Por sua causa escrita por Elie


Capítulo 7
Elisa


Notas iniciais do capítulo

Eu que achava que não podia me surpreender.



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A professora Amélia fez uma pergunta e fiquei sem resposta. “O que mudar em Daniel?”, repeti mentalmente várias vezes. Talvez colocaria um pouco mais de juízo naquela cabecinha e o faria estudar um pouco mais. Tirando isso, Daniel era uma pessoa incrível. Ele era gentil, se dedicava ao que amava e havia algo no seu rosto que me lembrava um jovem e moreno Leonardo DiCaprio.

— É óbvio que ele é a cara do DiCaprio. Só você que não vê isso — eu tinha plena certeza disso.

— Não, Elisa. Só você que vê isso. O Daniel não chega nem sequer aos pés do DiCaprio. Isso é coisa que você colocou na sua cabeça para se iludir ainda mais.

Tainá não concordava comigo e Bia estava ocupada demais em "conhecer melhor” sua dupla para o trabalho de redação, como se nós não a conhecêssemos. Em pouco tempo, Felipe tinha ido de seu arqui-inimigo para o seu maior confidente, mas o que eu poderia dizer? Eu estava aproveitando o trabalho de redação da mesma maneira. Se eu pudesse, acompanharia Daniel todo os treinos, mas meus inscritos estavam começando a reclamar da falta de vídeos novos no meu canal. Eu tinha que me organizar direito para publicar uns dois vídeos por semana. Se tudo desse certo, meu canal teria trezentos mil inscritos até o final do ano.

Comecei a postar vídeos no YouTube no primeiro ano. Naquela época, eu não disse para ninguém, principalmente por causa da situação da Tereza. Toda atenção estava voltada para ajudar Tainá a lidar com toda aquela tristeza e eu tinha vergonha de ouvir as pessoas falando sobre os meus vídeos, até que um dia uma garotinha pediu para tirar uma selfie comigo e não consegui esconder mais o meu canal da minha família.

Pego minha câmera, arrumo um lugar legal, ajeito a luz e começo a filmar. Falo sobre tudo, é quase um diário de assuntos que acho interessantes. Para mim, é como conversar com minhas amigas. Os vídeos que mais têm visualização são os de games e sessões de perguntas e respostas sobre relacionamentos.

— Olá, terráqueos! Como vão aí na Terra? Aqui é a Elisa e hoje falaremos sobre a minha escola, mais especificamente, sobre os meus colegas de classe. Toda sala tem seus tipos. Os inteligentes, os do fundão, os deslocados... — pigarreei de propósito para me incluir nesse grupo. — O casalzinho, os galinhas, os tímidos, os fofoqueiros... De que grupo você é? Se você ainda não sabe, vou apresentar algumas características que podem te ajudar com essa tarefa.

Quando terminei de gravar, corri para editar o vídeo e postar em seguida. Assim que coloquei o vídeo no ar, os comentários começaram a surgir. É legal ver como as pessoas se identificam com temas tão simples e como meus vídeos conseguem animar as pessoas em momentos difíceis. Algumas pessoas até vieram falar comigo pessoalmente para agradecer por eu ter feito a vida delas um pouco mais leve. Comecei a ganhar um pouco de dinheiro há um tempo, mas nada era melhor que ouvir da boca das pessoas que eu estava fazendo alguma diferença na vida delas.

 

GRUPO – Squad das musas

Bia gata e gênia (17:41) – Esse vídeo tá incrível. Ri demais

Tainá anja (17:43) – kkkkkkk eu também. Só você, Elisa

Bia gata e gênia (17:44) – Por acaso Daniel já sabe que você é uma influenciadora de sucesso? Hihi

Tainá anja (17:44) – Vish! É mesmo

Elisa (17:45) – Sei lá. Eu é que não vou falar com ele sobre isso, que vergonha

Bia gata e gênia (17:46) – Vergonha nada. Ninguém com tantos fãs como você deve ter vergonha disso. Aliás, ninguém deve ter vergonha de ser o que é NUNCA

Tainá anja (17:46) – Concordo!

