Por sua causa escrita por Elie


Capítulo 32
Depois




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Todos estão felizes, mas algumas frases nostálgicas já podem ser ouvidas. A sensação é de saudades misturada com entusiasmo. Apesar das mensagens fortes do sarau, o clima está leve. Todos sabem que cada um seguirá seu caminho, mas o Colégio Milano e todas aquelas pessoas farão sempre parte de suas histórias.

Segurando seu pratinho repleto de docinhos, Silas está meio triste pois acaba de descobrir que Rafaela tem planos de se mudar para uma cidade maior para investir mais em sua carreira, apesar de estar feliz por vê-la indo atrás de seus sonhos. Ele sentirá falta até das manias chatas de suas amigas. Sua gravata borboleta em cetim cinza chama atenção de todos, mas ele não se importa. Poucas vezes se sentiu tão ele mesmo em todos aqueles anos de colégio.

— O cachê que ganho com as fotos não é muito, mas acho que vai dá pra me manter. E meus pais me ajudarão no começo. Já estou cansada desta cidade, preciso de novos ares — Rafaela mal pode esperar para viajar.

— Estou feliz por você, mesmo nos abandonando. Nem acredito que não nos veremos mais todos os dias. Temos que marcar de nos encontrar pelo menos uma vez por ano — Silas propõe.

— Com certeza. Vocês me ajudaram muito nessas últimas semanas. Espero encontrar pessoas legais na faculdade… — Bruna planeja estudar pedagogia, mas sua vida não mudará tanto. Ela continuará morando com os pais na mesma cidade e, de qualquer forma, mal pode esperar para o próximo ano.

— Sentirei tanta falta de vocês — Rafaela abraça Nina neste momento, que devolve o gesto com tristeza no olhar.

— Podemos ir para o… — Nina sugeriria um programa em grupo, mas é interrompida por seus amigos.

— Refúgio não! — Silas e Rafaela falam em coro.

A atitude dos dois faz Janaína dar uma gargalhada. Ela já estava começando a entender porque Silas andava com aquelas meninas há tanto tempo. Apesar de tão diferentes dela, eram engraçadas e tinham bom coração.

— Que nada! Vocês estão bem desatualizados — Nina fala com desdém. — Refúgio está com uma vibe péssima ultimamente. Abriu um lugar mais legal perto da minha casa. É um lugar chamado Paradise. Soube que tem uns drinks maravilhosos… Meu primo conhece o promoter e nem precisaremos de identidade falsa.

Para o desgosto de Nina, ninguém se anima com a sugestão, o que a faz olhar para eles com incredulidade. Ela simplesmente não entendia como eles conseguiam ser tão caretas.

— E aí, Sil? — Rafaela está um pouco curiosa e tenta conferir se Silas tem algum interesse em conhecer o lugar novo.

— É sério, vocês vão gostar — Nina está quase implorando, mas já está perdendo a paciência.

— Ah, gente. Vai que é divertido? — Janaína tenta animá-los, mas nem ela mesma acredita no que está falando. Mesmo assim, Nina fica feliz em ouvir isso.

Ninguém se empolga.

— Se não quiserem me acompanhar, posso falar com Jorge… — mesmo em tom de ameaça, os colegas não parecem se importar com o comentário.

— Depois a gente vê… — é uma estratégia de Silas para que sua amiga pare de falar. — Vocês viram aquela série espanhola que lançou ontem?

Vendo a indisposição de seus amigos, Nina se dirige a Jorge, que está conversando com alguns colegas. Enquanto isso, Bruna observa seu ex-namorado, Tiago, de longe, e pela primeira vez sente uma grande alegria por não guardar mais sentimentos ruins. Tudo de que ela se lembra são as primeiras emoções de seu primeiro namoro sério, que apesar de estar repleto de erros, a fez feliz por muito tempo. 

 

— Jorge? — Nina o abraça e exala seu perfume doce.

— Oi, Nina — ele se aproveita da situação e passa a mão na cintura dela.

— Abriu um lugar legal perto do centro. Chama-se Paradise. Soube que o ambiente é legal e que as bebidas são baratas. Já ouviu falar?

— Já sim. Achei maneiro.

— Vou com uns amigos na sexta. Está convidado.

— Estarei lá — ele pisca para ela.

Ela dá um beijo a dois centímetros propositais dos lábios de Jorge, fazendo-o ficar ainda mais interessado. Bastam dez segundos depois de Nina ir embora para a zoada começar. Os amigos dele estavam aguardando ansiosamente pela oportunidade de fazer piadinhas.

— Se deu bem! — Tiago bate nas costas do amigo.

— Esses dois já têm história — Daniel explica para Rita, a novata, que dá uma risada tímida e se sente deslocada no meio de tantos garotos do terceiro ano.

