Broken Strings. escrita por Natty Lightwood


Capítulo 9
Capitulo - 08 Um escolha para todos!


Notas iniciais do capítulo

Hey baby’s, Natty is Back com mais uma atualização, fico feliz com a quantidade de comentários que eu recebi no ultimo capitulo assim como nos outros, é de grande importância para mim continuar com a história, vejo o quão vocês estão gostando, isso me deixa muita animada para não desistir da fic. Então boa leitura, e aguenta coração, esse capitulo terá revelações e muitas emoções.



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Eu te perdoo, você não sabe o que fez
Oh, eu, eu te perdoo, agora é hora de eu seguir em frente
Oh, eu, eu te perdoo, você não separou o certo do errado
Oh, eu, e eu te amo, sempre no meu coração você vai continuar a viver
Você vai continuar a viver.

Maitre Gims Je Te Pardonne (feat. Sia)

 

Pov Felicity Smoak.

Eu estava em pânico, literalmente em pânico, se ele que era o capitão buscava algum tipo de solução mágica para nosso problema, imagine eu que era uma mera garota procurada para morrer caso meu pai não morresse no meu lugar. Eu olhava nos olhos de Oliver com o coração aberto, minhas lagrimas molhavam meu rosto, meus soluços eram inaudíveis para ele, mas sei que eu transparecia toda minha dor. Desde minha infância sonho com o príncipe, aquele me levaria para longe em um cavalo branco, mas nunca o encontrei, talvez Oliver seja, meu coração já era dele e se eu morresse ele precisava saber disso.

— Prometa-me que quando tudo isso acabar, você irá partir dessa irmandade, seguir sua vida e ficar longe desse mundo sombrio em que encontrei você – solucei sentindo meu coração se apertar no peito. 

— Não posso prometer isso, se você não estiver ao meu lado, não terei para onde ir – afirmou olhando em meus olhos. – Você ainda não consegue perceber? 

— Não. – fechei os olhos apenas para mais lagrimas caírem. – Tudo que estou vendo agora, é um vasto vazio onde meu pai nos colocou.

— Você é minha luz – disse erguendo meu queixo para cima. – Ela vai me guiar por todo o caminho. Desde o primeiro dia que a encontrei, você me fez sentir algo novo, me sentir vivo novamente não posso deixar isso escapar.

Mordo o lábio, com sorriso torto, sua perfeição ultrapassa qualquer obstáculo posto em nosso caminho, eu me sentia segura, era nos braços de Oliver, meu capitão, o lugar onde eu permaneceria o resto da minha vida, nunca senti algo assim por alguém, nem mesmo Ray onde acreditei que fosse meu único amor.

— Oliver – sussurro seu nome encontrando seus lábios com suavidade. Mesmo com um coração quase partido, sentimentos perdidos, a única certeza era que eu estava mesmo segura, nos braços de quem um dia eu acreditei que fosse o inimigo. 

— Vamos – chamou com uma segurança reconfortante. – Não vamos voltar mais para a mansão, aquele não é nosso lugar, nunca foi. Agora é sou eu e você contra o tempo.

— Não tem medo? – perguntei aflita.

— Sou o capitão lembra? Meu único medo agora é alguém machucar você –esclareceu o que me fez sorri. – Não tenha medo, nada me assusta, o que também não deve assustar você. 

Mesmo que o agora me assustasse eu não deixaria o medo me vencer, era hora de enxugar as lagrimas e ser forte, para alguém como eu que passei por muitas coisas ruins, e muitas poucas seriam boas, ergueria a cabeça e voltaria à estaca zero. Ao lado dele eu conseguiria, no fundo Oliver sempre me ensinou a ser forte. Respirei o mais profundo que conseguia e o segui para o carro.

(....)

— Eu tenho um plano – sussurrou alisando o queixo enquanto eu tirava o casaco de maneira calculista, só como ele mesmo sabe fazer.

— Capturar meu pai e entregar para a máfia – respondi bagunçando meus cabelos ao tirar o casaco. – Não sei se consigo matar meu pai para viver – afirmei em pânico.

— Não vou mata-lo – disse ainda pensativo olhando para o nada com a testa franzida. – Venha – chamou me entregando um notebook. – Olhe todas as câmeras da cidade, você é algum tipo de hacker, lembro como Emma falava bem dos seus conhecimentos sobre tecnologia.

— Vocês falavam de mim? – engoli em seco.

— Ela queria que eu transasse com você para não ter medo dos homens – explicou como se fosse algo natural. – Por um momento eu cogitei a ideia de faze-la minha também.

