Broken Strings. escrita por Natty Lightwood


Capítulo 20
Capitulo - 19 Um coração na escuridão.


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer a todos os comentários recebidos, e por não terem desistido da historia! Esse capitulo está dedicado especialmente para Ray Smoak, por sua belíssima recomendação e sua amizade, te amo mana! Boa leitura.

Musica: Heart Of The Darkness - Sam Tinnesz



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/695082/chapter/20

Aqui estamos no coração da escuridão

Segure firme, devemos ser corajosos

No coração da escuridão.

 

Felicity Smoak.

Meu corpo todo estava dormente, eu só queria que a dor desaparecesse, quando eu estava com Oliver, eu realmente me sentia viva... mas agora tudo não passa de solidão. Eu não queria pensar assim, mas acho que não fui forte por nós dois, e minha fraqueza o fez desistir do nosso amor.

— Senhorita Smoak? – Um dos seguranças de Finn chama minha atenção. Olho para cima e encaro seus olhos castanhos escuros, quase pretos, posso ver tamanha solidão, talvez mais que a minha.

— Sim. – Respondo com suspiro cansado.

— Precisa entrar, está anoitecendo. – Acenou para a mansão. Por um momento eu penso na ideia de apenas correr para longe, mas eu não chegaria na esquina, não com o esquadrão da morte nos meus calcanhares.

— Eu vou ficar aqui por mais tempo, obrigada, mas você está dispensado. Eu não preciso da porra de uma babá. – Dispensei rispidamente.

— Não, temos ordens diretas do chefe, para que a senhorita fique apenas uma hora fora, é arriscado, com o anoitecer você torna-se um alvo fácil. – Negou-se bruscamente. Revirei os olhos e fiquei onde estava, lancei o olhar que dizia “tire-me daqui, se você tem bolas, porra! ” – Não utilizamos força contra uma mulher, mas temos habilidades para resistência. – Com sorriso maligno. O então segurança me jogou sobre o ombro musculoso como se eu fosse um maldito saco de batatas, indo em direção a casa. Gritei, xinguei e tentei soca-lo inutilmente.

— Ponha-me no chão seu imbecil, eu não sou nenhuma prisioneira. – Gritei irritada, apenas para ser sacudida por ele como uma boneca. – Filho da puta!

— Uhuu. – Escutamos um assobio sarcástico vindo do portão principal.  – Senhor, preciso de uma informação para entrega importante.

Eu não poderia ver o rosto do cara assim de cabeça para baixo e com os cabelos sobre meu rosto.

— Entre na casa, e não saia por nada. – O segurança me instruiu me colocando na porta, e me empurrando levemente para dentro. Corri para a janela para ver o entregador.

Quando meus olhos bateram em Xavier eu queria gritar de felicidade, meus olhos marejaram de emoção por ver meu amigo vivo.

— O que deseja? – O segurança foi direto.

— Aqui é a casa de Marcos Collins? – Xavier perguntou com sorriso de merda, típico dele. Bufo amarrando meus cabelos em um coque bagunçado e aquela velha chama de esperança acendendo dentro de mim.

Xavier estava usando um macacão de entregador eletrônico e um boné com a logotipo da empresa disfarçada. Seus olhos verdes estavam brilhantes, ele tinha uma barba de dois dias sobre o queixo. Estava aqui para me resgatar? E os outros? E Oliver estava com ele? Mil perguntas começaram a brotar na minha cabeça.

— Não, senhor Collins mora no final da rua a esquerda. – O segurança mal-humorado acenou a distância.

— Oh, sinto muito cara. – Xavier se fez em desculpa falsa. – Bela casa por sinal. – Lançando um sorriso irônico para o mesmo.

— Obrigado, tenha um boa noite. – O segurança murmurou voltando-se para a casa, dispensando Xavier sem mais conversa.

Xavier olhou para a mansão, e com suspiro se virou para ir embora. Eu queria sair gritando para que ele voltasse e me levasse embora com ele, e que foi um erro de merda fugir. Senti uma lágrima escorrer de medo, molhando meu rosto com um rastro frio. E antes que eu me descabelasse. Xavier voltou-se para o portão, como um ninja ele pulou sem esforço as grades maciças do portão e atacou o segurança com um chute na cabeça, nocauteando imediatamente. Xavier correu para casa e trancou a porta.

— Xavier. – Eu pulei em seus braços. – Meu Deus! Você está aqui... eu... eu não posso acreditar nisso... – Comecei a gaguejar tateando seus braços para ver se não era coisa da minha cabeça.

Amora, nunca desistimos de algo que é nosso, você é nossa família, o capitão está louco para tira-la daqui. – Disse com sorriso confiante me fazendo fungar.

— Eu pensei que ele me odiava por ter fugido com meu suposto pai. Mas eu fiz isso para protege-los, eu não queria que você e o Marcus se machucassem. – Solucei com o coração apertado. Era a verdade, tudo que fiz foi para manter aqueles que amo fora do perigo.

