Broken Strings. escrita por Natty Lightwood


Capítulo 12
Capitulo - 11 Revelações sombrias.


Notas iniciais do capítulo

Atualização! Espero que gostem! Boa leitura !



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Você era a sombra para minha luz
Você sentiu nossa conexão?
Outro início
Você desaparece
Com medo de que nosso alvo esteja fora de vista
Quer nos ver
Vivos

alan walker – faded

 

 

 

Pov Oliver Queen.

— Capitão eu estou ao seu lado – afirmou Tobias se afastando um pouco para girar o chapéu em seu dedo indicador. – Deseja as informações ou não? – sorriu. Respirei o mais fundo que eu podia e sai do carro com arma ainda apontada para o mesmo.

— Fique – ordenei para Felicity que tentava me seguir. Ela fechou a cara mais assentiu por fim. Voltei minha atenção para Tobias que me fitava indescritível. – Me dê dois motivos para que eu não quebre seu pescoço ou dispare duas balas em você, uma no coração outra na cabeça – rosnei baixo com uma ameaça fria sinalizando com a arma.

— Tudo isso por que a beijei? – acenou para Felicity se fazendo de ofendido.

Uma bala, uma única bala desmancharia aquele sorrisinho sacana.

— Precisa de outro motivo? – fechei a cara fazendo-o engolir em seco. – Diga-me.

— Tudo bem, capitão – seu tom era sério, mas ainda não podia confiar nele. – Eu fiz tudo errado e ela não correspondeu ao beijo – esclareceu. – Sinto muito. – repôs o chapéu colocando as mãos nos bolsos da calça. – Desde que Eleonor deixou Ben, o mesmo ordenou que eu fizesse vigia em dois horários do seu dia, manhã e tarde onde a mesma trabalha em hospitais públicos, todo esse tempo eu sei todos os passos dela.

— Como posso confiar? – cruzei os braços com a postura ofensiva após guardar a arma. – Além da máfia, você conhece Liam Smoak muito bem – acusei notando ele retesar os ombros desconfortável. – Qual sua ligação com pai de Felicity? – ele respirou fundo por um longo momento com seus olhos negros sem nenhum brilho.

— Ele é meu mentor. – confessou. – Digamos ex mentor. – deu de ombros circulando a minha frente. – Quando servi na Croácia há muitos anos durante a guerra, ele estava lá como tenente do segundo batalhão das forças armadas. – suspirou distante. – Meu melhor amigo foi morto e eu não pude fazer nada, fiquei com marcas da guerra e fui afastado sem condições para me manter em campo, assim nos tornamos amigos, ele começou a buscar em mim algo além de amizade após a guerra, precisava de um parceiro, como eu não tinha nada a perde. – disse descendo o olhar para Felicity o que me fez travar. – Eu cuidei dela todos esses anos, mesmo de longe, ela não se lembra de mim, porque nunca apareci de fato para ela em nenhuma das ocasiões, mas acredite, eu sei mais dela do que você ou próprio pai – confessou, onde tudo aquilo já estava sendo demais para mim. 

— Você – rosnei puxando-o pelo o colarinho abruptamente para mim.

— Ela não gosta de rosas, sua comida favorita é almôndegas, não gosta de vinho seco, só o tinto, namorou Raymond Palmer colega da faculdade há muito tempo durante o período da faculdade e sua mãe morreu pelas mãos do pai de Benette, onde a mesma sempre acreditou ter sido em um atropelamento, sua cor favorita é o verde. – listou com sarcasmo. 

— Se você continuar será suas últimas palavras Tobias – ameacei apertando mais o colarinho. Meu coração estava em chamas e minha sede de vingança só aumentara.

— Quando Liam chegou a Moscou eu já estava na máfia a mando dele, todos esses anos nos mantemos em contato você não me salvou por acaso capitão, na sua última missão há muitos anos eu fingi um ataque e você me salvou, assim com sua confiança consegui um modo de estar dentro da máfia sem suspeitas, servi todo esse tempo coletando tudo que pude. – sorriu o que me fez deferir um soco bruto em seu maxilar, o mesmo se afasta e cospe sangue, limpando segundos depois, erguendo o olhar frio. – Ele mentiu para Felicity dizendo que tinha perdido tudo no jogo de pôquer. – suspirou com uma carranca. – Ele nunca foi viciado, através dos cassinos ele podia enfim saber sobre todo o esquema da máfia, até que finalmente ele descobriu que foi pela máfia russa que sua esposa tinha partido, ele é mais esperto do que todos aqui capitão, mas Liam foi fraco, ele ainda tentou matar o Ben por vingança, porem desistiu de última hora e agora estamos nessa guerra, onde a única inocente que ainda não foi corrompida.... Foi Felicity – acenou com o gesto banal soltando o ar.

