Eterno Anjo escrita por Bell Fraser, Cristabel Fraser


Capítulo 3
Descobertas


Notas iniciais do capítulo

Boa noite queridos leitores, olha quem retornou de viagem, EU O/
Rss pois é depois de pouco mais de uma semana longe de vocês eis-me aqui com um novo Cap. Estou muito contente pela aceitação que estão tendo com esta fanfic e quero agradecer aqui a linda amiga Sany Evans que recomendou a fic, gente me senti totalmente emocionada e queria ter vindo antes postar esse cap, mas nossa aconteceram tantas coisas que isso não foi possível. Mas o importante é que estou aqui e tenho muitas ideias para esta história, sei que muitos devem estar achando estranho não acontecer o que diz na sinopse, mas calma "isso irá acontecer". E bem como esta viagem foi de aproveitamento espiritual acabou me dando mais ideias ainda - sendo ela sobre anjos - espero que continuem aqui comigo. Muito obrigada a todos que comentaram no capítulo passado, isso foi um incentivo para continuar, cada um de vocês tem um lugarzinho especial em meu coração, mesmo os fantasminhas, ou será que são anjos? Não sei mas gostaria que vocês manifestassem tbm, então boa leitura e nos vemos lá em baixo. Sany dedico este capítulo a você.



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Pela manhã acordei com um torcicolo infernal, na verdade, minha coluna também reclamava. Durante a madrugada uma outra enfermeira veio checar e medicar Stela que continuava a dormir.

Levantei e estiquei-me. Dormir na cadeira não foi nada confortável e precisava de um café extraforte. Ao caminha até a janela vislumbrei o sol por trás dos arranha-céus. Com toda certeza seria um longo dia.

— Papai... – assim que escutei aquela voz levemente rouca meu coração disparou.

— Minha Estrelinha, você acordou! – caminhei até a cama e tive que me segurar para não abraçar minha filha com tanta força.

— Sim, papai eu acordei, mas o que aconteceu? – ela me olha com aqueles olhinhos azuis que tanto amo e seu semblante é de confusão.

— Do que você se lembra meu amor? – seguro minhas emoções e tento analisar o que está acontecendo com Stela.

— A mamãe me buscou na escola e a tia Andréia meio que ficou brava com ela por ter demorado tanto. – sento na beirada da cama e seguro uma de suas mãos - Daí a mamãe falou algumas palavras feias e pediu para eu entrar no carro e colocar o cinto de segurança. Quando disse que estava errando o caminho da escola de balé ela pediu para eu calar a boca, pois tinha uma ligação importante. – incrível como minha filha relatava tudo detalhadamente – Depois ela parou o carro e pediu para eu esperar... papai eu fiquei quietinha desenhando, mas de repente comecei a sentir tanto calor e não conseguia mais respirar...

— Já passou minha filha. – abracei seu corpinho que se encontrava deitado sobre o leito – Já passou. Agora vamos ver quando você poderá voltar para a casa. – beijei sua cabeça e a deitei novamente.

Antes de pensar em sair para chamar alguém a mesma enfermeira de ontem à tarde surge com seu lindo sorriso e seus olhos – cinzentos – aos quais não pude ver com clareza antes.

— Bom dia pequena Stela. – se aproximou de nós e logo Stela a encara confusa.

— Você me conhece?

— Claro que sim. Ontem quando você chegou, eu ajudei a te socorrer. Sou a enfermeira Katniss. – ela estendeu a mão para minha filha que, sorriu largamente para a enfermeira.

— O prazer é todo meu, enfermeira. Você é muito linda. – Stela disse com espontaneidade e logo percebi a enfermeira corar.

— Vejo que a mocinha acordou de bom humor. – Katniss disfarça e logo começa a medica-la.

— Eu sempre acordo de bom humor, não é papai? – as duas me encaram e eu concordo com a cabeça.