— Grande amiga – revirei os olhos começando a digitar irritada. – E você não ia me tatuar. – indiquei com o dedo para ele que sorriu de canto.

Emma sempre foi uma grande amiga assim como uma irmã, mas havia momentos que a queria morta. Hoje depois que ela se foi de verdade sinto saudades das suas sandices, o que ainda me machuca por dentro, saber que nunca mais a veria novamente. Eu a amei como a irmã que não tive. Deixei uma lagrima solitária escorrer puxando no sistema as informações necessárias, mas para ver todas aquelas imagens levaria tempo, muito tempo....

Oliver ficou ao meu lado quase a noite toda, minhas pálpebras pesavam pelo sono, ele já dormia ao meu lado, eu o observava como uma miragem divina, meus sentimentos por ele cresciam a cada segundo ao seu lado e o medo de perde-lo me deixava tensa. Meu pai estava em meus pensamentos a todo momento, era algo sufocante para mim, era eu ou ele, isso me consumia pois eu não era hipócrita a negar meus sentimentos por meu velho pai. Passei as mãos pelo rosto limpando as lagrimas que insistiam em cair e molhar toda minha pele. Com alguns minutos noto em uma câmera de segurança próximo a farmácia, um homem com as características do meu pai entrar no mesmo, invado o sistema de segurança, com a proximidade da câmera do caixa vejo que de fato é o mesmo.

— Oliver – cutuco o mesmo com o cotovelo sem tirar os olhos da tela. – Oliver.

— Sim – resmunga sem abrir os olhos.

— Acho que achei meu pai – falei trêmula.

— Como? – deu um pulo ficando sentando na cama. – Onde ele está?

— Agora ele está saindo dessa farmácia – apontei para a tela acompanhando os passos do mesmo. Segui pela rota de outra câmera de segurança de outra loja. – Espera – franzi o cenho reconhecendo o lugar. – Acho que sei para onde ele está indo – informo pensativa.

— Vamos atrás do mesmo – disse decidido saindo da cama. – Não temos tempo. Assenti seguindo para o banheiro.

(....)

Gelei com Oliver destravando a arma na minha frente, sua expressão era fechada enquanto fitava o pequeno beco, vazio e sujo olhando para cima, onde continha uma pequena escada de incêndio.

— Eu vou na frente – declarei tentando subir.

— Claro que não – ralhou áspero me impedindo de subir. Revirei os olhos e ele subiu primeiro, segui o mesmo mantendo distância assim ordenada por ele. – Fique aqui – ordenou baixo abrindo a janela sem fazer barulho pulando para dentro como um ninja. Às vezes eu questionava qual seria as habilidades do Capitão, além de torturar, matar e arrancar um folego meu assim que podia.

— Felicity – escutei meu nome ser pronunciado mais não era Oliver que chamava, ele já tinha se perdido em meios as sombras do apartamento de um velho amigo do meu pai. – Felicity – chamou mais uma vez estridente. Olhei em volta com meu corpo trêmulo. – Aqui em cima pequena – explicou. Olhei enfim para cima encontrando meu pai, no alto do prédio. Com um movimento rápido subi as escadas chegando no terraço do prédio fuzilando o mesmo com olhar.

— Você me abandonou para morrer – acusei exaltada. – Sabe as coisas terríveis que tive que passar por sua culpa? – apontei em desprezo fazendo-o dar um passo para trás com as mãos erguidas em defesa.

— Sinto muito querida, mas não podia salva-la, era eu contra toda a máfia – disse baixo com a postura ereta tirando seu chapéu revelando seu olhar azul um pouco atônito. – Eu amo você Felicity Smoak, assim como amava sua mãe.

— Se você me amasse de verdade, tinha sido o pai que eu merecia todos esses anos – senti meus olhos marejarem. – Estamos sem saída, se você não pagar pelo que fez – alerto triste. – Eu vou morrer no seu lugar. – solucei.

— Não deixaria isso acontecer Felicity – afirmou dando um passo em minha direção.

— Não ouse chegar perto de mim – gritei áspera. – Você não é mais meu pai, eu não quero mais ser sua filha.

— Não tem escolha, o sangue nos une – rosnou. – Agora me escute.

— Por que eu escutaria você? – sorri friamente abrindo os braços. – Emma morreu por culpa sua, eu estou na mira da máfia por culpa sua. Meus sonhos foram todos tirados de mim por culpa sua. – acusei com o ar se tornando tóxico. Aquele momento estava acabando comigo de todas as maneiras, era como se o mundo estivesse desaparecendo a minha volta. 

