A Filha das Trevas - Marcados (LIVRO 2 - COMPLETO) escrita por Ally Faro


Capítulo 19
Capítulo Dezenove - Preocupações


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.
Divirtam-se!



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             Draco passou o fim de semana preocupado, sem saber exatamente o que Belinda estava armando, a única coisa que ele sabia de fato é que ela não havia pedido permissão a ninguém da Mansão Malfoy pra sair da Escola e que ninguém da família sabia sobre seus plano.
             O início da manhã estava frio, mas ainda assim ele subiu até a Torre de Astronomia, onde encontrou Belinda, sentada em um canto com um livro em mãos.
—E aí? —Ela cumprimentou, com um leve sorriso, enquanto erguia os olhos negros.
—Eu é que pergunto. —Resmungou ele.
—Conheci um Animago e ele irá me treinar. —Respondeu.
—Como? —Draco não sabia se ficava confuso ou preocupado.
—Primeiro, senta, tá me deixando inquieta e com dor no pescoço por ter que ficar olhando pra cima. —O loiro bufou, mas fez o que ela pediu.
—Que mais?
           Belinda colocou o livro sobre sua mochila e voltou a encara-lo.
—Eu vou falar, mas vê se não surta, tá bom?
            A frase foi o suficiente para deixar Draco mais preocupado, contudo ele se manteve em silêncio e ela lhe contou tudo o que acontecera desde o momento em que enviara uma carta a Rabastan. Contou também e principalmente sobre Dorian, já que Malfoy não gostou nem um pouco do que ela lhe dissera sobre o Animago.
—Não gosto desse cara. —Draco decidiu.
—Não é surpresa nenhuma, você não gosta de quase ninguém. —Provocou e ele a encarou seriamente.
—Belinda, ele é um Animago Ilegal, não bastasse isso, ele ainda anda com Rabastan e Rodolphus. —Draco se inclinou pra frente. —Eu entendi a parte de Rabastan nisso tudo, mas e Rodolphus?
—Rabastan saberá segurá-lo. —Ela garantiu. —É aí que tá a sacada toda, Malfoy.
—Como assim?
           Draco estava confuso, acompanhando o raciocínio da menina, mas ainda assim confuso.
—Rabastan a quer morta tão intensamente que não deixará ninguém sabotar o plano dele, principalmente tendo aliados. —Ela deu um leve sorriso. —E ele irá se assegurar sobre o irmão. Não sei o que Rodolphus tem com ele, mas não é só irmandade, tem mais alguma coisa ali, talvez um rabo preso. —Deu de ombros.
—E o tal Dorian?
—Dorian sabe que se tentar algo, posso denuncia-lo para o Ministério. —Ela sorriu. —Todos estamos presos, de alguma forma, um ao outro. Os Lestrange tentam me trair e eu mesma faço Bellatrix destruí-los, Dorian me ataca e eu o entrego para o Ministério. —Os olhos pareceram perder o brilho. —Cada um de nós entrou nisso sabendo o que poderia perder, ou a vida ou a liberdade, Draco.
            Draco suspirou e bateu de repente na perna da menina, que soltou um gritinho.
—Idiota. —Ele xingou.
—Isso doeu. —Ela massageou o lugar.
—Era pra doer mais, pra te fazer ficar longe de encrenca.
           Belinda não conteve o sorriso ao encara-lo.
—Eu não vou morrer. —Garantiu. —Na verdade o que eu tô fazendo é uma garantia de que vou sobreviver a todos os ataques da Vadiatrix, Malfoy.
            Draco respirou fundo.
—Sua loucura aumenta a cada dia que passa.
—Eu sei. —Ela sorriu e se colocou de pé, já puxando a mochila para o ombro.
—Vamos tomar café da manhã?
           Draco bufou, mas se colocou de pé também.
—Você só me da problemas.
—Ty diz o mesmo. —Ela sorriu e agarrou o braço do amigo, que rolou os olhos, mas não se deu ao trabalho de se afastar.
—E vocês ainda tão namorando? —Provocou.
—Nós nunca namoramos.
—Eu sempre pensei o contrário.
—Problema é teu.
           Draco riu.
—Mas como estão as coisas entre vocês?
            Belinda fez careta e eles dobraram em um dos corredores.
—A gente não fica mais, desde que voltamos a Hogwarts, eu acho.
—Por que?
—Acho que será mais seguro pra ele. —Deu de ombros. —Se alguém descobrir sobre ele, não sei o que poderia acontecer.
           Malfoy ponderou e assentiu por fim.
—Talvez seja melhor mesmo. Tia Bella adoraria ter alguém assim para te torturar. —Ele sussurrou.
—Eu sei. —Suspirou. —Mas ele tá me ajudando com Feitiços, sabe? —Ela sorriu. —Ainda somos amigos, apesar de tudo.
—Como ele tá ajudando? —Eles conversavam em voz baixa, para que ninguém e nada os ouvisse.
—Bem, ele tá no sexto ano, já passou da fase dos N.O.M.s e concorda que a Vadia do Ministério vai ferrar com todo mundo, então tá me ajudando, me ensinando o que nós deveríamos estar aprendendo esse ano. —Bufou.
—Seu ex namoradinho nerd é melhor que a encomenda, né? —Provocou e ela riu.
