Broken Strings. escrita por Natty Lightwood


Capítulo 6
Capitulo - 05 Momentos Sombrios !


Notas iniciais do capítulo

HELLOOOOOOOOOOOO, Boa tarde!

Estou adiantando a atualização de BS hoje que no caso seria para amanhã, porque amanhã vou ter que sair e passar o dia todo fora, vou chegar muito tarde, enfim como não estou fazendo nada agora, então resolvi adiantar, do que atrasar, haha.
Esse capitulo está dedicado especialmente a minha parça Olicity; Karly, outra talentosíssima escritora na categoria Arrow, fiquei muito apaixonada com sua recomendação senhorita, estou feliz que em tão poucos capítulos eu consegui te conquistar no universo bratva, espero que goste do capitulo.

Boa leitura pessoal.



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Em meus momentos sombrios, voltando à rua

Fazendo as promessas que não consegui cumprir

Em meus momentos sombrios, baby, isso é tudo o que sou

Apenas minha mãe poderia me amar como sou

Em meus momentos sombrios, em meus momentos sombrios

The weeknd – Dark Times feat. Ed Sheeran.

 Flasback On

 

Pov Felicity Smoak.

— Por favor eu não tenho nada – implorei em pânico, o assaltante me fuzilava com o olhar frio por trás da touca negra onde mostrava apenas os olhos castanhos um pouco avermelhados. – Não tenho nada – repeti ainda em pânico o que não era nenhuma mentira, meu celular deixei em casa e o único dinheiro que tinha, gastei nas compras.

 — Ya ne budu sprashivat' snova — rosnou balançando a arma descontroladamente perto da minha face, se antes eu já estava em pânico meu coração agora estava prestes a sair pela a boca.

 — Por favor – soltei as sacolas em defesa temendo que a bala me atingisse em seguida.

 — Ya ostavil devushku v pokoye, ili budet platit' za svoi prestupleniya na domenakh mafii , ya zashchishchennomu kapitan Bratva — disse uma garota ameaçadoramente em russo ficando a minha frente. – I scheznut' do moyego kapitana nachat' svoyu golovu! – gritou mostrando algo para o mesmo o que eu não pude ver. Sem responder, o meliante saiu correndo pela avenida dobrando a esquina sem deixar nenhum vestígio de perigo para atrás, mas como diabos ela conseguiu? Com alguns minutos tomo coragem para falar algo, afinal ela colocou um cara armado para correr, onde eu não sei nenhuma palavra dita pela mesma em minha defesa, por estar a pouco tempo em Moscou ainda não aprendi o idioma.

 — Obrigada – ofeguei com a mão no peito tentando desacelerar as batidas do meu coração completamente disparado. Finalmente ela gira sobre os calcanhares com livros nas mãos e um sorriso doce nos lábios com ar divertido.

 — On ne vernetsya — sorriu com seus dentes perfeitamente brancos para mim. 

— Desculpe, não falo russo, sei que é difícil de entender minha língua – gaguejei nervosa.  

— Americana – deu de ombros entendendo minha confusão. – Não se preocupe entendo tudo que você fala – piscou estendendo a mão para mim. – Sou Emma Brakley. – se apresentou animada.  Encarei sua postura despojada por um longo momento, ela tinha acabado de salvar minha vida, não esboçava nenhum medo, sorri para a mesma estendendo a minha mão para pegar a sua em um aperto razoável. Emma parecia confiável.  

— Sou Felicity Smoak – falei tomando seu divertimento para mim. – Como você fez aquilo? – acenei curiosa. – Ele saiu correndo – acrescentei me referindo ao meliante.  

— Eu disse que transo com um mafioso procurado que mata dez pessoas por dia – deu de ombros com sorriso glorioso fazendo o verde dos seus olhos brilharem. Meu queixo caiu, assim como meus olhos se arregalaram incrédula. – Peguei você – gargalhou apontando para mim com sarcasmo.  

— Você só pode ser maluca – pisquei ainda pasma.  