— Nós somos gratos por seu carinho, vamos sair dessa, não se preocupe com nada. – Disse puxando sua arma de dentro do macacão. – Temos que seguir o plano, chefe tem planejado isso por semanas.

A porta foi aberta por um chute brusco, e tanto meu mais novo pai como seus inúmeros seguranças entraram pela a porta. Xavier me puxou apertado e colocou a arma na minha cabeça, o que me fez estremecer. Por que ele faria isso comigo?

— Não tenha medo amora, é apenas um improviso. – Sussurrou muito baixo. – Entre nessa comigo, não hesite.

— Solte-a, filho da puta. – Finn ordena com os dentes cerrados dando dois passos em nossa direção, seus olhos azuis em chamas, tanto ódio que me fez estremecer.

— Mas dois passos e eu atiro nela. – Xavier corta com a voz firme.

— Você não seria capaz. – Finn sorri com sarcasmo. – Felicity é sua protegida, e você jamais faria isso com alguém que pertence ao Chefe.

— Não? – Questiona Xavier com sorriso sombrio. – Eu não faço mais parte da máfia, para mim foi tudo diversão, agora em meus braços eu tenho a bola de ouro, tanto você como o capitão a querem.

— Xavier... – Sussurro com medo. Ele ficou louco de vez, como ele ameaça assim, com pelo menos dez armas apontadas para sua cabeça?

— Entre no jogo, ou seremos mortos. – Xavier ordena no meu ouvido.

— Finn... Pai. – Limpo a garganta com o corpo tremulo. – Ele nunca gostou de mim, antes de você entrar ele disse que me mataria, ele está dizendo a verdade, Oliver roubou a namorada dele, Xavier quer vingança agora. – Argumento acenando bruscamente. – Ele veio sozinho.

— Você perde, agora preciso que você me arranje um voo para longe, e dez milhões de dólares na minha conta. – Xavier rosna. Fecho os olhos cravando minhas unhas em sua pele.

— Você é um filho da puta doente, se acha que vai sair dessa vivo, garoto. – Finn late irritado. – Sugiro que solte minha filha. Só tem uma opção para você e nenhuma delas sai vivo.

— Eu posso até morrer, mas sua mais nova filhinha não ficará também para contar alguma história. – Xavier sorri confiante. – Acho que nós dois vamos para o paraíso.

— Não seja dramático. – Eu rosno mais volto atrás antes que Finn perceba. – Não... não vamos a lugar nenhum, eu sou muito nova para morrer, eu pretendo ser mãe um dia, e ver meus netos dizendo; “ doces ou travessuras” no halloween.

Escutamos um bipe de celular, onde Xavier puxa e olha para o visor, abre mais um sorriso maligno.

— Ora, ora. Veja o que temos aqui. – Xavier canta ainda olhando para algo no celular. – Que coisa feia Finn, pensei que era um homem digno para o país, mas você não passa de um cafetão filho da puta egoísta.

— O quê? – Engasgo com suas palavras.

— Felicity não sabe sobre suas atividades extracurriculares? O que foi Finn o gato comeu sua língua? – Xavier alfineta.

Olho para Finn, observando sua expressão mudar para uma mais assassina, maxilar tenso e olhos azuis ficando escuros como a noite. Ele está muito puto!

— Você não sabe quem eu sou garoto, onde está se metendo. – Finn rosna cortante.

— Felicity deixe-me contar uma pequena história sobre seu mais novo papai. – Xavier descansa seu queixo sobre meu ombro, ainda com arma apontada para minha cabeça, só espero que essa merda não esteja carregada, porque quando tudo isso acabar eu vou chutar o traseiro dele com minha bota. – Seu pai serviu ao país há mais de quinze anos, cansou de ser herói e resolveu tirar onda de vilão!

— Cale-se, ou eu...

— Você não fará nada meu velho. – Corta Xavier. – Nós sabemos que você possui um clube de sexo, longe da cidade, e que lá possui garotas de várias idades. O que seus amigos diriam disso? Hum. Ah não precisa responder, eles frequentam seu lixo.

— Isso é verdade? – Estalo incrédula. – Você é a porra de um cafetão para menores?

— Eu não sou um cafetão. – Estala Finn de volta. – É um clube legal, e se as garotas querem vender seu corpo para os mais poderosos, eu não posso fazer nada a respeito, elas são damas de luxos, com mais de vinte e cinco anos.

— Oh, coitadinho, capacho dos mafiosos dessa cidade? – Xavier solta uma risada. – Vejamos... o chefe está no seu clube agora, ele resolveu fazer uma limpeza, antes de vim atrás da sua garota.

— Merda! – Finn grunhe. – Tayson, pegue seus homens e vão para lá agora, mate o filho da puta se necessário, ou traga-o vivo para que eu mesmo coloque uma bala na cabeça dele.

— Sim, chefe. – Metade da segurança se dissipa da sala. Finn volta-se para nós me fazendo engolir em seco.

