Vidas Trocadas. escrita por Regina Rhodes Merlyn


Capítulo 30
Golpe Inesperado


Notas iniciais do capítulo

Oiieeee, pessoas lindas. Voltei. Ando meio falha nos últimos dias,eu sei, mas foram tantas coisas acontecndo no "falecido" mês julho!!! Aliás, que bom que ele está acabando. OOooo,mês longo e complicado foi este viu! Pelo menos pra mim. Só espero que Agosto seja melhor.
Deixando de lado as coisas não tão boas, vamos retomar do ponto onde paramos: Tio Malcom vai ter que se explicar. Já adianto que pode ser que este capítulo se didvida em dois ou fique mais longo,o que vier primeiro,ok?
Boa leitura. Grata pelas lindas rewiews...Bjinhos flores.
P.S: Só mais uma coisinha: as coisas vãose des(en)rolar pois se aproxima a reta final!



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"I'm standing on the bridge, I'm waiting in the dark;

I thought that you'd be here by now;

There's nothing but the rain no footstep on the ground;

I listening but there's no sound.."

I'm With You

Avril Lavigne

 

Residência dos West

Sexta à tarde

Malcom

"Será que essa situação poderia ficar ainda mais estranha?", havia me perguntado mentalmente poucos minutos atrás, e agora a resposta aparece "gritando" na minha cara..." O que raios Thea Queen estava fazendo aqui e junto com Thawne?", reflito, observando os dois,que permancem abraçados.

—Tio, está me ouvindo?- escuto-a perguntar novamente, suspirando antes de responder.

—Estou. Poderia lhe fazer a mesma pergunta,Thea - digo,desviando meu olhar para Thawne, vendo, pela expressão em seu rosto, que havia  chegado a alguma conclusão.

—É o pai de Caitlin,não é?- questiona-me e sorrio, admirando a rapidez de raciocínio do jovem..."Ficaria orgulhoso em tê-lo como filho!", penso.

—Sou - respondo e antes que possa dizer algo, Claire Snow surge por detrás dos dois.

—Thea, Eddie, que bom ver vocês! - exclama, abraçando-os - Vieram me ver?- pergunta.

—Não desta vez princesa - Thawne responde, tocando carinhosamente o rosto da garota - Viemos almoçar com Mag, mas depois pretendíamos passar lá pra Thea se despedir de você - avisa, fazendo minha confusão aumentar.

—Despedir? Você vai embora?- questiona, abraçando a filha de Robert com carinho.

—Por um tempo lindinha.- Thea responde - Mas pretendo voltar logo, afinal, tenho boas razões pra visitar Central City não é?- diz, piscando para a garota, que sorri, balançando a cabeça aifrmativamente, voltando sua atenção para mim logo depois.

—Esqueceu isto lá em casa - separa-se de Eddie e Thea, vindo até mim, entregando-me a pasta que continha o cd com os dados fornecidos pelo hospital - Sorte minha tia ter visto que ainda não tinha ido embora - acrescenta,me dirigindo um sorriso doce, que aquece meu coração..."Teria feito qualquer coisa por ela também", estendo a mão, recebendo a pasta, lhe fazendo um carinho, uma dúvida oprimindo meu coração.

—Obrigado querida. Sabe, você lembra muito minha filha - comento e seu sorriso aumenta.

—Mas que droga! - ouço a voz da mulher ao meu lado exclamar - Eddie, por favor tenha calma, não aceite provocações,entendeu?- pede e logo descubro o por quê.

—Vou ter que pedir uma ordem de restrição para mantê-lo afastado de minha família,Thawne? - um homem alto diz, aproximando-se por trás dos dois,fazendo Thea apertar o braço do rapaz a seu lado, assustada.

—Claire,vá pra casa, agora - ordena e a garota abre e fecha a boca, obedecendo, cabisbaixa, fazendo-me antipatizar com o homem  - Talvez eu deva te dar aquela surra que fiquei devendo no aniversário da Claire - diz, desviando o olhar de mim para Thawne, encarando-o - Sabia que seu namorado tentou se aproveitar de minha filha?- acusa.

A reação do rapaz é imediata: ele cerra os punhos, libertando-se das mãos de Thea, que tenta,em vão, segurá-lo, acertando o homem em cheio, fazendo-o perder o equilíbrio e cair.

