Cosmos escrita por Sapphire


Capítulo 21
Capítulo 18 - Férias


Notas iniciais do capítulo

Estou cá novamente! Em uma linda Sexta feira.

Esse capitulo ficou pior que todos até agora. Mas nunca gostei dessa parte na historia. Acho fraquinha.

Todos os capítulos podem sofrer alterações se eu tiver alguma ideia ou melhoria, mas caso eu fizer, eu aviso sempre no próximo capítulo nas notas, tá?

Vou tentar melhorar, mas é questão desse capítulo ser o piorzinho mesmo... :/
No próximo melhora com água e açúcar da Familia LatinoAlemã.

#VaiBrasil
#WorldCup2018



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/696582/chapter/21

 

Richard sentou à mesa na varanda no fim de tarde para assistir seu filho brincar de perseguir um porquinho que tentava agarrar de todas as formas em vão. O sol estava se pondo e a luz da estrela batia atrás da casa e a brisa estava começando a ficar gelada, mesmo para o mês de julho em pleno verão.

O cheiro de grama chegou até o moreno que fechou os olhos de imediato para sentir o vento e o aroma tão familiar. Era aconchegante e o remetia a lembranças felizes e prazerosas da infância.

Esther veio carregando uma bandeja de pães e doces com a ajuda da babá que trazia outra bandeira de bolo e uma jarra cheia de suco.  O jantar seria uma pequena refeição de besteira.

Rick corria junto com os novos amigos com perseguição ao pequeno animal. Os três garotos estavam sujos de lamas e com enormes sorrisos estampados em suas faces vermelhas.

Richard levantou se servindo de um pedaço de pão e se encostou em um pilar de madeira vigiando os garotos e sorriu feliz que seu filho estivesse tão animado e já tivesse esquecido o ocorrido dos dias atrás.

Esther riu ao perceber o que estava acontecendo. Albert apenas fumava seu costumeiro charuto em uma cadeira de balanço.

— Vamos cercar ele. – Rick deu a ordem aos dois amigos.

A ordem era clara de somente o vencedor capturar o animalzinho, sem causar dor ou machuca-lo, mas deveriam ser rápidos.

— Porque não deixa ele ficar aqui as férias todas as vezes? – Sugeriu o tio vendo a felicidade do sobrinho menor.

Os quatro adultos ficavam satisfeitos em ver crianças saudáveis aproveitarem suas férias como garotos normais.

— Não sei nem porque não tinha pensado nisso antes, mas se ele quiser por mim tudo bem. – Richard respondeu sem despregar os olhos do local dos meninos.  – Assim ele tem com quem brincar nas férias.

Ele fechou os olhos por breve cinco segundos lembrando que em casa a única pessoa que poderia aproveitar cada momento com o filho, estava preocupada demais com a própria vaidade e nem mesmo o amava.

— Como foi a semana filho? – Perguntou Albert olhando para o moreno pela primeira vez, saindo dos seus devaneios.

— Bastante corrido. – Respondeu. – Estou trabalhando o dobro e o senhor bem sabe que a empresa está crescendo cada dia mais e ampliando os horizontes. As vezes preciso ficar mais tarde.

— PEGUEI – Rick gritou com o porquinho em mãos erguendo o bichinho irritado por ter sido pego.

Aquilo acendeu um alerta na babá que não achou tão seguro.

— Hã.... Rick.... Se fosse você o largaria agora. – Um dos meninos sugerira olhando em um ponto atrás do amigo

— Porque? Eu consegui pegar ele justamente. – Justificou olhando os dois carrancudo.

Os meninos apontaram atrás do Rick com o rosto transfigurados de medo.

Como em câmera lenta, Rick girou levando mais tempo do que o normal. O pânico estampado em seu rosto do que poderia encontrar assim que terminasse de virar.

— Acho melhor você largar ele.

Em desespero Rick colocou muito lentamente o animal no chão para em seguida correr de uma mamãe porca furiosa. Rick correu em direção ao cercado e por muito pouco não levou um tranco forte. O desespero o fez desiquilibrar ao escalar a madeira da cerca e cair de cara no chão.

— Ai meu Deus. Richard vai lá. – Esther gritou.

Richard não pensou nem por um segundo e correu em direção das crianças e puxou o filho do chão onde seu rosto havia ido de cara em uma pequena poça de lama, onde os lábios do garoto encontrava-se um filete de sangue e chorando muito.