Elisa (17:47) – Deixa as coisas acontecerem naturalmente

Tainá anja (17:50) – Naturalmente como você esbarrando nele toda hora “sem querer”?

Bia gata e gênia (17:51) – hehe

Elisa (17:51) – Fica na tua, Beatriz. Felipe sabe o que é agir naturalmente.

Tainá anja (17:53) – HAHAHAHHA

Bia gata e gênia (17:53) – Aff. Não tá mais aqui quem falou.

Bia gata e gênia (17:53) – Achei que você estava no meu lado, Tainá

Tainá anja (17:53) – Estou do lado da verdade

 

***

Já que eu já tinha postado os vídeos da semana, aproveitei para visitar o treinamento do Daniel. Eu gostava de assistir jogos de futebol, mas precisei de uma boa motivação para assistir o treinamento. De vez em quando, ele olhava para mim na arquibancada e eu acenava para ele. Quando o treino acabou, esperei ele tomar banho e saímos juntos de lá. Até conversei com outro jogador, o Silva, que por acaso conhecia meu canal.

— Já tem material suficiente para o trabalho? — ele perguntou.

— Ainda não.

— Bom saber.

Sorri para ele e ele sorriu de volta.

— O que você acha de irmos ao cinema agora? — ele perguntou.

Eu sabia o que aconteceria se eu dissesse sim. Se por um lado eu estava aguardando por isso há um tempo, por outro fiquei meio ansiosa. No fundo, Daniel não sabia nada sobre mim e era eu quem estava interessada em conhecê-lo melhor. Entretanto, eu sabia que ele não era bom com as palavras e me convenci de que era apenas o jeito dele de demonstrar que gostava de mim.

Ele não precisou de muitos argumentos extras para me convencer, então fomos ao cinema e Daniel fez questão de pagar o meu ingresso, o que me deixou um pouco mais animada, pensando que no fundo ele se importava. Era uma comédia nacional e não demorou para ele dar sinais de que estava afim de ficar comigo. Fingindo que iria comentar alguma coisa no meu ouvido, ele me beijou.

 

GRUPO – Squad das musas

Elisa (20:40) – Aconteceu

Tainá anja (20:45) – Como assim!? Não vai me dizer que...

Elisa (20:45) – NÃO. A gente só ficou. Mas as coisas estão diferentes entre a gente. O clima esquentou e não vai demorar para acontecer...

Bia gata e gênia (20:45) – Cuidado para não apressar as coisas demais.

Elisa (20:46) – Não é como se eu fosse virgem. Eu sei o que estou fazendo

Bia gata e gênia (20:48) – Só estou aconselhando a ter cuidado com as expectativas.

Tainá anja (20:49) – E cuidado com o que as pessoas podem falar também

Bia gata e gênia (20:52) – Tainá... Não fala isso. É importante que a gente esteja do lado de outras mulheres. Os homens não andam por aí mandando os amigos terem cuidado por ter ficado com garotas

Tainá anja (20:52) – Eu sei disso. Vocês sabem da minha opinião e sabem que eu respeito a de vocês, mas a realidade é que existem pessoas que vão falar mal

Elisa (20:53) – Isso é entre mim e o Daniel

 

Sei que minhas amigas só queriam o meu bem e estavam preocupadas comigo, mas eu esperava que elas torcessem por mim e me julgassem um pouco menos. Eu conversava com o Daniel frequentemente e sabia que ele não era nenhum santo, mas ele não parecia ser uma pessoa ruim. De vez em quando, conversávamos sobre o futuro e eu imaginava nossos caminhos se cruzando.

— Pode me entrevistar na minha casa se você quiser... — Ele falou, do nada, depois de me dar um beijo.

Pensei bem. Já estávamos saindo há um tempo e eu sabia o que aquele convite queria dizer. Vi Tainá e Beatriz no canto do pátio e percebi que ambas tinham aquela expressão de quem tem uma pulga atrás da orelha. Aquilo me irritou um pouco. Elas me tratavam como criança e eu não era nenhuma inocente, eu sabia dos riscos que eu estava correndo.

