Você é a luz, você é a noite
Você é a cor do meu sangue
Você é a cura, você é a dor
Você é a única coisa que quero tocar
Eu nunca soube que poderia significar tanto.

(Me ame como você Ama )

Love like you do –  Ellie goulding

Pov Felicity.

Senti minha pele ruborizar e todo meu corpo se aquecer, era um calor intenso, diferente e ardente, todos os meus sentimentos por Oliver se ampliavam, mesmo com todas as mentiras e dilemas que estão a nossa volta, eu conseguia sentir meu coração se aperta no peito de maneira enigmática. Eu estava mesmo apaixonada pelo Capitão Bratva, aquele em que eu deveria ter medo? E não amar. Suas mãos deslizaram por dentro da minha camiseta ocasionando arrepios por todo meu corpo, assim que as pontas dos seus dedos tocavam cada centímetro dele pele minha. Minha respiração saiu entre cortada, tocando sua pele que estava a centímetros do meu rosto, seus lindos olhos azuis, me fitavam com desejo e raiva, o que sentimos um pelo outro era como fogo e gelo, estamos a plena luxúria para nos rendermos, a algo mais ardente.

— Eu sei que você sempre esperou por algum tipo de príncipe encantado – informou com sarcasmo me fazendo piscar, se pondo de pé para ficar muito mais alto do que eu. – Não sou o tipo de cara que quer mesmo ser um príncipe, Felicity, me contento em ser seu malvado protetor. – sussurrou baixo apertando minha cintura com leveza, tal toque que me fez arfar e gemer em desejo.

— Não estamos nos contos de livros ou em algum tipo de seriado de TV, mesmo que fosse isso, eu estaria me apaixonando pelo vilão – sorri com desdém tirando meus sapatos e subindo sobre a cama de joelhos rapidamente. Olhei em seus olhos afastando todos meus pensamentos negativos e perturbadores, eu estava apegada a ideia de ama-lo como se fosse nossa primeira e última vez, e isso estava escrito nos olhos dele, pois sei que ele sente a mesma ânsia de desejo em que eu me permito sentir no momento. – Capitão – sussurrei como um convite sedutor em uma voz baixa arrancando um sorriso torto do mesmo.

— Felicity – advertiu como se ainda me colocasse algum tipo de medo em seu olhar mortal, seu autocontrole se esvaziava. E tudo que eu queria no momento; era apenas ligar o foda-se. – Você gosta de se queimar com fogo? – questionou puxando-me pela cintura fazendo nossos corpos se grudarem um ao outro. 

— Eu sempre achei que você fosse o gelo – debochei puxando-o para cama e ficando sobre ele com minhas pernas uma de cada lado do seu quadril. – Como fogo ainda não descobri – sussurrei pressionando seus lábios com os meus, minha língua deslizou por sua boca procurando pela sua, com gemido profundo suas mãos subiram por meu corpo deixando lastros de fogo, encontrando a barra da minha camiseta e a tirando do meu corpo com movimento rápido, em um giro ele inverteu as posições sem soltar meu lábios ainda em seu beijo urgente, ele tinha sede, o que me fazia ofegar e começar a suar, o quarto antes frio como inverno agora era quente como o inferno ou verão. Minhas roupas eram tiradas de mim sem cerimônias, deixando uma ardência em minha pele. Afastei-me dos seus lábios quando senti meus pulmões suplicarem por oxigênio. Restando apenas minhas peças íntimas e sua cueca ele ergueu uma sobrancelha em questionamento.

— Da última vez em que estivemos assim, fomos interrompidos – sussurrou com tom grave e ainda ofegante.

— Não tem nada que possa nos atrapalhar agora – ofeguei voltando a ficar por cima dele pressionando sua ereção contra mim, o que fez meu corpo começar a ter os primeiros espasmos. – Oliver – mordi o lábio tentando ser coerente e reprimi involuntariamente meu desejo. – Faça-me sua. – pedi como se isso fosse a última coisa do mundo, a ser feita.

Soltei meus cabelos enquanto suas grandes mãos descansavam em minhas coxas com aperto firme, ele olhava cada detalhe do meu corpo com desejo sublime, gravando meus movimentos para si, seus olhos azuis como oceano agora estavam obscuros, os fios dos meus cabelos caiam sobre meus ombros, com lentidão abri o fecho do meu sutiã, sabia que cada passo dado seria para sempre, depois dessa noite, mais nada nos separaria, eu ainda não queira revelar, mais meus sentimentos eram sinceros; eu o amava, como nunca amei ninguém antes.

Encontrando seu olhar retirei o sutiã exibindo meus seios para ele que cresceu ainda mais abaixo de mim, com lentidão ele se ergueu do colchão comigo em seu colo, suas mãos enfim me tocaram em uma carícia plena e gratificante. Puxei seus cabelos enroscados nos meus dedos quando seus lábios tocaram minha pele sensível. Delirei ao me perde no contato brusco e urgente das suas mãos e sua língua sobre mim. Todo meu corpo queimava e tremia, eu o queria dentro de mim, antes que o ápice chegasse para apenas me deixar vulnerável sobre seus domínios, joguei a cabeça para trás chamando por seu nome deliberadamente. A sensação era incrível diferente das outras vezes em que estive realmente com alguém, era Oliver que me conduzia para um abismo intenso.

