Broken Strings. escrita por Natty Lightwood


Capítulo 13
Capitulo - 12 Um amor pode curar!


Notas iniciais do capítulo

Aqui, mais uma atualização, desculpem-me por não está respondendo os comentários, é uma falha terrível, mas é porque estou sem tempo para nada, passo por aqui e posto e saio praticamente correndo hahaha, mas prometo responder a todos, logo, logo. Boa leitura.



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Eu quero que você saiba
Não importa
Onde tomamos esta estrada
Mas alguém tem que ir
E eu quero que você saiba
Você não poderia ter me amado melhor
Mas eu quero que você seguir em frente.

Already Gone – Sleeping at last

 

Pov Felicity Smoak.

Eu não estava apenas apavorada com aquela situação, eu estava com o coração quase saindo pela a boca, o sangue congelando em minhas veias, não consigo nem respirar, com tantos países Ray tinha que desembarcar logo aqui? Na casa dos mafiosos? Onde estou prestes a morrer.

— Ray – puxei o mesmo pelo o pulso abruptamente para um lugar afastado, mais reservado, onde ninguém pudesse nos ver. Ou melhor meu capitão ver! – O que você está fazendo aqui? – gaguejei buscando seu olhar negro.

— Felicity.... Você não parece estar bem. – disse nervoso me analisando por um momento com toda sua atenção.

— Não, definitivamente eu não estou nada bem, preciso que volte para Las Vegas, Londres, Cuba, Chile ou China – disparei em pânico fazendo-o me fitar incrédulo. Eu já tinha a morte da Emma para carregar por toda uma vida, Ray seria um fardo maior para carregar caso a máfia o pegasse, não posso nem suportar a ideia.

— Felicity.... – suspirou segurando pelos meus ombros. – Se acha que eu estou aqui a sua procura, não estou – sorriu de maneira carinhosa. – Eu estou aqui pela a convenção para apresentar meu projeto sobre nanotecnologia para o governo, o mesmo projeto que você abandonou quando fugiu com seu pai – sussurrou nervoso tentando não me ferir. Mesmo assim feriu, não ele, mas a menção do meu pai. Eu larguei tudo por ele, meus amigos, meu curso e uma vida. Como estou conseguindo seguir? Como eu estou me sentindo realmente sobre tudo isso? Todas as perguntas me martirizam por dentro. E cada vez mais em pedaços eu ficaria.

— Eu sinto muito – forcei um sorriso magoado me jogando em um banco vazio onde o mesmo sentou ao meu lado. – Por tudo Ray.

Ray me encarava em expectativa, ele tinha mudado, pouco, mais mudou, porem seu sorriso angelical ainda estava ali. Quando eu encontrava Ray meus batimentos aceleravam assim como minha respiração, eu sempre desejava ele por perto, meu primeiro amor platônico, eu gostei dele até o dia em que encontrei aqueles olhos azuis. Ray era um homem sensato, carinhoso e amigo, desejo de qualquer mulher. Oliver é minha perdição, a obsessão que me apeguei a amar de forma incondicional de todas as maneiras possíveis. Enquanto Ray foi meu amor platônico, Oliver tornou-se meu amor perigoso, mesmo com toda a angustia do momento eu me sentia feliz ao seu lado.

— Nos seus olhos está escrito encrenca, como sempre – sorriu debochado passando a ponta do indicador sobre meu nariz o que me fez sorri instantaneamente. – Não quero te pressionar sobre isso, mas porque deseja que eu vá mesmo embora tão rápido assim? 

Porque tem uma máfia querendo matar meu pai? Caso ele não se entregue, eu sereia a próxima vítima, o que Oliver não vai deixar acontecer, além de Capitão da máfia ele agora é o grande amor da minha vida. Eu desejo dizer palavra por palavra, desabafar plenamente, mas seria como um tiro no pé, eu tinha feito uma escolha; sobre as sombras de Oliver eu me esconderia e afastaria todos aqueles que um dia amei, para sua própria segurança.