— Então está me dizendo que em todo esse tempo, você fingiu ser membro da máfia porque meu pai queria vingança – acusou Felicity saindo carro. Ela estava cega de raiva, seus olhos azuis estavam avermelhados por ódio ou algo a mais.

— Felicity – chamei enquanto ela parava em frente a Tobias que olhava dentro dos seus olhos com uma fina desilusão. 

— Pois se você é o empregadinho pessoal dele – gritou irritada. – Diga que eu estou pouco me ferrando para o que ele tem em mente, por mim ele deixou de ser meu pai no dia em que arriscou minha vida por vingança, eu amava a minha mãe, mais jamais pagaria com sangue. – rosnou com acidez voltando para o carro com estrondo. Voltei o olhar para Tobias que não pareceu se abalar com suas palavras.

— Capitão, é sua escolha confiar.... – suspirou pausadamente. – Mas tenho tudo que precisa sobre Eleonor, quando se sentir pronto a seguir com o plano, eu trago Eleonor até você. – afirmou.

— De que lado você realmente está Tobias? – pergunto desconfiado.

— Do lado em que ela sobreviva, eu também a amo, mesmo que ela tenha escolhido você – suspirou cansado. – Estamos em guerra, os sentimentos podem nos deixar confuso, Liam está por conta própria agora... – respirei fundo digerindo sua confissão.

— Temos três semanas, caso no último dia Eleonor não esteja em minhas mãos você estará mais ferrado do que agora. – alerto bruscamente. – Não me esqueci do que você fez. 

— Eu entendo – acenou com um passo para trás. – Não se preocupe, me mantenho a seu dispor, mesmo que Felicity não queira, eu sempre vou protege-la de certa forma – sorriu descendo o olhar para ela. 

— Ela não precisa de alguém além de mim – cuspi as palavras secamente fazendo-o engolir em seco. – Vernites' v osobnyak , chtoby poyavit'sya na moy prizyv — ordenei voltando para o carro.  — vy boss , ya garantiruyu, chto my nakhodimsya na toy zhe storone – respondeu com sorriso saindo em direção ao seu carro olhando para os lados. 

Respirei fundo com as mãos firme ao volante, o jogo estava se tornando mais perigoso e cada vez mais eu temia pela vida de Felicity, aos poucos ela estava deixando de ser uma simples garota, mais internamente eu sentia algum tipo de medo, perde-la seria o fim da linha para mim. 

— Vamos voltar para o hotel – disse Felicity fitando o nada. – Preciso de um banho, comida e sexo – afirmou frustrada. 

— Tem certeza? – ergui as sobrancelhas me referindo a última palavra.

— Na parte do sexo sim – sorriu por fim.

Uma semana depois.

— Como anda as coisas em relação ao Sr. Smoak? – perguntou Anatoli completamente alheio bebendo um gole da sua vodka. 

— Desculpe, não tenho nenhuma informação – falei direto o que não era nenhuma mentira. Há dias a máfia caçava Liam como nunca, nós sabíamos que ele não estava sozinho, ninguém se mantém na Rússia sem estar sobre nossa vigilância.

— Morgan e Ben estão ao sul de Moscou, dois informantes disseram que o mesmo foi visto em um cassino – informou Tobias um pouco desconfortável. Me remexi na poltrona, pois Tobias era um traidor e estava escondendo muitas coisas sobre Liam, eu poderia simplesmente obriga-lo a mostrar onde encontrava-se o mesmo, mas seria inútil, pois Tobias sabe todos os nossos passos e ainda nossos métodos de torturas isso não me levaria a lugar nenhum, no final do dia eu tinha um plano, salvar Felicity através de Eleonor.