— Bom dia Sr. Mellark, me perdoe, eu cheguei aqui tão encantada por sua filha ter acordado bem-disposta que nem tive educação para cumprimenta-lo. – ela dirige um simples olhar ao falar comigo, mas por trás daquele olhar sinto algo tão divinamente maravilhoso que, meneio a cabeça tentando firmar minha mente no agora.

— Bom dia enfermeira, sem problemas e como minha filha está?

— Aparentemente está ótima, mas o pediatra irá passar por aqui, daqui a pouco e assim que isso acontecer verei com ele se já podemos alimentá-la.

— Obrigado enfermeira... – me perco em seu doce olhar e ela sorri de lado me trazendo de volta a realidade.

— O senhor não quer tomar um café? Posso fazer companhia a pequena até voltar. – é quase impossível não perder o foco com sua voz melodiosa.

— Você se comporta até o papai voltar minha filha? – me aproximo da cama e acaricio seu rosto.

— Claro que eu vou me comportar, papai. – dou-lhe um beijo na testa e saio dali.

Assim que entro no elevador me deparo com minha mãe.

— Quando ia me contar que aquela maluca quase matou minha neta? – sua voz é de amargura.

— Eu sinto muito mãe. – abaixo a cabeça e o elevador fecha a porta e desce.

— Sente muito, Peeta? Quando enfiou na cabeça que queria se casar com aquela mulher eu disse que nunca o faria feliz e agora ela quase matou a filha de vocês.

— Eu pedi divórcio mãe, sei que não deveria ter me casado com ela, mas achei que Johanna mudaria as perspectivas que tinha sobre uma família, enxerguei tarde demais que isso nunca aconteceria. – senti meus olhos arderem – Não me arrependo de ter tido a Stela, é exatamente por ela que ainda consigo respirar. – algumas lágrimas deslizaram pelo meu rosto sem que eu mesmo quisesse e logo seus braços maternos me rodearam.

— Eu sei filho. – ela espalmou as mãos em minhas costas e acariciou enquanto sussurrava palavras calorosas – Eu sei que você tinha sonhos de formar uma família, mas nunca cri que Johanna pudesse lhe oferecer isso.

Caminhamos até a cafeteria do hospital e tomei logo um café duplo para ver se toda a angústia fosse embora junto com o cansaço. Minha mãe conversou um pouco comigo e disse que Francis a avisou, pois ele ligou na empresa atrás de mim para informar-me sobre meu carro que ficou pronto.

Voltamos para o quarto onde Stela estava e ao aproximarmos da porta escutei um risinho conhecido da pequena.

— Sério que o príncipe escolheu ela para se casar, mesmo a sementinha dela não dando flores? – minha filha perguntava algo a enfermeira e pedi num gesto a minha mãe que esperássemos um pouco antes de entrar.

— Sim, pequena. Eu te contei que o príncipe tinha dito as demais princesas que todas as sementes nunca floresceriam e mesmo assim elas trouxeram belas flores, e sabe por que? Todas elas queriam enganar ao príncipe, porém, ele viu que aquela plebeia tinha sido honesta. Por isso ele a escolheu, pois sabia que seria uma boa rainha.

— Obrigada pela linda história enfermeira Katniss, jamais me esquecerei sobre O Príncipe e a Flor da Honestidade. Onde você leu essa história? – Stela pergunta com seu jeitinho curioso.

— Eu sempre soube...  - entrei no quarto e vi a enfermeira acariciando os cabelos de minha filha.

— Obrigado por ter cuidado dela. – disse com um sorriso.

— Ela é um amor Sr. Mellark e não tem de quê. – minha mãe logo surgiu no quarto fazendo com que Stela abrisse mais ainda o sorriso.

— Vovó, a senhora veio me ver, eu estava com tanta saudade. –  dona Martha abraçou a neta e assim permaneceram por alguns minutos.

O pediatra logo chegou e fez o exame físico em Stela e disse que aparentemente ela estava boa e que já podia comer, mas ainda permaneceria em observação.

