"....Come just as you are to me, don't need apologies

Know that you are worthy;

I'll take your bad days with your good;

Walk througt the storm I would;

I do it all because I love you;

I love you..."

Unconditionally

Kate Perry

Casa de Elise e Gaby   Quinta a noite

Narrador

—Quero que sejam sinceros. Se não estiver bom, digam- pede Rodolpho ao grupo reunido no pequeno quintal da família Halstead, reunidos para comemorar o aniversário da matriarca.

—Pode deixar. Mas acho difícil você fazer alguma coisa ruim Rod- elogia Yasmim, mordendo um pedaço do hamburguer.

—Condordo em gênero, número e grau! - assente Leonard, fazendo o mesmo.

—Conheço alguém que vai malhar até dizer basta amanhã- brinca Sara, provocando o namorado.

—Malho mas com muito prazer- garante - Afinal,não é todo dia que se tem a honra de poder experimentar, em primeira mão, uma receita de um chef internacional. Mesmo que seja de hamburguer!!

—Hamburguer gourmet!! - comemora Cisco.

—Devagar ai cunhado, ou vamos acabar a noite em um hospital- adverte Barry, abraçado a Íris, fazendo todos rirem.

—Casal, se fosse vocês vinha pra cá rápido antes que Yasmim e Cisco devorem tudo- avisa, Sara-chamando-os- Vocês vão ter tempo de sobra pra namorar! - brinca quando Tommy e Cait se aproximam do grupo.

—Sem problemas, Sara. O que me interessa é o bolo mesmo- garante Cait, fazendo uma careta para a amiga - Por falar nisso, cadê ele?

—Já está vindo - assegura Rodolpho - Como a van do restaurante só estaria livre depois das sete pedi...- para, olhando surpreso para o portão que dá acesso ao quintal, fazendo um gesto na direção de Cait e Tommy, pedindo para separem-se, deixando-os confusos até ouvirem a voz do patrão do rapaz.

—Boa noite a todos! - saúda Elliot Bertinelli - Entrega especial! Cadê a aniversariante?? - pergunta, e Natalie e o marido levantam-se, indo a seu encontro, recebendo os cumprimentos do homem.

—Nossa, que cheiro bom é esse??- Elliot volta-se para Rodolpho- Receita nova?

—Mais ou menos. Uma releitura, eu diria- informa.

—Posso experimentar?-questiona.

—Mas é claro.- afirma o chef, pedindo um prato a namorada- Aqui.

—Hummm, muito bom!- comenta - Olá Caitlin, como vai?

—Tudo bem, e o senhor?- responde a jovem, parada ao lado de Tommy

—Agora, bem melhor- diz, sorrindo - Senti sua falta sábado passado, quando seus pais foram jantar no restaurante- fala com naturalidade sem perceber a tensão que a frase cria no ambiente.

—Meus pais foram ao Bertinelli's sábado passado?- pergunta, olhando de Rodolpho para Elise, depois para Gaby e Tommy,voltando a encara-lo.

—Sim,sim. -confirma entre uma mordida e outra - Inclusive, foram até a cozinha cumprimentar Rodolpho depois que o jantar terminou..-diz - E Thomas também. Nossa isso está muito bom!

—Cait, vamos até o toilette comigo - Sara chama, pegando a mão da amiga, que se deixa levar - Yasmim, Gaby, vamos também - convida.

—Nunca vou entender porque raios as mulheres vão ao banheiro em bandos!- exclama Leonard.

—Sabe não?- questiona Bertinelli- Falar mal dos homens!

No banheiro, Sara tenta acalmar a amiga, que anda de um lado para o outro.

—Cait, não surta, por favor-começa- Não aconteceu nada de mais. Eles foram até a cozinha, cumprimentaram os dois e só.

—Pensei que seu pai não conhecia Thomas, Cait- Yasmim diz, e leva um beliscão - Aiiee!!!

—Não está ajudando!!- ralha Gaby.

—Também pensei isso. Mas agora..- morde o lábio, indecisa - E não é tão simples assim Sara. Sempre que vão jantar fora, meus pais me convidam, a menos que saibam que já tenho compromisso, o que não era o caso visto que só decidimos ir à Verdant depois que já havíamos saindo.- leva o dedo a boca, roendo a unha - Eles nem falaram que iam jantar fora. Só me perguntaram se eu ia. Meu pai, no caso- diz mas antes que Sara ou alguma das outras tenha chance de dizer algo, Elise as chama para cantarem o parabéns.