— Não se preocupe Felicity, meu pai é chefe de polícia, essa tatuagem é uma forma de proteção – sorriu mostrando o pulso, onde continha uma rosa se desfazendo em pingos de sangue o que me deixou arrepiada, tremi até a base encarando a sua tatuagem. – Significa coração puro morrendo na escuridão, essa tatuagem só as filhas de homens poderosos possuem nas ruas de Moscou. – estalou os dedos para chamar minha atenção. – Você é até fofa com essa cara de medo – sorriu apertando minhas bochechas como uma vovó carinhosa.  

— Emma – repreendo afastando suas mãos lhe arrancando risadas. Essa história ainda não me desceu o que me faz fita-la desconfiada.  — Qual é Felicity? Olhe para mim – ordena dando uma volta. – Acha mesmo que transo com algum mafioso gostoso? – abriu os braços sarcástica. 

Olho para ela com uma ruga na testa, mordo o lábio e de fato penso que ela não esteja com algum mafioso gostoso, olhe para ela minha consciência diz. Vestida com jeans azul escuro, sapatos esportivos com um casaco de lã vermelho, e um desenho de um cachorro com designer na frente.

 — Você parece uma estudante – disse o óbvio. – Nerd! – acrescentei. 

— Porque sou – sorriu. – Meus segredos são: usar meu pai como escudo – piscou me fazendo sorrir.  

— Não posso dizer o mesmo do meu – reviro os olhos para pegar minhas sacolas.  — Me conte sobre você, posso ser uma amiga – diz vindo atrás de mim.  

— Por que não? Você acaba de salvar minha vida – sorrio. Seguimos pela rua com passos lentos entre uma conversa animadora, pela primeira vez nesse lugar eu não me senti sozinha.

Flasback Off.

 

Eu poderia sentir mil tipos de dores, passar por torturas e viver na desilusão em que estou agora, mas perde alguém faz parte de um processo muito doloroso, principalmente quando é alguém que você ama. Emma sempre foi uma irmã para mim desde que pisei na Rússia, nossa conexão era mais forte do que qualquer outra coisa, agora o que restou foi um vasto vazio, sentimentos quebrados e um buraco no peito. Oliver meu capitão Bratva jurou cuidar de mim, mas até quando posso confiar? Sou alguém que não faz parte do seu coração. Marcada para morrer. Um dia ele pode cansar desse jogo de ser meu protetor, acabando com toda a esperança que posso ter no que restou do meu coração.

— O que significava aquela rosa tatuada no pulso dela Oliver? – questionei baixo encarando o chão com a vista turva pelas lágrimas que ainda caiam. – Ela nunca me contou nada sobre fazer parte da máfia – acrescentei triste.

Chistoye serdtse umirayet v temnote — diz em russo em um sussurrado baixo. Relembrando as palavras de Emma assim que nos conhecemos. – Coração puro morrendo na escuridão. – traduz enigmático. – Eu mandei fazer assim que a conheci, não podia protege-la o tempo todo, então deixei claro para todos que ela era minha protegida. – Ato nobre Capitão – sorrio de canto. – Mesmo que sombrio – soluço cansada, magoada e completamente perdida.

— Felicity.... Olhe para mim – pediu erguendo meu rosto com seu indicador na base do meu queixo. Aperto os olhos com força e abro os mesmos para fita-lo com as lágrimas que ainda insistem em descer molhando minha face. – Não tenha medo.

— Não estou com medo – respondo triste encarando seus olhos azuis. – Estou ferida por dentro, como nunca estive antes, é uma dor insuportável.

— A dor faz parte, tudo que é ruim vem para que o bem possa prevalecer um dia – sussurra olhando em meus olhos de maneira branda.

— Belas palavras Capitão, mas aqui só possui escuridão – sorrio secamente desviando do seu toque. – Minha melhor amiga se foi, ela foi morta por minha culpa, não consigo conviver com isso.

— A culpa não é sua, mas sim do seu pai – retruca cruzando os braços sobre o peito com a expressão fechada e a postura ofensiva.

— Você não tem mesmo um coração, não é? – volto a chorar com soluço baixo. – Não se importa com a morte de alguém que também fazia parte da sua vida.

— O luto vem depois da guerra, não posso me dar ao luxo de sofrer agora, para que meus inimigos encontrem uma forma de me destruir depois – afirma firme. – Se deixar a dor dominar seu coração o que lhe sobrará é apenas.... Solidão.