— Você está segura com o capitão – olhou sobre meus ombros com a expressão fechada. – Ele cuidará de você como nunca, pois ele também ama você – suspirou. Olhei para trás sentindo a presença de Oliver me aquecer mesmo com a arma mirada para a cabeça do meu pai e sua expressão assassina. Não o culpo, se um de nós tinha que morrer, ele mataria meu pai sem piscar.

— Precisa se entregar a máfia – disse Oliver com acidez ficando ao meu lado. – Não deixarei Felicity pagar pelo o que você fez. Sua vida pela a dela, escolho matar você – rosnou com frieza me fazendo prender a respiração.

— Acha mesmo que eu fiz isso como uma simples brincadeira – sorriu secamente meu pai. – Mesmo que você não amasse Felicity eu tinha alguém na máfia que cuidaria dela por mim. – franzi o cenho incrédula. – Alguém que também a ama – confessou puxando uma arma. – Agora que tenho apoio necessário, você pode ficar comigo Felicity, faça sua escolha, seu pai ou capitão Bratva.

Ele só podia estar brincando comigo. Oliver deu um passo à frente, estava em seus olhos toda a fúria que sentia no momento, estou entre a cruz meu pai e a espada Oliver. Mais de todas as escolhas que eu fiz em toda minha vida, dessa eu tinha certeza, seguiria meu coração.

— Você precisa saber de algo – afirmou meu pai abaixando a arma. – De todos os lugares, eu escolhi a Rússia por um motivo.

— E qual seria? – debochou Oliver.

— Sua mãe não morreu em um acidente como você acredita desde os cinco anos de idade – suspirou me deixando confusa. – Eu não podia dizer a uma garotinha que a mãe dela tinha sido morta pela as mãos de um Bratva.

— O quê? – sussurrei nervosa.

— O pai de Benette estava fugindo de algo, Donna saia de uma loja de roupas, ele fez ela de refém para não ser pego pelos mesmos que o seguiam, então eu o vi pressionar uma arma na cabeça da sua mãe – gritou deixando as lágrimas escorrerem. – Ela gritava pelo meu nome em pânico, sai do carro indo até eles onde o mesmo disparou dois tiros contra mim, Donna tentou correr e ele fez o mesmo com ela, diferente de mim, ela caiu ao meu lado, pedindo que eu cuidasse da nossa filha. – suas palavras me atingiam em cheio, eu me sentia fraca, e incapaz de pronunciar algo.

— Felicity – chamou Oliver mais eu estava perto demais do meu pai, eu queria que ele continuasse olhando em meus olhos, que terminasse de quebrar meu coração. 

— Ela morreu chamando por você – afirmou. – Eu jurei que arrancaria o coração dele, mas quando eu me recuperei ele já estava morto. Então eu fiquei sabendo que ele tinha um filho, esperei todos esses anos para ter uma vingança, eu acabaria com a linhagem daquele filho da mãe.

— Isso não é vingança – afirmei em meio a todas minhas lágrimas. – O mal tomou conta de você todos esses anos, não fomos felizes e você me criou em uma mentira, não é só a linhagem dele que está acabando, a sua também está – gritei. – Olhe para nós – abri os braços. – Estamos na linha de fogo, eu amava minha mãe, se ela morreu pelas mãos de um assassino, ele deveria ter pagado da maneira certa.

— O certo nem sempre traz justiça – gritou com a raiva tomando conta de si. – Olhe para você – ordenou áspero. – Minha garotinha frágil, está dormindo com um deles, isso não lhe faz a melhor entre nós.

— Prefiro dormir com um assassino que me ame, do que viver sobre as mentiras de um assassino que pôs minha vida na linha de tiro por uma vingança maldita – esbravejo magoada. – Eu fiz minha escolha e ela não é você.

— Ele vai entrega-la para máfia e você será o brinquedo deles, eu não voltarei Felicity. – afirma secamente.

— Foda-se! Não volte – cuspo as palavras dando passos para trás. 

— Tobias deveria ser o homem em que devia confiar – informou me deixando em choque. Sem mais palavras ele dispara uma bala contra Oliver inesperadamente que geme e atira de volta atingindo meu pai com dois disparo, um em seu ombro e outro na perna, como um modo de para-lo, mesmo assim ele consegue fugir descendo as escadas de incêndio e destruindo a mesma com uma pequena explosão, o que faz nossos corpos voarem para longe. Com o impacto bato a cabeça com força na parede atrás de mim, me levando ao desmaio.

[.....]

Pov Oliver Queen.