— Capitão – estalou os dedos Anatoli para chamar minha atenção. – Como meu velho amigo, você não pode deixar de beber comigo – sorriu friamente passando um copo com a vodka, eu não queria beber, precisava me manter lúcido o tempo todo. Mas também não poderia recusar sua oferta. — Moy blagorodnyy kapitan, kotoryy poluchil pulyu dlya menya. – disse divertido para mim em referência ao nosso passado sombrio.

Tost k nashemu obshcheniyu .— ergui o copo para brindar com falso orgulho.

Tost k nashemu obshcheniyu .— brindou bebendo um grande gole. Voltei para meu posto e resolvi ficar o tempo necessário para ouvir seus planos, dos diabólicos aos menos diabólicos Tobias ficou ao nosso lado como uma raposa velha.

 

(.....)

 

Pov Felicity.

— Nossa Oliver – resmunguei encontrando suas cuecas espalhadas pelo quarto. Apanhei e joguei em um cesto de roupas sujas, onde já acumulava, como não tínhamos mais o serviço da mansão. Oliver sempre saia com as mesmas para entrega-las a mulher de Morgan. Enquanto ele não volta da mansão, eu decidi revirar o quarto já que eu não podia sair para as ruas ou pelos menos a recepção do hotel. – Onde ele colocou minha camisola de cetim? – balbucie olhando envolta, era a única que eu tinha, pois eu usava mais suas camisas ou moletons. Revirei quase tudo e não encontrei, decidi deixar para lá. Tomei um banho e fui assistir algo, tentando achar algo bom pela programação. O quarto estava em silêncio eu não gostava de ficar sozinha, todos os dias Oliver saia e me leva consigo, mas quando ele precisava sair para a mansão resolver assuntos da máfia, eu não podia ir e tinha que ficar. Sinto saudades de uma vida normal, queria que esse pesadelo acabasse um dia. Escutei a fechadura ser forçada e enfim a porta se abrir mostrando um Oliver bêbado? – Oliver – chamei com receio pulando da cama. Ele tinha marcas pelo o rosto, já não estava mais com sua jaqueta e a blusa estava suja o que se podia ver; sangue como sempre.

— Feli.... – sorriu como um menino que quer colo, antes que ele me abraçasse desviei fazendo-o cair na cama de cara.

— É Felicity.... Felicity – corrijo irritada. – Você disse que sairia para resolver coisas da máfia, e não para beber. – praguejei incrédula. Eu mais parecia uma mulher ciumenta, se ele bebeu então esteve com alguma vadia. 

— Anatoli queria seu capitão para beber – acenou com desdém tirando a camisa com dificuldade. – O capitão nunca diz não para seu líder.... Agora venha senti sua falta – puxou-me para seu colo.

— Não. Não – neguei saindo rapidamente. – Você precisa de um banho, venha – puxei aquela montanha de músculos para o banheiro mesmo sobre seus protestos e passos cambaleantes. – Oliver, venha – chamei mais irritada com ele empancado no lugar como uma mula. 

— Feli.... – revirei os olhos mais não deixei de sorrir com seu apelido carinhoso, ele bêbado era mais fofo do que o normal. – Um dia você vai ser minha esposa. – disse com a voz embolada pelo o álcool. – Uma Queen. 

— Seria mais romântico se você estivesse falando russo ou lúcido – sorri puxando-o para o chuveiro. 

Bud' moyey zhenoy Felicity, tak chto my mozhem byt' vmeste navsegda – disse em russo embaixo da agua fria que escorria por seu corpo, por cima das cicatrizes e suas variadas tatuagens, mordi o lábio com desejo mais não abusaria do nobre Capitão sob seu efeito de álcool, a forma mais plena de senti-lo era chamar seu nome olhando em seus olhos buscando meu prazer instigante, não nesse momento de vulnerabilidade.

— Meu capitão – sussurrei encantada, soltei um grito quando ele me puxando para agua fria acomodando-me em seus fortes braços. – Oliver não tem graça. – repreendi nervosa.

— Silêncio, você as vezes fala demais – ordenou com uma autoridade. O que me fez revirar os olhos com sorriso largo deixando a água escorrer pela sua pele para tirar um pouco do álcool e a sujeira que estava por partes do seu corpo.

(.....)