—EDDIE,PARE! - a voz de Thea se junta a da dona da casa, que corre interpondo-se entre o rapaz e o pai de Claire, que  levantava, furioso.

—Vou te partir ao meio moleque! - ameaça, entredentes,partindo para cima do rapaz,fazendo-me erguer de onde estava, parando entre os dois, juntando-me a elas a fim de evitar o confronto eminente.

—Já chega amigo!! - bravejo, encarando-o - Melhor para por aqui - aconselho.

—Sai da frente ou vai sobrar pra você!- ameaça, vindo em minha direção e me preparo para o pior.

—O que pensa que está fazendo Sebastian?- uma voz autoritária se faz ouvir - Ameaçando pessoas na porta de minha casa?- um homem negro, alto e forte aparece vindo do meu lado esquerdo, os olhos faiscando - Ameaçando minha esposa? É isso mesmo? - questiona, parando a meu lado, e vejo o outro recuar - Tem exatos dez segundos para sair daqui ou te dou voz de prisão - ameaça, os maxilares contraídos pela raiva.

Sebastian começa a se afasta, lentamente, parando próximo a Thawne.

—Qualquer dia,moleque, vai estar sozinho e ai veremos do é feito! - rosna, ameaçando-o.

—Mal posso esperar! - devolve Thawne, o recém chegado segurando-o pelo braço.

Acompanho o homem ir embora, só então percebendo as pessoas paradas nos jardins, incluindo Claire, a mãe e a tia, que se afasta a medida que o cunhado se aproxima, observando a cena.

—Vamos entrar - chama, ainda segurando Thawne, fazendo-o acompanhá-lo - Todos nós - me olha e concordo com um aceno, sentindo a adrenalina diminuir.

Lá dentro, nos sentamos na sala, Thea ao lado de Eddie, acariciando o rosto do rapaz, lívido de raiva,chamando minha atenção mais uma vez para a intimidade entre os dois.

—Antes que diga qualquer coisa meu amor, foi Sebastian que veio até aqui, provocá-lo, desencavando defunto,ameaçando-o - diz, respirando fundo buscando acalmar-se - Eddie apenas se defendeu.

—A história do aniversário  novamente?- questiona o rapaz e ele acena afirmativamente - Sebastian sabe quais feridas tocar pra te fazer perde a cabeça. Isso me preocupa muito. - pondera, encarando-o, pensativo - A propósito, Joe West - volta-se para mim, apresentando-se.

—Malcom Merlyn - levanto-me,apertando a mão estendida.

—Devo supor que já conheça os demais?- questiona.

—Apenas Thea e Eddie - digo - Sua esposa me ajudou mas não fomos apresentados formalmente. Não houve tempo - acrescento.

—Margareth West - apresenta-se, estendendo-me a mão - Mas pode me chamar de Mag - sorri, voltando-se a seguir para os dois jovens - Estão bem? - pergunta.

—Mais ou menos - Thea responde, a voz trêmula - Poderia me arrumar um copo com água?-  pede e Mag vai até a cozinha, voltando pouco depois, entregando o copo, sentando a seu lado - Obrigada - agradece, um sorriso amarelo no rosto.

Em todos os anos que conheço Thea Queen, é a primeira vez que a vejo tão calada, tensa, a ponto de desabar em uma crise de choro, algo bem incomum nela, sempre tão alegre e efusiva.

—O que veio fazer aqui senhor Merlyn? Por que me procurou com aquela história de hospital? - escuto Eddie questionar, a voz e o semblante ainda tensos e encaro seu olhar inquisidor - A verdade -pede.

Permaneço encarando-o um tempo, estudando-o, voltando-me para Thea que, assim como ele, aguardava minha resposta atenta. Fecho os olhos, suspirando antes de começar a narrar, começando pelos acontecimento de seis anos atrás chegando até minha visita a Katie Snow, parando uma vez ou outra, dando tempo de absorverem as informações.  Ao final, um silêncio cai sobre a sala, quebrado alguns minutos depois por Eddie.

—Por que não investigou na época?- pergunta.