— Felicity – chamo pela milésima vez colocando-a sobre a cama. – Acorde, pequena. – ordeno grave com alguns segundos ela abre os olhos e começa a tossir tomando o ar para si. – Você está bem? – questiono preocupado tirando minha jaqueta com gemido baixo.

— Acho que não – choramingou triste respirando com dificuldade. – Ele mentiu todos esses anos para mim, achei que ele fosse tudo para mim, assim como eu seria para ele, mas tudo não passou de vingança, eu vou morrer como a minha mãe, Oliver, eu já posso sentir isso.... – disse frustrada com as mãos tremulas e o olhos banhados por lágrimas. 

— Não vou deixar nada acontecer contra você, mas preciso da sua ajuda agora – falei tirando a camisa. Desci o olhar para meu braço esquerdo com a dor se fazendo presente pelo tiro. – Tem uma bala de uma arma calibre 44mm dentro da minha carne, onde eu preciso que você tire. – decreto.

— O quê? – berra vindo até mim assustada olhando para meu braço.

— Tudo bem, você consegue pequena – suspiro indo para o banheiro com ela me seguindo, tiro uma pinça da gaveta com o álcool, lavo meu ferimento assim como a pinça o álcool fazia minha pele queimar o que fez meu coração acelerar por um momento.

— Meu Deus.... Oliver.... Isso está feio, isso é tudo culpa dele, sempre é ele... – interrompo puxando sua mão e entregando a pinça.

— Estou aqui para lhe ouvir, mas no momento preciso que você apenas tire a bala de mim – soltei o ar contido com gemido baixo. – Não consigo vê-la e suas mãos são pequenas. – acrescentei pegando uma garrafa de whisky para tomar um grande gole.

— Certo. – assentiu receosa. Com a mão um pouco trêmula e depois de minutos pressionando a pinça dentro de mim ela fez, sem nenhuma gentileza puxando a bala e jogando-a na pia. – Isso não dói? – perguntou tentando conter o sangue que escorria com a toalha.

— Cheguei a um acordo com a dor há alguns anos – pisquei apenas com resmungo bebendo mais doses do whisky. – Seu trabalho não acabou ainda.

— Não?

— Precisa saturar agora – ergui uma sobrancelha entregando uma caixinha de primeiros socorros. 

(....)

Ergui o olhar para ela que envolvia meu braço com um pedaço de pano, ela parecia perdida em seus sentimentos, a dor estava escrita em seus olhos, sei que ela se continha para não deixar seus sentimentos transparecer e cair em lágrimas, mas eu estava aqui por ela, como sempre estive desde o dia em que a conheci de verdade, jamais Felicity perderia a vida enquanto eu respirasse, aquele filho da mãe, eu mesmo o mataria se não fosse pai dela, eu poderia mata-lo, mas sei que Felicity não veria mais como seu herói, e eu não passaria de um assassino para ela.

— Você está bem? – questionei tocando em suas pernas com as mãos seguindo uma trilha até sua cintura.

— Vou ficar – respondeu baixo concentrada no que fazia. 

— Fale comigo – pedi segurando seus pulsos, em meio as minhas pernas ela se inclinou, soltei suas mãos para que ela acariciasse minha pele como gosta de fazer.

— Oliver... – mordeu o lábio insegura no que diria a seguir, ela estava em uma briga interna, eu temia que ela não me quisesse depois de tudo que o seu pai confessou, afinal o filho da mãe tinha razão eu sou um deles, o capitão deles. O que fez todo meu corpo ficar rígido. – Eu escolhi você porque eu me apaixonei por você. Não tenho dúvidas de nada sobre nós, onde você for eu vou, eu sou sua Oliver, desde o primeiro dia em que o vi, o mundo parece tão sombrio, não sei o que irá nos acontecer, mas tudo que sei é que eu não desistirei de lutar, você me ensinou a ser forte e a sobreviver a tudo isso.... Por você eu vou até o fim. – confessou fazendo-me deseja-la não só como antes, mas mais intensamente do que se possa ser. – Meu capitão – suspirou encostando sua testa na minha tocando seus lábios com os meus deixando-me seguro do que viveríamos a partir de agora somente eu e ela.

 

 


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Notas finais do capítulo

Então o pai da Felicity é muito esperto para um velhinho, não nega ser um veterano de guerra, nossa e Tobias? Qual será a ligação desses dois? Pobre Felicity sempre tem alguma coisa que faz a mesma questionar todas as coisas da sua vida, ficamos Feliz que ela tenha alguém como Oliver e não esteja sozinha.... Mesmo sombrio e um Bratva, sabemos que por amor, teremos que confiar!

Deixem seus comentários, próxima semana, nós se esbarramos por aqui. Beijinhos!