A Filha das Trevas - Marcados (LIVRO 2 - COMPLETO) escrita por Ally Faro


Capítulo 58
Capítulo Cinquenta e Oito - Wiggenweld


Notas iniciais do capítulo

Divirtam-se! (SIIIIIM, eu posso dizer isso hoje. Há!)
Espero que gostem.
Volto dia 24 de julho.



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                Belinda de fato conseguiu se sentir um pouco menos a flor da pele durante o tempo em que passou com seus amigos na cozinha, mas parecia haver um constante zumbido no fundo de sua mente, como se a puxasse para a realidade dos fatos, como se para lhe recordar que aquela era uma pausa no meio do caos, que logo chegaria ao fim e mostraria a veracidade dolorosa e feroz da qual tentava fugir. Lestrange encarou de um por um, tentando guardar na memória cada sorriso, sim, ela admitia que no seu íntimo estava se preparando para o pior, contudo era franca o suficiente com si mesma para admitir que ainda não achava ser a hora de desistir, antes de abdicar de qualquer coisa precisava levar Bellatrix junto. Ela poderia chegar ao fundo do poço e ser o motivo da própria ruína, todavia Bellatrix Lestrange não sobreviveria para rir de sua queda.

—Precisamos manter a tradição. –Lino falou de repente, brincando com um caramelo explosivo na mão.

           Belinda se questionava o porquê de ele estar a tanto tempo com o doce nas mãos, ao invés de simplesmente comer. Lino trocou o caramelo explosivo de mão e Belinda focou atenção no doce, sabia que aquilo era tão ruim quanto chiclete, caso pegasse no cabelo.

—Tradição? –Hermione pareceu confusa.

—Ele está falando sobre jogos. –Belinda informou e Lino assentiu.

—Vocês estão falando de aprontar. –Hermione a corrigiu e ela sorriu.

—Dependendo do ponto de vista, Granger.

—Por Merlin. –Hermione a encarou. –Vocês me assustam quando começam a falar disso.

       Bell sorriu e colocou um doce de pimenta na boca. O momento foi precioso, os olhos focaram a mão rápida de Lino amaçando e atirando o caramelo explosivo na cara de Marcos, que piscou surpreso, mas era tarde demais, o doce já grudara em seu cabelo e Lino se erguia rapidamente, correndo para a saída. Belinda viu Marcos perceber o culpado e correr atrás de Lino.

—Pobre Jordan. –Bell riu um pouco com o comentário de Hermione.

—Devemos nos preocupar? –Daniel quis saber.

—Não se preocupem, o Marcos vai sobreviver. –Bell informou.

—Cara, eu tava preocupado com o Lino. –Douglas disse. –Mas agora estou seriamente repensando de quem devo ter medo.

            Bell riu novamente.

—Vocês dizem tanto ter medo de mim, por ter aprendido com os gêmeos, que esquecem que Lino vivia com eles, mais até que eu, se considerarmos que dividiam o dormitório.

—Eu nunca pensei por esse lado. –Potter admitiu.

—Poucos pensam, Harry. –Bell falou tranquilamente, olhando o moreno e notando Ron comendo ao seu lado, mal dando importância para as pessoas.

—Devemos ir tentar impedir uma catástrofe? –Murilo brincou, se servindo de mais uma fatia do bolo de chocolate com morangos.

—Eles se viram. –Bell decidiu.

          Quando finalmente perceberam não poder matar mais nenhuma aula, se ergueram e foram para fora da cozinha. O corredor estava sendo organizado por três Elfos Domésticos, mas o cheiro de óleo de peixe exalava pelo lugar.

—Vejo que Marcos e Lino vão deixar um rastro de destruição. –Bell brincou, muito tranquila com suas tortinhas de creme e chocolate.

—Nos vemos na hora do almoço? –Douglas questionou, encarando diretamente a menina.

          Belinda olhou os lindos olhos azuis e ponderou, havia um brilho esperançoso no amigo, ela suspirou.

—Claro, Tayner. –Ela sorriu. –Nos vemos depois, Serpentina.

        O grupo de quintanistas entrou na aula de Poções na hora exata e inacreditavelmente Snape ainda não estava presente.

    Os olhos de Belinda focaram Draco, sentado ao lado de Zabini, ele parecia distraído, batucando os dedos no tampo da mesa. Belinda suspirou e rolou o último bolinho inteiro na mão, sendo que o outro estava pela metade.

—Bell? –Hermione a chamou.

           Belinda mal percebera o que fizera, não até colocar o bolinho de creme em frente a Malfoy e Blás o acotovelar, fazendo o rapaz despertar e engolir o palavrão pela metade. Belinda não dissera nada, mas Draco pegou o bolinho da mão dela e deu um leve sorriso, ganhando um aceno de cabeça.

           Bell ouviu os sussurros pela sala, enquanto se dirigia para seu lugar e se sentava ao lado de Dino, apoiando a cabeça no ombro do rapaz.