—Meus sogros morreram dias depois que recebi o resultado, quando me preparava para contar-lhes a verdade - revelo -Tentei voltar ao assunto outras vezes mas sempre acontecia algo para atrapalhar, até que, este ano,na festa de Cait, conheci um rapaz que me fez lembrar a mim mesmo, reavivando antigas questões, me deixando inquieto quanto ao assunto novamente - digo - Confesso que fui ao restaurante por cuidado com minha....filha ..Sabia que estava envolvendo-se com alguém e não me agradou que estivesse escondendo isso de mim, de nós, eu e minha esposa -admito -Era sinal de algo errado - paro, pensativo -Quando reencontrei o rapaz , Thomas, lá, e Rebeca também notou a semelhança entre nós, a famosa pulga atrás da orelha começou a me morder e acabei decidindo vir até aqui tentar encontrar a verdade - faço uma nova pausa, refletindo se deveria fazer a pergunta que me atormentava - Sei que acredita na inocência de Thomas, Eddie,mas não posso deixar de me questionar...-ele me interrompe.

—Tommy faria qualquer coisa sim pela Claire. Ele fez, de fato. Mas nada fora da lei- assegura - Acho que é minha vez de lhe contar a verdade sobre isto e Joe e Mag- encara o casal sentado a sua frente - Não fiquem com raiva,mas era ...É preciso manter o que vou lhes contar em total sigilo - alerta,começando a narrar, com detalhes tudo que havia acontecido com Thomas desde a manhã anterior à cirurgia da irmã até sua chegada, com Cait, em Starling.

Quando Eddie termina, os três estamos revoltados e enojados com tudo que aconteceu a meu filho. No meu caso em particular, a raiva e a revolta duplicada ao lembrar da responsável indireta por tudo isso: Isabel. Além de imenso sentimento de culpa..

—Não pode se culpar por nada, senhor Merlyn - Mag contemporiza - Não poderia prever o que ela faria. Ninguém poderia - argumenta.

—Não de fato. Mas se não tivesse me envolvido.....-fecho os olhos, angustiado - Quanta dor poderia ter sido evitada!! Quanta causou e quanta ainda vai causar!! - lamento - Não consigo medir o tamanho do estrago  que isto vai causar, principalmente em minha esposa e na mãe de Cait...-paro - Cait e Thomas.... Como...posso ...O que fazer pra não machucá-los ? - questiono, encarando a mulher a minha frente.

—Infelizmente, essa pergunta não tenho como lhe responder - diz, contrariada.

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

Thea

 Saímos da casa de Mag tarde da noite. Depois da conversa com tio Malcom, Eddie havia ligado para Jay pedindo que viessem nos encontrar ali, entrando pela porta de trás a fim de não chamar atenção.

Apos todos serem colocados a par das novidades, Jay nos atualiza sobre o andamento das investigações, tanto a oficial quanto a paralela, combinando que Ruzek ficaria responsável por dar uns passeios noturnos com a moto de Tommy, como Eddie havia feito. Acertamos os detalhes, nos despedimos de Mag e Joe e vamos embora.

Eu e Eddie combinamos nos encontrarmos com meu pai e tio Malcom em Starling logo depois de conversarmos com Tommy.

Durante o trajeto até o apartamento, permanecemos em silêncio, cada um perdido em seus pensamentos. Os meus passeando da cena de poucas horas atrás, a acusação feita pelo pai de Claire teimando em surgir, indo até Cait e Tommy, me entristecendo por meus dois amigos.

Quando entramos no apartamento, não consigo mais me conter.

—Como sabia que não era filho de Rebeca e Malcom, Eddie? - questiono, engolindo a outra pergunta que me queimava por dentro.

—Conheço minhas origens,Thea. Sei muito bem quem é meu pai e o por que de não ter me assumido até hoje e de nunca vir a fazê-lo - revela, jogando as chaves sobre a cômoda, sentando na cama, uma sombra de tristeza e amargura cobrindo seu rosto, o olhar perdido.

Me aproximo, afagando seus cabelos, beijando seu rosto, descendo até a boca , doce e calmamente, sentindo-o enlaçar minha cintura, me fazendo sentar em seu colo.

—Quanto ao que Sebastian disse- começa, erguendo a cabeça, olhando-me nos olhos - Ano passado, durante a festa de aniversário de Claire, a surpreendi bebendo escondida com mais duas amigas, perto do final. Já estavam bem alteradas a ponto de ela fazer algo que normalmente não faria: me beijar- revela - Mais até. Quando Sebastian nos encontrou, ela havia acabado de tirar a blusa, se atirando sobre mim- continua, me surpreendendo - Lógico que ele enxergou o que quis, começando uma confusão, se contendo apenas quando Joe ameaçou prendê-lo - termina, suspirando em meu pescoço- Não precisa acreditar em mim. Pode perguntar a Barry,Íris ou até mesmo Tommy. Eles vão...- o interrompo, calando-o com um beijo, inicialmente calmo, aprofundando-se aos poucos.