— Você foi muito especial para mim – sorri com uma lagrima escorrendo por meu rosto. – Eu te amei Raymond, você foi tudo para mim – peguei suas mãos com as minhas que estavam frias e trêmulas deixando-o mais nervoso. – Não diga meu nome a ninguém, finja que nunca me conheceu, siga seu caminho.... – solucei baixo a dor era presente. – Prometa-me que assim que a convenção acabar você vai embora o mais rápido possível da Rússia. – pedi.

— Você.... Está me assustando – gaguejou apertando minhas mãos com aperto leve. – Não posso deixa-la nessa situação.

— Ela é mais pior do que você possa imaginar Ray – respirei com dificuldade. – Só prometa – acaricie a pele daquele que por muito tempo foi dono do meu coração. – É tudo que peço.

— Eu prometo que vou cuidar de você, seja lá qual for seu problema – afirmou tentando me confortar o que me deixou aliviada.

— Não preciso de proteção Ray. – sussurrei. Pois minha única proteção era Oliver. – Agora eu posso me despedir de você de verdade – murmuro dando-lhe um abraço apertado. – Raymond Palmer – inspirei com carinho.

— Felicity – chamou Oliver dando-me um susto, engoli em seco e me afastei de Ray abruptamente, tudo que eu não precisava no momento, era Oliver olhando para nós com fúria vestido em um dos seus ternos negros com os punhos fechados.

— Oliver – chamei mais ele se afastou, seus olhos eram fixos em Ray que estava pálido, Oliver sabia como fazer alguém tremer de medo com apenas um olhar assassino. – Não, por favor.

— O que pensa que está fazendo? – rosnou secamente o que me fez piscar.

— Não fale assim com ela – disse Ray o que me deixou em pânico. Oliver não estava sendo grotesco, mas sim protetor com seu ciúme pleno.

— O que disse? – ameaçou Ray prendendo-o contra a parede brutamente. – Com quem você acha que está falando garoto? – fuzilou com olhar.

— Não o machuque, por favor – pedi tentando afastar Oliver que não me encarava talvez eu nunca tinha o visto tão possesso assim. – Oliver, por favor – suplico tremula. 

— Não acredito que esteja dormindo com esse cara Felicity – suspirou Ray o que dificultava ainda mais sua situação perante as mãos do capitão. 

— Ray não fale nada – ordenei o que chamou atenção de Oliver que olhou de mim para Ray por um longo momento, ele estava decifrando o cara à sua frente, o que me deixou mais em pânico. 

— Você é o ex namorado da faculdade? – sacudindo Ray que protestou. – A porra do namorado.

— O homem que ela sempre vai amar? – sugeriu Ray em resposta com raiva cintilando em seus olhos.

— Seu babaca – grunhiu Oliver acertando Ray com soco bruto em meio as costelas e outro na face, fazendo o mesmo cair para o lado com gemidos extensos. Fiquei chocada e desci até Ray que gemeu com maxilar vermelho e os dentes sujo de sangue. – Na próxima vez que você disser o que não sabe, será uma bala e não um simples soco. – ameaçou Oliver intimidante seguindo para o elevador em passos largos. 

— Meu Deus! – exclamei nervosa.

— Seu novo namorado é um idiota, Felicity. – sorriu com gemido massageando o maxilar. – Como consegue amar alguém assim?

— Você não podia provoca-lo de outra forma? – suspiro. – Ele é um homem... – procurei por palavras que não fizesse de Oliver um assassino ciumento. – Difícil – limpei o canto de sua boca com um lenço que o mesmo puxou do bolso. 

— Posso ver que ele não me parece uma boa companhia para você – se ergueu do chão seriamente. – Mas se está dormindo com ele, é porque lhe faz bem. 

— Ele é tudo que eu tenho agora Ray... – mordi o lábio me afastando um pouco incerta. – É tudo que precisa saber – acenei deixando-o confuso em um olhar distante, como eu poderia dizer que Oliver era aquele que protege a minha vida. Talvez pela a última vez deixei Ray novamente para seguir atrás do meu capitão que estava cuspindo fogo. – Não está seguro aqui, então vá embora o mais rápido possível. Adeus, Ray. – acenei desviando dos seus olhos negros.

[.....]

