Virgin And Pregnant escrita por deanoluthor


Capítulo 2
02 - Two Sides, Same Coin


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada a todos que comentaram e favoritaram, eu demorei só um tiquinho, mas aqui está o segundo capítulo pra vcs.
Boa leitura!



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ATUALMENTE

BRITTANY S. PIERCE.

23 ANOS.

— ESTUDANTE DE PSICOLOGIA.

— FILHA E NETA EXEMPLO.

— NAMORADA DEVOTADA.

— Ah, isso Brittany.

Brittany e seu namorado — Sam Evans — se beijavam sem pudor. As línguas pareciam travar uma guerra para ver quem iria dominar. Mãos subiam e desciam, ambos explorando o corpo um do outro. O ar faltava e tudo que se ouvia eram gemidos. Eles estavam excitados, e aquilo não iria acabar bem. A imagem de sua avó fazendo-a prometer castidade brotou em sua cabeça e essa foi a deixa que Brittany achou para encerrar aquilo.

— Sam, nós temos que parar. — Ela diz e no mesmo instante o loiro se afasta, sentando-se na cama. Ela o imita.

— Você está bem? — Brittany respira fundo, tentando recuperar o folego.

— Estou sim, eu só preciso de um pouco de ar. — ele está com a camisa desabotoada exibindo o abdômen definido e isso a faz ter pensamentos obscenos, mas ela censura a si mesma fechando os olhos e pensando em outra coisa.

A maioria dos casais não teriam parado, iriam até o fim e acabaria transando, se Brittany e Sam fossem um desses casais eles certamente fariam aquilo, porém eles não eram. O namoro estava de pé a dois anos e fora o relacionamento mais longo que Brittany tivera. Quando ela contou a Sam sobre suas condições sexuais ele não protestou ou sequer cogitou terminar com ela, muito pelo contrário, seu amor pela loira só aumentou. Cada dia a mais ele tinha certeza de que ela era a pessoa com quem queria passar o resto da vida.

— Obrigada por vir.

— Qualquer coisa para minha garota. — Sam põem uma mecha do cabelo de Brittany para trás da orelha antes de beijá-la uma última vez.

— Tenha um bom dia. — Brittany deseja o olhando entrar no carro e sair.

Poderia ser estranho para alguém como Sam – loiro, alto e um rosto de galã de novela – estar em relacionamento sem sexo, mas ele amava Brittany e a respeitava, estava disposto a esperar o tempo dela. E Brittany o amava também, ela pensava que não poderia ter sido mais sortuda em encontrar alguém como ele.

Ela suspira alto enquanto devaneia sobre seu namorado. Quando ela abre os olhos percebe que sua mãe e sua avó a observavam sentadas no sofá.

— O chocolate branco já foi? — Sua mãe pergunta com um sorriso presunçoso no rosto.

— Ele já foi sim e eu gostaria que parasse de chamá-lo desse jeito. — Brittany repreende sentando-se no sofá entre sua mãe e sua avó.

— Eu não posso evitar. São aqueles músculos.

— Mamãe! — Olha com indignação para a mãe que apenas ri e dá de ombros.

— Essa sua mãe. Sempre promiscua. — A avó diz, pegando o controle da tv e mudando de canal — Minha novela já vai começar.

— Eu vou fazer pipoca. — Brittany se levanta — Essas novelas viciam uma pessoa.

##

A ALGUNS QUILÔMENTROS DE ONDE BRITTANY SE ENCONTRAVA.

QUINN FABRAY-LOPEZ.

25 ANOS.

 ESPOSA MODELO.

— LOUCA POR DINHEIRO.

Quinn observa a esposa na mesa. Era para ser um café da manhã, porém Santana não largava o celular. A loira solta o garfo que segurava e faz barulho quando ele atinge o prato de porcelana atraindo a atenção de Santana que apenas a olha e rapidamente desvia o olhar outra vez. Quinn bufa irritada pela sua tentativa de chamar a atenção da mulher não ter funcionado.

SANTANA FABRAY-LOPEZ.

27 ANOS.

— DONA DE UMA EMPRESA DE VIDEO-GAMES.

— PATRICINHA MULHERENGA.

