"...Oh, I wanna fall in love again but this time,but this whit no regrets;

I wanna fall in love again but this time,but this time whit no secrets;

I don't want just anyone,not anyone new;

I wanna fall in love again whit you, whit you;

Whit you..."

In Love Again

Colbie Cillat

Hospital de Starling  (madrugada de segunda)

Caitlin

Permaneço ao lado da cama de Tommy mesmo depois que meus...Que Malcom e Rebeca saem.

Ainda me sinto confusa com todos os acontecimento e descobertas do final de semana. Sei que preciso me recuperar e me preparar para o encontro com minha...mãe..

Em vinte e quatro horas descobri que não sou filha de quem pensava; Que tenho dois irmãos; Que tenho um sobrinho ou sobrinha a caminho...Mas o pior e mais difícil disso tudo foi descobrir que "roubei" a vida do homem que amo!

Ergo a cabeça, olhando seu rosto. Tommy dorme tranquilo ainda sob o efeito da anestesia. Will disse que, em breve acordaria,meio desorientado e confuso, e só depois disso, bem depois, iriam transferi-lo para um apartamento.

Havíamos pedido, eu e Thea, em um dos breves momentos que saí para ver minha amiga, para que,se possível, fossem colocados em um quarto duplo. Além de facilitar para todos nós, tínhamos certeza que um iria precisar da força um do outro.

—Eddie e Tommy são como irmãos. A ligação entre os dois é muito forte-- Joe comentara comigo e Thea--Apesar de Barry completar o trio, os dois tem tanta coisa em comum que foi praticamente impossível essa ligação não existir. Ninguém aqui tem dúvida do quanto Eddie vai ficar chocado ao descobrir que é sobrinho do Damien.

—Por que não contou pra ele Joe?- Thea questionara.

—Damien temia que,se soubesse, tentasse uma aproximação, mesmo que tênue, com ele--diz-- Pode não parecer, mas Eddie se recente sim da ausência da família. Tanto que adotou esta família postiça --indica o grupo formado pelo tio das gêmeas, sua noiva, colegas de trabalho, os filhos e Barry--Além dos irmãos de Tommy....Desculpe. Seus irmãos --corrige-se-- É meio confuso,não é?--pergunta, me encarando com simpatia e aceno afirmativamente-- Imagino quando Thomas souber!-- comenta, e suspiro.

Mais de uma vez Tommy me falara do quão complicado era a relação com sua mãe. Bem mais do que a minha.

—Sua mãe não te rejeitou, Cait--dissera-- Apesar de você reclamar da distância que mantém, ela sempre esteve e está presente pra você. Eu e minha mãe não conseguimos nos acertar,por assim dizer. Convivemos e só. Minha tia foi várias vezes confundida pelas pessoas como sendo minha mãe.

Sinto um leve aperto em minha mão e levanto os olhos, buscando algum sinal de que acordara mas nada.

Deito a cabeça novamente,segurando sua mão entre as minhas, fechando os olhos e acabo cochilando.

Acordo sentindo uma mão passear por meus cabelos e levanto a cabeça, olhando de lado, surpreendendo-me ao dar de cara com uma garota aparentando uns treze pra catorze anos, muito parecida comigo nessa idade, excerto pela cor do cabelo, mais escuro do que o meu embora da mesma cor, castanho, sorrindo. Encaro-a por um tempo, confusa,em dúvida se estava ali mesmo ou se estaria sonhando, uma luz acendendo em meu cérebro de repente, me fazendo endireitar o corpo, ficando ereta na cadeira.

—Claire??--pergunto, e a vejo balançar a cabeça afirmativamente, o sorriso aumentando.

—É a namorada do meu irmão?-- me pergunta e percebo que ainda não sabe a verdade.

—É sim...--escuto a voz rouca de Tommy dizer e me viro para ele, vendo-o seu olhos se abrirem, a cabeça levemente inclinada, me olhando com um sorriso nos lábios.-- Não é linda tampinha?-- pergunta.

—Muito!--responde a garota, contornando a cama, beijando o rosto dele, que segura sua cabeça junto a dele por um tempo.

Quando a libera, vejo que os dois estão chorando. Tommy enxuga uma lágrima de sua face com o polegar, pedindo para que não chore.

Observo a cena, muda,um suspiro escapando de meus lábios, chamando a atenção dos dois...."Meu Deus! Ele vai ficar em choque quando souber!! Ambos vão!", penso,uma dor crescendo em meu peito...." Queria que tudo fosse um pesadelo do qual acordaremos em breve e nada terá mudado! Ainda serei Caitlin Merlyn, Tommy e Claire serão irmãos e toda Essa confusão não existirá!"...

—Cait, não chore,por favor--ouço Tommy me pedir, acariciando meu rosto, enxugando uma lágrima tal qual fez com Claire a pouco-Acabou tudo...-para, os olhos assumindo uma expressão assustada--Eddie! Como ele está?