Depois que Bertinelli vai embora, Sara deixa o namorado na companhia do pai das gêmeas indo se juntar a elas e os demais, chegando no momento em, que Cait questiona Tommy sobre o pai o conhecer.

—Estava desmontando o bar da piscina com Jonas quando ele e o pai da Thea foram até lá. - diz - Ele me pediu pra servir drinques para os dois.

—E quando ia me contar isso?- questiona a garota, sem esconder a preocupação.

—Não foi nada Cait. Até já tinha esquecido- argumenta.

—Falando em Thea, onde ela está?- pergunta Jonas.

—Deve estar exibindo o carro novo por ai!- exclama Sara.

—É mesmo, ela ganhou um carro do irmão ontem -lembra Elise - Veio aqui toda feliz.

—Pelo menos vai nos dar uma folga até se cansar da novidade! - brinca Gaby, justificando-se logo em seguida ao ver as expressões de espanto de Barry e Íris - Não me levem a mal, nossa amiga é um amor, nós a adoramos ,mas vocês não conhecem o furacão Thea Queen!!- sorri

—Por isso mesmo.- Jonas começa - Está calmo demais. Até parece que ela...- antes que termine a frase, ouvem Yasmim exclamar.

—AI MINHA NOSSA!! MINHA NOSSA!! - fala, olhando o visor do celular, alterando o tom da voz - Me matem com a faca da cozinha!!!

—Que exagero todo é esse Yasmim? - Gaby pergunta, recebendo o celular que lhe era entregue - Sangue de Cristo!!

—Ok, agora fiquei preocupada. O que vocês estão vend...- para, abrindo a boca ao olhar o visor do aparelho - Thea??? É a Thea??- questiona e os demais se aproximam para ver o que as assustara: um video na internet onde Thea aparece dançando e beijando...

—Eddie???- Barry questiona, apontando a tela - É o Eddie com a Thea???

—É o que parece! -Sara exclama, celular nas mãos, tentando fazer uma chamada.

—Tá ligando pra quem??- Elise pergunta.

—Pra quem você acha?- devolve -- Pra ela, lógico.

—Que lugar é esse? Não parece a Verdant- comenta Jonas.

—Eddie não voltou pra Central City?- Rodolpho pergunta, recebendo um aceno afirmativo - Então, como é que ela está com ele?

< Sarinhaa!! > , escutam a voz de Thea, percebendo que ela havia conseguido contato, colocando o celular no viva voz.

—Sarinha uma ova!- braveja - O que pensa que está fazendo?? Onde raios está?? E com quem?

< Me divertindo. Em Central . Com o detetive mais gato e gostoso da cidade!!> , responde

—Eddie???- Íris pergunta

< Bingo!! >,fala , emitindo um som estalado.

—Sério?? - Barry fala, sorrindo.

< Sério. > Eddie responde...< Esperem. Vamos sair daqui. Ligo de um lugar mais tranquilo. > avisa desligando em seguida, deixando-os em suspense.

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Malcom Merlyn

Sentado em frente a mesa do administrador do hospital, aguardo o homem retornar. Ele havia saído logo após ter ouvido meu pedido.

Enquanto o aguardo, as lembranças começam a surgir em minha mente...

¨¨¨¨¨¨ Flashback On ¨¨¨¨¨

—Senhor Merlyn, desculpe incomodá-lo,mas temos um pequeno problema - a organizadora de eventos vem até nossa mesa - Poderia me acompanhar?

Levanto, pedindo licença a minha esposa, nossos pais e amigos, seguindo-a até uma sala onde encontrava-se minha prima,Isabel, sentada em uma poltrona, parecendo alterada.

—Desculpe, mas sua prima bebeu um pouco demais e estava começando a ser incoveniente. Tivemos que trazê-la para cá, pois ameçou fazer um escândalo quando pedimos que se retirasse- informa.

—Pode deixar. Eu cuido disso - agradeço mais uma vez e a mulher sai, seguida dos dois seguranças.

Fecho a porta, me virando para Isabel. É o aniversário de quinze anos de minha filha. Ela apareceu sem ser convidada. Rebeca permitiu sua entrada para evitar constrangimentos. Olhando-a agora, preferia que não o tivesse feito.

—Isabel. -chamo, me aproximando dela, que ergue a cabeça, sorrindo debilmente, segurando minha mão.

—Sabia que você viria- declara, levantando-se, envolvendo meu pescoço, me beijando. Permaneço imóvel, os braços estendidos ao longo do corpo - Você veio.- continua, falando junto a minha boca - Ainda me ama. Eu sabia. Sabia que se cansaria daquela sem graça mais cedo ou mais tarde.-tenta me beijar mais uma vez mas a afasto.

