Os Jogos de Johanna Mason escrita por Nina


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoinhas, tudo bem?
Primeiramente me desculpo pelo horario, esqueci totalmente que era domingo, dai olhei pra tv, tava passando Fantastico e eu raciocinei por um tempo ate concluir que " MEU DEUS DO CEU EU TENHO QUE POSTAR HOJE ". Bom, tecnicamente aqui ainda é domingo, ja que aqui são 22:08 ( moro no Canada hahahah ). Segundamente ( essa palavra existe? Acho que sim, se ainda não existia agora acabei de inventar hushaushau ) eu agradeco MUITO pelos comentarios, alguns dias atras a media de comentarios era de 0.4 por capitulo, e agora aumentou para 2,qualquer coisinha!!!! Isso pode não parecer nada, mas significa muito pra mim! Estou falando demais de novo? Estou. Ate as notas finais, amores da minha vida! Ah, outra coisa: normalmente as fics tem varios capitulos na parte d arena, mas como meus capitulos quase sempre tem entre 3200 ou 4000 palavras, acabam que tem mais capitulos que a minha fic. E ela tambem vai focar mais nas outras partes da historia do que na da arena ( depois da arena e possivelmente primeiro ano como mentora, E, talvez, se voces acompanharem bonitinho, a arena de Em Chamas e a historia de A Esperanca, ate um pouco depois ♥. ) mas eu vou ver se divido algumas partes em dois capitulos... Ok, parei de falar de verdade. Ate la em baixo!



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Eu acordo durante a noite quase gritando de dor em meu braço. É como se eu sentisse cada ponto ser puxado, cada pedaço de pele gritar. Enquanto me xingo por não usar a morfina de novo, eu a injeto em minha coxa, um ml a mais do que devia. Eu não tenho certeza se cai no sono ou desmaiei.

 De manhã, eu me sinto um pouco melhor. Não sinto meu braço, pelo menos, mas continuo perdida. Ao olhar para baixo daquele tronco de árvore perigoso que nem pode ser considerado um abrigo, eu acho que vi um tributo. Eu esqueço o assunto, dizendo a mim mesma que estou enlouquecendo. E, da última vez, me machuquei. Que a Capital acredite que eu não o vi. Eu não sei se sou capaz de matar mais alguém. Ao descer do tronco e continuar a subir a montanha, eu continuo a pensar neles. Neles. Mais de um. Merda.

 Eu jogo minha crise existencial para longe quando decido que estou me afastando demais. Se eu ficar muito segura, eles usarão algo para me levar até o perigo. Bestas, fogo, deslizamentos de terra, qualquer coisa que esquente a televisão e me faça sofrer. Não estou realmente animada em correr montanha abaixo. E, além disso, subir fica cada vez mais difícil e meu braço ainda não está em condições. Eu dou meia volta e tento andar até ficar a uma distância razoável da cornucópia, mas isso leva tempo. Estou cansada quando ouço vozes, muitas vozes. E algumas das quais eu conheço muito bem.

  Eu subo numa árvore não muito alta e nem de folhagem extremamente densa para me esconder, e xingo a mim mesma por não ter ficado onde estava. Algumas vozes se distanciam ( " vocês ficam aí e tentam conseguir alguma coisa para jantar enquanto nós nos separamos e vamos caçar tributos! " ) e duas vozes ficam mais perto. Eles passam por debaixo da minha árvore e eu fico tonta e quase caio. O menino idiota do 1 e a menina idiota do 4. Eles dão a volta em minha árvore e vão parar logo atrás dela, exatamente atrás de mim. Depois de ouvir algumas frases, fica extremamente obvio que eles não estão aqui para caçar. Consigo os ouvir tirando suas roupas, e, ainda em uma especie de choque, resolvo me arriscar. Ao colocar minha mochila em um galho, pegando somente minhas facas e meu machado, quase consigo ouvir meu distrito gritando comigo, Blight me xingando em voz alta e os cidadãos da Capital chegando mais perto de suas televisões. Ao ter uma boa visão deles, vejo que a menina está praticamente pelada, deitada embaixo da árvore em que estou, e o menino está em uma árvore ali perto escondendo suas roupas. Eu decido me arriscar de verdade, dando a volta na árvore novamente e me preparando para descer em silêncio.