— PRESA EM UM CASAMENTO DE APARÊNCIAS.

— Não me interessa o que o Jonathan disse, você tem que fechar esse contrato hoje. Se esse cara escapar, eu juro Finn, eu acabo com você. — A morena desliga o telefone e o joga na mesa — Me desculpe por isso. Temos um novo designe em potencial, mas Finn não consegue fechar a droga de um simples contrato. — Reclamou enquanto Quinn apenas fingia prestar atenção.

— Talvez você devesse dar um pouco mais de crédito a seu irmão. — Sugeriu, bebendo um gole do café.

— Talvez eu devesse chutar a bunda dele.

— É, e talvez você devesse deixar essa coisa desligada, pelo menos enquanto tomamos café. — Quinn força um sorriso e Santana revira os olhos.

— Ah, me desculpe. O som da minha voz resolvendo problemas é irritante pra você? — Santana solta com um tom de voz elevado.

— Quando é logo de manhã cedo, sim, isso é muito irritante para mim Santana. — Quinn devolve no mesmo tom — Viu? Era exatamente isso que eu queria evitar. — Agora em um tom mais calmo — Parece que não conseguimos mais manter uma conversa sem gritar com a outra. — Fala com tristeza.

— Eu sinto muito. — Santana massageia as têmporas e respira fundo tentando se acalmar.

— Onde você está indo?

— Trabalhar. — É o que a latina diz se levantando e deixando o cômodo em seguida sem ao menos olhar nos olhos da esposa.

Sentada no carro, Santana joga a cabeça para trás e fecha os olhos, respirando fundo ela tenta pensar em qualquer motivo que explique o porquê ela ainda estar presa aquele casamento. Elas foram felizes por um tempo, mas aquele tempo havia passado e agora tudo o que elas sentiam uma pela outra era raiva, tanto que não podiam estar juntas que já estavam brigando. Ela não amava mais Quinn, então por que não pedir o divórcio? Aquele relacionamento simplesmente não fazia mais sentido.

Ela decidiu não pensar naquilo por enquanto, estava de cabeça quente. Era melhor se focar no trabalho, do contrário poderia tomar alguma decisão da qual se arrependeria mais tarde.

##

— Então, pelos meus cálculos, Sam vai te pedir em casamento.

— O que? Rachel, de onde você tirou isso? — Brittany pergunta a garota morena e baixinha —que também acabaria por ser sua melhor amiga — que a seguia enquanto a loira limpava o balcão do café onde trabalhavam.

— Qual é, vocês estão namorando sério por 2 anos e não fizeram sexo. Ele deve estar desesperado.

— Não, Sam não é assim. E se ele me pedir em casamento não vai ser só porque quer transar. Eu o conheço.

— Conhece? — A morena ri sarcástica — Se Sam é tão paciente assim ele só pode ser três coisas: Ele está se aliviando com alguém já que você não está abrindo as pernas. — Brittany a olha indignada, mas não a interrompe — Ele pode ser gay no armário.

— Pela milésima vez Rachel, meu namorado não é gay! – a loura bufou, ela só não brigava feio com a baixinha por ser sua melhor amiga, mas as vezes suas piadas podiam ser um pouco inapropriadas.

— Ou terceira opção, ele realmente é esse príncipe encantado que você pinta e no final das contas ele tem honra e te ama incondicionalmente.

— Honestamente, Rachel, você tem sorte por eu ser sua amiga. 

— Ah, melhor amiga. — Corrigiu a mais baixa — E eu não tenho sorte não, eu sei que você adora que eu esteja na sua vida. Brittany abriu a boca para responder, porém fora interrompida por seu chefe.

— Menos conversa e mais trabalho, pessoal! — Ralhou seu patrão — Brittany, mesa 4. — A loira saiu para cumprir a tarefa que lhe fora delegada deixando Rachel e suas ideias malucas para trás.

##

Quinn pensou e repensou sobre o que fazer naquela situação. Ela precisava achar uma maneira de manter seu casamento pois sabia que ela e Santana estavam a fio de terminar tudo, do jeito como as coisas corriam ela não ficaria surpresa se a latina a pedisse em divorcio naquele mesmo dia. Sem chegar a alguma decisão ela resolve ligar para a mãe e pedir conselhos, o que em 3 minutos de ligação se tornou arrependimento total.