Com receio sai do elevador indo para o quarto apressadamente, assim que entrei Oliver já tinha revirado quase tudo no quarto, sentado sobre a beirada da cama ele massageava as têmporas fitando o chão tentando canalizar seu ódio.

— Me diga algo que não me faça matar ele – ordenou secamente ainda sem me encarar. Ele não estava sendo meu Oliver, mas sim o Capitão Bratva. 

— Porque você não é mais um assassino, ele só é alguém ingênuo que eu amei um dia, e não amo mais – afirmei calmamente.

— Tem certeza disso? – ergueu olhar frio. – Porque aquele abraço demonstrava muita coisa para mim. – acusou com acidez.

— Se eu o amasse ainda, não estaria transando com você Capitão – rebati com a mesma acidez. – Eu estava implorando para ele ir embora, já tenho problemas demais para carregar aqui.

Oliver me fita com a mesma frieza até que desvia o olhar para outro ponto, puxando sua arma para limpa-la se acomodando na cama. Um silêncio se espalhou entre nós e tudo que eu falava ele apenas ignorava falando coisas em Russo para si, colocando bala por bala no pente, mesmo sem me encarar eu sabia que ele estava com ciúmes de mim. Me joguei na poltrona ao lado irritada. Com longos minutos depois escutei batidas na porta o que me fez estremecer, e se fosse Ray me procurando? Oliver tinha uma arma nas mãos. Nossos olhos se cruzaram e eu estremeci quando ele destravou a arma com sorriso maquiavélico nos lábios, o filho da mãe tinha acabado de ler meus pensamentos.

— Você não vai abrir a porta? – questionou destravando a arma mais uma vez com um som ruidoso. 

— Às vezes você é irritante, sabia? – grunhi saindo da poltrona indo para a porta com o corpo trêmulo, se fosse o Ben eu estava morta, se fosse o Ray ele estava morto, se fosse Tobias ele vai levar um chute no saco. Respirei o mais fundo que eu conseguia e girei a maçaneta como se o mundo estivesse prestes acabar. Franzi o cenho com um homem alto de porte militar pele negra e sorriso divertido. 

— Hey – disse com sorriso de canto. – Mr. Queen se encontra? – questionou ainda divertido.

Se for o chato que tira bala põe bala no pente como uma criança birrenta, está! 

— Quem é você? – a curiosidade foi maior do que a resposta racional.

— Um amigo do mesmo. – foi tudo que disse ainda com sorriso torto.

— John – chamou Oliver atrás de mim me causando um arrepio, puxando-me para o lado abruptamente. – Pensei que chegaria amanhã – sorriu. Ele estava mesmo sorrindo? Onde diabos se meteu o Bratva ciumento?

— Achei melhor antecipar minha visita. – disse dando de ombros.

— Vamos conversar então – disse Oliver dando abertura para o desconhecido entrar o que me deixou incrédula, ele estava me punindo e ignorando minha presença no local.

— Posso saber quem é o seu amigo? – cruzei os braços sobre o peito, o mesmo não tinha cara de mafioso, mas quem ver cara, não ver coração. Minha mãe sempre dizia esse ditado.

— Não – respondeu Oliver me fazendo fervilhar.

— Sou John Diggle – estendeu a mão para mim com sorriso acolhedor o que me deixou surpresa com seu gesto. – Você deve ser Felicity Smoak.

— Sim.... Sim – gaguejei nervosa apertando sua mão enquanto o Capitão fitava o nada com as mãos nos bolsos do seu terno negro. 

— Sou um amigo do Oliver, de muitos anos – esclareceu minha confusão. – Quando foi a última vez que estivemos juntos? – se dirigiu a Oliver que trincou o maxilar.

— No natal – suspirou com desdém.

— De que ano? – questionou John animado.

— 2009. Eu acho – deu de ombros sentando na cama com a expressão fechada. 

— Não se preocupe Felicity, ele é assim com todos – sorriu para mim que retribui. John me parece ser um cara legal de carisma inigualável. 

— John não está aqui para falar da minha vida – interrompeu Oliver irritante como sempre dando as costas para mim tampando minha visão para John. 

Minha vontade era dar um chute nesse traseiro magnífico, até quando ele iria ficar com ciúmes de Ray se não sinto mais nada pelo o mesmo. Argh.