Não sei se devido as emoções vividas naquela tarde, ou por ele ter compartilhado comigo um pouco do seu passado, ou pela ameaça velada feita por Sebastian...O fato é que fizemos amor de uma maneira completamente nova e intensa.

Ouvir Eddie dizer que me amava foi ao mesmo tempo emocionante e assustador. Sabia que, de agora em diante,minha vida nunca mais seria a mesma, pois minha felicidade estava ligada a dele: sua alegria era a minha,bem como sua dor...'Qualquer dia, moleque, vai estar sozinho e aí veremos do que é feito...', adormeço com a ameaça ecoando em minha mente.

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Uma semana depois

Eddie

Depois de uma semana intensa em Starling, onde, além de atualizar Tommy sobre as investigações, conhecer o irmão e cunhada,o pai e a mãe de Thea  ( os três primeiros me aprovaram,por assim dizer, já a mãe....), a esposa de Malcom Merlyn (mãe de Tommy), ainda tive que lidar com uma crise de ciúmes de minha bruxinha por causa da filha de Bertinelli, Helena, além da provável presença do braço direito de Savage, Damien Darhk, em Starling, colocando-nos em alerta, obrigando Tommy a permanecer a maior parte do tempo escondido ora no quarto onde morava,ora na Verdant. O local,aliás, se mostrou uma ótima base para nossas reuniões. 

No meio da semana, Kyle veio até Starling me ajudar a dar uma busca por Darhk, a fim de termos certeza de sua presença ou não, causando um furor entre as meninas, amigas de Thea e Cait, principalmente Yasmim, com a qual ele demonstrou ter mais afinidade, o que acabou sendo útil já que permitiu a ele transitar pela cidade com ela como um casal de namorados, sem levantar suspeitas caso fossem vistos por Darhk.

Quanto a mim e Thea, passamos boa parte do tempo juntos com Cait e Tommy, momentos que aproveitávamos para, além de namorar, sondar e preparar o terreno para o encontro com Merlyn, que andava indócil com a situação, principalmente pelo fato da tal prima, Isabel, ter voltado para a cidade, tendo,inclusive, feito contato com Cait. Ao que tudo indicava, a mulher não tinha feito nenhum grande estrago. Ainda. Mas vivia rondando tanto Cait quanto e esposa dele.  Não chegamos a ser apresentados mas Thea me mostrou quem era outro dia, na boate.

Como minha suspensão acabava na segunda, decido voltar para Central City no domingo pela manhã.

Não havíamos visto qualquer sinal da presença de Darhk, o que não significava que Tommy estivesse em segurança. Por isso, Kyle iria permanecer mais alguns dias, aproveitando algumas folgas vencidas, enquanto retorno.

Acordo cedo a fim de evitar encontra com a mãe dela ( havia me convencido a dormir em sua casa a última noite), deixando-a ainda dormindo. Pego minha mala,dou um beijo leve em seu rosto,saindo quarto. 

Do lado de fora da casa, encontro Oliver, já acordado, fazendo execícios. Conversamos alguns minutos e depois de me despedir, entro no carro do pai de Barry, emprestado por ele com a promessa de vir buscá-los no final de semana, e sigo viagem de volta pra casa.

Estou na metade do caminho quando meu celular toca. Sorrio ao ver a foto de Thea no visor, esticando o braço para atender e no momento que o faço, uma caminhonete, que havia me ultrapassado pouco antes, para bruscamente.

—Mas o quê???- piso no freio com toda força,mas não consigo evitar o choque, a força do impacto sendo tão grande que estoura o air bag me fazendo bater a cabeça contra o volante, abrindo um corte no supercílio, deixando-me tonto.

Sinto-me sendo puxado para fora do carro e jogado contra o chão.

—Oi loirinho, lembra de mim?- ouço perguntar sem conseguir enxergar o rosto - Devia ter ficado quieto no seu canto - avisa pouco antes de atingir minha cabeça com um chute.

 

"...It's a damn cold night, trying to figure out this life;

Won't you take by the hand take somewhere new;

I don't know who you are but I...I'm with you

I'm whit you.."

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Como disse, ficou um pouquinho grande...
Bjinhos flores.



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