—Bem melhor. —Concordou.
—Falando no diabo. —Draco sussurrou e Belinda fez careta.
           Bell seguiu o olhar do loiro e viu Ty, que a olhou sorrindo e caminhou até eles, se afastando do pequeno grupo da Corvinal.
—Se não é minha Leoa favorita. —Ele cumprimentou sorrindo.
—E aí nerd. —Ela sorriu de volta.
—Draco. —Ele sorriu para o loiro, que bufou.
—Vocês me enojam. —Avisou e simplesmente começou a ir para o Salão Principal, fazendo os dois rirem.
—Qual é, Malfoy? —Ty disse, rindo e sendo ignorado. —Ele tá cada dia pior.
—Nem me fala. —Bell concordou e pulou o último degrau da escada.
—Vamos comer?
—Vamos nessa.
           A conversa durante o curto caminho até o Salão Principal foi calma, como sempre era quando estavam juntos. Bell gostava dessa sensação, ultimamente ela não tinha muito isso.
—Nos falamos mais tarde. —Ele beijou o topo da cabeça dela e sorriu.
—Tem pelo menos umas três garotas me encarando com ódio, tá sabendo, né? —Questionou e ele riu.
—O problema é delas. —Os olhos verdes brilharam com uma leve malícia e ela sorriu.
            Belinda se jogou entre os gêmeos, que lhe sorriram entusiasmados.
—Não, seja lá o que for, eu não vou fazer. —Informou, fazendo todos rirem.
—Adoro a inteligência dessa menina. —Dino riu.
—Eu sei. —Ela disse, sorrindo de volta para o amigo.
           Estava na metade do café da manhã quando Hermione a arrastou até o quarto e trancou a porta.
—Mas que diabos foi isso, Granger? —Belinda questionou, cruzando os braços em frente ao peito e encarando a amiga.
—Precisava falar com você, mas não dava para ser em um lugar que alguém pudesse ouvir.
—O que foi? —Bell notou a ansiedade da menina.
—Lembra aquela ideia sobre o Harry nos ensinar Defesa Contra as Artes das Trevas?
—Sim, mas faz tanto tempo que falamos sobre isso. —Bell se sentou. —Por que voltar a esse assunto agora?
—Ele aceitou. —Ela sorriu.
—Isso é ótimo. —Bell sorriu.
—Sim, nós falamos com alguns outros alunos nesse fim de semana em Hogsmeade e todo mundo assinou seus nomes, para dar mais formalidade...
—E para você saber se alguém vai trair o grupo? —Bell ergueu a sobrancelha e Hermione corou, a fazendo rir. —Você é uma das mais inteligentes por isso, Mione, mas não tente mentir pra mim.
—Foi mal. —Ela mordeu o lábio.
—E então, já temos um lugar pra treinar?
—Sabia que podia contar com você. —Hermione sorriu e começou a vasculhar em sua bolsa. —Mas não, ainda não temos um lugar.
—E o que é que tá te deixando preocupada? A ideia é genial. —Belinda falou e Hermione tirou um pergaminho da bolsa.
—Não sei, só acho que se formos pegos...
—Não seremos. —Bell falou e estendeu a mão para pegar o pergaminho e assinar seu nome. —E pra começar a ideia foi sua, não é?
—Sim, mas...
—Você tem que aprender que apesar de tudo, saber nos defender nesse momento é o mais importante, Hermione. —Devolveu o pergaminho para a amiga. —Dumbledore, nesse momento, não tem controle absoluto de Hogwarts. —Suspirou e encarou a amiga. —O Ministério tá se cagando de medo e afirmando para quem quiser ouvir e for burro o suficiente em acreditar, que Voldemort não voltou, por isso e pelo medo estúpido de Cornélio em achar que Dumbledore vai montar um exército para tomar o poder, não estão nos ensinando realmente.
—Por que você acha tudo isso?
          Belinda pensou até que ponto poderia falar.
—Durante esse fim de semana em casa, ouvi Lucius falando com um conhecido dele do Ministério, que também concorda com isso. —Deu de ombros.
—Se os Malfoy acham isso, nós estamos perdidos. —Bell riu.
—A questão é essa, se nós não aprendermos a nos defender agora, não sabemos o que pode vir a acontecer. —O sinal tocou e as duas se assustaram.
—Droga, a gente não pode se atrasar.
           As duas correram para a aula, mas a mente de Belinda trabalhava no que conversara com Rabastan e Rodolphus e que ela dissera a Hermione. O Ministério realmente evitaria ensinar o necessário, deixaria todos no escuro por medo e no final Rabastan dissera a verdade.
No final só os seguidores do Lord das Trevas vão saber usar magia de verdade, Ferinha.
            Belinda não gostava nada da ideia e por isso faria o possível para que o máximo de pessoas, principalmente do seu ciclo de amizade, estivesse nesse grupo de Harry.


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Notas finais do capítulo

E ai? Curtiram?
Eu devo assumir que já estava sentindo falta da Bell com o Draco :D
Deixem seus comentários.
Beijos e até o próximo capítulo.



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