— Hey, grandão não! Oliver. Não, essa é minha favorita – repreendi puxando suas mãos ávidas para cima que já iriam para minha calcinha por baixo de sua camisa onde eu vestia. – Você bêbado é impulsivo, não sei lidar – bufo longamente enxugando seus cabelos com a toalha. – Diga-me que você não se meteu em confusão ou estava com alguma vadia, uma vez meu eu não divido com ninguém – rosno baixo descendo a toalha para seus ombros.

— Não transo desde ontem – enrolou a língua o que me deixou satisfeita. – Desde que eu conheci você, é a única companheira sexual que tenho – sorriu me fazendo retribuir com beijo casto nos lábios.

— Muito bem – acaricie seus ombros com uma massagem. 

— Feli... – tentou falar mais já estava zonzo sentado na beirada da cama com sua calça de moletom cinza.

— Vamos descansar um pouco, amanhã precisaremos mudar de hotel – falei puxando-o para deitar onde o mesmo assentiu. Passei o coberto sobre nós dois e me enrosquei ao seu lado sentindo o conforto dos seus braços me aquecer naquela noite fria, apaguei a luz e me permiti descansar. Ele não resistiu muito e acabou dormindo, contornei seu rosto com as pontas dos dedos deixando um beijo casto sobre seus lábios deixando meu corpo enfim relaxar. Estava feliz em saber que meus últimos dias provavelmente poderia ser com Oliver, o amor mafioso que construí. Ele não me deixaria morrer, mas se caso fosse o fim da linha eu estava realmente pronta para meu destino.

(....)

— Um café o que acha? – sugeri olhando para sua cara de boneco destroçado de um gato. 

— Isso – acenou alisando as têmporas. – Eu fiz algo contra você, te machuquei de alguma forma? – perguntou sério me analisando com atenção. – Não minta para mim. – ordenou grave.

— Não – sorri indo até ele. – Você ainda quis fazer coisas, mais eu não quis. – gesticulei com uma risada ficando entre suas pernas.

— Melhor assim – suspirou relaxando com meus toques em seus cabelos curtos. – Sinto muito, a vodka russa é muito forte.

— Vou buscar o café para você – deixei um beijo em seus lábios mordendo por fim para me afastar até a porta.

— Não saia do hotel, não fale com estranhos....

— Volte como o flash.... Eu sei Oliver – interrompo seu discurso revirando os olhos. – Já pensou em me amarrar?

— Inúmeras vezes – piscou com malícia.

— Eu volto logo. – dei um pulinho indo para porta onde ele apenas me observou sair com atenção em sua postura ofensiva. Sai do quarto e segui para o elevador, eu iria até o restaurante do hotel, pegar nosso café da manhã e voltar como prometi, assim que cruzei o saguão esbarrei em alguém o que me fez gemer com o impacto. – Desculpa eu... – ergui o olhar e arregalei os olhos incrédula engasgando com minha própria voz. – Você?

— Felicity, há quanto tempo? – sorriu me puxando para um abraço acolhedor onde correspondi surpresa ou talvez em pânico.

— Ray, o que você faz na Rússia? – arfei sabendo que ele podia ser mais uma vítima da máfia, assim como foi a Emma. Ou seja, do meu capitão que não vai gostar em nada de saber que meu ex primeiro amor está aqui, em sua linha de tiro.

 

Falas em russo:

Oliver para Tobias.

 

Vernites' v osobnyak , chtoby poyavit'sya na moy prizyv ordem de Oliver ao entrar no carro.

Significa: Volte para mansão, só apareça ao meu chamado.

vy boss , ya garantiruyu, chto my nakhodimsya na toy zhe storone — respondeu Tobias.

Significa: você é o chefe, garanto que estamos do mesmo lado.

 

Anatoli e Oliver;

Moy blagorodnyy kapitan, kotoryy poluchil pulyu dlya menya. – disse Anatoli.

Significa: Meu nobre capitão que levou uma bala por mim.

Tost k nashemu obshcheniyu— disse Oliver ao seu líder bratva.

Significa: um brinde a nossa irmandade.

 

Felicity e Oliver.

Bud' moyey zhenoy Felisiti , tak chto my mozhem byt' vmeste navsegda— disse Oliver para Felicity no banheiro.

 Significa: Seja minha esposa Felicity... para que possamos ficar juntos para sempre


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Notas finais do capítulo

Deixem seus comentários! até a próxima semana amores...