Tanto Faz escrita por carrossellover


Capítulo 5
Namorando?


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas! Hoje teve foco nos dois casais trocados, espero que gostem!



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Marcelina entrava na escola normalmente, tinha ido sozinha, sem Paulo ou outra companhia, quando alguém a puxou, beijando-a. Ela tentou se separar do beijo, porém o garoto era bem mais forte. Ele a soltou, depois de ficar sem ar. Só então ela viu que o garoto era Jaime, e logo sorriu.
– Senti saudades, gatinha. - Disse ele, com um sorrisinho malicioso. Os dois já tinham namorado, mas ele estava traindo Marce e ela ficou sabendo, terminando com ele na hora. Mas, depois de um tempo, bateu a saudade, e de vez em quando, ele a puxava para um canto, como aconteceu agora.
– Também senti - Respondeu Marcelina. - Vem, vamos para um lugar menos movimentado.
– Ah não! - Disse Jaime, triste. - Vamos ficar aqui mesmo, eu não quero perder tempo.
– Quer que o Firmino nos veja? Não, né? Então pronto! - Ela brigou. Eles foram para uma área mais afastada da escola. Para o parque mais próximo que havia, e se beijaram entre as árvores, escondidos das crianças que ali haviam. Depois de um tempo, foram para a escola, um de cada vez. Marcelina já estava com o uniforme amassado, e com o cabelo um pouco bagunçado. Mas foi se arrumando no caminho, sem muito sucesso. Quando chegou na escola, foi ao encontro das meninas.
– Onde que tu tava, Marce? - Perguntou Alícia.
– Aconteceu alguma coisa? - Perguntou MaJo, quando percebeu como a amiga estava. - Você tava transando?! - Perguntou ela, assustada, fazendo as outras meninas rirem.
– Claro que não, né! - Respondeu rápido. - Só tava beijando.
– Você tem muitas coisas para explicar para a gente, senhorita Guerra - Brincou Carmen. Até que ela sentiu uma dor forte no pescoço, era a marca do dia anterior. Ela passou a mão para massagear, e afastou os cabelos, mas deixou-a à mostra. MaJo percebeu.
– CARMEN CARRILHO, ISSO É UM CHUPÃO? - Gritou ela para a escola inteira ouvir.
– N-não, claro que não. - Respondeu ela nervosa. - Um mosquito me picou.
– Sei... Tá roxo. - Disse Valéria.
– É que... É que eu... - Ela tentou formular algo, sem sucesso.
– É que eu...? - Perguntou Bibi.
– Ai, tá bom, talvez isso seja um chupão. - Respondeu, derrotada.
– E de quem é esse chupão? - Perguntou Margarida. Até que Carmen sentiu alguém tapar seus olhos. Já sabia quem era.
– Adivinha quem é? - Ele perguntou.
– Paulo? - Zoou Carmen.
– Não.
– Cirilo? - Perguntou brincando mais uma vez.
– Você tá me deixando triste.
– Jaime?
– Tá de sacanagem. Só me responde uma coisa: algum deles faz isso? - Ele soltou os olhos dela e a abraçou, por trás mesmo.
– Hum, não sei. - Ela respondeu.
– Poxa, dá pra brincar contigo não. - Disse Mário. - Te vejo mais tarde?
– Sim - Ela respondeu, sorrindo, e ele deu um beijo rápido nela, indo em direção aos meninos.
– Você tem muitas coisas para explicar para a gente, senhorita Carrilho. - Caçoou Marcelina.
– Carmen, aquilo deu certo? - Perguntou MaJo.- Vocês transaram?
– Pelo amor de Deus! Você só sabe perguntar isso? - As meninas riram com Carmen brava. - A resposta é não.
– Okay, nem precisa responder de quem é o chupão. - Disse Margarida.
– Mas vocês tão namorando? - Perguntou Alícia.
– Não, estamos tipo, numa amizade colorida, sabem? Sei lá. Mas... Ele beija bem - Ela riu. - O que vocês acham de ir lá em casa hoje à
tarde? - Perguntou Carmen. - Podemos fazer uma noite do pijama, sei lá. - As garotas confirmaram e continuaram conversando.
****
– Fala, galera! - Cumprimentou Mário, chegando sorridente.
– Vimos a ceninha toda daqui. - Disse Adriano.
– Vocês tão namorando? - Perguntou Daniel.
– Quer saber porquê? Tá interessado? - Perguntou, já meio bravo. - Daniel sorriu.
– Não, é só curiosidade mesmo. Meu negócio é com outra... - Disse ele olhando discretamente para Margarida.
– Não, estamos meio que numa amizade colorida. - Respondeu mais aliviado.
– E vocês já transaram? - Perguntou Kokimoto.