— É um ioiô, isso sim — Mário zomba. Ele gostava dela, mas sabia que não tinha mais chances.

Enquanto todos conversam e se divertem, Flávio, que estava na coordenação, chega com uma expressão de poucos amigos, deixando todos preocupados. As últimas notas de Flávio foram péssimas, como o resto de seu boletim, e tudo apontava para o fato de que ele estava terrivelmente encrencado academicamente.

— O que foi que aconteceu? — Mário já imaginava a resposta.

— Preciso tirar dez em redação, nove em matemática, nove e meio em física… É quase certeza que eu vou precisar repetir o ano. Estou ferrado — os lábios de Flávio estão vermelhos por ele ficar mordendo-os de tanto nervosismo.

— Sinto muito, cara. Pode contar comigo se precisar de qualquer coisa, irmão — Daniel não sabe bem o que falar. Ele só estava aliviado de ter passado de ano, pois odiava estudar, então nem imaginava o que faria se precisasse repetir o terceiro ano.

— O problema vai ser mesmo a reação dos meus pais. Isto é, se eu estiver vivo quando eles descobrirem isso já vai ser uma vitória — os meninos nunca viram Flávio tão chateado.

Sentindo pena de seu amigo, Tiago coloca a mão nos ombros de Flávio, como sinal de que ele está ali por ele. Jorge o convida para ir até o Paradise na sexta-feira, tentando animá-lo, e ele aceita. Provavelmente só dirá a notícia aos seus pais no último momento.

No outro extremo do grupo, Daniel não para de olhar para Elisa com tristeza. Apesar de se esforçar para prestar atenção em seus amigos, seus pensamentos estão fixos em cada frase que ele ouviu Elisa proferir, enquanto espreitava escondido atrás da porta. Mesmo repetindo para si mesmo que ela só falou aquelas coisas por mágoa, Daniel não tem mais certeza de nada. Pelo menos ele não estava na situação de Flávio e isso o deixou um pouco menos infeliz. Mesmo assim, seu olhar instável, com vergonha de denunciar sua atenção totalmente direcionada para Elisa falava mais do que suas próprias conclusões.

— Vai lá falar com ela — Rita sugere, ao notar a aflição do garoto e as olhadas para Elisa. Essa atitude o deixa claramente sem jeito.

— Não sei se devo. Acho que não somos mais tão amigos assim — dá para notar a chateação em sua voz. Ele fez questão de frisar que eram apenas amigos.

— Daqui a pouco você não a verá mais todos os dias. Dizem que ela é muito legal. Sei que quer falar… Pelo menos vai se despedir… — Rita age de forma bastante madura, apesar de ser a mais nova do grupo.

Ao escutar as falas de Rita, Jorge e Tiago se entreolham, confusos em ver Daniel falando com ela sobre Elisa. Os amigos do jogador sabiam que não era normal do The Flash contar sobre conquistas antigas para garotas novas. 

Quando Daniel finalmente decide ir em direção a Lili, seus amigos dão uma pequena gargalhada cínica achando graça da situação. Rita revira os olhos, percebendo a infantilidade dos garotos, mas tenta não se importar.

 

— Oi, Elisa — Daniel dá um abraço sem graça. — Oi, Tainá — ele acena.

— Oi, Daniel. Tudo bem? — Elisa franze o cenho, desconcertada. As palavras que ela praticamente vomitou para a professora Amélia ainda estão frescas em sua memória.

— Posso falar contigo em particular? — a preocupação nos olhos dele deixa Elisa preocupada também.

Antes de responder, Elisa olha para Tainá deixando transparecer calma, tentando tranquilizá-la por estar no controle da situação. Sua amiga devolve o mesmo olhar calmo, confirmando que confia em Lili. Enquanto os dois se afastam, Tainá vai em direção à mesa de doces e tenta nem olhar para eles, deixando sua amiga resolver as coisas à sua maneira.

— Só queria te agradecer pelo que você fez por mim no outro dia. Obrigado por me ajudar na hora mais inconveniente possível. Desculpa se eu te causei algum mal — é a primeira vez que Daniel pede desculpas para uma garota que ele magoou.

A resposta honesta de Elisa diria que Daniel deveria mesmo pedir desculpas, mas tudo que ela queria era ficar em paz com ele para que ambos seguissem seus caminhos. Ela sabia que a vida dele era muito complicada e resolveu perdoá-lo pelas idiotices que ele tinha feito, apesar de ainda preferir manter distância.

— Não foi nada, não precisa se desculpar. Eu faria isso por qualquer pessoa, mas vê se não se mete em confusão.