— Sua mãe está com saudades – brincou John me chamando atenção, me aproximei com curiosidade. – Sua irmã também – acrescentou fazendo Oliver pela a primeira vez ficar desconfortável.

— Ele tem mesmo uma família? – soltei um pouco triste por ele não me contar nada da sua vida fora da máfia. Emma nunca me disse nada sobre o lado pessoal de Oliver. Acreditei todo esse tempo que sua única família era os Bratvas. Aquilo me desconcertou ou me abalou naquele exato momento.

— Sim ele tem – concordou John com sorriso de canto se aproximando a mim com cuidado. – Tem a mãe, uma irmã e ainda dois sobrinhos da irmã caçula. – informou.

Meu Deus, era muita coisa para digerir. Mordi o lábio com desconforto.

— Diggle você não era tão falante assim – repreendeu Oliver completamente irritado. Ele não queria que Diggle continuasse a relatar os fatos sobre sua vida. Me senti excluída e forçada a não querer mais saber de nada.

— Tudo bem John – forcei um sorriso torto indo para a cama sem encarar Oliver. – O capitão não quer dizer nada.... É um direito dele. – afirmei com pesar.

Ele não me devia satisfação de nada. Por que eu estava triste assim? Me acomodei entre os cobertores. Ele tinha uma família de verdade. Enquanto eu só tinha um pai que estava louco, procurado e quase morto.

— Vejo que não contou nada a ela – murmurou Diggle notando minha distância com uma repreensão que Oliver não se importou muito. – Vamos tomar um café – chamou acenando para a saída. – Vamos Felicity...

— Precisamos conversar sozinhos John – disse Oliver saindo pela porta em passos largos sem ao menos olhar para trás. 

— Não se preocupe, eu vi a crise de ciúmes dele lá em baixo – sorriu para mim. – Ele ama tanto você, que chega a ser dramático, então põe a raiva em cima para amenizar as coisas, nada que meus conselhos não o curem – piscou para mim seguindo para a porta. 

Pov Oliver Queen.

Eu não queria ignora-la dessa maneira mais ao vê-la nos braços daquele idiota de faculdade me fez enxergar tudo vermelho, eu queria bater nele até que meus punhos ficassem feridos, e se eu tivesse oportunidade novamente, eu faria, sou um assassino, não tenho a perde. Segui para o elevador em passos largos com Diggle ao meu lado. Somos amigos desde meus vinte anos de idade, sempre cuidou da minha família enquanto me mantive fora todos esses anos. Depois de tudo que aconteceu comigo e entrei na máfia, eu não me sentia mais bem-vindo em Star City. Então resolvi segui como Capitão Bratva por todos esses anos. Nunca fui preso a máfia, utilizo dos recursos com permissão de seguir minha vida sempre que eu desejar assim disse meu líder Anatoli há muito anos, mas nunca tentei ao menos sair e ser uma pessoa normal. Porem depois de quase dez anos eu estava pronto para voltar para minha família mais conheci Felicity, então decidi ficar para tira-la desse inferno onde nunca foi seu lugar. Diferente do seu pai, eu quero que ela tenha uma vida normal e uma família de verdade. 

— Oliver não precisar ser tão grotesco com a garota – repreendeu Diggle saindo do elevador ao meu lado até o restaurante do mesmo. Com uma carranca.

— Não estou sendo grotesco, só estou... – bufo longamente querendo matar alguém. – Estou a punindo.

— Com ciúmes? – sorriu puxando-me para uma mesa vazia próxima a janela que dava visão a rua movimentada, de prédios modernos e lojas sofisticadas. – Eu já vi tantas coisas nessa vida.... Mas você com ciúmes é impagável.

— Não estou com ciúmes – retruco seco sem querer encará-lo, pois seria minha confissão. – É o meu modo de protege-la.

— E eu sou o presidente, por favor – debochou me fazendo sorri com o canto da boca. 

— Certo. Certo digamos que eu ultrapassei o limite de ciúmes – acenei apressadamente lhe arrancando risadas sarcásticas. – Vamos para o verdadeiro assunto. – pedi não querendo falar de sentimentos agora.

