Broken Strings. escrita por Natty Lightwood


Capítulo 19
Capitulo - 18 Tudo o que eu sou, tudo que eu sempre fui.


Notas iniciais do capítulo

Hello babes, demorei um século mais voltei. Sinto muito mais aconteceram tantas coisas na minha vida, sem o carregador do notebook foi um dos maiores problemas, entre outras coisas, todas minhas fics acabaram com atrasos, mais eu estou de volta com os capítulos prontos, então apertem os cintos e vamos continuar de onde paramos. Sinto muito mesmo pela a demora, espero que gostem do capitulo. Boa leitura.

musica: Ed Sheeran ft. Gary Lightbody - Chasing Cars



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Tudo o que eu sou, tudo que eu sempre fui

 


Esta aqui em seus olhos perfeitos
Eles são tudo o que eu posso ver, eu não sei onde
Confuso sobre como bem
Apenas sei que estas coisas nunca será
Mude para nós em tudo

 

Felicity Smoak.

Olhando pela a enorme janela da sala, da mansão de Finn eu me senti completamente sozinha e perdida, meu passado e presente estavam me deixando louca, uma dor de cabeça me fez sentar na poltrona ainda próxima a janela, já tinha se passado semanas, mais de um mês na verdade. E tudo tinha sido... vazio. Eu estava tentando entender minha verdadeira história, Finn fez o teste de paternidade, o que resultou em positivo, sim eu era sua filha, com isso eu passei quase uma semana dentro de um quarto estranho, afundada nas minhas emoções, o homem que eu amei como pai e tentei proteger sempre mentiu para mim, me privando do meu pai verdadeiro, por vingança, Liam pode ter amado minha mãe, mas talvez ele nunca tenha sentido nada além de pena ou raiva sobre seu passado, agora entendo porque ele me jogou no meio dos Bratvas como um brinquedo quebrado, eu não tinha nenhum valor para ele.

— Sinto muito por não está lá por você. – Disse Finn. De alguma forma, levaria muito tempo para que eu pudesse lhe chamar de Pai. Se fosse mesmo possível as palavras sairem de minha boca. – Se eu ao menos tivesse...

— A culpa é dele, e não sua, talvez seu amor pela a minha mãe o tenha deixado louco, você nem me conheceu na época. Foi uma forma de punição, vamos aos verdadeiros fatos; ele descobriu que eu era sua, mas que jamais iria lhe pertencer, até o dia em que minha mãe morreu e ele resolveu me usar para destruir a máfia. – Dei de ombros sem encara-lo. O inverno estava quase no fim, mas ainda fazia um frio intenso, me encolhi na cadeira com meus pensamentos a mil por hora. No fundo eu estava exausta. – Eu preciso vê-lo, Finn.

— Não, eu não vou deixar isso acontecer, não mais. – Negou ficando ao meu lado com o corpo rígido. – Ele não chegará mais perto de você, sou seu pai, mesmo que para você não signifique nada.

— Eu dormi com ele, Oliver jamais me machucaria. Ele é meu protetor, eu o amo e você não pode me privar disso. – Eu disse com dentes cerrados, voltando-me para ele. – Ele me ama, Finn. – Acrescentei confiante.

— Ele não é bom o suficiente para você. – Rosnou sentando em uma poltrona a minha frente com seus olhos cor de gelo perfurando-me. – Ele é um maldito assassino.

— Você também matou pessoas. – Eu defendi meu homem, Oliver poderia ter seu passado sombrio, mas jamais seria eu quem lhe julgaria por tais atos, só estou viva por causa dele. E ninguém, nem mesmo meu pai poderia tirar isso de mim.

— Eu só matei pessoas que mereciam a morte em toda minha vida, ele matou por diversão, seus jogos sádicos, ele faz parte de uma irmandade que contem prostitutas, drogas e assassinatos em série, até mesmo a lei tem medo dele. – Disse sem desviar o olhar e de algum modo foi como um soco no meu estômago.

— O que... que...

— Eu servi ao meu país, matei monstros, salvei pessoas, por mais de vinte anos. – Cortou respirando fundo como se doesse o que estava para dizer. – Você sabe que ele amou uma mulher chamada Helena? Certo?

