Os Jogos de Johanna Mason escrita por Nina


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oi....
Sim, estou MUITO encrencada. Podem me bater. Serio. Desculpa.
O que aconteceu? Jogos Olimpicos. Como assim, voce me pergunta?
Meu pai gosta de assistir os Jogos. E, como nao moramos no Brasil, nao tem Globo ( quer dizer, tem, mas por razoes de contrato e sei la nao tem Jogos na tv ) e meu pai faz o que qualquer pessoa normal faria: site pirata huehuehuehue... E, por isso, ele usa o computador 85% do tempo. Nos outros 15%, minha mae usa por que temos que renovar uns documentos, ou seja, tudo o que podia dar errado pra fic deu. Desculpa mesmo. Vou postar bonitinho a partir de hoje. Prometo. Ok, parei de falar E MDS NAO PAREI NAO! LEMBREI! MEU DEUS EU GANHEI UMA RECOMENDACAO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! OBRIGADA MESMO, ATHENA OLYMPUS!!! Eu juro que sai saltitando pela casa e gritando internamente! Serio, muito obrigada, nao consigo expressar minha gratidao em palavras! ♥♥♥ (ok, agora todo mundo acha que sou louca. Vamos para a fic ♥ )



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Na manhã seguinte, eu acordo bem melhor do que na manhã passada. Acordo bem cedo, pelo visto, e bebo um pouco d'água junto com algumas fatias de frutas secas. Durante a maior parte dos Jogos, me mantenho viva comendo somente o necessário para não morrer de fome. Não é muito ruim, comparado a literalmente morrer de fome como quase aconteceu algumas vezes no meu distrito. Depois de ouvir mais atentamente, entendo a razão de eu ter acordado tão cedo: consigo ouvir alguns gritos vindo do acampamento dos carreiristas. Eles devem estar discutindo. Antes que eu possa entender melhor, ouço um canhão e arregalo meus olhos com desdém, e dou uma risadinha. Depois disso, eu escuto alguém jogar coisas na cornucópia de metal, e finjo que me contenho para não cair no riso. Eu ouço essa pessoa gritar a plenos pulmões, já que, por que ter medo de outras pessoas quando se é um carreirista? Me controlando para não revirar os olhos, eu me deito, ficando assim invisível quando o garoto do 4 passa rosnando por debaixo de mim. Não que ele olhe para cima. Eu poderia estar em pé que ele não me veria.

Depois de esperar mais um pouco, escuto ele golpeando uma árvore. Supondo que ele não se afastou tanto, continuo aqui, deitada. Eu me entedio por muito tempo, já que não tenho nada a fazer a não ser pensar, e me impeço de pensar já que pensar me deixa frágil, e fico em uma discussão idiota comigo mesma. Devo estar perdendo a sanidade mental. Eu pego meu machado e minha faca, e desço até a cornucópia. Chegando lá, tenho uma ideia que talvez funcione, em que pego mais da maldita cenoura e coloco discretamente na parte onde alguns alimentos estão, e espero que o menino o experimente. Depois, pego alguns itens e jogo no rio, e, para brincar com a audiência, pego um pedaço de carvão e escrevo um grande "4" em cima do meu "3" de sangue. Eu olho para a câmera e sorrio. Que a Capital ache que meu plano era matar a menina também. Que é uma espécie de jogo. Quando estou quase terminando isso, de jogar algumas coisas no rio, eu ouço um canhão e simplesmente jogo tudo o mais rápido possível e corro na outra direção, usando todas as minhas forças, a minha árvore. Eu subo o mais rápido que consigo, antes de me esconder de novo. Eu devo estar exagerando, mas esse som me assustou mesmo. Para complementar o ataque cardíaco, eu ouço os trompetes e a voz do narrador dos Jogos falando sobre uma espécie de banquete que acontecerá na Cornucópia depois de amanhã, ao anoitecer. Eu tenho comida, obrigada. E, ir para um encontro direto com o carreirista que sobrou não é inteligente. Somos 4, eu acho. 3, se contarmos o canhão que acabei de ouvir. Essa coisa está chegando no fim logo. Eu considero ter uma chance, mas logo me mando parar de pensar. Eu tenho que vencer dois tributos perigosos antes de ir para casa. Eu continuo deitada, o coração ainda acelerado, quando ouço passos abaixo de mim. O tributo do 4, com certeza. Eu fico nessa posição por algum tempo, até o ouvir xingando e gritando com o universo. Ele deve ter notado a falta de suprimentos e o "4" pintado na parede. Eu sorrio novamente, imaginando as câmeras focando em mim e nele. Eu espero que ele coma as cenouras. Durante algum tempo, eu simplesmente encaro o céu e penso comigo mesma, me mantendo longe da arena, até começar a escurecer. Por algum motivo, esse tributo voltou para cá antes. Deve ter considerado que 3 tributos não são quase nada, e um por dia é mais que suficiente. A noite começa a cair e eu me preparo para cair no sono antes de ver o rosto no céu. A menina que eu supostamente matei.