—Bem. -- falo, pigarreando a fim de limpar a garganta, permitindo que minha voz saia-- Melhorando, pelo que soube--informo, pensando qual seria sua reação quando soubesse que o melhor amigo soube da verdade sobre nós uma semana atrás..." Será que vai perdoá-lo? Será que vai Me perdoar? ...temo..."Vai continuar me amando?"

Enxugo as lágrimas, esboçando um sorriso fraco, olhando em direção a porta ao ouvi-la abrir-se, Malcom entrando no quarto, parando ao perceber que Tommy acordara, emocionando-se.

—Vejo que duas enfermeiras realmente funcionaram melhor do que uma, como Joe sugeriu!--exclama, olhando de mim para Claire, depois para Tommy, um sorriso iluminando sua face-- Bem vindo de volta fi...Thomas!!--corrige-se.

—Obrigado--Tommy responde e o olho, estranhando o tom de sua voz..." Por que pereceu irritado?", me questiono.

—Caitlin, poderia vir comigo um minuto, filha?-- Malcom chama e aceno que sim,levantando-me, sentindo Tommy segurar minha mão com mais força, retendo-me--Já volto.--garanto,dando um selinho em sua boca.

Malcom caminha um pouco a minha frente, em silêncio, e o sigo do mesmo jeito, parando a seu lado antes de chegarmos a sala de espera.

—Querida, quero que saiba que nada do que disse mais cedo mudou. Continua sendo minha garotinha!--repete, tocando meu rosto com carinho e prendo a respiração, antecipando o que diria a seguir-- Sua mãe está ai dentro, junto com seu irmão e cunhada, sua tia ,Rebeca, Joe e Mag West, Robert e Moira . Eles já sabem a verdade. Estão esperando pra te conhecer--informa, prendendo uma mecha de meu cabelo atrás da orelha, abrindo a mão, onde deito meu rosto-- Pronta?-- pergunta.

—Não !--afirmo--Mas não tenho escolha,tenho?--olho-o, confusa.

—Infelizmente nenhum de nós tem--diz, triste.

Ele abre a porta,me dando passagem, entrando logo atrás de mim, fechando-a.

A principio fico estática, o grupo inteiro me observando.

Corro os olhos pela sala,detendo-me primeiro em minha " mãe", Rebeca, seguindo para o rapaz sentado no braço da cadeira, segurando a mão de uma garota jovem, muito bonita e grávida. Ergo a vista e vejo uma outra mulher, a sobre o ombro do rapaz, chorando. Por fim, encaro a mulher sentada entre Rebeca e Moira, que seguram suas mãos num gesto de conforto.

Seus olhos são idênticos aos meus, assim como a cor de seu cabelo. Olho-a por um longo tempo, examinando seu rosto, cada traço, cada detalhe, procurando e encontrando várias semelhanças entre nós.

Vejo-a levantar-se, devagar, apoiada por Moira e Rebeca, e vir em minha direção, parando próxima, esticando a mão, tocando meu rosto em carinho suave, seu rosto vermelho e inchado de tanto chorar.

—Minha menina!...-exclama, a voz embargada--Minha filha!!-- diz, abraçando-me com força.

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Thea

Estou deitada,as pernas esticadas sobre a outra cadeira da UTI, tetando encontrar uma posição confortável, o que é quase impossível visto que ambas cadeiras são extremamente desconfortáveis.

Encosto a cabeça na parede,vendo através da fresta da janela que o dia começa a amanhecer. Enxugo uma lágrima teimosa com a manga de meu casaco, voltando a olhar para a cama, onde Eddie estava, ligado a tubos e fios, vários monitores acompanhando seus sinais.

—Ele está bem--o pai de Barry, que fizera a cirurgia dele, me assegurara-- Não corre, pelo menos a princípio, risco de morte. Perdeu muito sangue mas nenhum órgão vital foi atingido--dissera-- Junte a isso o fato de ser jovem e ter uma saúde muito boa e as chances para que saia daqui em pouco tempo serão enormes...Por ora,me preocupa mais a reação quando souber sobre o titio ali!-exclamara, indicando Damien com um gesto e sorrio.

Era estranho mas, contrariando todos ali, eu tinha gostado do Damien, apesar de tudo de ruim que tinha ouvido a respeito dele.

Já Sara, Oliver, Felicity e os demais, o olhavam com desconfiança, o que pensei que estaiar incomodando-o.

—De forma alguma-- assegurara-me, um sorriso franco-- Ao contrário. Estranharia se me aceitassem logo de cara e fizessem festa!!--brincara-- Entenda, senhorita...

—Thea, por favor. Me chame só de Thea--pedi.