— Filho. – Richard o pegou no colo e o abraçou.

Rick segurou algo na mão e mostrou ao pai sem parar de soluçar. Um dente de leite. Sorrindo ao mesmo tempo preocupado como todo pai, ele agachou com os dois juntos e segurou o dente em sua mão feliz por aquele momento ter chegado.

— Olha só, uma novela janelinha. Acho que alguém vai ganhar algum trocado da fada do dente.

Foi a única maneira que chegou a mente onde distrairia a dor. E dera certo. Aquilo fizera Rick cessar o choro e olhar interessado.

Esther e Albert junto a babá vieram em seu encontro.

— Pelo visto alguém está ficando um rapazinho. – Albert elevou o tom de voz animado.

— Senhor Listing, deixa eu ajudar o menino Rick com o machucado. – A babá aproximou-se para ajudar a criança.

Após alguns momentos até todos estarem mais calmos, levaram os filhos da Eve para casa e todos se reunirem em volta da mesa. Rick se pronunciou enquanto comia uma fatia de pão caseiro.

— Acho que com o dinheiro que ganhar da fada do dente eu não vou gastar, eu vou juntar para comprar uma fazenda igual a essa na Inglaterra.

— Vai se economista e investidor – Albert falou entre risos. – Vai ser um bom empresário para empresas da família.

— Então vamos fazer o seguinte, no seu aniversário você me dá todo o dinheiro que você juntou e eu completo para comprar uma igualzinha, o que acha da ideia? – Richard sugeriu o que ficou bastante satisfeito ao ver a expressão de alegria misturado com surpresa do seu herdeiro.

— SÉRIO?

— Seríssimo!

— NOSSA! ISSO É DEMAIS... – Ele correu até o pai que se desvencilhou do toque infantil.

— Não! – Richard levantou e correu para longe. – Toma um banho primeiro porquinho. – Ele riu com o filho todo sujo de lama e o cabelo despenteado. – Depois te abraço.

— Você vai me abraçar, SIM!

Com um sorrisinho sapeca, Rick correu de braços abertos atrás do pai que fugia com gargalhadas no meio do campo.

— Não adianta fugir pai, vou te pegar e encher de abraços.

Tropeçando propositalmente, Richard caiu no chão dando uma vantagem competitiva do seu filho cair em cima dele e o abraça-lo.

— Eu disse que eu ia te pegar – ele inclinou sobre o mais velho depositando um beijo na bochecha e esfregando a sujeira da lama por todo corpo dele.

— Vamos tomar banho, filhote. – A babá chegou próximo aos dois, porem foi instantemente interrompida. – Pode deixa. Nós dois vamos tomar banho juntos. Certo filhão? – Ele carregou o menino no ombro correndo.

Foram horas prazerosas de diversão como nunca mais havia sentido. Quando casou com Paola era isso que buscava. Era isso que pensava em ter quando formassem sua pequena família, porem a loira destruiu todos os sonhos na tarde que atacou seu único filho. Richard precisava falar boas verdade para ela ou tomar alguma atitude.

Mas como agir sem quebrar seu coração e prejudicar Rick?

(...)

Um carro parou diante da entrada da fazenda. O taxista falou algo incompreensível para mulher que estava dentro do automóvel. Porem ela não precisou de tradução para compreender que já haviam chegado. Não seria a primeira vez que pisava naquele lugar, conhecia muito bem.

Ela abriu a carteira pagando o taxista e saiu do carro graciosamente e olhou imponente para o lugar onde deveriam estar seu marido e seu filho, os olhos sempre arrogantes e desafiadores brilharam por trás dos óculos escuros.

Um vento frio assolou fazendo os braços se arrepiarem. Não entendia como eles podiam achar que aquilo era verão. Aquele tempo era péssimo.

Como em uma cena lenta, ela retirou os óculos e caminhou lentamente na direção do portão segurando a mala com algumas coisas improvisadas. Era tanta prepotência que não notara um dos seguranças aparecer bem ao seu lado impedindo que prosseguisse.

— A senhorita não pode entrar aí. – Falou em alemão o enorme homem de cara amarrada.

— Eu preciso ver meu marido. – Respondeu em inglês seja lá o que ele tivesse falado.

O homem pareceu compreender e respondeu no mesmo idioma.

— E quem é a senhorita? – Perguntou.

