Vidas Trocadas. escrita por Regina Rhodes Merlyn


Capítulo 31
Tão perto....Tão longe!


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas. Começando a maratona de atts das fics. Este capítulo vai trazer uma pequena grande surpresa.Ou melhor,duas. Pra quem andava com saudades do Tommy, ele está de volta. Assim como outros darão o ar de sua graça. Três personagens. Três pessoas que serão afetadas pelo mesmo fato. Alguém deu um tiro no pé! São as pistas que posso dar.
Boa leitura. Grata pelas rewiews. Aguardando as próximas. Bjinhos flores.



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"....That I love you, I've loved you all along;

And I miss you,been far away for far too long;

I keep dreaming you'll be whit me and you'll never go;

Stop breathing if I don't see you anymore..."

Far Away

Nickelback

 

Mansão Queen       Manhã de domingo

Thea

Desço as escadas com o celular nas mãos ainda tentando falar com Eddie. Sabia que iria embora cedo pois queria evitar um encontro com minha mãe. Mas não tanto assim! 

Sigo o som das vozes até o jardim interno, perto da piscina, vendo que todos já se encontravam lá.

—Speedy, bom dia! - Ollie  cumprimenta assim que me aproximo - Seu namorado deixou um beijo e pediu par te avisar que liga assim que chegar em casa - avisa, beijando meu rosto.

—Que bom que ele lembrou de deixar pelo menos um recado, já que não atende minha ligação! - resmungo,sentando ao lado de meu pai, mau humorada.

—Deve estar dirigindo,filha. Por isso não atende- meu pai contemporiza e faço uma careta, mordendo uma torrada.

—Pra que se tem viva voz? É só deslizar o dedo pela tela e pronto - insisto - Pensei até que ele tinha feito isso quando liguei da primeira vez . Escutei um ruido, falei mas nada de resposta - digo - E agora só dá caixa postal. - torço o nariz, olhando e apertando o aparelho, como se ele tivesse culpa.

—Ligou mais de uma vez?- Fel pergunta e aceno afirmativamente - Gente, mas que sangria desatada!!! - exclama, olhando-me espantada - Está mesmo apaixonada,não é?

—Sim. Demais. Muito - exagero,vendo minha mãe baixar a cabeça e fazer uma careta discreta, torcendo o nariz - Devia tentar conhece-lo melhor antes de torcer o nariz, mãe. Eddie é um homem maravilhoso. Amigo dedicado , trabalhador...E um ótimo amante! - digo e é a vez de meu pai e Ollie fazerem careta.

—Ok, certas informações um pai não precisa saber  - anuncia, dando tapinhas em minha mão.

—Muito menos um irmão - diz Ollie , me olhando severamente - Essa parte pode guardar pra você, Speedy, ou posso me ver tentado a quebrar o nariz de um certo loiro da próxima vez que nos virmos - ameaça, um sorriso moleque no rosto e respondo estirando língua para ele, que ergue a mão como se fosse me bater, o riso aumentando.

—Também gostaria de ter sido poupada desse detalhe - anuncia minha mãe, tomando um gole de café antes de me encarar, séria - Sei que este rapaz deve ter suas qualidades,Thea, ou não teria atraído você - afirma - O que me preocupa é ,como Felicity acabou de comentar, essa..Ansiedade toda. Fazem o quê,  duas, três horas, que ele saiu e já está aí, irritada pelo simples fato de não atender sua ligação.

—Não estou irritada! Só queria ter me despedido dele, afinal só nos veremos no próximo final de semana - argumento - E com a volta ao trabalho, vai ficar mais difícil nos falarmos, mesmo por telefone - paro, mordendo o lábio, pensativa - Eddie vai mergulhar de cabeça nas investigações do caso Mackenzie pra  provar a inocência do Tommy, e ainda terá que lidar com outros casos que surgirem...-paro mais uma vez, um arrepio percorrendo minha coluna.

—E isso te preocupa não é?- meu pai questiona, segurando minha mão.

—São pessoas muito  perigosas. Ollie ouviu o que Tommy nos contou, a forma como montaram toda aquela armadilha pra ele usando a doença da irmã, a frieza com que aquele homem matou a mulher...- nesse momento minha mãe me interrompe.