— Claro. Só tenho que resolver uma coisa antes, mais tarde a gente se fala — respondi.

— Às oito está bom para você?

— Perfeito — ele ficou animado.

Eu ainda tinha vergonha de falar com ele sobre o meu canal no YouTube, mas a coisa que eu precisava resolver era um vídeo que já estava atrasado. Postei uma foto pedindo às pessoas por questões a respeito de relacionamentos e em pouco tempo consegui material sobre o vídeo.

Olá, terráqueos! Como vão aí na Terra? Hoje é dia de um tipo de vídeo que vocês me pedem muito... “Socorro, Elisa!”. Eu selecionei algumas questões que vocês me mandaram. Foram muitas questões, então tive que escolher as mais curtidas. Continuem mandando mensagens se quiserem aparecer no canal algum dia.

Nessa hora, uma mensagem surgiu no meu celular.

Daniel (14:32) – Não vejo a hora de te ver hoje

Sorri e voltei para o vídeo.

A @LauraB94 perguntou... “Elisa, tem um cara na minha faculdade que dá todos os sinais de que gosta de mim, mas nunca consegue ser claro o suficiente para tomar uma atitude. Já até saímos juntos e não aconteceu nada. O que eu faço?” — pensei por um minuto antes de responder. — O que podemos dizer para a Laura? Seja direta! Garanto que vai ser melhor receber um não que ter que viver nessa dúvida cruel. Se ele não gostar de você, que seja! Tem um monte de caras no mundo. Não vale a pena ficar nessa agonia, eu garanto. Mas seguindo para a próxima pergunta, a @Naty-nc peguntou: “Fiquei com um cara na minha escola por uma semana e agora parece que eu não existo. O que há de errado comigo?”.

 Nessa hora eu até engoli seco. É impressionante o número de garotas que se culpam porque alguém não gosta delas, como se fosse um problema delas e não deles.

Naty... Não conheço esse cara com quem você ficou, mas eu sei de uma coisa: não foi culpa sua. Eu vi suas fotos e garanto que você é muito linda e parece ser uma pessoa legal. Quando um cara não gosta de você, mesmo quando você o tratou bem, não assuma que há algo errado contigo, o problema deve estar nele. Se você é incrível e alguém não gosta de você mesmo assim, essa outra pessoa que não é incrível. Simples.

   Dei uma pausa para tomar um gole d’água e voltei à gravação.

A @Elisaeminhavida está perguntando o que eu acho sobre garotas que fazem sexo antes do casamento — pausa dramática. — Bom para elas, eu acho.

 Fiz uma cara de tédio e voltei a ler as outras questões. Nunca vou gastar meu tempo prestigiando misoginia em pleno século vinte e um. Respondi outras perguntas e passei tudo para o meu computador para editar o vídeo. Quando me dei conta, já eram seis horas e eu não tinha nem pensado em que roupa eu iria para a casa do Daniel Não queria dar um sinal óbvio de que eu estava muito afim dele, mas eu também não queria ir desarrumada. A imagem da Bia me julgando ficou no meu pensamento.

Abri a minha gaveta, pensei bem e fiquei olhando para um pacote de camisinhas que estava lá há alguns meses desde que terminei com meu primeiro namorado. Peguei uma, pensei bem, devolvi, mudei de ideia e levei uma na minha bolsa, escondida num bolsinho quase secreto. Por sorte, meus dois pais saíram nesse dia, o que me poupou de dar explicações.

— Você está demais, Elisa — Daniel falou isso e me beijou.

Não sei explicar o motivo de eu estar tão nervosa. Apesar de tudo, era o que eu queria.  Convenci-me de que eram as vozes das minhas amigas falando por mim.

— Essa é a casa em que moro desde sempre. Meus pais estão jantando fora, então fique à vontade para perguntar qualquer coisa sobre mim — os olhos dele pareciam ainda mais bonitos.

