A Filha das Trevas - Marcados (LIVRO 2 - COMPLETO) escrita por Ally Faro


Capítulo 57
Capítulo Cinquenta e Sete – Gesto Delicado


Notas iniciais do capítulo

IMPORTANTE!

Olá!

Sei que demorei a postar, mas estou de volta /

Esse aviso é, na verdade, para dizer pra vocês que eu ficarei ausente do dia 04 de Julho até o dia 24 de Julho. Vocês devem estar se perguntando o motivo, certo? Bem, é algo pessoal e muito importante pra mim, então ficarei afastada da internet por esse período, mas prometo que dia 24, assim que retornar pra casa, postarei novamente.

Antes de me ausentar, tentarei deixar mais um capítulo pra vocês, okay?

Até lá, obrigada pela compreensão e por continuarem lendo A Filha das Trevas - Marcados ^^



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                Belinda suspirou e dobrou em um dos muitos corredores do castelo, em menos de 24h estaria fora do de Hogwarts e seguindo para a Mansão Malfoy, o pensamento fez seu estômago revirar. Sabia que não era possível adiar mais aquela viagem, sabia que brevemente estaria nas garras de Bellatrix e sabe de mais quem, era um pensamento deprimente e que a fazia querer que o tempo parasse, mas a impossibilidade do desejo era óbvia ao ponto de ela nem mesmo fixar na ideia. Sua mente meditava sobre vida e morte quando percebeu estar cercada por seus amigos, que a muito não se aproximavam de uma única vez, o que tornava sua fuga mais difícil.

                 Lestrange franziu o cenho e olhou de um por um, todos sorrindo, mas ainda era notório a preocupação sentida. Bell poderia dar meia volta, resmungar algo e se afastar, embora soubesse que eles não permitiriam, não naquele dia, mas pelo menos em um dia que lhe trazia tanta dor, poderia se deixar confortar pela presença deles, não queria comemoração, contudo precisava estar pelo menos com alguém de quem gostava. Dorian dissera mais cedo que pelo menos no aniversário não se deveria estar pronta para a própria morte, esse poderia ser um conselho levado a sério naquele momento.

—O que foi? –Ela questionou olhando Tayner.

—O que foi? –Daniel bufou repetindo a pergunta da menina. –Faz o favor, Belinda.

—É teu aniversário de 16 anos, garota. –Tayner brincou. –Achou mesmo que nós a deixaríamos ficar sozinha?

               Belinda deu de ombros, o encarando, mas Douglas não conseguia decifrar seu olhar. A quanto tempo Belinda se tornara tão distante? Desde quando ele parara de conseguir compreendê-la? A quanto tempo deixaram de ser tão próximos?

                 Daniel a viu passar a mão no cabelo e o anel que ganhara de Taylor brilhar em seu dedo, era um sinal de que ela não cortara seu vínculo por completo e isso já o tranquilizava um pouco. Draco lhes dissera isso, que ela havia se afastado deles, mas não os havia cortado de sua vida e que seria bom eles ficarem com ela naquele dia. Parecia muito mais importante, para Draco, Belinda não ficar sozinha naquele dia do que nos demais dias, o que fazia Daniel se questionar o motivo, contudo sabia que Draco não lhe contaria.

—E por que isso agora? –Ela encarou Taylor. –É um dia como qualquer outro, não é?

                Taylor suspirou e foi até ela, passando o braço por seus ombros e a sentindo enrijecer por um instante, mas logo relaxou. Ela ficara desconfortável com ele a tocando? Isso o preocupou e o deixou sem saber como agir por um momento, o que o fez tirar o braço de seus ombros e somente deixar a mão.

—Não, não é. –Ele começou a arrastá-la para a direção da cozinha. –Amanhã as férias começam, então vamos pelo menos nos despedir da maneira certa. –Ty lhe disse gentilmente, mas ela compreendeu. “Amanhã você estará diante de Bellatrix e eu de Clara, vamos pelo menos aproveitar hoje.” Era isso que ele queira dizer.

              Belinda notou que ele estava hesitando ao seu lado, foi o que a fez respirar fundo e passar o braço pela cintura do rapaz, que a olhou surpreso.

—E se eu disser que não ligo? –Ela o encarou seriamente, o vendo sorrir abertamente, relaxando.

—Quando você vai perceber que eu não dou a mínima? –Ele estava tão próximo.

—Tudo bem, Parker. Tudo bem. –Ela suspirou e depois sorriu, tentando criar disposição para encontrar humor e passar aquele dia. –Mas espero que tenha bolo, porque se vão me obrigar a aturar vocês, eu preciso de uma torta de chocolate com morangos.

—Não seja tão exigente. –Foi Gina a falar, ela estava sorrindo abertamente.

—Claro que sou exigente. –Belinda bufou e Ty riu ao seu lado.

—Belinda não é exigente, ela é chata. –Lino disse animadamente, surgindo bem à frente da menina, que lhe sorriu.

—Não irei negar a culpa, Jordan. –Ele lhe sorriu e estendeu a mão, a qual Bell aceitou rapidamente e deixou ser puxada pelo rapaz.

—Tenho um presente pra você.

—Isso me assusta. –Hermione comentou.

—A todos nós, Mione. –Marcos concordou. –A todos nós.