— Capitão – supliquei por mais quando senti a frieza do acondicionado me atingir assim que ele se afastou, ele ofegava tanto quanto eu, encontrei seu olhar para apenas voltar a beija-lo, pressionando minha pele dolorida, no seu peitoral definido, soltei seus lábios para beijar suas cicatrizes modeladas de formas enigmática, meu nome escapava dos seus lábios como uma música sensual, ele estava tão perdido quanto eu. 

— Minha Felicity.... – afirmou erguendo meu rosto para cima entre suas mãos. – Minha – sua voz soava com tanta autoridade que me fez sorrir.

— Sua – sussurrei afastando suas mãos do meu rosto e recolocando-as novamente em meu corpo. Me inclinei mais para cima mordendo o lóbulo da sua orelha. – Me faça sua, capitão. – inspirei seu perfume amadeirado. Sem cerimônias sinto minha única peça ser rasgada com certa urgência, feito isso estou nua sobre os braços de alguém que nunca imaginei em ter um dia, meu corpo é pressionado contra o colchão, seus beijos vagueiam por todo meu corpo, me deixando estremecida e entregue, fecho os olhos para absorver todos os seus contatos, minha pele era explorada por beijos sedentos, sua língua deslizava por mim com tanta habilidade, amanhã eu acordaria com marcas, as quais nunca esquecerei, meu corpo apenas procurava por muito mais, eu até tentei controlar as batidas do meu coração, mas era impossível, Capitão sabe muito bem como fazer uma mulher enlouquecer em suas mãos, eu não consegui e me rendi ao primeiro orgasmo o que me fez gritar e abrir os olhos completamente ofegante, seus lábios voltaram a subir por meu corpo, até encontrar os meus novamente.

— Oliver – ofeguei deslizando minhas mãos até o elástico da sua cueca. Com sorriso satisfeito ele se livrou da mesma. Se pôs de pé deixando meu corpo quente sentir outra frieza. Arregalei os olhos e engoli em seco ao vê-lo pronto para mim, tremi um pouco com o tamanho do mesmo, mas não deixei transparecer para ele. Ele envolveu seu membro com a camisinha e voltou para cama ficando entre minhas pernas. Seus olhos encontraram os meus a medida em que ele foi me preenchendo, gemi roucamente, minhas paredes lhe imprensavam, ele mesmo notou que eu nunca estive com um homem com tanta magnitude como ele. Ele saiu e voltou com tanta intensidade o que me fez gritar pelo cômodo quebrando o silêncio. – Capitão – gemi alto com outra investida mais forte. Minhas mãos deslizaram sobre suas costas largas, enquanto as suas tocava cada parte do meu corpo, eram apertos firmes e estimulantes. Cruzei as pernas em seu quadril, jogando a cabeça para trás. Aquilo fez ele se afundar cada vez mais dentro de mim.

— Felicity – ofegou tocando meu pescoço com a língua. A sensação era maravilhosa, sem se conter ele começou a se mover com rapidez, meu corpo tinha espasmos onde eu não demoraria muito para ter outro orgasmo. – Nunca encontrei mulher tão perfeita. – gemeu em meus lábios sugando e mordendo para si com seus movimentos se tornando cada vez mais rápido. Eu estava ao delírio sobre os domínios de Oliver Queen. Meu capitão. Aprofundei nosso beijo entrelaçando meus braços em seu pescoço, suas mãos envolveram minha cintura me deixando suspensa sobre a cama, acompanhei seu ritmo totalmente entregue e urgente, com alguns minutos eu cheguei a mais um orgasmo ruidoso. Voltei para o colchão com suor colando nossas peles, minha respiração estava falha, meu coração parecia que iria sair pela a boca. – Olhe para mim – ordenou grave. Abri os olhos olhando dentro dos seus, com últimas investidas ele chegou ao ápice xingando coisas sem nexo completamente dentro de mim, aquilo me vez gritar seu nome pela última vez. Meu Deus eu queimava como o inferno. 

— Melhor sexo da minha vida – confessei sem ar soltando-o e abrindo os braços sobre o colchão com o corpo amolecido e completamente dolorido. Notei seu sorrisinho satisfeito, tombando no colo dos meus seios, exausto tanto quando eu....

(.......)

— Acorda pequena procurada pela máfia – escutei uma voz grossa me chamar e em seguida seus lábios pressionarem minha barriga deixando arrepios tanto pelo beijo como pelo o roçar da barba. Então a noite anterior não foi apenas um sonho bom, sorri puxando seus cabelos com as mãos. – Felicity, não irei ordenar mais uma vez.

— O que pretende fazer capitão? Me amarrar e torturar? – indago com pequeno cinismo tentando voltar a dormi. Se era mesmo possível com aquela montanha de músculos sobre mim pressionando meu corpo apertadamente. 