— Sua casa é muito bonita — elogiei. Na verdade, era uma mansão. Ele claramente não sabia o que era aperto de final de mês. — Seus pais trabalham com o quê?

— Administradores de empresa. Uma chatice. Quer conhecer o meu quarto? — Daniel nem disfarçou.

Com o coração palpitando, fiz que sim. Subimos uma escada de mármore e fomos até o quarto dele. Um monte de troféus em prateleiras, uma televisão gigantesca e tudo que fosse possível remetendo a futebol.

— Seus pais devem ter orgulho da sua carreira.

— Minha mãe tem. Meu pai queria que eu assumisse a empresa, mas acho que vai ficar com meu irmão.

— Não sabia que você tinha um irmão? Onde ele está?

— Fazendo intercâmbio na Irlanda. É o preferido do meu pai — claramente não era o assunto preferido dele.

— Pais... — falei por educação. Meus pais eram incríveis.

Circulei pelo quarto dele e sentei-me em sua cama. Logo depois, ele sentou-se do meu lado. Aos poucos, ele foi se aproximando e beijando meu pescoço. Não recuei, pelo contrário, devolvi o beijo. As coisas foram progredindo e quando me deparei, estava cochilando com a camiseta dele. Acordei com gritos que vinham da sala

— Você é um imbecil mesmo! Estúpido, imbecil, burro! Fez a gente perder mais um negócio!

— Cale a sua boca. O que é que você entende de negócios? Vá passar roupa que a gente ganha mais.

— Passar roupa? Vá você passar as suas camisetas! Se não fosse por mim a empresa seria mais um dos seus investimentos lixo. Quem manda ser um filhinho de papai sem experiência nenhuma. Você não passa de um grande merda!

— Você está vestida como uma puta oferecida! É assim que está conseguindo clientes, não é? Assim é fácil! Pare de se comportar como uma qualquer. Se coloque no meu lugar, aquele cara só queria trepar com você.

Eu a Daniel acordamos no susto. Ele olhou para mim e pediu silêncio, colocando seu indicador à frente dos meus lábios.

— Vá se trocar — ele sussurrou, apontando para meu vestido jogado em cima da televisão.

Troquei de roupa e fiquei escutando aquela gritaria diminuindo aos poucos. Não sei quem estava com mais vergonha.

— Desculpa por isso. Acho melhor você sair agora. Vou pedir um táxi.

Olhei para o relógio, eram onze da noite. Concordei com a cabeça e não soube como reagir à situação. Descemos a escada de mármore devagarzinho e ficamos esperando pelo táxi na entrada. Quando ele chegou, dei um beijo rápido nos lábios dele e pude perceber o quanto Daniel estava sem graça.

— Tchau — ele falou, segurando a porta do veículo.

 

***

As coisas mudaram totalmente depois desse dia. Tentei conversar com ele, mas não consegui nenhuma resposta que passasse de uma frase sem emoção. Lembrei que ele tinha que fazer a parte do trabalho dele, mas Daniel disse que já sabia disso e que eu não precisava me preocupar. Nos distanciamos de repente, o que me fez desconfiar de que ele ainda estava morrendo de vergonha do que eu tinha ouvido na mansão. Resolvi dar um espaço para que a poeira baixasse.

O pior de tudo é que eu ainda não havia contado às minhas amigas que tínhamos transado. Eu estava só, triste e com medo de contá-las sobre o que tinha acontecido. Por outro lado, eu não conseguia sentir raiva dele. Quando o seu pai diz que a sua mãe é uma puta oferecida na frente da pessoa que você está ficando, como você reagiria?

— Percebi que você e o Daniel se afastaram um pouco, aconteceu alguma coisa? — Beatriz perguntou.

— Não sei nem o que te dizer. Eu fui até a casa dele e, sem querer, ouvi uma briga horrível dos pais dele. Foi uma baixaria.