O carreirista não volta para o acampamento aquela noite, e eu me sinto livre pra descer lá e jogar mais coisas no rio. Quando ele chegar, certamente irá perceber. Eu volto para a minha árvore algum tempo depois, aplicando os remédios como devo e caindo no sono.

Durante a madrugada, acordo com o som de alguém andando abaixo de minha árvore. O carreirista tenta se afastar um pouco de seu abrigo antes de cair no chão umas 2 árvores após a minha. Eu o escuto xingar antes de vomitar tudo o que tinha comido. Eu sorrio abertamente para o público, meu plano funcionou. Eu não vou mentir, até chego a me divertir um pouco com isso. Ele torturou pessoas, nada mais justo. Se eu chegasse lá e o matasse com meu machado, ele nem veria de onde veio. Mas sinto que será mais difícil. Eu esqueço o assunto e me viro de lado para observar o menino sofrendo no chão. Eu aguentei isso muito melhor que ele, suponho. Ou ele comeu mais daquilo antes de perceber a pegadinha. Pouco importa. Enquanto esse tributo passa por um dos piores dias de sua vida ( eu teria chorado se as câmeras não estivessem aqui ) eu assisto isso de longe. Por que ele saiu do acampamento é uma ótima pergunta, mas suponho que deve ter comido antes de dormir e vomitado em sua barraca. Ou acha que o chão está envenenado. Pouco me importa. Quando ele acende uma lanterna, eu posso ter uma pequena visão dele sentado, apoiado contra uma árvore, lutando contra a ânsia. Sinto vontade de rir, mas me contenho. Se ele me ver agora, pode tacar fogo na árvore ou algo assim. Eu talvez possa me defender dele, sendo que eu estou armada e que ele está realmente sofrendo, mas eu espero. Muito pouco tempo de arena, quem sabe uma semana? Devo alongar isso senão a final será bastante ruim. O jogo anda rápido e eu não quero precisar de um grand finale. Esse jogo é sobre audiência, e eu tenho o bastante. Ignorando o barulho do menino não muito distante, eu caio no sono.

Ao acordar no dia seguinte, vejo o garoto do distrito quatro entre folhagens, desmaiado em uma poça do seu próprio vômito. Não ouso me mexer, cochilando e acordada por breves períodos de tempo enquanto o garoto luta para se levantar, aparentemente. Ele fica em pé, mas logo leva uma pontada no estômago, e, superando as expectativas, isso o derruba, e ele geme de dor. Consigo ouvir daqui. Talvez seja o silêncio que está instalado aqui desde que eu matei boa parte dos carreiristas, ou talvez seja pelo fato dele realmente estar sofrendo. Não me importo. Quando ele cochila ou desmaia, eu aproveito para me hidratar e para comer o resto das frutas secas, para logo depois me deitar de novo. Eu não quero sair caçar tributos, não tenho a menor pista de onde a menina do 9 está e não vou descer e matar o menino agora. Teremos um banquete, não? Se ele continuar desse jeito, será um alvo fácil. Ele com certeza vai para lá, e eu talvez vá atrás dele terminar com isso logo. Tenho que admitir para mim mesma, tenho medo de enfrentar esse tributo. Ele pode estar meio morto no chão, sofrendo é incapaz de levantar, mas eu tenho medo. Eu passo o resto da tarde entre assistir o sofrimento alheio, cochilar e pensar. Essa tarde se arrasta. Provavelmente não teremos nenhuma surpresa hoje. Não tivemos muitas. O jogo está correndo, eles não precisam disso.

Eu volto a dormir. Queria poder fazer isso sempre. Quando acordo novamente, vejo que o céu está escurecendo e que o menino continua na mesma situação de antes, mas agora está deitado em posição fetal. Uma simples machadada arrancaria sua cabeça. Uma simples faca o mataria em segundos. Eu escuto o hino, e me surpreendo ao ver o rosto do tributo do 6. Devia estar dormindo. O garoto acorda somente para desmaiar de novo, e o céu fica escuro de novo. Durante a madrugada, aproveito para dormir todas as noites mal dormidas, acordando quando o menino começa a passar realmente mal a ponto de se engasgar e chorar. Isso aconteceu algumas vezes de madrugada, mas quando o céu está azul de novo eu o vejo se levantar e praticamente se arrastar cambaleando até seu acampamento. Ele perde o equilíbrio logo abaixo de minha árvore, e eu gelo de novo. Eu estou melhor que ele, mas ele treinou a vida toda por isso e tem o dobro de meu tamanho. Ele não olha para cima e continua simplesmente sentado lá embaixo. Ele não vai sair para caçar hoje, com certeza. Pelo visto a menina do 9 aproveitou o banquete sozinha. Grande merda, eu tive quase 24 horas de paz. As últimas de minha vida, talvez. Mas tive.