—Como tentaram matar seu ...Namorado - titubeia no final da frase - Tem certeza que é isto que quer pra você filha?-  pergunta e a olho sem entender - Essa ansiedade, o não saber se ele está bem , se o próximo caso vai lhe custar um ferimento grave ou a vida..

—Moira! - meu pai admoesta-a

—Estou  sendo realista , Robert- afirma - Essa é a rotina de um policial. Nunca saber se vai voltar inteiro ou vivo pra casa no final do dia. Isso sem contar as ameaças que sofre. Sabe disso. Seu tio era policial. Vimos de perto a angustia que a esposa dele passava e passou no dia que foi assassinado- relembra - Você tem que se perguntar se quer isso pra sua vida,meu amor. Mesmo sendo um namoro passageiro, pode se machucar, sofrer muito. Aliás, já está sofrendo , ou vai negar que toda essa perocupação não se deve ao fato dele estar correndo sério risco de morte investigando principalmente este caso?- termina.

—Sabe mãe, torceu o nariz pro Eddie, talvez achando que, sei lá, ele está me iludindo, de alguma forma, mas saiba que ele me fez, com outras palavras, as mesmas perguntas e afirmações que a senhora acaba de fazer - digo, surpreendendo-a - Minha resposta pra senhora será a mesma que dei pra ele: não sei. Não sei se estou pronta pra encarar ou aguentar a pressão de namorar um policial, mas de uma coisa eu sei: amo o Eddie, e estou pronta pra  descobrir . Mas me hipótese nenhuma vou usar isso como desculpa pra me afastar.

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Tommy

 _Sério, meu coração quase saiu pela boca quando vi o Kyle sair correndo na direção do pier - Yasmim comenta, tomando um gole de água, sentada em um dos bancos na cozinha.

—Primeiro: eu não corri, apenas apressei o passo. Jamais correria em direção a um homem como o Darhk a menos que quisesse morrer -Kyle começa - Segundo: te pedi pra ficar me esperando em um lugar seguro,pra não me seguir, e o que foi que a senhorita fez? Justamente o contrário! - questiona, respondendo a si mesmo - Yasmim, se quer me ajudar, quando eu disser pra fazer uma coisa...Faça! Vai ser melhor pra mim e pra você! - conclui, fazendo-a fuzilá-lo com o olhar.

—Quer uma companhia ou um cachorrinho de estimação?- pergunta,acrescentando antes que ele responda - Pense bem no que vai dizer. Lembre onde estamos!- avisa, segurando um garfo nas mãos, nos fazendo rir.

Passa do meio dia do domingo. Estamos na cozinha do Bertinelli observando a discussão dos dois. Incrível como Kyle e Yasmim haviam se dado bem desde que ele chegará.

—Se continuar assim, vamos "perder" mais uma amiga pra Central City - Jonas comentara.

Além de mim e Cait, Eddie e Thea haviam assumido o romance, o que não nos surpreendeu, afinal, desde o início ficou claro que os dois sentiram-se atraídos um pelo outro de uma forma tão forte que fez Marcel ( a criatura da grifes,como Oliver o chamava) apelida-los de fogo e pólvora. Só não conseguimos definir quem seria o quê.

É mais ou menos o que parece estar acontecendo com os dois a minha frente. Em uma escala mais moderada.

Quanto a mim e Cait...O que posso dizer é que em meio a esse inferno que minha vida se tornou, ela tem sido meu porto seguro. Sua calma, seu jeito doce, me tranquilizam, trazem uma sensação de paz...Eu a amo. Cheguei a essa conclusão , ou melhor, aceitei o que,como Yasmim dissera quando confessei enquanto conversava com ela e os outros, "até as pedras já sabiam!'.

Não me declarei ainda a Cait por um único motivo: quero me libertar de todas as amarras do passado antes de trazê-la, de uma vez por todas, pra minha vida.

Quero não apenas me livrar das acusações como também me resolver com Helena antes....

—Rodolpho, estes senhores querem falar com você e Jonas - escuto a voz de Vitor, me tirando do devaneio- E com você também,Thomas - anuncia, virando-se pra mim,apertando as mãos nervosamente.