— Vou lá buscar o café-da-manhã da sua filha. – Katniss falou em um tom baixo, mas foi o suficiente para a menina escutar.

— Por favor enfermeira Katniss, fica. – ela implorou juntando as mãos.

— Eu voltarei, mas preciso buscar seu café-da-manhã, mocinha.

 (...)

Assim que Stela se alimentou minha mãe se ofereceu para ficar com ela para eu poder ir para casa tomar um banho e descansar, claro que, essa segunda opção não realizaria já que preciso ficar ao lado de minha filha o quanto puder.

— Fique bem com a vovó e trarei sua estrela. – beijei Stela antes de ir.

— Traga minha estrela, minha mantinha e minha escova de dente das princesas. – sinalizou com seus dedos os itens que eu deveria trazer.

Stela amava ter seus pertences junto de si principalmente sua almofada em forma de estrela.

— Algo mais alteza? – fiz uma reverência e ela riu.

— Não papai, é só isso mesmo.

Assim que saí do quarto, caminhei pelo corredor procurei com os olhos pela enfermeira que passou a ocupar meus pensamentos. Aquela moça tinha algo especial. Sua maneira de olhar, de falar e a capacidade de sentir o que necessitávamos era incrível.

Sem nenhum sucesso de reencontra-la chamei por um taxi e rumei até meu apartamento. Quando busquei pelo meu celular percebi que estava sem bateria e ao colocá-lo no carregador tinha várias chamadas perdidas. Antes de pensar em retorná-las Gina aparece em meu campo de visão.

— Olá Gina, perdão não tive como te ligar...

— Preciso falar com o senhor. – disse insegura.

— Por favor, sente-se. – indiquei o sofá.

— Francis me contou o que aconteceu com a pequena, eu sinto muito Sr. Mellark, mas há algum tempo venho pensando em pedir minha demissão e, sei que não é uma boa hora, mas meu marido tem reclamado bastante dos horários que tenho chego em casa e descobri que estou grávida.

Me surpreendi com tudo, pois Gina tinha 28 anos e era casada há dois anos, ela foi a primeira babá de Stela. Era evidente que minha filha sentiria com sua partida.

— Não sei o que dizer Gina. – e realmente não sabia, tanto minha pequena quanto eu acostumamos com ela – Mas respeito suas decisões e parabéns pela gravidez, que você o bebê tenham muita saúde.

— Obrigada Sr. Mellark, eu sinto muito mesmo, o senhor me ajudou demais e se não fosse por este emprego nem sei como eu e meu marido teríamos conseguido nossa casa.

— Não tem o que agradecer, Gina. Com todo o respeito, você foi mais mãe da Stela do que a Johanna. – e era a mais pura verdade. Gina nunca deixou faltar nada a minha filha. Sempre foi muito zelosa, carinhosa e nunca me deixou esquecer das atividades semanais da pequena – Eu só peço que você venha visita-la e que converse com ela sobre sua saída, claro que, eu irei prepara-la, mas preciso que você a veja.

— Sim, farei isso.

Adiantei seu pagamento e combinamos de fazer os últimos acertos assim que Stela tivesse alta.

Depois de tomar um banho e me alimentar, liguei na empresa e avisei que me ausentaria por uns dias. Gale quase enlouqueceu e assim que recebeu a notícia pediu para falar comigo.

— Cara, sinto muito pelo o que aconteceu com a pequena a Jô é uma doida mesmo, mas me explique porque o Darius apareceu aqui dizendo que tem uma reunião importante com você. O que você esqueceu de me contar? – respirei fundo e percebi que Johanna foi mais rápida do que imaginei em contatar seu advogado e informar a Darius – meu advogado – para uma reunião.

— Pedi divórcio Gale, é isso. – disse sem emoção alguma.