— Por isso você é frio e sozinho.... – acuso irritada passando por ele para entrar no quarto. – Não sei sua história, mais sei que fez você assim.... Sem sentimentos, não precisa esclarecer nada Capitão, eu sei bem meu lugar. – fungo limpando as lágrimas. Subo na cama afastando o teto falso, com um pouco de dificuldade consigo entrar e fechar o teto. Olho pelo encaixe do dedo ele me fitar indescritível com o maxilar trincado. – Eu fico com meu luto sozinha Capitão, saia e faça o seu melhor; ferir pessoas ou mata-las – informo me afastando até o fundo puxando o lençol sujo e frio até meus joelhos.

[...]

Flasback On.

Pov Oliver Queen.

Deslizei para fora do carro ao ver uma garota de cabelos negros se debatendo contra a parede, completamente ofegante e desesperada para sair do aperto sufocante de um homem que a estrangulava contra a parede.

— Me solte, me solte – suplicou com a voz falha. A garota já possuía ferimentos faciais. – Por favor – ofegou sem ar.

— Solte a garota agora – ordenei pressionando minha arma calibre 44 contra sua nuca, o mesmo ergue os ombros juntamente com as mãos para cima em defesa. – Qual o motivo de machuca-la? – indago com rosnado baixo.

Um temporal começa a cair sobre nós três molhando cada um em instantes. As gotas escorrem pela arma causando um efeito monótono.

— A vadia me deve muito dinheiro – respondeu ácido ainda com as mãos para cima. Olho sobre seu ombro a mesma se recompor, seu olhar cruza o meu, uma bela mulher devo admitir. Curvas perfeitas, lábios carnudos, mas sobre tudo, seus olhos podem ser a perdição para qualquer homem. – Ela deve morrer – afirmou tentando me acertar com o cotovelo.

De modo ágil desvio do seu golpe, puxando seu pulso para o lado com firmeza, escuto o estalado dos seus ossos se misturar ao som da chuva.

— Acho que você não percebeu – sorri de canto enquanto ele caia de joelhos a minha frente com o pulso quebrado. – Mas sou o capitão dessa cidade.

— Bratva – arregala os olhos se encolhendo no chão.

— O mesmo – aceno com o chute forte em seu rosto fazendo-o desmaiar na calçada com o sangue começando a se espalhar no chão, talvez pelo impacto.

— Obrigada – suspirou a garota me fitando sem medo. – Capitão – acrescentou com a voz rouca.

— Pode me agradecer depois – sugeri guardando a arma para seguir em direção ao meu carro novamente. – Eu vou cobrar – afirmo de maneira alta sem encara-la.

— Por que não agora? – sorriu parando a minha frente adquirindo uma postura oferecida. Sua futilidade era o de menos, a mesma possui desafios nos olhos, e eu gosto disso.

— Sabe que se.... Se entregar para mim, não quero pouco – sussurro perto o bastante para faze-la arfar. – Sou um homem que poucas conseguem saciar – alerto em seu ouvido.

— Não me parece uma tarefa muito difícil capitão – sorriu em meu ouvido tocando meus ombros com as pontas dos dedos. – Poucos conseguem me saciar – devolve com malícia.

Giro seu corpo contra o carro de maneira bruta, a mesma geme e me puxa para si, suas mãos deslizam por meu corpo com a agua da chuva ainda escorrendo por nós dois, encaro seus olhos na mesma intensidade que ela me fita, suas mãos alcançam o cós de trás da minha calça retirando a arma lentamente, não esbocei nenhum movimento, eu aguardava seus próximos passos. O que ela faria com a arma? Me mataria? Ousaria me ferir? A adrenalina começa a percorrer todo meu corpo, meu sangue ferve de êxtase. Escuto o disparo da arma atrás de mim e sorrio para ela assim como ela sorri maliciosa. Olho de relance para trás o cara que segundos atrás lhe machucava, agora tinha uma bala na cabeça.

— Então, você é uma assassina – sussurrei nada surpreso.

