos no celular e com um copo de whisky na outra mão.

— Ele chegou, tenho que desligar. – coloca o aparelho no bolso da calça e leva o copo à boca bebericando a bebida – Bom dia gostosão, como passou a noite?

— Péssimo e você já bebendo na matina, Gale? – sorrio sem animo algum.

— Você me conhece, já estou comemorando antes de encarar os acionistas.

— O que já era para estarmos presentes na sala de reuniões, agora. – digo olhando meu relógio e vejo ele bebendo rapidamente o conteúdo do copo.

— Relaxe Peeta, as ações subiram e subirá ainda mais. – deixo minha maleta em cima da mesa e pego apenas a pasta que Kate me entregou e já saio da sala sendo seguido por ele – Cara, você está precisando de uma bebida, o que aconteceu? Me conta vai, a Jojo não cuidou bem de você essa noite? – fala pousando uma mão em meu ombro.

— Não estou afim de falar sobre meu casamento. – antes de esperar que diga mais alguma coisa abro a porta da sala vendo que todos estavam me esperando. Peço desculpas pelo meu atraso e dou início a reunião.

(...)

— Nossa se anime mais Peeta, a THG está cada vez ganhando mais terreno e você aí com essa cara. Como vai a pequena?

— Ela está bem e linda como sempre, mas ainda perguntando bastante sobre a mãe.

— Já pediu divórcio? – pergunta depois que terminamos de almoçar.

Gale sabe tudo relacionado a mim. E desde o nascimento de Stela diz para eu pedir divórcio.

— Sempre que penso em falar, ela vem com a mesma história de que nunca conheceu alguém como eu e coisa tal.

Ele solta uma gargalhada que chego até me assustar.

— Cara ela é dissimulada. As pessoas dissimuladas se aproximam de você só para te dar o golpe depois. Ela deve estar aprontando alguma.

— Você acha?

— Claro, Mellark! – ele abre os braços num gesto de “óbvio”.

— Mas ela me pediu mais uma chance e até ficou de buscar a Stela na escola hoje. – olhei novamente para o relógio vendo que minha pequena já estava saindo da escola – Vou ligar para a Johanna, do jeito que só pensa na empresa dela, deve ter esquecido. – ligo para ela e no terceiro toque atende.

— Fala, Mellark.

— Você buscou a Stela? – escuto um “oh meu Deus”.

— Amor eu estava em uma reunião que nem acabou ainda, mas vou sair agora para busca-la, obrigada por ter me lembrado, beijos e eu te amo, tchau!

Desliga e eu acabo respirando fundo para não começar a surtar.

— Deixa eu adivinhar a Sra. Mason Mellark Rainha de Gelo esqueceu de buscar a filhinha. – brinca e faço uma careta.

— Não enche, Gale! Levanta essa bunda e vamos para a Stefanini.

Teríamos uma reunião nessa empresa de software.

(...)

Renovamos um contrato com a empresa e quando estávamos quase no fim da reunião acertando apenas alguns detalhes uma secretária entra e diz que minha assistente está me ligando. Lembro então que meu celular está desligado, pois sempre que estou em uma reunião que não seja na minha empresa, o desligo.

— Pode falar, Kate.

— Sr. Mellark, o Hospital Geral ligou e disse que sua filha deu entrada há quinze minutos...— depois disso não consegui me concentrar em mais nada. Apenas pedi desculpas e saí correndo dali deixando até meu amigo para trás, já que viemos no seu carro. Corri porta a fora e chamei por um taxi.

Agradeci aos céus pelo trânsito - geralmente caótico – estar tranquilo. Assim que paguei a corrida cheguei à recepção do hospital pedindo as informações sobre minha filha e logo me mandaram para a Pediatria.

— Por favor, quero saber sobre, Stela Mellark. – pergunto a uma outra recepcionista.

— E, quem gostaria? – ela não me encarava, estava concentrada em algum prontuário.

— Sou, Peeta Mellark, o pai dela. – então levantou a cabeça rapidamente e me encarou assustada.

— Só um minuto senhor. – discou algum número e pediu para eu aguardar – O Dr. Brook irá recebe-lo. – ela me aponta uma sala e sigo.

Chego lá e logo pede para eu sentar, certamente a recepcionista já deve ter passado a ele quem sou.

— Sou o Dr. Evan Brook. Eu sinto muito Sr. Mellark, sua garotinha está no balão de oxigênio agora mesmo no quarto, sua esposa está com ela e disse que a documentação do convenio da pequena fica com o senhor.

— Sim, fica comigo. Mas doutor, o que aconteceu com minha filha? – minhas mãos tremiam e acho que meu corpo inteiro tremia.

— Sua esposa disse que foi um acidente, que esqueceu a garota dentro do carro e a trancou indo até uma reunião... disse estar distraída.

Então relata que minha filha teve uma asfixia por ficar muito tempo dentro do carro e chegou ao hospital quase morta. Eles conseguiram reanima-la e seu quadro agora era estável.

— Quero ver minha filha. – levantei minha mão dando um basta na conversa. Eu estava em choque com tudo.

Ele chamou por uma enfermeira que me levou até lá e quando vi Johanna me segurei para não a enforcar.

— Me desculpe Peeta...

— Eu não quero saber mais de você perto da minha filha, Johanna. Dei uma chance e você desperdiçou. – aproximei da cama e vi minha menininha com uma máscara de oxigênio, em seu antebraço o soro e alguns fios ligados a ela monitorando seus batimentos.

— Mas preciso que você me escute... – ela insistia – Você sabe que eu não tenho o costume de busca-la e eu tinha uma reunião muito importante...

— Não quero saber Johanna. Você tinha apenas que buscar ela e leva-la ao balé e não o fez.