Sim, eu sabia disso, mas eu não sabia da verdadeira história, algo me dizia que não seria nada bom, e pelo o simples fato de Oliver não querer me contar, estava me deixando desconfortável.

— Sim. – Sussurrei. – Ela morreu em um acidente de carro quando....

— Não acredito que ele disse isso a você! – Estalou irritado. – Ele é um filho da mãe mentiroso, querida.

— Não, não quero saber, não é seu segredo para me contar. – Rosno ficando de pé. – Oliver pode ter sido um assassino, mas ele ainda possui um coração, e eu amo o homem que me salvou naquela noite em que você e seu melhor amigo não estavam lá, eu vi minha melhor amiga morrer nos meus braços, e não perderei outra pessoa, então sugiro que você me deixe sair, preciso vê-lo. Agora! Foi um erro ter vindo com você.

— Não! Está sob minha proteção agora, querendo ou não, e antes que você faça qualquer comentário espertinho, eu lhe darei um conselho, querida. – Disse friamente me fazendo dá um passo atrás. – Se você ligar, falar com ele, eu juro por Deus. A última coisa que ele verá será quando eu ligar o interruptor da cadeira elétrica, onde é o lugar para homens como ele.

Com passos objetivos ele passou por mim em direção a porta, ombros erguidos um uma postura ofensiva, vejo que anos de solidão e guerra, lhe transformaram em um homem devastador, talvez até mais do que Oliver. Finn fez uma pausa segurando a maçaneta da porta, me olhando sobre um de seus ombros largos.

— Helena fez-lhe um monstro, alguém que jamais poderá amar outra mulher novamente, então ele não está com você por amor, mas sim por diversão, pois ele é igual a ela. Já faz um mês Felicity, ele não tentou nada, telefone, invasão, ou até mesmo sua entrada no país, isso só demonstra que ele não se importa mais, e que tudo foi apenas um jogo para salvar a donzela no final, se ele realmente amasse você já teria estado aqui com uma maldita guerra, esses são estes tipos homens e ele não é seu herói. – Suspira abrindo a porta. – Você é igual a sua mãe nesse quesito.

— Deixe-me adivinhar? Porque tenho dedo podre para homens? – Sorrio com sarcasmo.

— Não. – Balançou a cabeça com suspiro triste. – Amar alguém incapaz de ama-la de volta, esse sentimento eu conheço bem, eu vivi anos atrás por uma mulher que apenas jogou comigo. Ele sempre amou Helena, e isso nunca vai mudar.

— Ele virá por mim. – Eu disse com queixo erguido. – E eu irei com ele para qualquer lugar no mundo.

— Quando eu estiver morto, talvez sim. – Com uma risada profunda ele se foi.

Uma dor estalou no meu peito com o pensamento de Oliver não chegar até mim em breve, por um lado Finn tinha razão, eu tentei entrar em contato com Marcus através de códigos, de hacker para hacker, mas ele nunca retornou nenhuma de minhas mensagens, eu roubei um celular de Finn, liguei para os números que tinha em mente deles, mas nunca atenderam ou deram retorno, sinto falta de Xavier me chamando de Amora, Marcus sempre nos irritando com seu mau humor e até mesmo do Tommy mesmo que nossas falas não passaram de “oi”, eu estava ferida, pois todos os registros indicavam que Oliver ainda estava na Rússia, todos eles. Ele nunca comprou uma passagem de avião para cá, ou até mesmo alugou um jato particular, a verdade é que ele nunca tentou vir até mim, depois que eu fui embora, isso seria o preço por deixa-lo? Eu fui mesmo tão idiota assim? Será que ele nunca me amou? Como eu sempre amei ele, desde o primeiro momento? Seria um plano me fazer esperar todo esse tempo? Para nada. Ou... ele se cansou disso tudo e voltou para sua vida normal. Com esses pensamentos, deixei as lagrimas rolarem pelo o meu rosto, por que a dor era enorme para se suportar sozinha.

— Oliver... você me deixou? – Solucei para o vazio. – Não me ama mais?

Oliver Queen.

— Chefe eu não aguento mais essa merda! – Exclamou Xavier olhando para a tela do computador. – Amora está sofrendo caralho. E nós estamos apenas sentados, observando ela se quebrar a cada dia maldito.