— Olhe. – Xavier ordena estendendo o celular para ele. Eu vejo um vídeo rolando, onde mostra Oliver batendo em alguns caras no clube mencionado por Xavier. – Não estou mentindo, e acredite ele está muito chateado, eu não gosto do capitão chateado, ele torna-se uma outra pessoa.

— O que você quer dizer com isso? – Eu e Finn estalamos para Xavier que revira os olhos.

— Ele vira um homem sombrio, que gosta de matar covardes. – Xavier pisca.

Tudo começa a girar e eu tento ficar em pé, é muita coisa acumulando na cabeça, merda.

— Solte-a, eu transfiro seu dinheiro. – Finn pede olhando para mim com preocupação. Um brilho diferente no olhar. – Eu nunca pediria isso, mas por ela eu sou capaz. – Pausa com os dentes trincados. – Por... favor.

— No, no, no. – Xavier nega cantarolando. Eu estou pensando seriamente em chuta-lo, essa merda não é brincadeira, e ele apenas está fazendo um cosplay gay do coringa.

Finn puxa a arma um pouco para cima e tira o pente, jogando ambas no chão, hesitantes os três seguranças que sobraram fazem o mesmo. Suspiro de alivio, tento me soltar mais Xavier me prende.

— Corra e não olhe para trás, vá para a van estacionada as chaves estão na ignição. – Xavier ordena. – Para longe Amora, o capitão sempre irá encontrá-la.

Com um empurrão leve, eu vou para a porta, Xavier aponta a arma para ambos, com seu rosto escuro, sei que ele está lutando uma guerra para não fazer isso, depois que Hannah morreu, a escuridão preencheu seu coração. Olho para a troca de olhares entre eles, e me pergunto se eu seria capaz de fugir. De deixar Xavier meu mais novo amigo para trás.

— Felicity. – Xavier grita. – Agora, corra.

— Não. – Eu nego pegando a arma, por sorte eu aprendi a atirar, com as poucas aulas do Oliver. Com as mãos tremulas eu miro no meu pai. – Eu não vou fugir mais, eu cansei de fugir.

Fico na sua frente quando ele me fita incrédulo. Eu não o conheço, e talvez eu não queria conhecer, cansei de ser filha de pessoas que pensam no poder antes do coração.

— Minha mãe morreu em meio a uma maldita guerra, eu me apaixonei por um gangster. – Sorrio com lagrimas nos olhos. – Meu pai deve estar morto por essas horas, pelo o mesmo motivo, “guerra”, você Finn, chegou agora. Não pode ditar as regras da minha vida, se eu quiser amar um mafioso durão, eu vou, e se eu sair por aquela porta, você não vai me seguir.

— Estou tentando protege-la. – Ele sussurra olhando em meus olhos. – A máfia não é segura para você.

— Você não sabe, e não pode decidir isso por mim. – Afirmo apertando a arma. Eu sei que jamais mataria uma pessoa, principalmente aquele que tem meu sangue. – Precisa me deixar ir.

— Não. – Ele levanta, Xavier destrava a arma me fazendo congelar.

— Não me faça fazer isso. – Peço com firmeza.

— Você ficará aqui, a máfia jamais terá minha filha. – Define com olhar profundo ainda dando passos até mim.

— Sinto muito. – Disparo a arma em uma das suas coxas. Ele cai e grita com a dor, Xavier faz o mesmo ou pior com os outros seguranças.

Sem olhar para trás ele corre me puxando consigo, assim que saímos pelo portão, Oliver vem correndo. Eu abro um sorriso tremulo e corro até ele como se minha vida dependesse disso, meus pés saem do chão quando ele me segura em seus braços.

— Felicity...

Ele me solta e se afasta com um suspiro, olho para seus olhos, mais tudo que vejo é determinação. Antes que ele possa falar algo, um disparo corta o silencio, um frio percorre minha espinha, e todo meu corpo congela. Vejo seu peito começar a formar sangue na camisa branca, e ele cair diante de mim com gemido de dor.

— Oliver! – Grito me ajoelhando com desespero, coloco minhas mãos no seu peito e o sangue começa a escorrer ainda mais. – Não

— Tudo ficará bem. – Ele assegura com seus olhos ficando sem foco. – Não tenha medo.

Olho por cima do seu ombro onde meu pai está com uma arma apontada para nós. Oliver cai nos meus braços, grito seu nome até que minha garganta seca, meus gemidos ecoam pela noite, e tudo que importava para mim, se foi... tão rápido como veio.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então? Deixem seus comentários sobre o capitulo! E estejam preparados para o fechamento da história, teremos apenas o ultimo capitulo e o epilogo! Ótima semana e até a próxima.

P.S: PARA OS LEITORES DE ELITE QUEEN, ESSA SEMANA SAI ATUALIZAÇÃO, POIS LISSY VIAJOU A TRABALHO E ACABOU ESQUECENDO DE ME ENTREGAR OS CAPÍTULOS, COMO ELA CHEGA AMANHA, ENTÃO ESSA SEMANA JÁ ATUALIZAREMOS O MAIS BREVE POSSÍVEL, ATENCIOSAMENTE.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Broken Strings." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.