—Certo, Thea--concordara, sentando-se comigo na cantina do hospital--Entenda que passei os últimos quatro anos...Cinco, na verdade, contando tempo que levei me preparando, estudando Savage nos mínimos detalhes, sendo uma outra pessoa. Alguém que eles--aponta para o pessoal da inteligência-- Aprenderam a temer e odiar, algumas vezes--para, pensativo--Eu mesmo cheguei a me odiar em alguns momentos--nova pausa, seu olhar dirigindo-se por um ponto sobre meu ombro. Me viro e vejo tio Malcom parado, conversando com o sargento Voight, recebendo um outro homem que trás consigo Katie,Eric, Claire, Cassie e Louise.

—A família de Cait chegou--suspiro, pensando na reação que minha amiga teria.

—Tanto ela quanto Thomas irão precisar do apoio dos amigos--escuto Damien dizer, voltando-me para ele, sorrindo.

—Dá pra parar de ler minha mente, faz favor!!--exclamo.

—Como é? Ele faz isso também? danou-se!!--Yasmim espanta-se, fazendo-nos rir...

—Thea. Thea--escuto me chamarem, uma mão segurando firme meu braço, e percebo que havia adormecido em meio as lembranças-- Não acha melhor e ir pro sofá na sala de espera, tirar esse cochilo lá?- Damien sugere, me encarando--Ele até que é bem confortável. acredite, já experimentei!!-- diz, um riso discreto no rosto.  Antes que eu responda, escutamos um dos monitores apitar e nos erguemos rápidos, nos aproximando da cama, parando lado a lado, observando-o enquanto uma enfermeira aparece do nada, checando cada monitor.

—O que foi isso? --questiono, assustada.

—Nada demais.--diz, naquele tom neutro que não diz absolutamente nada!-- O efeito da anestesia está passando. Ele pode acordar a qualquer momento--anuncia, saindo a seguir.

—E ela dá essa notícia assim???-- resmungo, olhando para Damien,vendo um sorriso tomando conta de seu rosto, os olhos brilhando. Viro-me seguindo seu olhar e prendo a respiração ao ver os olhos de Eddie abertos, atentos, nos observando-- Eddie!! - vibro, inclinando-me, beijando-o e colando meu rosto ao seu.

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Tommy

Fazia um bom tempo que Cait saíra na companhai do pai.

Admito que a chegada dele me irritou um pouco pois, até onde sabia, ele era contra nosso namoro. Tive receio que estivesse vindo levá-la embora,que estivesse furioso,mas pra minha surpresa, demonstrou alegria em me ver acordado. Tanto que quase me chamou de filho.

Ao meu lado, Claire falava quase sem parar, contando o susto que tomara ao chegar em casa no exato momento em que o pai estava sendo preso e como Mag e Joe haviam confortado ela e nossa mãe, trazendo Eric e tia Lou algum tempo depois, reunindo-os na sala para explicar o por que de Sebastian ter sido preso.

Confesso que mal estava prestando atenção ao que dizia até que citou um fato que chamou minha atenção: ela conhecia o pai de Cait.

—Como assim esteve em casa? Quando?- questiono-a.

—Semana passada. Na sexta pela manhã--revela,brincando com minha mão--E conhece Eddie e Thea também....E Joe e Mag. Vi que entrou lá depois que o papai me mandou ir pra casa e quase brigou com o Eddie--fala, ficando triste--Por que ele fez isso, Tommy? Por que foi tão mau com você e com o Eddie?--pergunta, olhando-me, as lágrimas começando a cair.

—Isso não sei te dizer, meu anjo--minto, acariciando seu rosto--Talvez um dia agente entenda. Quem sabe ele mesmo digo porque agiu dessa maneira. Por enquanto, não esquente sua cabeça com isto,ok?--peço, erguendo seu queixo, fazendo-a voltar a me encarar--O que importa é que, apesar de tudo, estamos todos bem. Até mesmo seu pai--digo,voltando minha atenção para a porta ao ouvi-la abri-se.

Cait entra, o rosto vermelho,tentando conter as lágrimas, me deixando em alerta.

—Eddie???-- questiono, tenso e ela balança a cabeça, negando.

—Claire, sua mãe está te procurando. --avisa, parando ao lado de minha irmã-- Vai até lá. Está na sala de espera, conversando com o médico--pede e Claire despede-se de nós, saindo.

—O que houve,Cait? Por que está assim?-- pergunto, segurando sua mão-Seu pai disse alguma coisa? Brigou com você? -- quero saber.

—Não foi nada-- diz,inclinando-se até unir nossas cabeças, as mãos acariciando meu rosto--Só estou meio emotiva. Foram...São tantas emoções, tão diferentes ao mesmo tempo!--exclama , me deixando confuso.

—Que emoções diferentes??-pergunto.

—Depois falamos sobre isso, pode ser?- pede, olhando dentro de meus olhos e concordo com um aceno-- Por ora,me deixa ficar aqui, do teu lado ,quietinha--pede, deitando-se com cuidado sobre a cama, pondo a cabeça sobre meu ombro, chorando silenciosamente, enquanto afogo seus cabelos.

"....We can take a blank white page;

And fill it whit the dreams we made;

And let its goes slowly fade away;

I wanna fal in love whit you again..."