 Quando ele volta e senta em cima dela, e eles começam a se beijar, vou até o chão e ando sem fazer o menor barulho até eles. Com a faca em mãos, tomo coragem e enfio-a até o cabo em suas costas, enquanto a menina está de olhos fechados e sussurrando algo sujo. Quando ela abre os olhos, não tem nem tempo de gritar antes que meu machado corte sua cabeça na metade. O seu canhão soa, mas o dele não. Enquanto corro o mais rápido possível para pegar minha mochila na árvore e correr, posso ver seus olhos me encarando. Eu pego minha faca de volta, e ele vira seus olhos para trás enquanto convulsiona no chão. Eu trato de sorrir, mesmo que minhas mãos estejam tremendo e eu esteja a ponto de desmaiar, mas acho que as câmeras não captaram isso por que antes que qualquer um possa ver, já estou correndo na direção oposta. Seu canhão soa alguns segundos depois de eu os perder de vista. Meu cérebro grita comigo enquanto corro. Ele fortemente sugere opções nada viaveis, como simplesmente parar e esperar a morte. Outras pessoas talvez nunca tenham discutido consigo mesmas, mas eu sou especialista nisso. Depois de mandar a mim mesma calar a boca multiplas vezes, eu desisto e continuo me xingando o resto do tempo.

 Eu parei de correr quando estava chegando na clareira da cornucópia. Isso deve ter levado horas, mas não percebi. Ao ver que as árvores estão ficando mais distantes uma das outras, eu vou até uma árvore bastante escondida por folhagens e fico lá. Depois de um tempo, vejo que não bebi água em muito tempo e que também não achei nenhuma outra fonte por aqui, a não ser o rio que corre do outro lado da clareira. Os outros tributos devem estar morrendo de sede, assustados demais para vir até aqui tomar água. Enquanto estou perdida em pensamentos, considerando se devo montar guarda mais perto do rio para arriscar pegar mais vítimas, recebo mais um presente. Dois em menos de 12 horas? Meu plano deu estupidamente certo! Dentro dele, uma a garrafa de água estranha, e um bilhete. Leio o bilhete primeiro.

 " Johanna, não sei o que você está fazendo, mas continue. Seu nome está indo e vindo entre os mais apostados. Eu quase infartei vendo você correr em direção aos lobos, mas, 2 carreiristas mortos sem nenhuma lesão? Você é um gênio. Cuide-se e lembre-se que você merece ganhar pela sua estratégia. Afinal, já não deve ter muita água na arena depois de tantas lágrimas. Use bem esse presente. "

 Não deve ter muita água na arena depois de tantas lágrimas. Pode deixar Blight, eu entendi. Os Jogos desse ano serão mais curtos, pelo visto. Use bem esse presente. Talvez a garrafa d'água derreta o gelo? Terei que testar isso mais tarde. Como eu, que já matei mais que boa parte dos carreiristas em menos de dois dias. Ao pensar assim, escuto um canhão. Espero que eles não estejam perto, eles já devem ter descoberto quem foram as vítimas dos tiros anteriores. Devem estar imaginando que tipo de mutação os matou, já que nenhum tributo teria chance contra dois carreiristas juntos. Enquanto eu penso nisso, eu tiro uma grande placa de gelo do galho acima de mim e coloco na parte de baixo da garrafa, e logo vejo que ele está sendo derretido. Eu sorrio de leve, pensando em como tenho uma chance, quando escuto outro tiro de canhão. Esse som já serve para me lembrar onde estou e o que estou fazendo. Eu volto a minha insignificancia e aos meus pensamentos ligeiramente depressivos.

