A Filha das Trevas - Marcados (LIVRO 2 - COMPLETO) escrita por Ally Faro


Capítulo 49
Capítulo Quarenta e Nove - Fogos de Artifício e Legado


Notas iniciais do capítulo

Volteeeeeeeeeeeei!

Demorou, mas tô de volta com a Bell e suas confusões.

Quem está pronto pra dar tchau? Sim, será um capítulo de despedida, temporária, mas ainda assim despedida.

Vamos lá?

Não posso deixar de dizer: Divirtam-se!



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                Belinda acabou grudando nos gêmeos, os três preparando todos os tipos de pegadinhas imagináveis e inimagináveis, junto com Lino.

                Abril estava quase findando e Belinda permanecia ignorando Malfoy e mesmo Marcos não dissera nada, principalmente porque sempre que abria a boca, Gina, Hermione ou os gêmeos faltavam mata-lo somente com o olhar.

                Belinda enfiou as mãos nos bolsos da capa e foi ao encontro dos gêmeos, que a esperavam em uma torre do 5º andar, junto a Lino e Pirraça. A cena seria divertida, pensou ela, se estivesse no seu humor comum.

                Pirraça pulava de um lado para o outro, feliz em estudar todos os tipos de pegadinhas dispostas na torre, principalmente as com cheiros duvidosos, enquanto Lino e os gêmeos conversavam, analisando uma bombinha que eles nomearam Catinga de Gengibre. Belinda odiava o cheiro daquilo, o gengibre cozido já tinha odor forte e desagradável por si só, mas com as misturas que eles produziram, ficava quase insuportável, mais fedidos que as Bombas de Bosta.

—Se eu não estivesse do lado de vocês, essa seria a hora perfeita pra correr. –Ela brincou.

                Lestrange parecia calma, pensou George, mas os olhos ainda pareciam sem sentimentos e era isso que o preocupava.

—Metade disso foi preparado por você, então está certa em ter medo. –Lino brincou e ela sorriu.

—Eu aprendi a ser um gênio maligno com vocês. –Ela deu de ombros, entrando na sala. –Está gostando das novas bombas, Pirraça?

—Maluca Menina-Lestrange sabe fazer uma festa. –O Poltergeist cumprimentou e foi ai que Belinda notou o quão a situação era preocupante, se ela havia conseguido aprovação até de Pirraça.

               Belinda deixou Pirraça brincando com uma lesma extremamente nojenta e a multiplicando, enquanto ia até os amigos, do outro lado do salão.

—Vocês tem certeza? –Ela questionou, encarando os gêmeos.

—Pela primeira vez eu concordo com a Bell. –Lino falou. –Vocês sabem que serão expulsos.

—A gente pode só fazer as pegadinhas e deixar a imagem de vocês de fora. –Belinda declarou.

—Não. –George foi firme.

—Estamos decididos a explodir aquela desgraçada. –Freddie confirmou.

—Ela já passou dos limites. –George argumentou. –Ela tá usando a influência que ela tem e torturando todo mundo, sem falar de tirando nossas chances reais de aprender.

—Não que a gente realmente se importe com isso, mas achamos que já tá na hora de ela receber uma lição. –Freddie concordou.

                Belinda suspirou e prendeu o cabelo, sendo analisada pelos rapazes. Ela jogou a mochila no chão e começou a retirar algo, fazendo todos, mesmo Pirraça, se aproximarem para ver do que se tratava.

—O que é isso? –Lino quis saber, encarando os tecidos nas mãos dela.

                Belinda ergueu a cabeça e sorriu perversamente, mostrando a garota que sempre armou com eles, aquela rebeldia e diversão que estavam guardados bem no fundo.

—Hoje nós vamos nos divertir. –E lá estava, a Belinda Lestrange que poderiam realmente trazer o inferno para a terra. –Umbridge saberá que não pode mexer com os alunos de Hogwarts sem consequências. –Ela se ergueu e entregou um dos dois tecidos para Lino. –Isso é uma capa da invisibilidade...

—Você roubou o Harry? –Os três falaram juntos e ela riu.

—Não. –Negou, realmente se sentindo a garota de sempre, simplesmente armando com os amigos, deixaria seus problemas de lado por hora. –Eu as produzi e elas tem curto pra de duração, umas três horas, no máximo.