—Você perdeu três aulas. –Ele cochichou e ela assentiu, estendendo a metade do bolinho restante pra ele. –O aniversário é seu e eu ganho presente? –Ele brincou e ela sorriu.

—Estou sendo uma boa parceira. –Ela resmungou e ele riu.

—Parabéns.

—Por que você não foi tomar café da manhã com a gente? –Ela quis saber, mas pelo canto do olho viu Draco comendo o bolinho.

—Porque eu tinha um trabalho da Vaca Rosa pra finalizar e porque eu imaginei que você não fosse querer comemorar.

—Você meio que acertou. –Ela sorriu. –Mas me convenceram do contrário, alguém me deu um presente inesperado. –Ela sorriu novamente.

—Malfoy? –Ele questionou em um sussurro e ela riu baixinho.

—Por que acha isso?

—Porque você deu uma tortinha pra ele. –Belinda ajustou a postura e encarou o moreno.

—O que tem?

—Até ontem você teria, no mínimo, ignorado ele. –Dino assegurou.

           Belinda deu um sorriso tranquilo.

—E quem disse que a tortinha é completamente segura?

            Dino a encarou por um momento, depois sorriu.

—Nem vem, sei que tá tudo certo.

—Sabe mesmo? –Ela arqueou a sobrancelha e Dino assentiu, sorrindo.

—Você decidiu dar a tortinha de última hora, era pra você. –Ele disse com confiança e Bell sorriu.

—O que te dá tanta confiança?

—O fato de que eu sei que foi o Malfoy que mandou um dos Elfos Domésticos preparar todo o teu café da manhã.

           Belinda se surpreendeu e ele riu.

—Como?

—Ouvi Draco falando com o Dobby. –Deu de ombros. –Ele te surpreendeu, não é mesmo? –Bell bufou. –Sem falar que você sabe que não foi ele quem nos entregou.

—Eu...

—Olhem o que está sobre a mesa e me digam que poção será preparada. –Belinda foi pega pela voz Snape, o que interrompeu o que ela iria dizer para Dino.

         Belinda suspirou e se ergueu, vendo a enorme mesa em forma de meia-lua substituir as carteiras. Lestrange encarou os ingredientes disponíveis sobre o tampo da mesa: Casca de Wiggentree, Muco de Verme Gosmento, Ditamno e Moly.

—Poção Wiggenweld. –Disse a menina, junto com Hermione e Draco.

       Bell fez careta e manteve o olhar em Snape, que pareceu mais desgostoso que normalmente.

—Sei que os três primeiros colocados nos N.O.M.s estão loucos para se exibir. –Disse o homem de forma azeda. –Contudo deixem os outros idiotas colocarem a cabeça para funcionar.

       Draco viu Bell baixar a cabeça, prendendo um sorriso. Ela realmente parecia estar mais tranquila naquele dia e isso era bom, contudo ele se preocupava o que tinha escondido por baixo daquilo tudo e como seria após a onda de bom humor chegar ao fim, isso o preocupava.

—Vocês irão fazer a Poção Wiggenweld e em uma pequena folha de pergaminho me dirão quais os benefícios da poção. –Ele disse entediado como sempre. –Embora seja uma poção fácil, sei que muitos idiotas irão falhar. Comecem.

         Belinda sorriu, não conseguiu evitar, era sempre estimulante a forma como Snape mandava que a turma preparasse as poções. Ela sempre se sentia mais incitada após ouvir que não conseguiria e Snape sempre ressaltava a falha que ele esperava de todos. Lestrange finalmente se sentiu de bom humor, de alguma forma o mau humor do professor a deixou animada. O que a fez ler rapidamente as instruções de como preparar a poção, embora já soubesse, pois vira em um dos vários livros que Rabastan lhe dera.

      Bell, após algum tempo mexendo no sentindo horário, logo viu a poção atingir a cor esverdeada, obviamente que Hermione terminara antes. Era curioso como Granger e Malfoy eram tão diferentes, mas poderiam se tornar um bom par, Bell pensou, escrevendo sobre a eficácia da Poção Wiggenweld, e como sempre estavam lado a lado em praticamente tudo, embora fingissem não notar o outro. Obviamente que após Draco ficar em segundo lugar no N.O.M.s, as pessoas se atentaram mais a inteligência daquele que só viam como um garotinho mimado, inclusive a própria Hermione.

        Lestrange encarou o trabalho finalizado e pegou o vidro cheia da poção, escrevendo seu nome em um pequeno papel anexo a tampa do vidro. Repassando mentalmente, enquanto andava até a cadeira de Snape, se estava esquecendo algo sobre a Poção, sabia que era eficiente contra venenos de cobra e de plantas, mas ineficaz contra Poções Venenosas, que servia também para dar energia a alguém que desmaiara ou simplesmente estava exausto, isso fez algo brilhar no fundo de sua mente. Ela precisava urgentemente de uma boa dose de Wiggenweld.


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Notas finais do capítulo

E ai? Curtiram?
Deixem seus comentários, assim que eu retornar irei responder a todos.
Beijos e até o próximo capítulo.
Eu vou, mas volto!



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