Cavaleiros do Zodíaco: A Saga dos Herdeiros escrita por Dré


Capítulo 31
Terceira Fase - Capítulo Sete. O Mestre Invasor




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Onde antes existia o Coliseu, havia agora um tornado de trevas. O gigantesco anel de pedra flutuava estagnado no ar. No teto de uma das humildes residências locais, as asas douradas de Seiya moviam-se com o vento. O cavaleiro tinha o alvo diante de si, mas não se movia, pois era capaz de sentir o cosmo do inimigo que o observava. De repente, o cosmo explosivo que o rondava se aproximou por entre as casas, e Seiya pode vislumbrar seu dono.

— Achei que não apareceria – brincou o cavaleiro de Sagitário.

O inimigo trajava uma armadura branca com detalhes vermelhos, seus cabelos eram longos e encaracolados.

— O cavaleiro lendário – Disse o inimigo, fitando Seiya no meio de uma rua. – Não parece ser tudo isso.

— Talvez você se surpreenda.

— Tenho certeza que não. Eu também tenho esse título. Talvez você me conheça como o primeiro cavaleiro de Atena, e também, o primeiro cavaleiro de Pégaso.

Seiya arregalou os olhos.

— Belerofonte! – Disse boquiaberto. – Mas... Justo você...

— Um dia entenderá, cavaleiro. Enquanto estiver vivo, está sob a proteção dela, mas quando morrer estará nos domínios dos deuses. Você não tem ideia do destino daqueles que morrem defendendo uma deusa como Atena. Sendo o primeiro a desafiá-los, eu sofri a eternidade em seu nome. Foi Perséfone quem me salvou da tortura eterna, assim como salvou muitos outros.

— Você foi o primeiro, e ainda não entendeu – disse Seiya. – É justamente contra esses deuses malignos que Atena está lutando! Perséfone não salvou você, seu idiota, ela está usando você!

— Eu também já fui um fanático. Cego como você. Mas não se preocupe, eu vou libertá-lo, cavaleiro de Sagitário!

— Sou eu quem vai fazer você se lembrar do que é ser um cavaleiro de Atena! Ascenda meu cosmo! Cometa de Pégaso!

Belerofonte revidou com uma técnica semelhante, e a explosão da colisão dos golpes devastou as casas ao redor.

Enquanto isso, Hyoga observava enquanto vários mortos se acumulavam diante da Casa de Áries, bloqueados pela Muralha de Cristal criada por Kiki.

— Extinção Estelar! – Gritou o cavaleiro com os braços abertos.

A muralha desapareceu, um sem fim de enxames de fagulhas de luz devoraram os mortos como se os extinguissem da existência. Quando finalmente as luzes se apagaram, não havia um vestígio se quer dos inimigos. Kiki tentava esconder o cansaço, pois já repetira o mesmo movimento inúmeras vezes e os mortos não paravam de vir.

Quando outra silhueta começou a se aproximar, Kiki logo preparou-se para conter mais um morto, porém, dessa vez, tratava-se de alguém vivo. O homem que se aproximava trajava uma armadura marrom, tinha barba e cabelos curtos cor de cobre.

— Parado ai – ordenou Kiki.

O homem levantou as mãos, como se estivesse rendendo-se, mas continuou avançado.

— Mais um passo e será destruído! – Ameaçou Kiki.

O homem parou, e então, ajoelhou-se.

— Quem é você? – Perguntou o cavaleiro de Áries.

— Sou Ulisses. Um dos Heróis Caídos de Perséfone. Eu vim me entregar ao julgamento de Atena.

Hyoga e Kiki se entreolharam.

— Eu descobri os planos de Perséfone – continuou Ulisses. – Não posso permanecer calado diante disso e compactuar com seus desígnios maléficos. Eu não...

De repente, Ulisses viu-se incapaz de mover-se. Ao redor dele, círculos de ar frio condensado flutuavam e se multiplicavam.

— Acha que eu seria capaz de confiar no homem que concebeu a ideia do Cavalo de Tróia? – Disse Hyoga, seu dedo estava em riste, emitindo a energia suave que mantinha o Círculo de Gelo segurando o inimigo.

— Muito bem, cavaleiro – riu Ulisses. – Mas até então você percebeu apenas o óbvio. Minha verdadeira intenção era apenas colocar vocês dentro do meu raio de alcance. Máxima Aniquilação!

Nesse momento, um círculo de cosmo esverdeado cujo centro era Ulisses envolveu Hyoga e Kiki, e em um estouro, foi como se um peso incalculável tivesse esmagando-os, pressionando para baixo dentro do círculo e afundando até mesmo o chão. Hyoga e Kiki rangiam os dentes com a pressão que parecia não acabar. Era como se eles estivessem suportando o peso de todo o mundo nas costas, impossibilitando o movimento.

— Não... Não será o suficiente – disse Kiki.

— Está lutando... contra... dois cavaleiros de ouro! Não pode nos derrotar! – gritou Hyoga.

— E quem disse que quero derrotar vocês.

Incapazes de se mover, Hyoga e Kiki viram cinco inimigos em mantos negros adentrarem a casa de Áries. E não havia ninguém para impedi-los.


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