—Como você conseguiu isso?

—Não se façam de idiotas, não mais que o normal. –Ela riu. –Eu sei que vocês já fizeram uma dessas também.

                Os três se encararam.

—Não sabemos do que você tá falando! –Disseram em coro.

                Belinda riu e jogou a capa sobre seus ombros, a amarrando ali.

—Vou fingir acreditar. –Os encarou. –Agora vamos começar a festa, antes que as capas percam o feitiço e a gente também seja descoberto. –Ela falou para Lino.

                Todos se prepararam para algo próximo a uma guerra. Belinda sabia que não seria descoberta por ter o álibi perfeito, afinal ela ainda estava em sala de aula.

                As armadilhas foram colocadas em todas as salas possíveis. Belinda olhou o relógio de pulso que estava usando e notou que tinha menos de quarenta minutos para finaliza tudo, antes que Hogwarts começasse a explodir e feder. As bombas foram cuidadosamente projetadas por ela e pelos gêmeos, para que explodissem na hora certa, obviamente que isso precisava de um bom controle de magia, fazendo os três cometerem alguns erros enquanto as regulavam, mas tudo dera certo. Haviam deixado os gatos de Umbridge com Pirraça e mesmo alguns Quadros, que ajudariam e não permitiram a passagem dos gatos de Dolores.

                Belinda notou a capa começar a ganhar visibilidade e correu para o banheiro dos monitores, onde Murta parecia feliz em conversar com alguém, Bell retirou a capa e se atirou para dentro do lugar.

—Bem na hora. –Disse ela sorrindo e erguendo a cabeça.

                Dorian fez careta, ela parecia jovem e feroz, mas não como ele estava acostumado, ela parecia... Divertida.

—Quase. –Dorian informou.

                Belinda bufou e jogou a capa pra ele, que a pegou no ar e rolou os olhos. Indicando a mochila da menina sobre a pia.

—Vai. –Ele mandou e ela sorriu.

—Com prazer. –Bell largou a mochila que trazia, trocando pela sua e começando a ir para a porta. –Murta...

—O bonitão já falou comigo. –Ela sorriu de forma sedutora, ou algo assim, para Dorian.

                Belinda sorriu e o encarou.

—Vai ficar para os fogos de artifício?

               Dorian sorriu em retribuição.

—Eu fiquei na sala fingindo ser você durante todo esse tempo, acha que eu perderia a melhor parte?

               Belinda demorou a convencer Dorian a tomar a Poção Polissuco, tendo que suborna-lo, mas no fim dera certo, foi somente dizer que era para acabar com Umbridge e dar alguns galeões de ouro.

—Não seja descoberto, se não teremos sérios problemas.

                Dorian achou surpreendente essa Belinda em sua frente, era alguém leve e despreocupada, o fazendo recordar de sua época em Hogwarts.

                Belinda correu para a aula de DCAT, nunca fora ao encontro da Vadia do Ministério tão feliz. Chegou exatamente no horário, indo sentar em sua carteira atrás de Dino, que se surpreendeu pela tranquilidade e sorriso que ela lhe dera.

                A aula iniciou torturante, como de costume, mas logo barulhos do lado externos deram início, eram as primeiras bombas explodindo e Belinda precisou de todo seu alto controle pra não sorrir. Mas não precisou de mais do que três explosões para Umbridge se apressar até a porta, praticamente correndo sobre seus saltinhos irritantemente barulhentos e cor de rosa.

                Belinda, com muita atenção, viu Umbridge encarar algo que parara a sua frente, depois um pequeno e brilhante fogo entrar dançando na sala de aula, até subir e explodir no ar. A festa estava dando início e a melhor parte estava por vir.

                Lestrange contou mentalmente, oito segundos, antes que Freddie e George surgissem em suas Vassouras, rindo e soltando pequenos fogos coloridos, deixando a turma inteira agitada e Dolores furiosa, o alvo principal do olhar de Belinda era Umbridge, que teria excelentes surpresas a cada passo.

                Draco sorriu da expressão de Umbridge, ele nunca poderia deixar de admitir que os gêmeos sabiam animar as coisas. Malfoy viu Belinda sorrindo e soube imediatamente que ela tinha algo a ver com aquilo. Draco ria, até que um dos fogos veio em sua direção e ele precisou correr, deixando que o fogo acertasse a parede, onde formou sua expressão assustada.