 Eu uso o tempo livre que tenho para pensar no que acabei de fazer e também para construir uma espécie de abrigo aqui em cima. Corto madeira com minha faca, algo realmente demorado e que exige força nos dois braços, e as junto em grandes "molhos" para fazer o chão. Depois, dou uma camuflada leve nela, não que eu precise, ela está bem no alto dessa árvore, e arrumo algumas armadilhas para pássaros na minha árvore. Faço uma espécie de teto rústico e o cubro com o paraquedas dos meus presentes para não ter grandes problemas em caso de chuva, e termino com um tipo de cama que é grande o suficiente para ser usada de noite e estável o suficiente para ter certeza que não vai cair, mesmo com meu peso. Em fato, o que eu faço quando ouço os carreiristas é me deitar e encolher, e mesmo que eles olhem a árvore onde estou de baixo não serei vista.

 Quando eles voltam, começa a escurecer e eu me a preparar para dormir. Eu olho para o céu, esperando as mortes do dia. O jogo está sendo muito rápido. Realmente, mais veloz do que qualquer um que já assisti. Mais da metade dos tributos estão mortos. 7 estão vivos, segundo os canhões. Agora, já devem estar entrevistando nossas famílias. O hino da Capital interrompe meus pensamentos e eu saio de meu teto para ver as baixas de hoje. Menino do 1, menina do 4, Joshua, menino do 8 Menino do 10 ( foi nesse que atirei meu machado algum tempo atrás ). Uau. Joshua me surpreendeu, eu queria ter a chance de terminar com ele. Mas pelo menos não serei a culpada pela morte dele em meu distrito, isso arruinaria as minhas chances de uma vida normal depois disso. Vida normal. Como minha vida pode ser normal com todos sabendo que eu sou uma assassina?

 Eu respiro fundo de novo. Eu tenho tempo pra pensar nisso quando sair daqui. Eu só preciso aguentar mais alguns dias. Eu coloco meu casaco extra, virado ao contrário, já que essa merda amarela brilhante iria avisar que estou aqui para os carreiristas em dois segundos, e tento dormir, em vão. No último segundo, lembro do remédio por sentir alguns puxões em meu braço. Supostamente eu deveria usar de 12 em 12 horas, mas se eu usar o dobro da dose eu durmo melhor e dura praticamente o dia todo. Mesmo sabendo que isso é muito idiota, eu injeto 2 mililitros de uma vez e durmo em alguns minutos.

 Quando acordo, consigo ouvir pássaros cantando acima de mim pela primeira vez desde que sai do distrito 7.  É realmente reconfortante. Uma besteira como essa pode me ajudar a me levantar. Devo estar enlouquecendo de verdade. Eu me dou ao luxo de comer alguns pedaços de frutas secas e beber água realmente gelada, enquanto olho ao redor e imagino o que fazer. Essa noite, eu tenho uma ideia do que fazer com os carreiristas. Essa noite e as próximas, aliás. Ao pensar nisso, eu decido que já fiz o bastante. Logo poderei pegar alguns dos suprimentos deles, e, mesmo que não pudesse, caçar tão ao lado deles é suicídio. Ao resolver pegar o dia para mim, decido continuar a não pensar em nada. Eu tenho medo de minha própria reação. O que eu faço? Eu poderia arrumar melhor esse abrigo, o aumentar, mas ele está bom desse jeito, e seu tamanho ajuda com a camuflagem. Então, eu simplesmente encaro o céu cinza e as folhas que me impedem de o ver direito, e deixo minha mente voar para longe dessa arena. Por alguns segundos eu volto até minha casa, mas tento não sair tanto da realidade já que voltar para cá dói tanto.