—Algo interessante? –Belinda quis saber.

—Algo pelo qual você estava esperando.

                    Belinda assentiu lentamente e por fim deu de ombros, com um leve sorriso.

—Demorou.

—A culpa não é minha! –Ele se defendeu.

—Não, não é.

                Belinda não parecia feliz, como eles gostariam, mas todos sabiam que não iria acontecer somente por conta de suas presenças.

—Teremos torta de chocolate? –Lino perguntou.

—Com morangos. –Ela disse sorrindo e ele riu.

—Você tá me devendo um tortinha de amoras, não está?

—Porra nenhuma, a última aposta quem ganhou fui eu, mas você não pagou.

                   Lino sorriu e baixou o rosto em direção a menina.

—Antes de você ter que ir para o inferno amanhã, eu pagarei.

                   O comentário preocupou a todos, mas Belinda soltou um risinho.

—Irei cobrar.

—Você aprendeu com os gêmeos, por tanto eu jamais tentaria te enganar.

                   A cozinha estava pronta para recebe-los, Dobby havia preparado vários dos doces que a menina gostava de comer, tudo muito bem organizado sobre a mesa que correspondia a Grifinória e um enorme bolo de chocolate com morangos estava centralizado.

—Parabéns, senhorita Lestrange. –O Elfo Doméstico cumprimentou e a menina sorriu.

—Pra que tanta comida, Dobby? –Ela fez careta.

—Mais cedo o senhor Malfoy veio aqui e disse pra Dobby não esquecer que era aniversário da senhorita Lestrange. –Dobby disse, os olhos enormes brilhando. –Ele disse que a senhorita não anda comendo bem, então se tivesse as coisas que a senhorita gosta, ia se alimentar. Então deu galeões de ouro para Dobby comprar o que faltava e pagou Dobby pra fazer isso. E disse que não era pra esquecer o bolo de chocolate e morango, porque a senhorita Lestrange iria querer um assim.

                Belinda ficou calada, somente absorvendo o que fora dito. Não olhava para nenhum dos amigos, então não tinha como ver as expressões de surpresa no rosto de cada um, mesmo Ty, Douglas e Daniel que eram adaptados a falar com o rapaz, não esperavam por aquilo.

                   Belinda pigarreou.

—Ele pagou você? –Não tinha como esconder o choque.

—Sim. –Dobby parecia animado. –Senhor Malfoy disse que hoje a senhorita Lestrange não ia querer comemorar, como nunca quer, mas que deveria pelo menos comer o que gosta.

                  Belinda assentiu levemente, como se tentasse compreender o que era dito, em seguida fez um carinho na cabeça do Elfo e foi até a mesa, analisando cuidadosamente o que tinha ali. De fato tinham os pratos e petiscos favoritos da menina, inclusive uma grande barra de chocolate em forma de um bastão que os Batedores usavam nos jogos de Quadribol, dentro de uma cesta com várias pequenas bolinhas de chocolate e alguns bolinhos de creme.

—Ah, sim. –Dobby pareceu animado ao saltitar pra perto da menina. –Senhor Malfoy trouxe mais cedo.

—Draco trouxe isso? –Ela o olhou curiosa e viu os olhos do Elfo arregalarem.

—Dobby não tinha que ter dito. –Bateu na própria testa. –Senhor Malfoy disse que não era pra falar, que a senhorita Lestrange não ia querer se Dobby falasse.

                   Belinda soltou um risinho leve, pegando a todos de surpresa, e se abaixou em frente ao Elfo.

—Não se preocupe, Dobby. –Ela sorria. –Eu não contarei a ele que você disse. –Dobby pareceu encantado com isso. –Mas você poderia me fazer um favor?

—O que a senhorita Lestrange pedir.

—Pegue essa cesta e leve até meu dormitório, sim? –Ela sorria. –Deixe sobre minha cama. Pode fazer isso?

—Sim, Dobby pode fazer isso.

—Obrigada.

                   Dobby tocou na cesta e desapareceu em seguida, fazendo Belinda sorrir e se colocar de pé novamente, balançando negativamente a cabeça e pegando um bolinho de creme que estava sobre a mesa.

—Bem, meu apetite continua excelente. –Ela comentou com ninguém em especial. –Parece que Malfoy quer apelar para meu estômago.

                   Gina riu e jogou os braços ao redor da amiga.

—Parabéns, Bell.

           Belinda podia aproveitar aqueles momentos, então resolveu que deixaria as preocupações para o dia seguinte e abriu um sorriso, um sorriso que chegou aos olhos depois de muito tempo.

—Obrigada, Weasley. –Ela encarou a todos. –Não sei vocês, mas meu apetite realmente abriu.

                Todos sentaram à mesa e começaram a se servir. Douglas notou que Malfoy conseguiu quebrar pelo menos uma das muitas camadas que Belinda usava, ele a fizera sorrir com um gesto simples e nem estando presente, mesmo que ela estivesse com raiva do rapaz, jamais poderia e nem conseguiria odiá-lo. Era bom ter certeza disso, porque algo lhe dizia que as férias, que ela nunca considerava agradável, seriam piores ainda.

 


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Notas finais do capítulo

E ai? Curtiram?

Deixem seus comentários. Estou curiosa pra saber o que estão achando da história.

Beijos e até o próximo capítulo.



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