A festa concerteza foi a mais épica que já teve na Yancy. Todos, sem nenhuma exceção, comentavam sobre essa festa, até o professores espalhavam as historias que ouviam em suas aulas para os outros professores.

Eram inúmeras histórias que rodavam nos corredores, pois as festas de Nico eram conhecidas por todos os alunos, populares, nerds, maconheiros e preguiçosos, irem nelas. Mas as história que todos conheciam, eram: A briga entre Luke e Nico, AnnaNerd que deu encima de mim e o soco que Clarisse deu em uma garota qualquer. Pobre garota.

— Eai cara - Jason bateu nas minhas costas. - , hoje rola aquela corrida no parque que você me prometeu? - Ele piscou de leve. Eu suspirei e fechei o meu armário.

— Nem dá. Vou sair com a Rachel hoje - Começamos a caminhar para a sala 19. Teríamos a aula de Geografia juntos hoje.

— Ela ta me enchendo o saco achando que eu to com outra. Então tenho que fazer média com ela, senão já viu né!?

— Mas o tio Posi não fez um contrato de namoro? Tipo " Namore por dois anos e depois está liberado para namorar quer quiser"— Fez uma imitação muito mal feita do meu pai. Comecei a rir e ele me acompanhou abrindo a porta da sala. 

— No contrato está tempo indeterminado de namoro, com um acréscimo de "passados cinco anos, os envolvidos terão que firmar casamento" - Ele se sentou ao meu lado, espantado.

 - E tem alguma coisa que dá pra fazer para anular esse contrato? - Coloquei a mão no queixo pensativo e ao lembrar levantei o dedo indicador. 

— Só ela pode acabar com o contrato e o namoro. - Ele me mirou com o cenho franzido. - Mas você sabe que ela "Me ama" - Fiz aspas com os dedos. Ele concordou com a cabeça. 

— Você sabe que eu to aqui se você precisa de ajuda com ela. - Ele levantou o punho fechado e eu o soquei com o meu. E então o professor novato chegou. 

P.O.V. Annabeth

Se eu tivesse um modo de viajar no tempo, seja: Pela Tardis, Esferas do Dragão, gênio da lâmpada, maquina do tempo, qualquer coisa.. Eu super usava.

Depois do barraco que Rachel fez na festa, ela contou para todas as amiguinhas horrorosas dela, que por sua vez, contaram para os namorados, que comentaram nos corredores e vestiário, até chegar no ouvido de todos, incluindo os professores e o diretor Dionísio.

Concluindo, a cada dois segundos alguma garota, e uns poucos garotos, vinham me perguntar se: o Jackson beijava bem, se nós tínhamos um caso, se nós transamos, teve até uma garota que eu supus ser do primeiro ano que perguntou se o membro do Jackson era como dizia os boatos. Não preciso nem falar que eu fiquei vermelha que nem um pimentão e comecei a rir de nervoso. 

—Annabeth, certo? - Perguntou a presidente do grêmio estudantil, Reyna. Concordei com a cabeça. - Prazer, Reyna. - Ela estendeu a mão e eu a cumprimentei.

— Eu sei quem você é. - Sorri de canto e ela me acompanhou dando de ombro. -Então o que a presidente do grêmio estudantil quer comigo? - Ela olhou para os lados e abaixou a voz.

— Gostaria de saber se você o Percy.. Se os boatos são verd- Thalia a interrompeu enxotando-a como um cachorro de rua que invadira sua casa.

— Vamos, vamos, circulando queridinha, circulando.. - Disse Thalia. A contra gosto Reyna se foi. - Essas garotas parecem uma hidra, a cada uma que espantamos mais duas surgem das profundezas do inferno. - Ri da cara de Lia. Ela estava com o cenho franzido, olhando para a direção que Reyna seguiu e tinha as mãos na cintura. Ao começar a ouvir minha risada, ela perdeu a postura de durona e soltou uma risada fraca, se encostou no armário ao meu lado e perguntou:

— Será que isso vai durar muito tempo? - Ela não olhava para mim. Eu fechei o meu armário e encostei no mesmo.

— Tomara que não. Eu já fui ameaçada unas quatro vezes pelas capangas do cabelo água de salsicha. - Thals riu. - E uns três garotos pediram para ficar comigo.. - A morena me olhou surpresa e quase me derrubou ao partir para cima de mim perguntando. 

— Quem? Quem? QUEM MULHER?? - Ela realmente me assusta as vezes. 

— Dylan, Butch e Octavian - Seu rosto se contorceu em uma careta, ela deu de ombro e falou com desdem:

— Então ninguém pediu pra ficar com você - Nesse hora Lukechegou.

— Quem pediu pra ficar com quem? - Luke e Thals até então não estavam se falando. E desde quando eu falei que Luke correspondia aos seus sentimentos, ela tem provocado ele. 

— Uns garotos da Goode High School pediram pra ficar comigo. - Falou sem olha-lo. É como dizem: os olhos são o espelho da alma. Os olhos de Luke se mostraram sombrios e como disfarce ele sorria. 

— Aah é.. - Riu. - Quem? - Thals deu de ombro e disse não saber os nomes - Entendo, entendo. Eu tenho que ir, lembrei que tenho que falar com os garotos. - Ele se foi. Quando ele estava afastado o suficiente, falei:

— Você está adorando provocar o pobre garoto, não está? - Ela deu de ombros sorrindo sarcástica. - Até quando vai provoca ele?

— Até eu achar que ele mereça meu perdão - Ela passou o braço pelos meus ombros e começo a me conduzir até a sala 12. - Até lá, vamos nos divertir. 

Ao longo do dia fui sendo "salva" pelos meus amigos e até alguns professores, como o Sr. Brunner, que me "salvava" de outros professsores.

Quando finalmente acabou dia de aula - uau, nunca pensei que um dia iria falar isso na minha vida. Fui a ultima a sair, só então percebi como a escola tinha um tom sombrio. Os corredores sem uma iluminação descente, sem nenhuma pessoa transitando por lá. Admito que se aparecer alguém de supetão, eu morro do coração. 

Mas como eu sou uma garota muito sortuda, não apareceu ninguém no meu trajeto do segundo andar até o estacionamento. Apenas, uma pequena aranha, que me fez correr mais do que o Barry Allen, Flecha de "Os Incríveis", Ligeirinho e Papaléguas, tudo junto. Resultando em um pequeno acidente na entrada. Eu trombei com alguém, caindo junto com essa pessoa.

— Desculpa.. -Falei.

— Não, tudo bem. - Respondeu Jackson limpando a calça e estendendo a mão para mim.

— Obrigada. - Aceitei sua mão. Começamos a caminhar.- É que tinha uma aranha e..

— Pera - Parou com um sorriso surpreso nos lábios -, você tem medo de aranhas? 

— Algum problema. - Encarei séria.

— Não, nenhum. Aranhas são muito assustadoras. - Riu em deboche. - Bom - Parou no seu carro -, a gente se tromba na próxima vez que uma aranha aparecer. - Riu e entrou no carro. Caminhei mais para o fim do estacionamento e entrei no meu carro.

Impressão minha ou essa conversa foi leve? Deve ser coisa da minha cabeça..