 Para vencer o tédio, eu resolvo mexer em meu braço de novo. Sim, provavelmente fazer alguma merda que vai estragar meu braço para não me entediar. Os pontos estão quase bons, mas a pele ainda esta estranhamente frágil, então eu decido não tirar os pontos ainda. Eles devem sair sozinhos ou eu vou tirar em alguns dias. A cicatriz está bastante feia, mas eu não poderia estar me importando menos. Depois de terminar de enfaixar cuidadosamente meu braço, eu escuto um grupo de pessoas passando por debaixo de mim e paro de respirar por algum tempo. Consigo sentir meu coração batendo em cada parte de meu corpo. Ao expirar de novo, eles já estão um pouco mais afastados, então eu simplesmente me escondo o melhor que posso e espero que os carreiristas saiam daqui. Eles parecem achar conveniente discutir a alguns metros da minha árvore, e eu quase sinto meu coração parar de bater. Eu assisto enquanto eles se batem, querendo desaparecer. Um deles parece machucado depois dessa discussão, mas não consigo definir quem. Eu me sinto realmente em perigo, perigo real. Desde que cheguei aqui, não acho que já estive mais nervosa. Mas eu trato de não mostrar isso para os outros, para as câmeras. Depois de alguns gritos, eles parecem andar para longe de novo. E é assim, deitada e morrendo de medo, que eu fico bastante tempo, até achar seguro o suficiente descer.

 Nada perigoso esta logo abaixo de mim, e a árvore parece ter encolhido, já que a descer fica mais fácil a cada minuto. Depois de pegar mais gelo e colocar em minha garrafa, decido ir até o acampamento dos carreiristas ver se eles deixaram algo para mim. Eles deixaram o acampamento sozinho, estranho. Tanta confiança em que os outros estarão morrendo de medo deles que nem ao menos percebem que estou naquela árvore logo ao lado desse lugar. Depois de rapidamente pegar um pacote de biscoitos e outro de frutas secas, eu volto ao meu lugar e aproveito alguns biscoitos com gotas de chocolate e raspas de limão. Cara, eu amo a comida da Capital. Mesmo a comida que eles consideram ruim e que será servida durante os Jogos é melhor do que qualquer coisa que já comi no meu distrito.

 Será que eles acham que está tudo fácil para mim? Eu não deveria jogar assim, eu deveria estar sofrendo mais. Ah, merda. Espero que não mandem alguma mutação para mim. Com menos jogadores deve ficar mais difícil. Decido então sair para caçar alguma coisa, um coelho ou algo assim.

 Depois de algum tempo, finalmente consigo capturar um coelho pequeno, mas estrago tudo limpando ele. Ok, terei que passar fome essa noite devido a minha idiotice. Enquanto continuo a me xingar pela estupidez e por nem ao menos ter me importado com essa estação no treinamento, eu ouço alguns passos a distancia. Corro como uma louca de volta a minha árvore, e não saio mais de lá. Essa noite vemos os tributos que eu matei me encarando silenciosamente. Hoje tudo está mais calmo. Não ouço um som a não ser o farfalhar das folhas.


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Notas finais do capítulo

Esqueci de dizer la em cima ( isso mesmo, falo demais e esqueco as coisas ) que esse capitulo foi dedicado a pessoa mais maravilhosa do universo que esta passando por um tempo dificil na vida dele ( voce sabe que estou falando de voce hahaha ♥ ) criatura, nao sei o que faria sem voce na minha vida! ♥♥♥..... Em segundo lugar , nao tenho a menor ideia do quao grande esta esse capitulo, mas cortei no meio de outro que ficou MUITO grande ( cortei em 3 huasuhsua ) O que mais dizer? ( agora voces me dizem " NADA! CALA A BOCA POR FAVOR! " mas eu gosto de ser extrovertida na internet. Na vida real eu sou praticamente uma ameba '-' ) Ah, lembrei. Queria agradecer pelos comentarios e me desculpar pelo horario e pela falta de acentos nessas notas do capitulo.... Vou postarlogo porque ja vai passar de meia noite e eu terei atrasado o capitulo haushasau dois beijos pra vcs ♥



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