A Filha das Trevas - Marcados (LIVRO 2 - COMPLETO) escrita por Ally Faro


Capítulo 11
Capítulo Onze - A Serpente e o Leão


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capítulo, devo assumir que achei uma delícia escrever essa conversa entre Draco e Hermione, afinal eu não escondo de ninguém que sou Dramione.
Divirtam-se!



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Draco verificou todas as salas e corredores do 5º andar, tentando não dar o mínimo de atenção a Hermione, que andava ao seu lado, mexendo distraidamente no cabelo e fazendo o cheiro do shampoo dela inundar suas narinas.
Malfoy começou a sentir à maldita vontade de beija-la novamente e tentou se concentrar na simples tarefa de verificar o armário de vassouras, mas Hermione se encostou na parede e olhou para o outro lado, fazendo o perfume de seu cabelo rebelde invadir o pequeno comodo e Draco bateu a porta do armário de vassouras com força, pra se afastar do cheiro de pêssego e de seu desejo, mas o som ecoou extremamente alto no corredor silencioso e fez Hermione pular de susto.
–Se assustou com um barulhinho, Granger? —Zombou o loiro, tentando irrita-la, assim eles brigariam e ele esqueceria as loucuras que passavam em sua mente, assim como o sabor dos lábios dela.
–Não enche, Malfoy. —Resmungou, tentando acalmar os batimentos cardíacos.
Draco sorriu de canto e encarou a menina, que olhava para o outro lado, a pouca luz, que provinha das tochas a distância na parede, faziam o contorno dos lábios dela ficarem desejosos. Malfoy deu um passo mais pra perto e se encostou ao lado dela.
–Você está tão quieta, Granger. —Provocou. —Nenhuma lição de moral ou baboseira qualquer. Isso é surpreendente.
–Não gasto meu vocabulário com pessoas insignificantes, Malfoy. —Retrucou e ele riu baixinho.
–Insignificante é? —Bagunçou de leve o cabelo loiro. —Engraçado que você nunca disse isso enquanto se derretia nos meus braços.
Draco alfinetou e viu o rosto da menina corar, por algum motivo inexplicável, ele sempre gostara de ver o rosto dela ficar vermelho de vergonha ou mesmo raiva.
–Me derreter nos teus braços? —Ela bufou, mas sentia o rosto ficar cada vez mais quente. —Você deve tá lembrando de algum momento com a Parkinson, Malfoy.
–Ciúmes? —Ele se virou pra ela, que rolou os olhos e o encarou.
–De você? —Riu de forma debochada e Draco gostou do som, porém se repudiou por isso. —Tá sonhando muito, Doninha.
–Tem certeza, Granger? —Se aproximou um pouco mais e Hermione se afastou imediatamente, o fazendo sorrir. —Fugindo? Que corajosa! —Falou rindo.
–Você tá tão ansioso pra ficar do meu lado, Malfoy? —Retrucou.
Hermione agradeceu mentalmente pela convivência com Belinda, somente ela falava aquelas coisas com toda aquela facilidade, como se nenhum rapaz a deixasse desconcertada. Draco abriu um sorriso que fez o coração da menina saltar desenfreado, mas ela se obrigou a controla-lo ou pelo menos fingir que estava no controle, o que era uma completa mentira.
Malfoy a olhou por sob os cílios, ainda sorrindo, ele praticamente viu Bell naquela frase e se divertiu, nunca assumiria em voz alta, mas gostou de ver a castanha retrucar de modo ousado e provocativo.
–Sabe Granger... —Se desencostou da parede e a puxou pela cintura.
Hermione conseguiu captar o movimento somente quando era tarde demais, quando percebeu Draco já havia puxado-a e prensado na parede, sem tocar de fato seu corpo ao dela, mas pairando a centímetros, somente os braços foram colocados em ambos os lados de sua cabeça. O sorriso era de um predador insaciável.
–Pelo visto a Serpente acaba de capturar um Leão. —Zombou ele, a voz baixa e sedutora, de quem estava no controle absoluto de uma situação.
Draco a viu umedecer os lábios com a ponta da língua, muito rapidamente, os olhos castanhos com um brilho curioso, mas ainda assim, de uma forma completamente errada, convidativos.
–Acho melhor você me largar. —Alertou ela.
–Eu nem estou tocando em você, Granger. —Sorriu ele. —Em nenhum fio de cabelo.
Hermione deveria odiar aquele maldito sorriso presunçoso, mas estava achando sedutor. E embora não desejasse assumir nem pra si mesma, ele estava certo, a Serpente capturara o Leão, entretanto o que a enfurecia era saber que talvez, no seu íntimo, ela quisesse se deixar capturar.
–Você se acha tão esperto, Malfoy. —Disse ela, fixando os olhos castanhos nos cinza dele.
–Ah, eu não me acho, Granger. —Sorriu mais abertamente. —Eu simplesmente sou.
Hermione bufou e rolou os olhos, vendo ele erguer uma sobrancelha.
–Pobre Draco Malfoy, acha que o mundo gira ao redor dele. —Sorriu, se obrigando a ser tão desafiadora quanto ele.
–Então assume que quer me beijar.
–E quem disse que quero? —Ele riu.
O corredor estava vazio, a não ser por eles e era possível sentir a eletricidade que emanava de um para o outro.