— Sua incompetência é tão alta assim? – A voz saíra com muita arrogância – Logicamente já que essa fazenda é dos Listing e eu sou a SENHORA Listing, sou a dona desse lugar.

— A compreendo senhora Listing. – O homem pareceu despertar para quem ele estava se dirigindo e mudando o tom de voz com mais respeito. – Mas tenho ordens em não abrir os portões.

— COMO ASSIM "NÃO PODE ABRIR"? É uma ordem! Meu marido não vai gostar disso. – Seu rosto subiu um tom levemente rosado.

— Eu tenho ordens para não abrir esse portão estritamente pra senh...

— E quem te deu essa ordem estupida? – Ela o cortou nervosa.

Ela odiava ser contrariada, não ter sua ordem respeitada e ser tratada com desprezo por um empregadinho morto de fome.

— Peço, por favor que saia da propriedade senhora, ou terei que chamar a polícia.

— QUE CHAME A POLICIA, MAS DAREI UM ESCÂNDALO! ESSA FAZENDA TAMBÉM É MINHA.

Um dos seguranças mais jovem por autorização do Segurança troncudo acionou a rádio da polícia para a incompreensão da loira que nada entendeu o que eles disseram.

Paola fez menção de dar uma tapa na cara do segurança que estava mais próximo no exato momento que ele a segurou pelos pulsos com força.

— ME SOLTA.

— O QUE ESTÁ HAVENDO AQUI? – Esther após os barulhos saíra dos portões de casa para ver a confusão e quando estava prestes a por o empregado no seu lugar, ela avistou a Paola e o sorriso afetado apareceu em seu rosto. – Ora, ora.... O que temos aqui.

— Eu sabia que você estaria por trás disso. – Paola vociferou.

— Me pergunto, como teve audácia de aparecer aqui depois do que fez. – Esther manteve a voz serena e bastante debochada. Havia um certo prazer no que via.

As duas mulheres trocam farpas com os olhares e como se ambas tivessem fogo nos olhos e quisesse queimar uma a outra.

— Quando o Richard souber... – Paola ameaçou e sua voz saíra fria.

— Quando ele souber ele já terá voltado para casa dele, e você bem longe daqui. E creio que ele me perdoará porque sabe que fiz por um bem maior. Protegi Rick das suas mãos imundas. Fique à vontade para continuar gritando no meu portão, pois eles não estão em casa. Mas antes mesmo deles chegarem, já terei dado um jeito de te levar daqui.

Paola aproximou com os olhos queimando de fúria e antes que pudesse agir um dos seguranças já retirara ela.

E dando as costas para a jovem histérica, Esther se retirou com classe com um sorriso de vitória estampado.

De olhos fechados Paola contou até dez, e a única forma era dar entrada em um hotel fazenda mais próximo da região.

Mal conseguia dormir preocupada que desse errado o encontro no dia seguinte, que Esther inventasse alguma mentira descabida ou pior, que Rick estivesse muito longe dali e a que a informação que recebera da empregada em casa fosse mentira.

Pareceu uma eternidade quando o sono chegou e ainda assim brigava contra ele com tantos pensamentos a invadindo. Seus olhos piscaram diversas vezes até mergulhar em um sonho profundo.

(...)

No dia seguinte Paola não se dera por vencida totalmente. Estava decidida a passar por cima dos seguranças e se tivesse um pouco de sorte quem sabe até poderia encontrar o marido e falar toda a verdade, que a tia dele a destratou e se possível se fazer de vítima diante dele.

Carregando sua carteira de mão, Paola já estava preparada com os documentos para esfregar na cara de quem fosse que ela era uma legitima Listing e dona daquela daquele lugar

Ao longe ela ouviu voz da Esther e a imagem do seu filho em cima de uma bicicleta junto com mais dois meninos.

— Cuidado, Richard e não se aproximem muito do lago. É uma ordem.

— Tá tia. – Ela ouviu seu menininho em tom de voz obediente confirmar, e rapidamente ela se escondeu quando uma brecha do portão se abriu e por ela saiu três crianças com uma pipa amarrada na traseira da bicicleta.

Como um estalo na cabeça, Paola tomou a coragem necessária e gritou.

— RICHARD! VOLTA AQUI. – Ela gritou, mas o filho já estava longe demais para ouvir. – ONDE ELE ESTÁ INDO? – Gritou para Esther com medo ao lembrar dela falar palavra Lago.