No dia seguinte, a situação continua a mesma. Eu presa nessa árvore, com um garoto quase morrendo abaixo de mim. Queria ir no banheiro, mas não posso. Queria sentar, mas não posso. Eu fico o dia todo encarando o céu, tentando não pensar nos outros tributos e nesse jogo que anda rápido demais, superando a média de 3 semanas. Não tenho a menor idéia de quanto tempo ja passou. De noite, durmo com a ajuda de minha amada seringa. Quando acordo, o menino não está mais lá embaixo. Considero isso um ótimo sinal, mas não consigo evitar o calafrio que sobe por minha espinha. Hoje é a final, pelo visto. Já estamos esperando ele se recuperar faz tempo.

Eu reuni minhas coisas na mochila. Hoje é a final, pelo visto. Eu cheguei até a final. Se a menina do 9 aparecer e matar o menino do 4, somos só nós duas. Se o menino matar ela, somos só nós dois. Se qualquer um dois dois me matar, sobram os dois. Posso estar sendo idiota, mas meu maior medo é o menino do 4. Ela também é perigosa, claro, mas ele treinou a vida toda. Meu plano irá se resumir em deixar os dois se entenderem e depois lidar com o último deles. Eu espero. Uma hora ela deve aparecer. O carreirista também se mudou, pude ouvir ele jogando as coisas no rio. Não quer deixar pistas. Quando ele volta para cá, suponho que para descansar e tentar reunir algumas energias, ele se senta longe de minha árvore. Ele parece melhor, pelo menos um pouco. Não deve ter recebido nenhum remédio, mas passa com o tempo. Ele se senta numa árvore ainda mais próxima da minha e tente cochilar por alguns minutos, sem sucesso, pelo visto. Ele se deita, o joelho ainda em seu queixo, e fecha os olhos. Não vou o atacar agora. Se eu o atacar agora, eles podem mandar bestantes para me reunir com a menina, e se ela estiver longe, o que é provável, eu terei que lutar com eles até a morte e ela será vencedora sem nem se mexer. Eu assisto o menino do 4 gemer enquanto dorme, o que é patético, e não me sinto mal por ele. Aproveito que ele aparentemente dorme e pego meu odre d'água, para me hidratar, e como as últimas frutas secas. Depois de algum tempo, me deito de novo, esperando algo acontecer. Depois de bastante tempo, o menino acorda e percebe que não está muito melhor. Então, se vira para o lado e vomita. Eu fico com um pouco de nojo, já que ele está mais perto, mas ignoro. Ele se apoia em sua lança até conseguir ficar em pé, e então anda lentamente até a cornucópia. A hora deve estar chegando, eu deveria descer ou esperar ela chegar.

Como a grande covarde que sou, resolvo ficar. Uma hora a menina deve aparecer, se não por conta propria a Capital vai dar um incentivo. Eu tento arrumar cada parte de meu plano, mas eu realmente não tenho um, além de esperar algo acontecer. O dia se arrasta, e enquanto eu decido o que fazer e o que deixar aqui ( deixarei a mochila, sera inutil, levarei somente as armas ) e tento formular uma especie de plano B, uma ultima tentativa de viver, mas é impossivel. Não sei o que vai acontecer. Ninguem sabe. O banquete acontecera ao entardecer, mas eu escuto passos silenciosos da menina do 9 passando por perto antes disso. Não posso evitar o arrepio que corre em minha espinha. Por mais estranho que pareca dizer isso, esta se tornando real demais. Não os Jogos, isso esta real a muito tempo, mas a perspectiva de morrer. Pior que antes. Completamente irracional. Minhas chances são de 33% agora, extremamente maiores que antes. Eu me sento, tremendo, encarando a árvore, e espero. Não sei o que espero, mas sei que virá. O tempo se arrasta.


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Notas finais do capítulo

O final ficou meio sei la? Ficou. Mas ia ficar muito longo. Ok, 3 dias assistindo o menino do 4 desmaiar e passar mal foram demais? Eu achei esses jogos meio curtos, entao tive que dar uma enrolada... Espero que nao tenha ficado muito merda, mas eu meio que explico depois que os Jogos foram curtos demais. ( E no livro original, o tempo passa meio rapido tambem, por sinal. Somente afirmo um fato.... ) Bom, eu ja falei muito la em cima, entao deixo de falar aqui. Ate mais, espero que tenham gostado.



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