— Sou apenas uma dançarina noturna senhor, ele não é o primeiro – deu de ombros, colocando a arma novamente no cós da minha calça. – Está vendo essa carinha aqui – apontou para seu rosto se fazendo de ofendida. – Pode valer muito, e o filho da mãe estragou – bufou.

— Ya dumayu, chto vy ne zabotites' o nadlomlennoy litso – afirmo pressionando minhas mãos no carro atrás de si deixando-a sem saída, sentindo todo seu corpo reagir ao meu.

— Vy pravy , ya ne zabochus' — respondeu satisfeita me puxando para dentro do carro no banco de trás, montando em mim com agilidade, retirando seu sobretudo assim como sua camisa de lã, mostrando seios belíssimos sem ao menos usar algum sutiã.  — Sou um pouco perigoso para você – rosnei rasgando sua saia em pedaços. – Me satisfaça, se acha mesmo que consegue – ordenei grosso sentindo sua pele molhada me aquecer plenamente. — Quero que saiba quem está lhe dando prazer essa noite – sorriu puxando meu lábio inferior com força olhando dentro dos meus olhos. – Sou Emma Brakley, Capitão – piscou deslizando sua língua entre meus lábios. Gostei do seu desafio, ela tinha acabado de matar um homem, onde estava assistindo mesmo morto, nosso showzinho sexual em meio avenida dentro do carro.

Flasback off.

 

Emma foi importante, mas não de maneira grandiosa ou amorosa, eu não amei Emma de corpo e alma, tínhamos apenas a química perfeita, nunca vou me perdoar por não a manter viva, essa culpa pode ser mais minha do que de todos os envolvidos, Emma apenas foi especial para mim, sinto uma dor que antes não queria voltar a sentir; a da perda. Porem os anos vivendo e passando por coisas terríveis na máfia, me fez viver de maneira mais fria, a dor está aqui, mas não posso senti-la, não agora, me deixaria fraco e completamente vulnerável. Respiro fundo dando-lhe o espaço necessário, afinal em parte ela é apenas uma garota machucada, os sentimentos lhe afetam de maneira direta e intensa. Saio do quarto e sigo para grande sala, essa mansão é tão vazia que se torna entediante e nostálgica, mesmo que Felicity não deseje minha companhia não posso deixa-la sozinha na mansão principalmente com sua quase morte hoje.

— Capitão – chama Tobias descendo as escadas atrás de mim.

— Onde está o Ben? – questiono seguindo para o porão.

— Não sei Capitão – suspira. – Felicity estava chorando, o que houve? – questiona preocupado.

— Nada que possa ser do seu interesse – afirmo voltando minha atenção para ele. – Distância Tobias.... Muita distância você precisa ter de Felicity Smoak – dou um tapinha no seu peito com uma fina intimidação.

— Não vou machuca-la – explica com firmeza. – Felicity....

— É alguém que você e nem ninguém nessa máfia pode ter – interrompo secamente. – Só fique longe, já tenho problemas demais com o Ben.... Não quero outro no meu caminho. – alerto com rosnado profundo.

— Como desejar Capitão – sorriu andando ainda de costas com aceno banal indo para saída da mansão. Volto a seguir pelo o corredor até as escadas que dá para o porão, onde vejo Ben com cigarro na boca esboçando afeições relaxadas.

— Capitão vejo.... – interrompo seu comentário puxando-o da cadeira abruptamente e jogando-o no centro do porão.

— Estou vivo? – questiono seco com um chute bruto em suas costelas. Ele grita e se contorce no chão com a dor.

— Você ordenou que eu ficasse longe dela.... Eu fiz o que foi ordenado – grita entredentes tentando se ergue. Chuto seu rosto com força fazendo-o cair novamente no chão. – Merda!

— Eu disse que qualquer um que mexesse com Felicity pagaria o preço – rosno puxando-o até onde possui um tonel com água. Ergo ele sobre protestos e afundo sua cabeça na agua fria por alguns segundos tirando-o de dentro sem fôlego. – Hoje você matou alguém que também não tinha culpa de nada seu filho da puta – grito com toda raiva que posso sentir voltando a afoga-lo na agua suja do tonel. Espero os segundos se passarem observando ele se debater e o puxo de volta.