— Não me parece uma má ideia – disse me puxando para seu colo rapidamente. – Agora está na hora de acordar mocinha – advertiu. Soltei um gritinho e concordei abrindo os olhos para lhe fitar. – Não – rosna baixo segurando meus pulsos para cima enquanto eu tentava lhe tocar. – Não tenho mais camisinhas e duvido muito que esteja tomando pílulas – sorriu sarcástico se erguendo do colchão. Tentei deitar novamente mais ele simplesmente me puxou por um tornozelo me jogando sobre os ombros. 

— Não – protesto irritada olhando tudo de cabeça para baixo. – Como tem tanta certeza que não estou tomando pílulas? – praguejo. 

Ele me coloca no chão do banheiro erguendo uma sobrancelha com divertimento.

— Algo me diz que você não era como a Emma – deu de ombros seguindo para o boxer do banheiro ligando o chuveiro em seguida. – Não pude deixar de notar que você é muito apertada – sorriu de canto.

— Isso quer dizer? – mordo o lábio incentivando-o a continuar com um pouco de receio. 

— Quer dizer que você precisa de um banho – disse voltando a me puxar para debaixo da agua completamente fria. 

— Oliver – berro com engasgo, parece que acabei de levar um choque. – Por Deus homem!

— Não podemos ter relação sexual agora, por mais que eu deseje, talvez a agua fria nos ajude – deu de ombros novamente me fazendo revirar os olhos. 

— Posso passar o sabonete em você? – sorri em meio a agua nos molhando. 

— Sou todo seu, princesa – devolveu o sorriso me entregando o sabonete. Ele tinha razão, eu sempre fui diferente de Emma nesse quesito homens, enquanto ela não perdia uma noite com qualquer homem, assim como Oliver, lhe tornava ativa, minha experiência era misera o que não deixou Oliver passar despercebido. Eu ainda estava toda dolorida, enquanto ele não sentia nada, ainda exausta só desejo dormi e tentar apagar tudo de ruim que ainda está por vim.

Pov Oliver.

— Venha cá – chamo puxando-a para sentar em meu colo. Notei seu desconforto e sorri satisfeito, Emma me contou pouco sobre Felicity e o pouco que contou, era só que sua amiga encontrasse um homem de verdade. Agora sei o porquê. – Precisamos encontrar Eleonor – informo alisando o queixo sem fita-la.

— Quem é ela? – quis saber com uma fina curiosidade.

— Ela foi uma amante de Benette – esclareci.

— O que pretende fazer? – ergueu uma sobrancelha.

— Precisamos mantê-la em nossa posse para depois....

— Oliver, não vou matar ninguém e muito menos torturar uma pessoa para me manter viva – negou nervosa. Mas eu nem tinha contado o plano, franzi o cenho e ela prosseguiu. – Não sou como meu pai ou.... – interrompeu-se olhando para mim com outros olhos, ela esboçava medo e ingenuidade, mas não dele e sim de mim e isso me atingiu em cheio, eu não mataria Eleonor, por mais que Ben não prestasse ele amou uma mulher correta, uma médica privilegiada perante a sociedade. Ben a deixou porque não era o que ela merecia ter para si, um homem frio com sangue de pessoas inocentes nas mãos.

— Ou quer dizer igual a mim? – sugeri secamente.

— Não foi isso que eu quis dizer – tentou se aproximar mais eu me afastei do seu toque. – Oliver – repreendeu.

— Isso é o que eu faço Felicity – rosno áspero. – Eu mato pessoas, torturo e não sinto emoção depois, está na lei de ser o segundo líder Bratva, sangue nas mãos, honra limpa depois.

— Eu sei mais... – interrompo com aceno.

— Você não entende? Para mantê-la viva, teremos que jogar sujo, muito sujo para você não acabar morta como a Emma – grito. – Aqui não é um conto de fadas, muito menos o mocinho salvando a mocinha, eu estou virando as costas para a minha segunda família por você, para mantê-la segura disso tudo.

— Por favor só me escute – pediu trêmula acenei e ela parou de andar.

— Não preciso ouvir mais nada – suspirei cortante. Eu sabia que me apaixonar por ela me deixaria fraco, e que todos usariam da minha fraqueza contra mim. Ela não entende. Não temos regras, somos por parte assassinos, fazemos coisas que a sociedade se sentiria insatisfeita, limpamos sujeiras, como traficantes de crianças e mulheres, não podemos sentir emoção. Pois quando sentimos nosso mundo desmorona. – Não precisa ser como a mim, eu jamais pediria isso a você, Eleonor é apenas uma carta na manga, precisamos apenas dela, para tornar Bem impotente para algo contra você. – deixei claro. – Jamais, eu mataria um inocente, sinto muito se você acha que sou igual ao seu pai, mentiroso e um vingativo frio. – olhei em seus olhos notando uma lágrima escorrer. – Preciso respirar. – segui para a porta.

Eu faria isso sozinho, não por mim, mas por ela. A pureza de Felicity era meu ponto fraco, os inimigos a quem chamo de família e assim como o pai dela usariam isso contra mim, e no fim das contas eu perderia tudo de novo como perdi há muitos anos atrás.