Sem tirar os olhos da tela, sinto meu coração se partir em mil pedaços. Vê-la sofrendo por mim, me fazia um completo bastardo, mas eu não podia aparecer agora, estava a um passo de pega-la, foi duro. Um mês já tinha se passado, e a cada dia eu acompanhava cada passo seu, a hora que ela acordava e iria dormir. Quando ela descobriu que Finn era seu pai, ela passou uma semana enfurnada no quarto frio, chorando e morrendo cada dia. Todos eles mentiram para ela, todos eles magoaram seu coração. Todos eles irão pagar. O pensamento de não me ver mais estava lhe fazendo sofrer, e quando as palavras saíram de sua boca eu senti meu chão se abrir.

— Eu não deixe você, baby. – Eu disse com aperto no peito respondendo seu pensamento. – Estou indo para você, amar você sempre foi uma das melhoras coisas que já experimentei no mundo.

Com as câmeras da mansão hackeadas por Marcus, facilitou nosso trabalho, sua segurança privada era uma merda, Finn era um idiota na verdade, mas pelo menos ele me deu a honra de ver minha menina todos os dias, até que tudo isso acabasse.

— Não acredito que você não contou nada sobre Helena a Felicity. – Tommy disse ao meu lado com uma carranca. – Ele está fazendo de você um monstro para ela.  

Um silencio caiu sobre a sala, Xavier puxou um cigarro mais desistiu de fumar e jogou o cigarro de volta no bolso da jaqueta, Marcus deixou de digitar freneticamente e olhou para mim como se eu fosse alguma aberração da natureza.

— Não é tão simples falar do passado. – Rosnei para eles.

— Sua sorte é que ela não quer ouvir de outra pessoa coisas sobre seu passado, mas sim de você, porque cara, você está realmente ferrado. – Tommy praguejou passando as mãos nos cabelos.

— Sem querer me meter já me metendo, mas Tommy tem razão chefe. – Marcus disse com cuidado. – Essa merda precisa ser resolvida logo, antes que trazer Felicity seja um erro para todos nós.

— Ela nunca vai ser um erro. – Eu disse puxando-o pelo o colarinho bruscamente. Olhando dentro dos seus olhos. – Está me ouvindo caralho?

— Desculpe-me. – Disse entre dentes. Olhei dentro dos seus olhos azuis que ficaram escuros. Pelo menos tenho homens que não tem medo de merda nenhuma.

— Eu vou contar a ela todos os meus segredos assim que cada um fizer seu trabalho e nós a resgatarmos daquele inferno maldito. – Eu disse olhando para cada um deles, com a voz firme. Eles sabem que eu não estou brincando, e que se um deles me desobedecer ai a merda vai feder de vez.

— Solte-o. – Tommy pediu tirando minhas mãos de Marcus. – Não precisamos de brigas para ver quem é o macho alfa, temos que resolver isso de uma vez, nosso plano está completo, coloque sua cabeça no lugar, antes que dê tudo errado.

Tommy tem razão, suspiro e tento me concentrar, olho para Felicity mais uma vez, ela resolveu se recolher no quarto, deitando-se na cama e se enrolando em uma bola. Xingo e saio em direção a outra sala de treinamentos. Estamos em um galpão abandonado, do outro lado da cidade. Tirei a camisa, coloquei as luvas e comecei a socar o saco de treinamentos como se ele fosse meu inimigo mais perverso. Eu precisava pôr a adrenalina para fora, antes que eu realmente matasse alguém.

— Ela lembra a Hanna. – Xavier disse segurando o saco para mim enquanto eu continuava a soca-lo com toda minha força. – Ela nunca desistiu de mim, mesmo morrendo foi meu nome que saiu de seus lábios no último suspiro.

— Como você conseguiu? – Questiono olhando em seus olhos verdes, que me fitam com tristeza, Hanna foi a única mulher que conseguiu amar e ser tudo aquilo que Xavier precisava.