– Não, não. Fomos quase ontem, mas ela falou que não tava preparada. Tipo, que eu fiquei com vontade eu não posso negar, mas eu tenho que respeitar ela. - Respondeu.
– Eu pegava mesmo. - Disse Paulo. - Não sou de ficar esperando mina decidir quanto quer transar.
– Se eu fizesse isso estaria cometendo um estupro. Eu tenho respeito pela vontade dela. - Rebateu Mário, indignado com o comentário do amigo.
– Fala, galiera! - Disse Jaime, meio largado.
– Já sei! Cê tava beijando uma vadiazinha qualquer de novo, né? - Disse Paulo, rindo.
– A "vadiazinha qualquer" é a sua irmã. - Respondeu ele, com um sorrisinho cínico no rosto.
– É O QUÊ MULEQUE? - Gritou Paulo. - MINHA IRMÃ? EU VOU TE METER A MÃO NA CARA, SEU FILHO DA PU...
– Calma, Paulo! Eu tava beijando a sua irmã sim! Ela não é uma vadia qualquer! Eu só repeti o que você disse. - Explicou Jaime. - Eu gosto dela, de verdade, e não acho ela uma vadia!
– E daí? - Perguntou Paulo mais calmo. - Lembra, no 8° ano? Vocês namoravam, não é? Ah, e parece que você foi infiel e saía traindo ela com umas criancinhas que se acham adultas! Ela descobriu, terminou com você, lembra disso, idiota?
– Por isso mesmo, ela que terminou comigo. - Retrucou Jaime.
– Porque tu traiu ela. Sério, velho, tu não sabe como ela sofreu por causa disso. Só não te bati na época porque eu era um fracote medroso, mas eu vou logo te avisando: magoa ela de novo que eu te bato até cê desmaiar, entendeu? - Paulo disse, em voz baixa, com raiva.
Jaime nem se importou. Ele nunca que ia apanhar de um fracote desse. Decidiu não pensar nisso e apenas curtir com Marcelina.
****
Depois que as aulas do dia acabaram, as meninas ficaram de se encontrar no pátio, mas duas delas não compareceram. Carmen e Marcelina.
– A Carmen já sabemos onde tá, mas a Marce não faou nada! - Reclamou Valéria.
– Pois é. Ela disse que tava beijando, mas ninguém sabe quem. Ela não disse. - Comentou Clementina.
– Gente, que milagre! - Disse Alícia.
– Como assim? - Perguntaram as meninas juntas.
– A Cleme abriu a boca! - Elas riram.
****
– Olha o que você fez fez comigo - Disse Carmen com cara de cãozinho abandonado. - Tá doendo.
– Desculpa, mas é que eu não resisti. Deixa que eu cuido pra você. - Disse Mário beijando o local em seguida. - Tá melhorando?
– Não. - Respondeu ela.
– Pois eu vou fazer isso melhorar rapidinho. - Ele disse a encostando na parede. Os dois estavam em um banheiro abandonado na quadra, que ficou lá depois da reforma.
Ele beijou o pescoço dela, fazendo-a estremecer, enquanto descia a mão que estava na cintura, para baixo.
– Não, não. - Disse Carmen, levando a mão dele de volta para a cintura dela. - Sem mão boba.
– Ah, por que não? - Perguntou ele, falsamente frustrado.
– Porque senão eu perco o controle, e eu não quero fazer isso na escola. - Ela respondeu, sorrindo.
– Ai, tá bom. - Ele parou. - Eu queria conversar contigo.
– Sobre?
– Sobre a nossa relação. Eu quero saber se você não... Anh, talvez queira algo mais comigo além de amizade colorida... - Ele disse.
– Algo, tipo? - Perguntou, mas ela já sabia a resposta.
– Carmen, quer namorar comigo?
****
Jaime e Marcelina já estavam se pegando de novo, mas dessa vez escondidos na quadra , próximos aos banheiros/vestiários. Um beijo no pescoço aqui, uma mão boba ali, uma mordida na boca e os dois se separavam ofegantes.
– Jaime... Porque você tá fazendo isso comigo?
– Como assim, Marce?
– Me beijando, e tal... Eu quero, mas não posso acreditar que você quer voltar comigo sem você falar...
– Olha, é complicado. Se eu voltar com você, eu não vou poder ficar com outras garotas, então...
– SEU IDIOTA! - Marcelina gritou, se afastando dele. - PRA QUE FALAR ASSIM?
– Assim como? - Perguntou ele confuso.
– "Se eu voltar com você, não vou poder ficar com outras garotas" - Repetiu imitando a voz dele. - Me esquece, idiota.
– Marcelina, volta aqui! - Ele pediu, mas já era tarde demais. Ela já tinha saído da quadra. - Droga! - Ele chutou uma lata de lixo ali perto.


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Notas finais do capítulo

Gostaram, monamours?



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