Tão errado, mas tão divertido. —Pensou Draco, sorrindo.

Draco aproximou somente seu rosto do dela, os lábios praticamente se tocando, se ele dissesse uma só palavra, as bocas se tocariam. Malfoy a viu engolir a seco e sorriu.
–Então diz com todas as letras que não quer. —Os lábios dele roçaram nos dela, que estavam entreabertos, a fazendo sentir antecipadamente o gosto dele.
Hermione não teve tempo pra formar uma se quer palavra, pois Draco já a agarrava pela cintura e beijava fervorosamente, colando seu corpo contra o dela e fazendo-a sentir a friagem da parede em sua costa, contudo ela mal dera importância aquilo, logo levou as mãos ao cabelo dele, o puxando para mais perto e se perdendo no sabor dele, estranhamente viciante e familiar, afinal Hermione sempre gostara de maracujá e também de baunilha. Como ela poderia se sentir tão atraída por alguém tão idiota quanto Draco Malfoy?
Draco se afastou, quando o ar faltou, ele raspou o nariz na bochecha dela, desceu para o pescoço e mordeu de leve o lóbulo de sua orelha esquerda.
–Fala Granger, fala que não quer me beijar agora. —Zombou e ela sentiu raiva, mas novamente ele a calou com um beijo.
Hermione quase se deixa perder ali novamente, mas recordou de Belinda lhe dizendo que ela devia provocar e saber jogar, porque era assim que Draco funcionava. Bell lhe dissera na brincadeira, ela sabia, mas ninguém conhecia Draco tão bem quanto Belinda, a ideia a fez sorrir durante o beijo.
Draco sentiu Hermione o puxar mais pra perto e o virar, colando sua costa na parede e ela estava no comando agora, o que o deixou surpreso, porém mais interessado no novo jogo. Hermione se afastou minimamente e o encarou, os olhos quentes perfurando os seus, havia um sorriso brincalhão que ele jamais vira, contudo apreciara.
–Leões não se deixam pegar tão facilmente, Malfoy. —Sussurrou em seus lábios.
Mais rápido do que Draco conseguira assimilar a frase, Hermione dobrava no fim do corredor, correndo para longe dele, que estava em choque, tanto por tê-la beijado novamente, quanto por ela conseguir jogar com ele e o enganar daquele modo.
Draco poderia apostar um dedo que essa leveza de Granger se devia a Belinda, ele tinha certeza que aquela Granger que brincara com ele era obra da menina. Mas a ideia fez Malfoy sorrir.
–Ah, isso vai ser bem mais divertido do que eu planejava. —Riu, colocando as mãos nos bolsos, enquanto começava a seguir para o Salão Comunal da Sonserina. —Obrigado por isso, Bell.
Draco riu de novo e começou a assobiar uma música qualquer das Esquisitonas.


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Notas finais do capítulo

E ai meus amores? Curtiram?
O que acharam de nosso casal juntos?
Deixem seus comentários.
Beijos e até o próximo capítulo.



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