— Estou em uma crise.

— Mas é claro que você está em crise, sua esposa não te ama mais.

— Não está sendo de muita ajuda, mãe. — A loira bufa.

— Bem, se tem tanta certeza de que ela vai terminar tudo faça algo. Adiei, inventa alguma desculpa, inferno, até fuja das conversas se preciso.

— E então o que? Eu Santana vamos evitar falar uma com a outro pelo resto do nosso casamento de mentira? — Quinn explode, irritada por estar na situação que está e mais irritada por sua mãe não lhe dar bons conselhos.

— Eu não sou uma pessoa tão maquiavélica assim, já você é, acho que puxou isso do seu pai. Tenho certeza de que irá pensar em algo, querida. Você sempre acha uma saída.

— Obrigada por não ajudar em nada, mãe.

— Só aguente mais um pouco querida, assim que o plano estiver concluído sua e irmã e eu iremos te tirar dessa tortura.

Ah, o plano!

Sim um grande plano secreto, daqueles típicos de vilão de novela (só que isso é assunto para outra hora).

A loira respira fundo como se quisesse sugar todo ar do mundo e então retoma:

— Vou ver o que posso fazer.

— Só não estrague tu— a ligação é cortada quando Quinn desliga.

Ela continuava a pensar em uma solução, porém nada parecia funcionar. Não havia nada que ela pudesse fazer para que Santana não a deixasse. Não havia nada que a morena pudesse desejar que já não tivesse, os Lopez eram muito bem-sucedidos e conseguiam tudo o que queriam. Fabray estava sem saída. Foi então que uma ideia surgiu em sua mente, era como se uma lâmpada se acendesse em cima de sua cabeça. Afinal, tinha uma coisa que Santana desejava mais que tudo e que somente Quinn poderia lhe dar. Um filho!

##

Lopez and Hudson Game Media. Era o nome exposto na fachada da empresa onde Santana trabalhava. Empresa que ela gerenciava junto com seu meio irmão Finn Hudson. Já era fim do expediente, fora um dia cheio, Santana terminava de organizar alguns documentos antes de ir para casa relaxar, ela caçoou do próprio pensamento. Relaxar, como se ela fosse mesmo se livrar de todo o estresse estando em casa, provavelmente ela e Quinn continuariam a discursão de mais cedo o que faria com que suas preocupações só aumentassem.

Quando já estava tudo pronto, pegou a bolsa colocando alguns pertences dentro da mesma e caminhando para fora do escritório em seguida.

— Boa noite, Sra. Lopez. — Desejou Kitty, sua assistente, assim que viu a patroa passar pela sua mesa.

— Boa noite, Kitty. — Santana respondeu educada, seguindo o caminho. Finn que também estava de saída consegui a alcançar assim que Santana entrou no elevador.

— Então, vamos sair hoje para comemorar nossa vitória?

FINN HUDSON.

29 ANOS.

— MEIO IRMÃO DA SANTANA.

— DONO DE UMA EMPRESA DE VIDEO-GAMES. [NÃO TÃO BOM NO QUE FAZ]

— PLAYBOY.

— SOLTEIRO.

— Você quer dizer o contrato que eu fechei. Ou seja, vamos sair para comemorar a minha vitória.

— Vamos lá maninha, me dê um crédito pelo meu esforço. — A morena o olha sem paciência e depois solta uma risada sarcástica — Okay, podemos apenas sair pra beber e não tocar no assunto de quem é mais eficiente.

— Isso eu posso fazer.

.....

ALGUM TEMPO DEPOIS EM ALGUM BAR DE L.A

— ...então, teve esse dia em que ela comprou umas cortinas horríveis e eu evitei de comentar porque eu sabia que se eu dissesse qualquer coisa iria se tornar uma confusão e nós iriamos brigar por semanas. — Dizia uma Santana já embriagada, ela levou um gole de sua vodca a boca, continuando em seguida enquanto Finn a escutava atentamente — Entende a que ponto chegamos? Evitando falar uma com a outra só para não brigar, que tipo de casamento é esse?

