You're burning up, I'm cooling down. escrita por Thai


Capítulo 15
Ashes to ashes, we all fall down.


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é super curtinho, mas é pra mostrar como estão as coisas onde os olhos de Sansa e Jon não alcançam. O POV é do Davos, espero que gostem ♥



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Davos abria caminho por entre os homens das diversas casas vassalas aos Stark rumo à tenda principal do acampamento, montada ali para que se reunissem e compartilhassem as estratégias de guerra e os avanços do cerco. O cerco que viera de Winterfell havia sido montado do lado norte do Ramo Verde do Tridente. Quando adentrou, deu-se por si encarando Lorde Manderly e Lorde Glover, os homens pareciam nunca entrar em acordo, tendo sempre alguma objeção sobre alguma sugestão que o outro fazia. Estavam com um mapa aberto sobre uma mesa. Seus olhares se desviaram para o Cavaleiro das Cebolas quando o notaram ali.

— Sor Davos, que bom que voltou. Quais as novidades? — perguntou o herdeiro Glover.

— Os homens de Edmure Tully estão se mantendo firmes do lado sul. Os Frey estão cercados, logo suas provisões devem chegar ao fim. Acredito não demorar mais do que dois meses. — comentou otimista.

— Dois meses são mais do que podemos nos dar ao luxo de perder. — Wyman Manderly comentou com a voz da razão.

— É de fato verdade, senhor. Mas trago boas notícias. — Davos lhe sorriu e deixou sobre a mesa uma carta assinada por Sansa Stark e o selo de lobo já rompido.

— O que diz nossa rainha? — Robett perguntou curioso.

— Diz que buscou pelo apoio da casa Tyrell para unir-se ao exército Tully do outro lado. Desse modo acredito que poderemos tomar As Gêmeas antes do previsto.

— Devemos depositar nossas esperanças nessa suposição, meu caro? — o homem gordo lhe questionou descrente.

— A questão, meus senhores, é que temos outra carta trazida para nós — então pôs sobre o pergaminho Stark um pergaminho que tinha o selo Tyrell já igualmente quebrado. — A Campina marcha para o norte. — e então o homem se permitiu sorrir quando viu que seus companheiros faziam o mesmo.

— É mesmo uma ótima notícia, senhor. — a gargalhada de Wyman Manderly estrondou e Davos concluiu que podia ser ouvida mesmo da outra margem do Ramo Verde.

***

As Gêmeas estavam cercadas por ambos os lados. A batalha havia sido iniciada no momento em que o exército dourado do Rochedo se revelou no horizonte da margem sul. Os Frey haviam saído do castelo como formigas, aos montes, por todos os lados, após baixarem a ponte da Torre da Água. O exército Lannister vinha abrindo caminho por entre os homens Tully, furando seu cerco, e agora somava forças à resistência e haviam entrado em um embate do lado norte. Davos tinha uma espada mal equilibrada na mão direita, fazia a lâmina cantar em contato com a de um homem que dançava com ele a dança do duelo. Os homens misturavam-se de todos os lados, Davos havia matado alguns, fincando sua espada por entre as dobras da cota de malha que vestiam. Já estavam com o número bastante reduzido naquele ponto, e o homem temia não conseguirem vencer aquela batalha. É um bom momento para os homens da Campina aparecerem, pensou consigo mesmo. O cavaleiro que dançava com ele era habilidoso e o manto carmesim em suas costas voava majestoso revelando sua fidelidade à casa Lannister. O homem avançou um passo contra ele, o fazendo deslizar no chão de neve, lama e sangue, quase perdendo o equilíbrio. Parou um golpe no alto e ouviu o sibilar do metal contra o metal. Detinha as investidas sempre ligeiras e incessantes. Sua respiração era ofegante e o homem guinchava aos flancos.

O Cavaleiro das Cebolas não foi capaz de conter o grunhido que saiu de sua boca quando foi perfurado pela lâmina afiada. Caiu de joelhos e tocou o ferimento fundo, sujando suas mãos de sangue. O homem não se contentou com aquilo e lhe deu mais um golpe, dessa vez mais fundo, no peito, atravessando o couro fervido que o protegia de forma precária. Davos deixou-se tombar e sentiu o sangue lhe deixar aos montes. O frio que o recebeu ao deitar-se no campo coberto de neve o fez tremer. Seus olhos pesaram e lamentou quando seu corpo desistiu da luta para manter-se vivo. Pensou automaticamente em Marya, sua esposa, e em seus filhos. Sozinhos no mundo. O homem que o atingira estava preparado para lhe dar o último golpe com a espada erguida acima da cabeça quando Davos o assistiu perecer através de sua visão turva. A última coisa que viu foi a rosa brilhante Tyrell desenhada no manto verde do homem que havia matado seu oponente.


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Notas finais do capítulo

Beijos e até a próxima.