Tanto Faz escrita por carrossellover


Capítulo 6
Pijama Party


Notas iniciais do capítulo

Bem, espero que gostem...



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– E então? - Perguntou, Mário, ansioso.
– Olha, eu não sei... Se isso acontecer, pode estragar nossa amizade... - Respondeu, tomando cuidado com as palavras que dizia.
– Eu não te entendo, Carmen. - Ele se afastou dela. - Ontem você tava toda esquentadinha lá na sua casa, chegou me beijando, dizendo que gostava de mim... E agora você tá dizendo que não quer nada pra não estragar nossa amizade? - Ele já estava irritado. - Quer saber, falo contigo depois. - Ele ia saindo, mas ela puxou seu braço.
– Eu não disse que não queria nada, só que não sabia se podíamos namorar. - Ela disse. - É exatamente disso que eu tô falando. Por qualquer briga podemos ficar sem nos falar. E isso séria péssimo pra mim. Por isso que eu quero só ficar. Não quero nada sério, isso é pro nosso bem.
– Mas... Eu...
– Shhh - Ela colocou o dedo indicador na boca dele. - Só não fica triste. Eu quero o seu bem.
– Eu também quero apenas o seu bem - Ele respondeu em voz baixa.
– E isso tá me fazendo bem - Ela disse com uma voz suave - Você é como se fosse um irmão pra mim, mas, não somos irmãos. Não precisamos sempre ser irmãos. - Ele sorriu.
– Como você quiser. - Eles deram um último beijo. Lento, calmo, sensível. Esse beijo foi o que realmente selou a amizade deles.
Os dois foram em direção à entrada e saída da escola, andando lado a lado, conversando normalmente. As meninas estavam reunidas lá, conversando e esperando por Carmen e Marcelina. Até que viram eles dois chegando.
– Olá, casal do ano! - Exclamou Valéria, fazendo uma voz engraçada, e todos riram.
– Nós não somos um casal, Valéria. - Disse Carmen.
– Ué, mas vocês tavam tão fofinhos hoje mais cedo! - Disse Margarida.
– Nós vimos que não ia dar certo. Afinal, irmãos não namoram, né? - Respondeu Mário.
– Isso é muito anti-romântico. - Comentou Laura.
– Não, Laura, não é anti-romântico. É a mais pura verdade. - Disse Carmen.
– Tá, eu tô com fome, vou indo, tchau meninas. Tchau Carmen. - Disse Mário saindo da escola. Ela suspirou. - Vocês já falaram com seus pais? Podem ir? - Todas assentiram. - Passem lá em casa às 2:30, tá? Gente, cade a Marcelina?
– Ninguém viu ela depois que bateu o sinal. - Respondeu Alícia.
– Lá vem a fera. - Comentou Clementina. A garota vinha andando rápido, com uma expressão triste e vermelha de raiva. Ela ia passando direto quando Alícia a puxou pelo braço.
– Me solta, Ally, sério. - Reclamou ela.
– Nada disso! Você vai para a casa da Carmen hoje, e vai contar tudo o que aconteceu. - Disse MaJo.
– Tá bom. Eu vou para casa logo, vai. Tchau meninas. - Ela disse.
– Tchau. - Elas se despediram, indo cada uma para sua casa.
****
2h em ponto. Alícia estava parada em frente a casa de Marcelina. Quem atendeu foi Paulo. Ele, como de costume, estava de bermuda e sem camisa. Deu um sorriso para Alícia e a deixou entrar.
– Sua irmã tá aí? - Perguntou ela.
– Certeza que você veio procurar ela? - Ele perguntou, normal.
– Claro. O que eu ia querer com você? - Ela perguntou ironicamente.
– Isso. - Ele a prendeu na parede e a beijou. Ela tentou se afastar, batendo nele, mas ele era mais forte. Prendeu os braços dela na parede da sala, e a levou até o armário embaixo das escadas, trancou a porta, e disse, no ouvido dela:
– Agora a gente continua onde parou no parque. - Ela estremeceu. Continuou beijando ela, e tirou a blusa da menina, deixando ela com o sutiã a mostra. Ele foi dando beijos no pescoço dela, e deu um chupão bem forte, o que a fez gemer. Ele ia retirar o short dela, mas ouviram alguém descer as escadas. Alícia vestiu sua blusa o mais rápido que pôde, enquanto Paulo destrancou a porta do armário. Ela saiu, pegou sua mochila e sentou-se no sofá como se nada tivesse acontecido. Ele sentou do lado dela, e fingiu estar assistindo TV. Quando Marce desceu, ela viu uma cena mais do que normal: Paulo e Alícia discutindo.
– Você não tem o direito de fazer isso! - Ela disse.
– Tenho sim! O celular é meu e eu faço o que quiser com ele! - Rebateu Paulo.
– Apaga essa foto agora!
– Não, mimadinha!
– Mauricinho idiota!
– Cala a boca!
– Vem calar! - E ele não se segurou e a beijou. Alícia, como sabia que Marcelina estava olhando tudo, tentou se afastar dele, mas não resistiu. Ele ficou por cima dela, e tentou tirar sua blusa novamente, e ela levantou os braços. Ele foi descendo com as mãos para as coxas dela, enquanto a beijava. Marcelina, para zoar com eles, deu um grito.
– QUE PUTARIA É ESSA AQUI NO SOFÁ?
Alícia levou um susto e empurrou Paulo com toda a força no chão. Os dois haviam se esquecido da irmã dele lá na sala. Marce ria da cara da amiga que estava vermelha como um pimentão, enquanto vestia sua blusa.
– Eu vim te buscar, aí ele... Ele...
– Eu vi o que aconteceu, não precisa me explicar. - Disse Marce.
– Ufa, que bom que eu não... - Alícia suspirou, mas foi interrompida.
– Você tem que explicar para as meninas, vamos. - Marcelina puxou Alícia pela porta, e ela olhou para Paulo. Ele só fez um movimento com os lábios. Disse que ela podia contar tudo.
****
Todas as meninas haviam chegado. Durante a tarde, ficaram na piscina da casa, conversaram e outras coisas. Mas, logo depois que anoiteceu, elas chegaram na melhor parte da festa.
– VAMOS FALAR SOBRE MACHOS! UHUL! - Gritou MaJo.
– Cala a boca, meus pais tão em casa. Se eles ouvirem, eu tô ferrada. - Disse Carmen.
– Ai, tá bom, desculpa.
– Carmen, conta aí o que aconteceu entre você e o Mário hoje! Eu quero saber tudo! - Disse Margarida.
As meninas prestaram atenção quando Carmen começou a falar.
– Bom, hoje, quando bateu o sinal, a gente foi praquele banheiro abandonado da quadra. Ninguém vai lá, então foi a chance perfeita pra...
– SEXO! - Gritou MaJo. Carmen revirou os olhos. - Não, tarada. Cala a boca! Bom, sabem a marca no meu pescoço? Tava doendo, aí eu falei isso pra ele com cara de cachorro abandonado. Ele começou a beijar meu pescoço, mas não tava melhorando, falei pra ele e ele começou a me beijar. Ele tava com as mãos na minha cintura, só descendo, mas como eu sou uma pessoa muito santa, eu coloquei as mãos dele na minha cintura de novo. Aí a gente ficou nessa, e ele me pediu em namoro. E eu fiquei tipo... What? Eu disse que não, que podia estragar nossa amizade e tal... E ele reclamou, já que ontem eu beijei ele, tava mais agitada, e hoje não quis saber... E ele ia saindo de lá, mas eu puxei o braço dele, falei umas coisas, e a gente se beijou. E tipo, foi só. - Disse Carmen pensativa.
– Nossa, bichinha, que hot. - Disse Valéria.
– Tá, Marce, sua vez. - Disse MaJo. - Quem que cê tava beijando?
Marcelina suspirou. - O Jaime.
– O QUÊ? - As meninas gritaram em coro.