                Belinda viu Freddie sorrir e jogar algo para o irmão, que agarrou um dos melhores fogos que eles haviam produzido e jogou para o alto. O foguete explodiu em diversas cores, até somente a dourada sobrar e dela se formar um dragão, escolhido por Belinda, que após localizar seu alvo cor de rosa, rugiu e começou a flutuar em sua direção, a perseguindo incansavelmente e a engolindo assim que ela passara correndo pela porta, atrás de uma fuga, tornando a explodir em mais fogos, se espalhando e acertando os quadros de avisos que estavam espalhados pelo corredor. Nesse momento Belinda começou a ouvir as explosões e os gritos de alunos, correndo para fora de suas salas de aula.

                Os gêmeos a encaram sorrindo, enquanto todos os quadros de aviso caiam de uma vez. Ela lhes sorriu de volta e eles voaram para fora da sala, chamando a todos para segui-los. Na correria muitos bateram em Umbridge, provavelmente de forma proposital, todos seguiram para o lado externo do Castelo.

                 Belinda viu um enorme W no céu e todos comemorando, independente da Casa, mesmo os Sonserinos pareciam animados com a situação, assim como os professores, que fingiam não comemorar, mas era evidente a diversão. Belinda imaginou a reação de Umbridge quando percebesse que muitas áreas do Castelo estava impregnadas com odores terríveis, principalmente sua sala e dormitório.

                A festa deve ter durado em torno de uns vinte minutos, antes de Umbridge usar o Sonoros e ensurdecer os alunos, mas Belinda ouviu a gargalhada de Freddie e George.

—FOI UM PRAZER ESTUDAR COM VOCÊS, MEUS AMIGOS! –Freddie informou.

—SE PRECISAREM QUE A GENTE EXPLODA ALGUMA COISA, É SÓ CHAMAR! –George concordou com o irmão.

                Belinda sentiu Lino parar ao seu lado e lhe sorriu, os dois voltaram os olhos para os gêmeos, que acenaram teatralmente e ganharam o céu rapidamente, ficando longe da vista de Umbridge e abandonado Hogwarts.

—Quero só ver como ela vai aguentar depois dessa. –Lino sussurrou para Bell, que sorriu e viu Pirraça surgir sobre Umbridge.

—ATACAAAAAR! –O Poltergeist berrou e inúmeras bombas começaram a descer sobre Umbridge.

                Belinda via Pirraça as gargalhadas e cambalhotas na perseguição de Umbridge, enquanto ela corria e gritava por ajuda, mas os alunos somente riam e os professores fingiam não estar presentes.

—Sapo Rosa tá fugindo! –O Poltergeist gargalhou e jogou uma das Bombas de Catinga de Gengibre, fazendo o ar impregnar.

                Os alunos perseguiram Dolores, a vendo correr para sua sala e fechar a porta antes que Pirraça a seguisse, como se aquilo fosse adiantar, contudo na hora do desespero as pessoas tentam de tudo. Belinda viu o Poltergeist fazer algo na porta e a maçaneta cair.

                 As bombas começaram a estourar e a porta tentar ser aberta, mas Belinda percebeu que nenhum professor viera atrás. Os gritos de Dolores fazia as gargalhadas dos alunos serem musicais, assim como os xingamentos de Pirraça e os estouros, mas logo o fedor começava a sair pelas frestas e Belinda se afastou.

                 George e Freddie deixaram Hogwarts sob fogos de artificio e pegadinhas, exatamente a forma que eles sempre viveram. E todos lembrariam daquele dia 27 de abril, o dia que os gêmeos Weasley trouxeram o inferno para atormentar Dolores Umbridge.

—Vamos comer? –Lino chamou sorrindo.

—Por que eu iria?

—Agora você é minha parceira de crime, Lestrange. –Belinda riu.

—Bem, eu ia precisar de um mesmo.

                 E foi ali que Belinda notou o perigo. Pirraça a aprovara, Lino decidiu que teriam uma parceria e todos sabiam que ela trabalhava com os gêmeos.

—Acho que você ganhou o legado dos gêmeos.