— Você sabe que se quiser deixá-la eu te apoiaria totalmente.

— Eu não sei, Finn... ela ficou a meu lado, durante aqueles dois anos turbulentos. Em nenhum momento ela quis ir enquanto eu fazia tratamento. — Santana respira fundo, recostando-se na cadeira macia — Eu não seria egoísta em deixá-la?

— Tudo o que eu sei é que você não tem a obrigação de estar em uma relação em que não se sente bem. — Finn termina a bebida enquanto a irmã reflete sobre o que ele diz.

##

ALGUNS DIAS DEPOIS....

A dra. Tina Cohen-Chang chorava de forma descompassada em seu escritório. Na noite anterior havia flagrado seu marido a traindo e desde então não conseguia sessar o choro. Era uma situação triste e mesmo sabendo que não deveria trabalhar naquelas condições ela compareceu do mesmo jeito, por dois motivos: 1 – O trabalho ajudaria a tirar o ocorrido da mente. 2 – Com o divórcio evidente que iria enfrentar, não poderia se dar ao luxo de faltar no trabalho, ela precisaria do dinheiro.

Alguém bateu na porta de sua sala, ela pegou um lenço e enxugou o rosto, respirando fundo e se recompondo, ela abriu a porta.

— Dra. Chang, a senhora está um pouquinho atrasada. Está cobrindo o dr. Artie hoje, o que significa que terá várias consultas. — A assistente andava atrás da mulher asiática que seguia pelos corredores da clínica sem prestar muito a atenção no que a outra falava — Você tem uma inseminação na sala 3 e um exame de rotina na sala 5. 

— Tudo bem, eu posso cuidar disso. Obrigada. — A médica vira-se e pega a prancheta das mãos da assistente e gesticula para que ela se retire, então segue para sala 5 — Olá, sra. Pierce. Me desculpe o atraso. Eu sou a dra. Chang e irei atendê-la hoje.

— Olá, imagina, o tempo passou tão rápido que eu nem notei. — Brittany que esperava ali para fazer seu exame, cumprimenta a mulher — Eu pensei que o dr. Artie iria me atender.

— Ele está de férias, eu estou cobrindo para ele. Tem algum problema? — A asiática pergunta enquanto coloca luvas.

— Não, problema nenhum. — Brittany balança a cabeça negativamente e então a médica senta-se na cadeira e pede para que a paciente abra as pernas.

— Você trouxe alguém com você hoje? 

— Não, estou sozinha.

— Você está fazendo isso sozinha. Sabe de uma coisa, bom pra você! — A dra. Comenta meio aborrecida e Brittany não entende o porquê daquilo, mas assente de qualquer maneira.

Tina que havia se confundido com as fichas, acreditava que Brittany iria fazer a inseminação. Então ela pega o cateter contendo o material e o aplica na paciente. A loira sente algo estranho, porém não comenta pois acredita que a mulher sabe o que está fazendo.

— Prontinho. Você já pode ir.

— Já? — Indaga, aquilo havia sido muito rápido.

— Sim, saberemos o resultado daqui a algumas semanas.

— Okay, então. Tenha um bom dia, dra. Chang. — Agradece, a médica sorri e sai da sala em seguida.

Entrando na sala 3 – que seria a da inseminação, Tina se surpreende quando encontra uma conhecida, Quinn Fabray-Lopez, uma ex-colega de escola que as vezes se consultava com ela.

— Oh, eu não sabia que estava aqui, Quinn! — Ela diz em surpresa, a loira deitada na poltrona de paciente lhe dirige um sorriso

— Eu marquei com o dr. Artie há alguns dias. Descongelei os óvulos da San, nós vamos usar!

Quando Tina escuta aquilo seu queixo caí. Ela olha a ficha de Fabray e vê que aquela era a paciente da inseminação e não a garota de segundos atrás. Seu mundo desaba quando ela percebe que cometeu o pior erro de sua vida: Havia inseminada a mulher errada!


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Notas finais do capítulo

Tan, Tan, Tan. E agora? Espero que tenham gostado desse cap, ansiosa para saber a opinião de vocês, até mais, bjs.