Nervoso, Daniel olha para baixo e balança um de seus pés persistentemente. Ouvir ir Elisa dizer que ela faria isso por qualquer um é o último balde de água fria de que ele precisava. Ele realmente não era  mais especial para ela.

— Prometo que não farei mais aquilo. Foi um momento de fraqueza. E boa sorte na sua carreira, você merece o mundo — apesar de querer falar muito mais, tudo o que ele disse é verdade.

— Não precisa prometer, você tem que fazer isso por você mesmo. Boa sorte na sua carreira também.

Após sorrir e abraçá-lo mais uma vez, Elisa procura Tainá, mas não a encontra de primeira, então se dirige a Felipe, que está atacando uma enorme fatia de bolo. 

Daniel, por sua vez, precisa de algum tempo para digerir o que acabou de acontecer. Apesar de tudo, ele está tranquilo e deseja que Elisa encontre alguém que goste mais dela do que ele gosta.

 

— Tudo certo? — Rita pergunta.

— Tudo certo — ele sorri.  Daniel  está bem mais tranquilo.

— Que bom. Legal quando pessoas se tratam bem, mesmo depois de algum desentendimento... Mas ainda bem que você voltou, seus amigos estão discutindo até agora — ela parece impaciente.

— Qual o motivo dessa vez? — Daniel olha para Flávio como se já soubesse que ele era a fonte dos desentendimentos.

— Tiago está me dando lição de Moral porque chamei a Maia de Mimimaia. Ele acha que é protetor dela agora. Aposto que está pegando aquela baranga — o humor de Flávio parece cada vez pior. A falta de noção faz Rita ficar ainda mais irritada.

— Esses dois são um saco — Mário desabafa.

— Quer saber? Eu estou cansado de você. Boa sorte e vê se maneira na babaquice — muito irritado, Thiago vai em direção a sua amiga Maia, que está conversando com Cecília. As duas estão dando altas gargalhadas e parecem muito contentes. Elas não veem a hora de se formar.

— O que é tão engraçado? — Tiago pergunta.

— Escuta só essa... Tem um cara chamado Elvis Presley que está apaixonadíssimo pela Cecília. Manda mensagens a cada cinco minutos. Qual a chance? — Maia não consegue conter sua risada.

— Coitado do cara — Thiago brinca. 

— Pelo nome ou por ele gostar da Cecília?

Após escutar a piada, Cecília dá uma leve cotovelada em Maia como que a repreendendo. Isso faz Tiago finalmente dar uma gargalhada.

— É o mesmo da festa da Verinha? — ele pergunta.

— Esse mesmo — Cecília arfa.

— Está explicado. Ele deve ter se apaixonado quando viu ela socando sua ex — Maia brinca.

Ao ouvir isso, ele dá de ombros e faz uma expressão de quem não faz ideia de nada. Tinha se arrependido de ter ficado com outra garota na festa, mas ele estava se sentindo reprimido por sua ex-namorada há muito tempo. Chegou ao cúmulo de ela pedir pra que ele escolhesse entre a amizade com Maia e o namoro. Mas era tarde,  Maia se tornou uma das melhores amigas de sua vida, quase família. Ele se sentia mais abraçado ali que no seu próprio grupo de amigos e lamenta por um dia ter falado coisas horríveis sobre Maia por influência dos outros garotos. Maia é uma pessoa sensível que não merecia as bobagens que ouvia. Era  uma das poucas pessoas que escutavam suas demos e fazia críticas justas e construtivas. Portanto, ele não  entendia por que ela foi escolhida como alvo de Flávio e imaginou que talvez fosse inveja.

— Queria falar mesmo com você, Cecília. Estou pensando em fazer uma tatuagem e hoje eu vi como você desenha bem. Será que você poderia me ajudar? — Tiago perguntou.

Dessa vez é Maia que dá uma leve cotovelada em Cecília. Ela sempre percebeu que sua amiga adora falar sobre artes e tatuagem, então deduziu que Cecília adoraria ajudá-lo. O brilho nos olhos de Cecília só confirmou suas suspeitas.

— Claro que posso ajudar! Tem alguma ideia do que quer? — a empolgação ficou evidente.

— Pensei em alguma coisa relacionada à música. Ainda não sei bem o quê. Tem muita coisa tosca por aí...

— Podemos pesquisar algumas coisas depois — algumas ideias já começam a surgir na imaginação de Cecília.

— Cecília é a melhor — Maia elogia.

— Eu já sabia que você desenhava algumas coisas, mas hoje vi que você é profissional mesmo. Acho que se não fosse esse sarau eu nem desconfiaria — Tiago fala.

— Realmente. Foi uma ótima ideia da Tainá — Maia afirma.

— Também acho. Tainá é muito inteligente e criativa — Cecília concorda.