— Capitão.... Por.... Favor – suplica sem fôlego. – Eto bylo ne ubit' svoyego kapitana. – arqueja.

— Emma foi especial para mim, por sua culpa ela está morta, somos bandidos dentro da lei seu imprestável, regras são regras e você quebrou todas elas – grito derrubando-o no chão, desfiro uma série de socos em sua face até que meus punhos começam a doer. Estou tão cego de ódio que o mataria aqui mesmo. Ben passou de todos os limites hoje, ele está sujando o nome da irmandade. Tiro meu canivete da calça para pressionar em sua jugular, um simples movimento e tudo isso acabaria. – Eu posso rasgar sua garganta agora. – rosnei.

Kapitan zhdat....— chama Morgan um dos Bratvas mais antigo assim como Anatoli, nosso líder. – Basta Capitão. – pediu com aceno. Solto por fim Ben para o lado, observando seu rosto todo machucado. – Não pode mata-lo, sem a presença do nosso líder, mesmo que você deseje tanto isso capitão, Anatoli sempre será o líder e a última palavra é a dele sobre os conceitos e deveres da máfia. – esclarece com as mãos no bolso do seu terno cinza.

— Se você chegar perto dela novamente.... Ou tentar algo impulsivo, eu arranco seu coração com minhas próprias mãos Benette, com ou sem a última palavra do Anatoli, estou de saco cheio dos seus joguinhos. – alerto friamente dando-lhe o último chute no rosto, começo a me afastar do mesmo que apenas geme de dor, suspiro batendo no ombro de Morgan no percurso que não esboça nenhuma reação.

— Você está se arriscando demais por essa garota – alerta Morgan seriamente. – Sabe bem como terminou seus últimos relacionamentos.... Em duas mulheres mortas.

— Vocês que estão testando meus limites – olho sobre os ombros seguindo novamente para o quarto.

Entro e vejo que ela ainda não desceu do esconderijo. Resolvo tomar um banho demorado para esvaziar pelo menos um por cento da minha fúria.

A água quente escorre pela a minha pele, fito o chão com agua misturada ao resquício de sangue de Ben, tento de todas as maneiras me manter firme, a vida me fez assim, Felicity acredita que não tenho mais um coração e que posso ser muito sombrio quando desejo, mas a verdade é que o medo de voltar a amar e perde outra pessoa, me faz querer afasta-la de mim, sinto que algo já se forma dentro de mim por Felicity, antes acreditei que era apenas o senso de proteção sobre ela. Mais depois de tudo que está acontecendo, não sei se estou sentindo mesmo só a vontade de protegê-la. Com longos minutos saio do banheiro com a toalha enrolada nos quadris. Ao erguer o olhar encontro Felicity parada no centro do quarto, ela fita meu corpo como se fosse algo dos deuses por um momento, mas seus olhos ainda mostram tristeza, com seu corpo um pouco encolhido.

— Você está bem? – questiono baixo. Ela se mantém em silêncio e vem até mim puxando minhas mãos para cima, machucadas pelos socos anteriores, mas não sinto dor alguma. Ela sorri de canto por um momento e me faz sentar na beirada da cama. Observo seus seguintes movimentos; ela abre a gaveta e pega o kit de primeiros socorros, voltando e sentando ao meu lado.

— Vai doer um pouco – sussurra passando o gel frio sobre minha pele, sinto o ardo mais não esboço afeições de dor. Me lembro a primeira vez que a salvei das garras de Ben, seu belo rosto machucado. – Você é um cara durão Oliver. – Balbucia fitando minha mão com fungado. – Sabe alguns anos atrás eu me apaixonei pelo nerd da faculdade.... Ele sempre foi um cara legal.... Um outro cara me empurrou na piscina porque eu não fiz o trabalho da faculdade como ele ordenou – suspira cansada enfaixando minha mão. – Eu não sabia nadar, meus pulmões gritavam por ar, tudo que eu sentia era a escuridão me engolindo e puxando-me para baixo cada vez mais.... Eu estava quase encontrando a morte se não fosse o Ray, meu antigo parceiro. – sorriu distante o que me chama atenção. – Ele me tirou da água e me salvou.... Foi assim que eu me apaixonei por ele, nos tornamos amigos e depois namorados.... Mas meu pai sempre estava em algum tipo de confusão, então eu o deixei ir – reflete olhando em meus olhos sem aquele brilho que me faz aquecer por dentro. – Eu tive que partir sem dizer adeus.