— É por isso que te disse que nunca queria ser mãe. Eu não sirvo para isso, nunca estarei à altura. Disse para você adotar, arrumar uma barriga de aluguel e o que você me disse...

— Que queria um filho que viesse de você. – a cortei.

Era a mais pura verdade, quando conheci Johanna foi em uma fase muito frágil da minha vida. Tinha acabado de perder meu pai e quando tentei aliviar a cabeça indo para aquele coquetel com Gale bêbado como sempre, a conheci. E ela se mostrou prestativa e atenciosa. Uma verdadeira filantropa, foi o que minha consciência inocente pensou na época.

Me casei aos 26 anos e ela sendo três anos mais velha pensei ter tudo o que mais desejava em uma mulher. Uma mulher segura e independente. Mas nem tudo são flores. Logo descobri que eu não tinha nenhuma chance de ter um filho com Johanna. Nossas discussões eram árduas e no fundo sentia que poderia convencê-la. E, consegui, mas teve um preço. Rejeição.

— Eu não queria que isso acontecesse Peeta.

— Quero divórcio. – disse automaticamente me virando para a cama onde minha pequena ainda dormia.

— O que disse? – ela me virou bruscamente para si.

— É o que acabou escutar. Quero divórcio.— respondi com a voz firme.

— Não está falando sério! – soltou uma risada debochada – Você me ama e depende de mim?

— E, para que dependeria de você? Eu tenho minha empresa e minha filha. Você tem sua empresa e seus ideais. Esse casamento nunca existiu Johanna. Foi até divertido no começo, mas depois você mudou comigo. Quantas vezes dormi sozinho enquanto você estava sabe lá aonde. – tentei me expressar com indiferença, mas na verdade tudo o que sentia por dentro era dor.

— Eu carreguei essa garota por nove meses na minha barriga, seu cretino! É assim que me agradece? – se exaltou e tive que segurar em seu braço e puxá-la dali.

— Tenha um pouco de respeito por ela. – adverti.

— Tudo bem! Quer um divórcio? Você terá, mas saiba que tirarei de você tudo o que puder. – soltou de repente.

— Se esqueceu que temos um contrato pré-nupcial? O que é meu, é meu. O que é seu, é seu. – novamente riu com deboche.

— E a Stela? Ela é tão sua, quanto minha. – serrei meus punhos ela não poderia estar falando sério.

— Você não a ama e quase a matou, que juiz em sã consciência te passaria a guarda? – ela se equilibrou nos saltou e me fitou dos pés à cabeça.

— Veremos. Amanhã meu advogado liga para o seu. Agora preciso voltar para a empresa. – ela olhou no visor de seu celular checando as ligações – Passarei amanhã no apartamento para pegar minhas coisas. – colocou os óculos escuro me dando as costas e logo se foi sem nem olhar para trás.

Johanna tinha um Loft mobiliado no centro, bem mais perto de sua empresa. Ela era dona de uma das maiores revistas de moda de Nova York, a Fashion Mason.

Voltei para dentro do quarto e minha filha se encontrava do mesmo jeito.

Inerte.

— Olá minha estrelinha. O papai está aqui e não deixará que nada de mal te aconteça novamente. Eu te amo. – puxei uma cadeira nada confortável e me sentei ao lado da cama segurando sua pequena mão.

A observei por um tempo e vi que todos seus traços pertenciam a mim. Nada nela lembra a Johanna. Minha mãe nunca foi a favor do meu casamento com Johanna, mas nunca interviu. Dona Martha ama a neta mais do que eu a amo, ou até empatamos nesse quesito quando se trata da nossa estrelinha.

— Com licença. – uma moça bate levemente na porta – Está na hora da medicação. – ela se aproxima com uma bandeja e começa a injetar algumas substâncias no soro da minha pequena.

— Ela não irá acordar, enfermeira...

— Katniss. – ela sorriu enquanto administrava a medicação. – Enfermeira, Katniss Everdeen.

— Muito prazer, Peeta Mellark. – automaticamente estendi a mão, mas ela ainda estava ocupada.

— Ela irá acordar sim, Sr. Mellark, mas ainda está com o efeito dos calmantes. – assim que terminou retirou as luvas, passou álcool gel nas mãos e a estendeu – Meu turno terminou e minha chefe pediu para eu passar aqui e administrar os medicamentos. – segurei em sua mão e trocamos um longo olhar – Não se preocupe, ela ficará bem. Stela está em boas mãos. – sua voz era suave e seus olhos angelicais.

Quando pisquei meus olhos ela já tinha ido. Foi algo diferente e estranho. Caminhei até a porta e olhei para todos os lados do corredor, mas não vi ninguém. Fechei a porta e sentei-me novamente na cadeira.

Olhei em direção a janela e percebi que a noite caía. Meus olhos começaram a lacrimejar e no mesmo instante meu rosto molhou-se em um choro silencioso.

Minha estrelinha estava ali inerte e eu me sentia culpado por esta situação.

Sequei o rosto e aproximei um pouco mais da cama e beijei seu rostinho.

— Eu te amo minha princesinha. O papai está aqui com você.

Debrucei-me sobre a cama e pousei a cabeça sobre o colchão. Estava cansado e perdido.

— Não se preocupe, ela ficará bem. Stela está em boas mãos.

Sobressaltei-me e olhei para os lados tentando procurar por ela, mas percebi que era minha mente me pregando uma peça.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Bem eu sei que a aparição da Kat foi meio rápida, mas capricharei da próxima vez, quero saber vossas opiniões ok? Como avisei antes estarei viajando, mas ficarei de olho aqui ;)
Comentem bastante e assim que eu retornar que será lá pelo dia 23/8 eu posto outro cap, Ok? Um super beijo a vocês e sentirei saudades...