— Tudo bem – assentiu entrelaçando os dedos sobre a mesa com a postura rígida ao me olhar nos olhos.

— Como você já sabe de tudo então pulamos a parte de relatar fatos – sussurro notando sua concordância. – Preciso que me ajude na segurança de Felicity, eu preciso ir muito na mansão e em outros encontros da máfia, ela não pode ficar comigo nesses tipos de ocasiões e deixa-la sozinha não é um risco que eu posso correr agora, você é o único que eu confio de verdade e pode realmente me ajudar nessa situação.

— Você vai voltar para casa quando tudo isso acabar? – questionou me deixando surpreso. Ele não estava me fazendo uma pergunta, mas sim um pedido, estava escrito em seus olhos. – Sua família não sabe que você é um mafioso, todos acreditam que você administra a filial da QC aqui em Moscou. 

— Só volto com Felicity ao meu lado – afirmei cansado. – Sem ela, não posso ser eu mesmo fora da máfia. – admiti voltando o olhar pela a janela, observando um casal passar na rua abraçados em seu modo mais feliz.

— Você realmente ama essa garota, não é? – questionou divertido. Ele talvez me conheça como ninguém. Eu sinto saudades de casa e de nossas conversas sobre sentimentos.

— Não estaria fazendo nada disso se eu não amasse – confessei sorrindo torto fazendo nossos pedidos de café. – Preciso que me ajude com algo antes – ergui a sobrancelha para ele que me fitou confuso. – Preciso despachar o garoto.

— Oliver – repreendeu alarmado.

— Ele não pode ficar. – insisti. – Se Ben descobrir, o garoto estar ferrado assim como o resto de nós em salvar ambos. Depois que Felicity perdeu Emma eu não posso deixar que ele perca mais ninguém – informei.

— E o velho? - sorriu.

— Esse está cavando a própria cova, não posso fazer nada a respeito – dei de ombros encostando na cadeira como apoio.

— Voltando para o garoto, o que deseja que faça? – indaga recebendo nossos cafés quando a garçonete se aproxima com sorriso ofuscante.

— Ele está nesse hotel – esclareci sabendo o obvio. – Preciso que você dê um jeito de manda-lo para Las Vegas e que não volte mais, pelo menos o tempo em que estamos na Rússia, depois se ele voltar, o problema será dele.

— Essa será fácil, tenho contato – piscou.

— Muito fácil – sorri olhando para os lados. Começamos a conversar sobre todas as coisas, eu sentia falta de um amigo de verdade, e no fundo sabia que Diggle cuidaria de Felicity para mim se algo acontecesse. Depois de longos minutos pedi o café da mesma entre outras coisas.

— Precisa se abrir com ela Oliver, eu notei como ela ficou triste em não saber nada sobre você – observou firme. – Ela é especial para você, se fosse em outras circunstâncias ela não estaria ao seu lado, mas sim com o pai. Ela ver em você uma luz, não deixe ela no escuro porque seu passado te fere. – suspirou me mantendo em silêncio. Afinal ele tinha razão como sempre. – Enquanto você sabe tudo sobre ela, Felicity não sabe nada sobre você.

— Eu sei – me remexi na cadeira com inquietação desviando dos seus olhos para o longe. 

— Eu vou fazer o que me pediu, e você volte e converse com ela – ordenou como um general. 

— Tudo bem – levantei da cadeira com uma carranca pegando o café da mesma. – Assim que tiver feito volte de imediato, mantenha contato – pedi.

— Pode deixar – assentiu dando-me um tapa nas costas como apoio enquanto ele saiu pelo saguão eu me encaminhei de volta para o quarto, assim que entrei notei que ela tinha organizado as coisas que eu mesmo tinha revirado. Olhei para a cama onde a mesma estava deitada de lado agarrada ao travesseiro, seus fios loiros estavam caídos sobre o travesseiro branco dando-lhe um contraste perfeito, suas mãos pequenas pressionavam o lençol.

— Seu café – murmuro suave colocando sobre a mesa sem escutar resposta sua. Girei sobre os calcanhares olhando para ela que fitava o nada com os olhos vermelhos por suas lágrimas, com receio me aproximei da mesma que não esboçou reação contraria. – Desculpa – pedi baixo afagando suas costas com carinho.