— Às vezes dizer adeus não é mesmo um caminho amigável – sussurro apertando sua mão fazendo-a reagir descendo o olhar para meus lábios. – Nunca é um adeus Felicity.

— Todas as vezes que amo alguém.... Eles se vão ou eu vou embora Oliver – afirma deixando uma lagrima solitária cair.

— Estou aqui para garantir que você não perderá mais ninguém – sussurro soltando sua mão para tocar seu rosto. Ele fecha os olhos se entregando ao contato. Sua pele macia faz cada parte do meu corpo acender, meu polegar acaricia seu lábio inferior. O que ela está fazendo comigo? Sou um homem perigoso demais para ela. Meu mundo não foi feito para ela.

— Eu só tenho você agora Oliver – abre os olhos com aquele brilho extenso. – Não me deixe ir.

— Sou um cara difícil de se abater, não quero deixar você ir. – afirmo arrancando-lhe um sorriso torto. Ela se aproxima perto o bastante para me fazer sentir seu perfume floral, fito seus lábios com desejo diferente, posso ler em seus olhos que ela também sente o mesmo por mim. Mas foram tantas coisas ruins que passamos juntos até a morte de Emma, que eu jamais me aproveitaria da sua fragilidade. – Vou me vestir para comprar algo para você comer, não pode ficar fraca por momento algum. – suspiro indo até minha gaveta pegar uma roupa limpa.

— Eu vou tomar um banho também – gagueja nervosa pegando sua mochila do chão.

— Tudo bem – assinto de costas para ela. Escuto seus passos seguirem para o banheiro até a porta ser fechada rapidamente. Respiro fundo com meu coração acelerado um pouco. Felicity está conseguindo despertar algo em mim, o que a muito tempo não sinto por uma mulher. – Jogo perigoso Oliver – aperto os lábios me arrumando e saindo pela porta rapidamente.

 

 

Esta não é a hora certa para você se apaixonar por mim

Querida, eu só estou sendo honesto

E eu sei que minhas mentiras não te fazem acreditar

Estamos correndo em círculos, é por isso.

 

*****Falas em russo:*****

Felicity e Emma no flashback;

 Ya ostavil devushku v pokoye , ili budet platit' za svoi prestupleniya na domenakh mafii , ya zashchishchennomu kapitan Bratva – assim disse Emma em ameaça ao assaltante.

Significa: Deixe a garota em paz, ou pagará pelos seus crimes sobre os domínios da máfia, sou protegida do capitão bratva.

 

Ya ne budu sprashivat' snova – ameaça ao assaltante novamente.

Significa: Não vou repetir novamente.

 

I scheznut' do moyego kapitana nachat' svoyu golovu ! – segunda ameaça de Emma.

Significa: desapareça antes que meu capitão lhe arranque a cabeça.

 

On ne vernetsya – assim disse Emma para Felicity.

Significa: Ele não vai mais voltar.

 

Flashback Oliver e Emma.

YA dumayu, chto vy ne zabotites' o nadlomlennoy litso – disse Oliver a Emma.

Significa: Acho que você não se importa com um rostinho machucado. 

Vy pravy, ya ne zabochus' – resposta para Oliver. 

Significa: Tem razão, não me importo.  

 

Cena de Ben com Oliver. 

Kapitan zhdat – assim disse Morgan.

Significa: Capitão pare.


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Notas finais do capítulo

Falta pouco para o primeiro beijo. U.u
Não deixem de comentar a fic, é tudo que peço, pois é um simples incentivo para a autora aqui fazer seu trabalho na madruga para anima-las a cada atualização, hahaha. Sem pressão é claro, favoritos e recomendação será sempre bem vindos, porém é de liberdade do leitor fazer isso e não por obrigação alguma, obrigado pelo o carinho meus amores e até o próximo sábado.