Volto minha atenção para os três homens que o acompanhavam,intrigado.

—Promotor Hall!! O que faz aqui? - ouço Ruzek indagar ao virar-se para ver os recém chegados,  e dou dois passos para trás, instintivamente.

—Por favor, não se assuste nem tente fugir Thomas - o homem que ele reconhecera diz, vindo em minha direção, devagar - Estamos aqui para ajudá-lo - assegura.

Enquanto se aproxima, noto, pelo canto do olho, um movimento do lado de fora, percebendo, assim como Ruzek, que leva a mão a cintura, que haviam montado uma espécie de cerco.

—Oficial Ruzek,por favor coloque suas mãos onde possamos vê-las - um outro homem pede, me dando certeza de que estávamos presos em uma armadilha.

—Kyle, estamos todos do mesmo lado.Relaxe - pede Hall, voltando sua atenção para mim novamente- Thomas, preciso que me acompanhe - afirma, parando ao perceber que me afastava cada vez mais, olhando  em volta a procura de uma saída.

—Ninguém vai levá-lo a lugar nenhum - Jonas fala, posicionando-se a minha frente, sendo seguido por Ruzek e Rodolpho.

—O que quer aqui promotor? Quem o mandou e como sabia onde estávamos ?- questiona, fazendo-o parar,suspirando, antes de falar.

—Estava certa.Ele não vai nos acompanhar. Não sem um bom motivo - fala, continuando a nos olhar - Será que poderia vir até aqui. Não quero perder o dia todo - pede, me fazendo franzir o cenho, assustando-me ao ver a figura que surge as suas costas ..

—Helena??? - questiono, espantado.

—Olá Thomas, como está?- pergunta, parando ao lado de Hall.

— O que significa isso? Que faz aqui...com.. - olho de um para outro, perplexo.

—Daremos todas as explicações que deseja, mas em outro local - ela diz - Por favor, Tommy, nos acompanhe. Seus amigos também irão, se assim desejarem.

—Mas é lógico que vamos - Yasmim se adianta, vindo até onde Kyle estava - Não vamos deixar Tommy sozinho com vocês mas nem que chova canivete! - afirma, cruzando os braços, decidida.

—Ok. - Hall fala, erguendo uma sobrancelha - Vamos lá então. Garanto que não vai se arrepender,Thomas. Sua liberdade está bem mais perto do que imagina.

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Damien Darhk

Massageio meu pescoço começando a ficar impaciente. Não gosto de esperar. Nunca gostei. Tá certo que, com certeza, não seria fácil convencê-lo a acompanha-los. Thomas deveria estar pra lá de desconfiado. Eu estaria. Não posso evitar um sorriso imaginando a reação dele primeiro ao ver Helena, depois, quando chegasse aqui, em me ver...."Vai pensar ter caído em outra armadilha", penso, erguendo a cabeça ao ouvir a porta ser aberta.

—Eles chegaram -Smith anuncia - Agora é só questão de tempo. Veio mais gente com ele- diz.

—Quem?- quero saber.

—Aquele policial, a garota morena que anda com ele  e dois outros homens . E duas ruivas,gêmeas. - informa - Parece que não quiseram deixá-lo vir sozinho. Como se fosse fazer alguma diferença!- exclama.

—O que importa é que chegaram.Verifique em que momento devo ligar pra Savage e quando vou poder aparecer - ordeno e o agente assente, saindo logo a seguir.

Volto a encostar a cabeça contra o encosto da cadeira, fechando os olhos, relembrando mentalmente tudo que teria que fazer.

Não foi nada fácil conquistar a confiança de Savage,me tornando seu braço direito. Todos estes anos abrindo mão de minha vida, minha família, tudo que mais amo e prezo, tendo que ser e agir como outra pessoa, foi a parte mais dura.

Lógico que teve suas compensações: conseguimos quebrar metade das operações dele e de seus comparsas, conseguimos..Consegui..." Vou me dar ao luxo de ser um pouco egoísta aqui!", penso, sorrindo para mim mesmo, salvar muitas vidas, dentro e fora da organização, desbaratando esquemas escondidos a anos, antes inacessíveis, levando figurões pra cadeia.