Ela odiava piscina, mar aberto e a possibilidade do seu filho ir brincar no lago gelava seu corpo por inteiro deixando as pernas tremulas.

Ouvindo os berros do portão, Esther virou as costas fingindo não perceber nada.

— Ainda tem coragem de voltar? – Ela falou mais para si mesma. – Realmente.... Há pessoas que nunca deveriam ser mães.

— EU SEI QUE VOCÊ ME OUVIU SUA MEGERA.

— Vagabunda! – Xingou já fechando a porta atrás de si vendo o sobrinho.

Richard acabara de vestir uma camisa xadrez, mostrando seu bom condicionamento físico. Braços fortes e um peito de fazer mulheres suspirarem para se jogarem neles.

— Onde vai? – Esther levantou a sobrancelha.

— Vou a cidade. – Respondeu colocando a carteira no bolso de trás da calça.

— Não vai não. Preciso de você aqui. – Sorriu com o lábio tremendo. – Você poderia arrumar a cerca pra mim. Aqueles porcos detonaram a madeira, ontem.

— Arrumo sim, tia. Assim que eu chegar, pode ser?

—  NÃO! – Ela gritou abafando o grito da Paola do lado de fora. – Quer dizer.... Não... -  Sorriu amarelo para ele. - É que... Ah meu querido seu tio anda tão cansado e você logo vai embora e eu queria que ajudasse na cerca e sabe que ele não gosta que esses carpinteiros arrumem ou toque na cerca sabe como seu tio é supersticioso.

O moreno olhou pensativo enquanto estava sendo empurrado em direção ao fundo da fazenda.

— Mas espera... O tio não é sup...

E com um empurrão forte ela o jogou até a porta em direção a cerca, fechando a porta com um respiro de alivio. Por uma fresta da cortina, ela viu Paola entrar no carro e aguardar.

A loira não ia desistir fácil de falar com o marido. Mas por hora iria cansa-la até o ultimo momento.

Richard desceu as escadas sustentando sua mala exalando seu perfume amadeirado no ar. Era a hora da despedida. Ele abraçou os tios com um enorme carinho, prometendo voltar e levando um dos pães deliciosos que só sua tia sabia preparar e abaixou ficando face a face com o filho lhe dando o abraço mais apertado e um beijo.

— Prometo voltar de novo. – Disse bagunçando seus cabelos.

Esther o conduziu até os fundos da casa onde na garagem um motorista com segurança o esperava no carro para levar até o aeroporto.

Richard se acomodou no banco de trás do carro jogando a mala ao lado. Os seguranças abriram o portão quando o carro se moveu para sair. Ele se despediu com um aceno de mão para os tios e filho.

Paola ao ver movimento da casa saiu do taxi e bater no vidro onde estava seu marido, mas Richard abaixou a cabeça no momento quando o carro cortou a aproximação da loira acelerando.

— Uou! O que é isso?

— Desculpe, senhor Listing. – O motorista avistou do retrovisor a mulher na qual foi incumbido em não da uma brecha para se aproximar do patrão.

Com um olhar de fúria e o rosto vermelho, Paola virou para o portão. Albert segurou Rick para dentro de casa sem deixar o menino notar a presença da mãe.

—A SENHORA NÃO PODE ENTRAR AÍ.  – O segurança tentou de forma inútil a passagem dela.

— Richard estava no carro? – Ela ficou cara a cara com Esher.

 O segurança troncudo segurou o braço dela que conseguiu desvencilhar da mão enorme e áspera do homem.

— EU TE FIZ UMA PERGUNTA. ME RESPONDA!

— Como sempre só vive descontrolada. Não tem classe nenhuma, não tem dignidade e caráter.

As duas mulheres se encararam novamente.

— VÍBORA! – Percebendo que não conseguiria arrancar uma resposta, Paola foi em direção ao taxi.

— VÍBORA? VÍBORA É QUEM ESPANCA SEU FILHO DE SETE ANOS INDEFESO. SUA COVARDE.

Paola parou no meio do caminho com ódio, mas sabia que era verdade nas palavras da sogra. Com apenas um olhar de desprezo sem perder a pose, ela filmou Esther de cima abaixo e foi embora.

— E NÃO SE ATREVA A VOLTAR MAIS AQUI.

— Aeroporto. – Paola avisou o taxista na esperança de alcançar o marido ainda antes do avião decolar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cosmos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.