– É isso mesmo. Deixa eu explicar. Desde que a gente terminou, lá no 8° ano, eu fiquei com raiva dele, mas também sinto saudades. Olhem, ele beija bem pacaraio. - Ela começou. - Aí, hoje, ele me puxou quando eu tava entrando na escola. Eu não sabia quem tava me beijando, então eu tentei me afastar, mas ele era forte demais. Aí ele me soltou, e eu vi quem era. Fomos para aquele parquinho que tem aqui perto, nos escondemos das crianças, e nos beijamos. Por isso eu cheguei toda largada na escola.
– Mas, hoje, na saída, você tava brava. O que aconteceu? - Perguntou Laura.
– A gente tava se pegando atrás da quadra, bem onde a Carmen e o Mário tavam, aí eu perguntei para ele porque ele fazia isso comigo. E ele foi muito ridículo. Disse que se a gente voltasse, ele não teria como ficar com outras garotas. E isso me irritou. - Ela disse, relembrando.
– Bom, vamos fazer outra coisa então. Que tal verdade ou desafio? - Disse Clementina.
– Na verdade, eu tenho uma brincadeira melhor. - Disse MaJo. - Lá vem mais merda. - Comentou Carmen.
– É sério, é legal. A gente pega uma garrafa ou outra coisa que dê pra girar.
– Eu tenho uma garrafa aqui! - Disse Marcelina. - Uma de água, serve?
– Pode ser. A gente gira. A pessoa pra quem a ponta da garrafa apontar vai ter que falar um menino da nossa sala que acha bonito e se transaria ou não com ele.
– Não pode faltar a palavra "transa" e seus derivados no seu vocabulário, né MaJo? - Disse Carmen, brincando.
– Aahh, cala a boca. Vocês topam? - Perguntou a menina. As meninas concordaram. Elas fizeram uma roda e colocaram a garrafa no meio. Maria girou a garrafa e caiu em Alícia.
– O menino mais bonito da sala na minha opinião é o Paulo, e eu não preciso transaria com ele. - Disse ela, meio rápido.
– Ué, e por que não? - Perguntou Carmen.
– Porque nós já... er.. Como eu posso dizer... Transamos. E tenho mais a declarar. Nós estamos ficando escondidos desde o ano passado.
– Por que escondidos? Vocês podiam se assumir. - Perguntou Valéria.
– Nem eu sei. Mas ele tem uma pegada boa.
– Mais alguma coisa? - Perguntou Marcelina, e Alícia negou. Então ela pulou em cima da amiga.
– CUNHADA! - Exclamou Marcelina, rindo. Alícia girou a garrafa, que caiu em Clementina.
– Eu acho o Jorge bonitinho, acho que transaria com ele. - Falou ela, tentando parecer normal. Cleme girou a garrafa. Margarida.
– Eu acho o Dan bonito. E sim, transaria com aquele gostoso! Ela falou com uma voz pervertida, fazendo todas rirem. Girou e caiu em Laura.
– Eu acho o Adriano muito romântico. Eu faria amor com ele, sim... - Disse, sonhadora. Ela girou a garrafa. Caiu em Marcelina.
– Olha, o mais bonitinho é o Mário. E ele é muito fofo. Eu transaria com ele sim. - Respondeu ela, olhando para Carmen, que percebeu.
– Marce, não se preocupa, ele é só meu amigo, nada mais. - Ela disse, sussurrando logo depois: - Ele vai gostar de saber disso.
Então Marce girou e caiu em Carmen.
– Ah gente, eu só queria avisar que vocês podem escolher o Jaime à vontade. Não tô afim dele mais não. - Concluiu Marcelina.
– Bom saber disso, Marce. Eu escolho o Jaime. Sei lá, le deve beijar bem e tal, e eu transaria com ele sim... - Carmen comentou em voz baixa. Ela girou e caiu em Bibi.
– Eu faria com o Koki. Ele é muito fofinho! - Ela girou, caiu em Valéria, que obviamente, disse Davi.
– MaJo, falta só você! Que emoção! - Zombou Carmen.
– Eu transaria com o Cirilo, porque ele é tipo negão e deve ter um grande. - Até que se deu conta do que falou. - Meu Deus, eu não acredito que eu falei isso... Desculpem meninas, sério.


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Notas finais do capítulo

Ihu, gostaram? Sim? Ótimo.



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