Por coincidência, Tainá estava passando ali perto nessa hora, e ouviu o seu nome ser citado. Ela escutou que estava sendo elogiada, mas resolveu brincar com seus amigos.

— O que é que tem eu? — Tainá se intromete na conversa.

— Estamos falando de como você é antipática — o tom de voz de Cecília deixa claro que ela está brincando.

— Só te perdoo porque eu sei que você me ama — Tainá entra na brincadeira.

— Como você é humilde — Cecília continua.

— Estamos comentando como a ideia do sarau foi boa. Hoje foi incrível — Tiago explica.

— Obrigada… O trabalho de vocês que foi incrível - Tainá fica tímida com o elogio e percebe que Felipe está tá chamando ela do outro lado da sala. — Estão me chamando ali, com licença.

Quando a Tainá aproxima de Felipe, percebe que Vera e Elisa estão olhando para o celular nas mãos dele. Logo ela entende que se trata de uma videochamada e quase sai correndo em direção a eles.

— Bia! — Tainá quase grita.

— Oi, Tatá! Estou morrendo de saudades. Soube que o sarau foi maravilhoso.

— Você precisa ver o vídeo que o Felipe fez sobre você — Elisa diz.

— Eu chorei — Vera fala.

— Não é para tanto… — a vergonha de Felipe é denunciada por suas bochechas coradas.

— Agora eu quero ver esse vídeo! — Beatriz mal pode esperar.

— Como está aí? — ele muda bruscamente de assunto.

— Muito frio. Estou congelando, mas é muito lindo aqui. A cidade é totalmente diferente da nossa. E minha tia é incrível, então é mais fácil me adaptar.

— Mande fotos! As paisagens devem ser incríveis — Vera comenta.

— Mando sim. E vocês? Têm novidades? — Beatriz pergunta.

— Só Elisa colocando o Daniel no lugar dele, como sempre — Tainá responde.

— Não é assim também… — Elisa fica sem jeito.

— E minha mãe está precisando contratar um ajudante agora. Ela manda um beijo para você todos os dias — Felipe continua.

— Que notícia maravilhosa! Elisa ajudou, mas o que faz sucesso mesmo é o talento dela — Beatriz afirma. — E você, Vera, novidades?

Vera percebe que por “novidades”, Beatriz quer saber se ela está bem e se continua com o tratamento.

— Firme e forte. Estudando muito para sermos colegas de profissão. Doutor Val sempre pergunta por você.

— Manda um abraço para ele! Manda um abraço para o Renan e para a Jana também.

Quando Beatriz fala isso, Felipe entende a intenção dela e olha para Vera com o canto dos olhos. É a primeira vez que Vera entende essa indireta e isso a faz lembrar que ela ainda não tinha falado com eles. Nesse momento, ela percebe que Renan está sentado num canto, solitário e mexendo no celular, enquanto Janaína está com Silas e as outras meninas. Vera tem a sensação de que faz muito tempo que não se reunem como antes.

— Falando nisso, vou agora lá conversar com eles. Um beijo, Bia. Mande as fotos — Vera se despede.

Vera vai em direção a Janaína, pede licença e a puxa pelo braço, levando-a em direção a Renan. Se houvesse qualquer dúvida, seria sanada pela reação dos dois nessa hora. Ambos ficaram pálidos e perdidos. Parecia que eles nem ao menos se conheciam direito.

— Faz tempo que a gente não se fala direito. Eu estava com saudade da gente — Vera parece animada.

— Verdade — Renan tenta parecer simpático.

— Também senti saudades da gente — a resposta de Janaína deixou Renan surpreso. — Mas por favor não voltem a discutir sobre qual membro dos Beatles é o melhor — ela continua, fazendo-os rir.

— Nós já sabemos que é o Paul McCartney mesmo — Vera declara.

— Talvez possamos debater um pouco mais — Renan tenta argumentar, mas é interrompido.

— Vocês não tem jeito! — Janaína brinca.

Com o clima mais leve, Vera sente-se satisfeita por reuni-los novamente. Observando todos, parece que tudo está certo. Não sente mais o peso nos ombros que a afligia. E é nessa hora que seu olhar se encontra com o da professora Amélia. Ambas sorriem, uma para outra.

— Preciso falar com a professora. Volto em um minuto.

Quase que Vera se esquece de que trouxe um presente para Amélia, mas ela se recorda disso nesse momento, quando toca no envelope guardado no bolso de sua calça jeans.

— Trouxe uma pequena lembrança para a senhora. Por favor, deixe para abrir depois. Espero que goste.

— Muito obrigada pela lembrança, Verinha. Já estou curiosa!

Então Amélia guarda o envelope e abraça Vera, que volta para conversar com seus colegas.


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