— Uau! Isso merece uma comemoração, finalmente você acordou para a vida cara. – brincou, enquanto soltei uma lufada de ar não dando a mínima para isso.

— Tente remarcar essa reunião para amanhã, por favor.

— Está bem, conversarei com seu advogado.

Encerramos a ligação com eu, passando-lhe mais algumas instruções.

 (...)

Voltei para o hospital no meu carro antes do fim da tarde, acabei levando alguns dos livros preferidos de Stela junto da mala dos pertences que havia me pedido.

Cheguei no quarto e, ela e minha mãe conversavam animadas sobre algo.

— Papai, você chegou na hora certa! – disse ela sorridente.

— Ah é, por que cheguei na hora certa? – perguntei curioso e ao me aproximar para lhe beijar cochichou em meu ouvido:

— A vovó disse que vai me acompanhar na escola e em minhas atividades por um mês.

— Que legal! Essa vovó te ama tanto quanto o papai, né? – ela confirmou com a cabeça e logo meu celular começou a tocar no bolso da minha calça – Darius? – estranhei meu advogado me ligando.

— Sr. Mellark deixei alguns documentos em cima da sua mesa para você ler pela manhã.

— Eu não irei a empresa amanhã, mas acho que darei um jeito de dar uma passada lá agora para buscar, tudo bem?

— Como o senhor quiser. O conteúdo está dentro da pasta azul.

— Obrigado, Darius.

— Não te de quê, só fiz o meu trabalho.

Encerrei a ligação e pedi a minha mãe que ficasse com Stela por mais alguns minutos.

— Será um prazer desfrutar mais alguns momentos com minha neta, filho.

Beijei as duas e novamente saí dali correndo.

Pelo horário todos os funcionários já tinham ido embora. Ao estacionar em minha vaga, vi o carro do Gale ao lado e estranhei, mas como ele era eficiente com toda certeza estava adiantando serviço. Cumprimentei os seguranças no saguão principal e peguei o elevador até o andar da presidência. Os corredores foram acendendo enquanto eu caminhava até minha sala, mas acabei parando perto do escritório do Gale.

— Ah... Gale seu...— ouvi alguns gemidos e quando abri a porta não acreditei na cena.

— Johanna... – Gale e minha – agora ex-mulher— estavam em um momento ardente, íntimo, totalmente nus e emaranhados um no outro sobre o sofá.

— Peeta eu posso explicar... – Gale levantou buscando por alguma roupa para tapar as partes íntimas enquanto Johanna parecia não se importar com nada.

— Você não vai me explicar nada Gale. – não sei como, nem de onde eu conseguia proferir as palavras – Pensei que fosse meu amigo. O que a Madge pensaria se visse essa cena? Pode passar no Departamento Pessoal pela manhã e assinar sua demissão.

— O que? Ficou louco?

— Não, eu não estou louco, nossa amizade acaba por aqui.

Virei-me e fui até minha sala pegar a tal pasta azul e nem sei como fui parar tão rapidamente dentro do carro, só sei que tive que inspirar e respirar várias vezes até me acalmar.

Como tantos acontecimentos ruins estavam acontecendo em tão pouco tempo? O que de errado teria feito eu para estar merecendo isso? A quanto tempo Johanna vem me traindo com o que pensei ser meu melhor amigo?

São questões que só o tempo poderiam me responder. Mas uma coisa era certa, não poderia perder o foco de minha filha.


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Notas finais do capítulo

E aí, alguém esperava por isso?
Não?
Sim?
Talvez?
kkkkkkkkkkkkkk, deixem suas opiniões nos comentários.
Agora, que tal vocês lerem minha One-short de mês dos Pais? Espero vocês lá e prometo que não é cansativa e quem é fã do Mellark e do Odair, vai amá-la ainda mais. Deixarei o link aqui em baixo...

https://fanfiction.com.br/historia/706192/Simplesmente_Pai/

Ps: Only You retorna daqui há uma semana, fiquem ligadinhos ;)