— Eu matei, eu fiz de minha vida um buraco negro para me livrar da dor, mas no fim das contas eu só fiz merda, hoje sou um assassino, fugitivo e não tenho mais um lar para voltar. – Deu de ombros se afastando para acender seu cigarro. – Hanna era minha vida, mas ela se foi e eu a deixe ir, agora se eu encontrar uma mulher que me ame como eu sou, eu tentarei ser feliz mais uma vez.

Bom, eu estava tomando conselho dos meus irmãos de guerra, cada um deles já tiverem sua cota de perdas e erros, mas nunca desistiram o que mostra sua coragem, por isso admiro cada um deles. Assinto observando ele tragar o cigarro massageando a testa com olhar pensativo.

— Felicity é diferente, ela é certa para você, Helena não foi um erro, ela foi um desastre, se me permitir assim dizer. – Fez uma pausa, mas de algum modo, eu não consegui sentir raiva do seu pensamento. – Hoje eu estou feliz por você Capitão, mesmo com toda desgraça que caiu sobre nós, você é o homem mais corajoso que eu já vi. – Disse com sorriso torto.

— Felicity é a melhor. – Eu concordei com sorriso raro em que dou a eles, sempre sou fechado e distante. – Nunca vou desistir dela.

— Eu sei que sim. – Balançou a cabeça. – Estamos com você até o fim.

Voltei a socar no saco e Xavier permaneceu em silencio, sei que seus pensamentos voaram para Hanna, ela era uma mulher guerreira, também sinto saudades dela.

— Capitão? Que bom vê-lo. – Escuto minha própria voz em saudação.

Xavier pula puxando sua arma com os olhos arregalados, olho sobre meu ombro, para... bem, meu próprio rosto.

— Mas que merda é essa Chefe? – Xavier grita. – Esse cara, tem sua cara? – Estala confuso.

O Oliver Queen se aproxima de mim, dentro de um terno sofisticado com sorriso perverso. Eu mesmo não posso deixar de sorrir da visão. Ele é muito bom no que faz, para deixar Xavier assim.

— O que diabos está acontecendo aqui? – Marcus e Tommy vem correndo com suas armas para a sala.

Marcus arregala os olhos ficando ao lado de Xavier, ambos com as expressões, confusas e incrédulas. Tommy guarda sua arma no coldre e fica ao lado do Oliver Queen falso com sorrisinho de satisfação.

— Como conseguiu achar ele? – Ergo uma sobrancelha para Tommy.

— Foi fácil... fácil. – Sorriu com tapinhas no mesmo. – Ele é um cara que gosta de dinheiro fresco. Algumas ligações e aqui está! – Apresenta.

— Bem... foda-se. – Assobia Xavier ficando ao meu lado ainda com a arma apontada para minha cópia. – É melhor começar a fala, antes que eu o encha de balas. Nós só temos um Chefe.  

— Calma crianças. – Oliver falso sorri antes de tirar a massa que cobre seu rosto, revelando um cara de cabelos escuros e olhos azuis. – Meu nome é Christopher Chance, sou um agente especialista em segurança pessoal. Estou aqui a trabalho, ou seja, proteger o traseiro do Chefe. – Bufa para mim.

— O que ele quis dizer é que ganha a vida como guarda-costas. Chance protege seus clientes infiltrando-se em suas vidas e arriscando sua própria pele como um verdadeiro "alvo humano". – Tommy explica para Xavier e Marcus que ainda fitam o homem como se ele fosse a visão do inferno. – Ele é nosso apoio, caso nosso plano não se saia bem. – Pisca com sarcasmo.

— Tenho tudo que preciso, está na hora do show. – Chance disse confiante, com seus olhos brilhando em excitação. – Nosso amiguinho Finn, acredita mesmo que você está na Rússia, ontem mesmo bebi em um bar onde eu poderia ser visto por seus homens, com isso quando sai do país, ele não percebeu nada. – Informa confiante. Ele joga, e sempre vem para ganhar, por isso o tenho no meu time.

— Peguem tudo que precisam, vamos fazer uma invasão. – Ordeno com eles em meus calcanhares seguindo para a outra sala que possui nossas armas. – Falta pouco baby. – Suspiro para mim mesmo.


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Notas finais do capítulo

Não deixem comentar, volto antes que voces percebam, obrigado pelo o carinho e ótima semana a todos. beijos