— Espera aí. Você foi para a casa do Daniel sem os pais dele saberem? — Beatriz me conhecia muito bem e minha expressão me denunciou. É a desvantagem de se ter amigas tão inteligentes.

— Elisa, Elisa... Cuidado para não se envolver demais. Aconteceu o que eu acho que aconteceu? — Bia já sabia da resposta.

— Aconteceu. E logo depois os pais dele chegaram gritando do nada, foi horrível, uma baixaria. Ouvi tudo e olhe que eles moram numa casa gigantesca. Desde esse dia não conversamos mais como antes. Não sei o que fazer. Bia, eu estou perdida.

— Vocês não conversaram nada depois disso? — ela estava passada.

— Não como deveríamos — atenuei a situação. Não conversamos quase nada.

— Você tem que falar com ele. Confrontá-lo mesmo. Não dá para continuar com esse clima estranho. Mas não vá achando que ele vai querer namorar com você ou algo do tipo. Infelizmente, é quem ele é.

Procurei em volta e não o encontrei. Beatriz, como quase sempre, tinha razão. Eu não achava que ele seria o amor da minha vida, mas não dava para continuar com essa infantilidade. Se dependesse de mim, terminaríamos como pessoas maduras e conversaríamos direito.

Tainá, que tinha saído para comprar um bombom, voltou com uma expressão de preocupação. Ela estava branca como uma folha de papel ofício.

— Tudo bem, Tainá? — perguntei.

— Tudo.

— Você é uma péssima mentirosa, Tatá. Desembucha — Beatriz pressionou.

Tainá apertou os lábios e olhou para mim com pena.

— Quer dizer, está acontecendo uma coisa chata, mas eu acho que preciso te contar antes que você saiba por outra pessoa — ela se dirigiu a mim.

— O que foi? — Beatriz a apressou.

— Há três dias que o Daniel está se pegando com a Laysa do segundo ano por trás do ginásio. Dizem que ela até já fez sexo oral nele em plena luz do dia. Eles estão lá agora. Mas nós avisamos a você que ele não é confiável. Você se livrou...

— Tainá! Não é hora de dar sermão — Beatriz a alertou, se virando para mim em seguida e segurando nas minhas mãos. — Estamos aqui por você, Elisa. Não permita que um imbecil como ele te deixe para baixo, você é mais do que isso.

Minha respiração foi ficando ofegante. Eu simplesmente não acreditei no que tinha acabado de ouvir. Uma raiva tremenda me dominou e eu precisava conferir se era verdade. Que tipo de canalha deixaria de falar comigo depois do sexo e de uma situação constrangedora como aquela, para se agarrar com uma menina poucos dias depois? Isto é, se eles já não estivessem juntos antes. Com passos rápidos, corri até a parte de trás do ginásio onde as pessoas namoravam escondido dos professores.

— Calma, Elisa. Não faz besteira — Bia falava, nervosa, enquanto tentava me acompanhar.

Ainda mais ofegante por ter dado passos rápidos, cheguei ao local e demorei um pouco para entender o que estava acontecendo de verdade. Eles estavam atracados lá e só consegui ficar com uma cara patética de idiota sem reação. Nem perceberam minha presença.

— Vamos embora daqui — Bia me puxou pelo braço e me levou de volta ao pátio.

  Eu que achava que não podia me surpreender. Eu que me achava muito adulta e responsável. Eu que achava que conhecia Daniel o suficiente. Eu que pensava que ele havia se afastado por estar com vergonha da situação. Eu que havia falado que quando um cara não gosta de você, o problema deve ser dele. Falar é fácil.


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Notas finais do capítulo

I stayed up all night waitin', and you forgot to call
And, oh, I feel so lonely, it's like you don't care at all
Maybe it's your ego or just your foolish pride
It's like I'm not on your mind
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://m.youtube.com/watch%3Fv%3Dci3pmc4nORk&ved=0ahUKEwj9m-TFuozkAhWZK7kGHaXODacQo7QBCCswAA&usg=AOvVaw3tK5VK6027YyBekSZpsvyh



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