                Lino deu som aos seus pensamentos e ela percebeu que ele estava certo. As pessoas já a procuravam para conseguir as pegadinhas, agora, com a ausência dos gêmeos, a procura aumentaria, caso eles conseguissem passar por cima do medo que tinham de ela realmente estar afilhada aos Comensais.

                O legado mais problemático e curioso passou pra ela. Belinda admitia que os gêmeos sempre lhe disseram isso, mas não imaginou que fosse herda-lo tão cedo.

 

                 Belinda estava rindo tranquilamente com Lino, aproveitando que o dia de aula fora suspenso, tamanho a desordem que o Castelo ficou e o fedor nas salas. Bell bufou da piada do rapaz e olhou pela janela, vendo uma Águia-Dourada se distanciando, descobrindo que Dorian realmente ficara para apreciar o espetáculo.

                  Lestrange sabia que não vira tudo, não viu as lesmas, sangue-sugas e aranhas se multiplicando a cada vez que Dolores se movia, a ideia de colocar o Feitiço Geminio fora excelente e Belinda precisava lembrar de agradecer Dorian pela dica. Sem falar das Bombas diversas, sendo jogadas em Umbridge, não depois que Pirraça a trancara na sala, mas quando Minerva, gentil como era e provavelmente curiosa pra saber porque em algum momento Umbridge se calara, abriu a porta e Dolores caiu em meio a uma avalanche de nojeira e fedor, fazendo as meninas gritarem e saírem correndo, foi assim que Bell soube que o Poltergeist se divertira.

                Belinda saltou da janela e sorriu para Lino, ainda estava conseguindo manter o bom humor do início do dia e estava disposta a aproveitar o sentimento.

—O que acha de irmos jantar?

                Lino a encarou de olhos arregalados, prendendo os dreadlock em um coque alto.

—Você tá dizendo que vai jantar no Grande Salão?

                Belinda ponderou, compreendia o choque do rapaz, principalmente porque os gêmeos não estariam presentes.

—Acho que está na hora de eu, pelo menos um pouco, agir normalmente.

               A frase fez Lino abrir um enorme sorriso.

—Terei que mandar um itinerário aos gêmeos, eles vão amar saber disso.

—Bem, já que eu herdei o legado deles, é bom deixar isso as claras para todos.

                O olhar e sorriso malandro da menina fez Lino rir.

—Vou garantir que todos que precisem e clientes mais fiéis dos gêmeos, fiquem sabendo disso.

                Belinda riu um pouco e assentiu.

—Ótimo.

                Lestrange se espreguiçou como um gato e sorriu para Lino, que passou o braço pelo ombro dela e a arrastou para o Grande Salão.

                A expressão de surpresa dos amigos de Belinda a divertiu um pouco, ela sabia que ninguém a esperava para jantar, mas só o fato de saber que Dolores fora parar na enfermaria e não estaria ali naquela noite, a deixou com apetite.

—Vou sentar logo ali, se precisar basta chamar. –Lino a alertou, indicando um lugar um pouco depois de onde Bell sentava com os amigos.

—Eu grito. –Lhe deu uma piscadela e se jogou ao lado de Dino.

—Olha só quem voltou! –Ginny comemorou.

—Fazer o que? –Ela sorriu. –Já que não terei os gêmeos, vocês terão que bastar. –Debochou.

—Porra, é assim que você gosta da gente? –Murilo a encarou.

—Você eu gosto, o Marcos eu aturo. –Ela brincou e Marcos bufou.

—Você já aguentou gente pior e...

                Marcos percebeu o que dissera e se calou, recebendo um olhar gélido de Gina e uma cotovelada de Hermione.

—Você está certo. –Ela deu de ombros.

                A frase pegou a todos de surpresa, principalmente quando Belinda reagiu com um sorriso e se servindo de frango ao molho.

                Marcos não sabia como reagir, tinha falado mais rápido do que o pensamento lhe surgira a mente, contudo ver Belinda fingir não ligar o deixava preocupado, principalmente depois de todas as advertências dos gêmeos.

                A noite fora agradável, apesar de toda a preocupação que rondava o grupo, que estava mais preocupado com Belinda, tanto porque no decorrer do tempo em que estiveram juntos, todos notaram a diversão se dissipando e ela parecer estar murchando, como um balão furado.

 


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Notas finais do capítulo

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