—Está bêbada Isabel- faço-a sentar-se novamente- Vou chamar um táxi para levá-la pra casa.

—Não! - levanta-se - Me leve você Malcom. Melhor, vamos embora. Largue tudo e venha comigo.- faz menção de me abraçar mas a afasto

—Alô, por favor,mande um táxi para o Palazzo Cristal. Uma passageira. Darei o endereço e farei o pagamento adiantado. Malcom Merlyn. Quanto tempo? Certo. Obrigado.- termino, voltando a encara-la - Dentro de vinte minutos seu táxi chegara- vou até mesa do lugar, pegando caneta e papel, escrevendo o endereço dela. Em seguida pego minha carteira, retirando algumas notas, dobrando-as, colocando dentro do papel.- Pedirei que um dos seguranças a acompanhe até a saída e a coloque no carro. Por favor,não complique as coisas. -peço- Não quero aborrecer Rebeca e muito menos Caitlin - viro-me, encontrando seu olhar irado sobre mim.

—Sempre tão prático- ironiza - Organizado, certinho- se aproxima, deslizando a mão pela lapela de meu terno - Foi nisso que aquela sem graça te transformou?- beija meu pescoço -Em um cachorrinho obediente?

Encaro-a por um tempo, afastando-a em seguida, começando a caminhar para a porta.

—Antes de se preocupar em magoar sua digníssima esposa, deveria tentar saber se a filha que ela lhe deu é realmente Sua! - insinua e paro, voltando-me .

—O que disse?- pergunto.

— Isso mesmo que ouviu, priminho.- sutenta- Tem certeza que essa garota que cria com tanto zelo é de fato sua filha?-ergue o queixo desafiadora ao me aproximar.

—Como se atreve a questionar a fidelidade de Rebeca?-seguro seu braço vendo a expressão de triunfo em seu rosto .

—Por que não? Por acaso acha que ela não te trairia?- provoca e aperto-o ainda mais - Ou só você tem o direito de ir pra cama com outras?

—Nunca trai Rebeca! Sabe disso melhor do que qualquer um - bravejo.- Nem ela a mim!

—Será mesmo?- volta a insinuar e antes que consiga revidar, o segurança entra avisando que o táxi chegara.

Nos dias seguintes, tento não pensar no assunto mas a dúvida havia sido plantada. Isabel conseguira envenenar minha mente.

Agoniado, peço ajuda a Robert, que me leva até um antigo colega de faculdade, dono de um laboratório de analises clínicas. Explico a situação e ele me pede para conseguir amostras para realizar  um teste de DNA.

Com a desculpa de verificarmos se estávamos aptos a participar de uma campanha de doação, convenço Rebeca a coletar sangue e animo Cait a participar apenas para que saiba seu tipo sanguíneo( coisa que nunca nos importamos em saber).  Consigo as amostras, entrego e fico esperando que me ligue.

Cerca de vinte dias depois, Robert me liga pedindo que o encontre no laboratório e seu tom de voz me preocupa.

Quando chego,sou encaminhado direto para a sala de Harrison, encontrando-o em companhia de Robert.

—Então, já tem o resultado?- pergunto,sentando-me,e ele confirma, permanecendo em silêncio - E então? Caitlin é minha filha não é?- os dois se olham.

—Na verdade - Harrison começa, cuidadoso -Ela não é filha de nenhum dos dois.

—Como?? Não entendi?- encaro-o, confuso

—Você e Rebeca não são os pais de Caitlin Malcom- Robert repete

—Impossível! - me levanto, exasperado, olhando-os - Não pode ser.

—Infelizmente - afirma Harrison - Tanto o senhor quanto sua esposa tem o mesmo tipo sanguíneo, A+ -diz - Os filhos gerados de sua união poderiam ter o mesmo tipo, A, sendo positivo ou negativo, ou o tipo O, também positivo ou negativo.- para, me dando tempo para absorver a informação - Sua filha...Caitlin é tipo B. - nova pausa - Não há como isto ser possível. Eu sinto muito, mas ela não é filha de vocês.

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨  Flashback Off ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

—Senhor Merlyn?- escuto a voz do admistrador, saindo do devaneio, encarando-o - Todas as informações que me pediu estão aqui- entrega-me um cd -Peço-lhe, por favor que, caso confirme sua supeita, entre em contato comigo a fim de que possamos realizar uma investigação interna para descobrirmos os responsáveis- me entrega um cartão de visitas - Estaremos a sua total disposição. - assegura - Deseja mais alguma coisa?

—Sim - encaro-o - A verdade.

Continua