Savage ficava furioso a cada nova derrota. O que tornava meu trabalho ainda mais difícil e complicado visto que a cada novo golpe sua desconfianças sobre seus colaboradores, como costumava chamar-nos, crescia violentamente. Tanto que tivemos que dar um espaço maior a fim de reunir provas fortes o suficiente para mandar o próprio para a cadeia..." Ai deu nessa merda toda! Se tivessem me escutado, nada disso teria acontecido!", relembro, irritando-me com tudo que estava acontecendo e principalmente com o risco desnecessário que meu.... Meus pensamentos são interrompidos pelo toque do meu celular. Pego o aparelho, respirando fundo antes de atender.

—Ia mesmo ligar pra você agora - anuncio.

< Por onde andou? Por que não conseguíamos contato com você?>— questiona Savage, desconfiado.

—Tive alguns problemas,nada muito grave. Já resolvi. Tenho novidades - aviso.

<  Eu também. >— diz e ouço um grito ao fundo, fazendo uma sensação ruim surgir em minha mente.

— O que está havendo aí? Estão torturando alguém?- questiono voltando a ouvir novos gritos.

< Você vai amar! Vou te mandar um vídeo pra abrir seu apetite e te fazer voltar mais rápido. A propósito, acho que vamos fazer Thomas sair da toca afinal.! >— comemora, rindo, fazendo a sensação aumentar imensamente.

—Certo. Vejamos o que tem pra mim. Estou mesmo precisando me animar depois dessa semana terrível - digo ,despedindo-me, desligando a seguir.

Enquanto aguardo o vídeo, um pensamento me ocorre. Um pensamento nada agradável.

—Damien, mais dez minutos - Smith anuncia, abrindo a porta ao mesmo tempo que recebo o tal vídeo, abrindo-o, prendendo a respiração, a raiva tomando conta de todo meu ser.

—Desgraçado,filho da mãe! - rosno entredentes,me levantando, passando por Smith feito um furacão, cego pelo ódio que me consumia.

Vou direto para a sala onde Hall e Helena se encontram, nocauteando os dois agentes que tentam me impedir.

—NÃO PODE ENTRAR AI !! - escuto Smith gritar no momento em que abro a porta com um chute, assustando todos lá dentro.

—Qual foi a unica coisa que pedi que fizessem?- me dirijo diretamente para Hall, ignorando os demais.

—Damien, o que está fazendo? Não foi isso que comb...- não deixo terminar.

—AO INFERNO O COMBINADO! - grito a plenos pulmões, socando a mesa - Qual foi minha única exigência para permanecer ao lado de Savage? É capaz de lembrar? - reitero

—Cuidar da segurança de seu sobrinho - Hall fala,me olhando interrogativo - E estamos fazendo isto.- afirma - Me mudei pra Central com essa finalidade. Mantê-lo seguro.

Sorrio com escárnio, destravando meu celular,colocando-o sobre a mesa, abrindo o video enviado por Savage, apoiando as mãos sobre a mesma, encarando-o.

—Ele parece seguro suficiente pra você?- ironizo, vendo-o ficar pálido a medida que olhava a tela do celular.

—Damien,eu...Não sei o que dizer - me olha, desconfortável.

—Eddie??-escuto a voz aterrorizada de Thomas, só então percebendo que ele se aproximara - Eddie...Savage está com Eddie? Ele é ...ele..Eddie..- balbucia, confuso.

—Sim . Eddie, meu sobrinho, está nas mãos de Savage - confirmo, fazendo sua expressão de assombro aumentar -- E juro por Deus, eu vou acabar com a raça daquele miserável!

"...So keep breathing cause I'm not leaving you anymore;

Believe it, hold on to me, never let me go;

Hold on to me, never let me go..."

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Não,vocês não sonharam. Também não é pegadinha do malandro(malandra no caso).
Trata-se da verdade nua e crua. maiores detalhes; futuras complicações; reações; Cait e Thea....Próximo (bem próximo se der) capítulo.
bom dia flores. Bjinho.



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