— Não precisa pedir desculpas Capitão – fungou virando para o outro lado com secura. Revirei os olhos por um momento, coçando a nuca com frustação, eu nunca soube lidar com sentimentos de mulheres, Emma sempre me mostrou apenas sexo, como todas as outras. – Afinal não temos nada em comum, você me protege e eu pago com sexo. – disse triste. 

— Felicity – repreendi incrédulo. – Olhe para mim – ordenei tentando puxa-la para meu lado. Sem muito esforço consigo gira-la.

— Eu sou um peso para você Oliver – soluçou limpando as lagrimas. – Eu não tenho ninguém mais no mundo, você tem uma família, tem para quem voltar um dia. – ao olhar em meus olhos eu podia ver toda sua tristeza não como antes, ela estava muito ferida por dentro. – Eu não.... – repetiu.

— Você tem a mim – sussurrei com carinho. – Eu tenho sido um completo idiota com você, me desculpe pelo o que aconteceu hoje, mas eu nunca tive tanto ciúmes de uma mulher como eu tenho de você – confessei tudo aquilo que nunca disse para uma mulher antes chamando sua atenção. – Está errada, não me paga com sexo.... – sorri balançando a cabeça lentamente. – Sexo faz parte de duas pessoas que sentem sentimentos um pelo o outro. – Não falei nada sobre mim, não para excluir você da minha vida. – apertei suas mãos. – É apenas uma história que eu tentei esconder de mim mesmo.

— Não precisa dizer nada – fungou se ajeitando na cama.

— Por que não? Você me paga com sexo – sorri com sarcasmo. 

— Oliver – repreende irritada tentando me chutar, agarro sua perna e a puxo para mim, enlaçando suas pernas em minha cintura, puxando seu pequeno corpo para cima fazendo-a sentar sobre mim, soltando o ar em surpresa. – Você simplesmente, tem o dom de me excitar com um simples movimento. – sussurrou encarando meus lábios.

— Deixe-me cuidar de você – afastei seus cabelos dos olhos. – Sem segredos entre nós – afirmei olhando em seus lindos olhos azuis, que flamejou com sorriso doce. – Minha mãe é apenas uma senhora rica, assim como meus amigos e minha irmã. – deu de ombros pressionando minhas mãos em sua cintura por baixo do tecido fino de sua camiseta. – Não tenha ódio de mim, por isso.

— Por que não desisti de mim Oliver? – questionou baixo colocando suas mãos pequenas e macias por dentro da minha camiseta arranhando meu peito, arrancando-me um gemido baixo. – Sou apenas uma garota como qualquer outra. – mordeu o lábio.

— Porque eu amo você – revelei meus sentimentos para a garota que está aquecendo meu coração frio. Diggle tem razão, eu a amo, e farei o que for impossível para mantê-la ao meu lado e protegida. Pude ver no reflexo dos seus olhos, seu coração falhar uma batida, suas mãos tremerem ao contato com minha pele. – Eu te amo Felicity. – arfei com meu coração acelerado encarando seus olhos azuis com aflição, será que ela me amava tanto quanto eu a amo. Ao engolir seco, ela me fez deitar mesmo sobre mim, sem tirar os olhos dos meus, com os lábios entre abertos, deixando sua respiração acelerada escapar. Mas seu silencio estava me desconcertando o que me fez tremer abaixo de si. – Felicity, eu....

— Eu te amo Capitão. – confessou abrindo o mais belo dos sorrisos. – Amo como você me deseja, amo como você me olha com atenção, como toca cada parte do meu corpo, como consegue me fazer ser mulher com o perigo lá fora.... Eu te amo com todo meu coração. – confessou com a voz grave perto o bastante para me fazer arfar com rouquidão. – Sou sua desde a primeira vez que o vi naquela boate, e mais ainda em saber que você jamais seria meu. – selou nossos lábios fazendo meu coração aquecer com cada palavra dita, e aquele vasto vazio de todos esses anos, acabarem de si dissipar.

 


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Notas finais do capítulo

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