De Outro Mundo escrita por S Q


Capítulo 38
Estresses Matinais


Notas iniciais do capítulo

Depois de mil anos, cá estou eu, vinda do futuro e maior de idade para atualizar essa história! Adianto que não é um grande capítulo, mas ele é necessário para mudanças futuras na trama , que lhe desencadearão para um desfecho (falei q demoro mas não abandono?)
Espero que tenha ficado aceitável.



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— Max! Eu te trouxe junto comigo porque estava preocupada com sua educação. Não para ganhar poderes e sair fazendo qualquer besteira por aí!  — Harper berrava com o irmão.

— Mas eu ganhei. — E mexeu a varinha de novo, aparatando no quarto dele.

A ruiva olhou exasperada para Alex. Ela levantou as mãos em rendição.

— O irmão é seu!

Em seguida foi ver sua própria varinha na caixa, como se nada tivesse acontecido. Ficou encantada: ela era longa e esguia, vermelho sangue, reta, lisa, apenas com um detalhe verde escuro em uma das extremidades.

— Uau! —  Comentou admirada — Certa vez ouvi o tio falar que havia um tipo de rastro registro na dimensão mágica, dos feitiços de cada feiticeiro; e que através deles os fabricantes de varinhas se baseavam na ideal para o seu feiticeiro. Ou algo assim. Mas, sei lá, não acreditava que era tão personalizado desse jeito… — Sentia como se a varinha tivesse sido feita para ela. Nem prestou atenção quando Harper começou a conversar. A ruiva teve que dar um grito enorme:

— Ô,ALEX!!

— Oioioi, desculpa! O que foi?

— Você parecia mais vidrada nisso do que otaku vendo Naruto. Então… acha que é melhor eu procurar meu pais?

A baixinha demorou um pouco para entender o que estava acontecendo.

Harper então lhe explicou que não adiantava mais ficar adiando se encontrar com o casal Finkle; estava com sorte por seu nome não ter parado entre “desaparecidos”. E de qualquer forma ainda havia uma preocupação com Max.

— Ele parece estar cada dia mais fora do eixo. Não consegui dormir de noite me sentindo culpada. — Confessou, suspirando.

Alex deu um abraço carinhoso na amiga. Queria ter alguma resposta pronta para resolver a tristeza, mas não tinha moral para isso se sua própria família também era uma zona. Nisso, Justin entrou na sala com cara de poucos amigos.

— Já acharam as varinhas. Que ótimo!

As meninas estranharam a carranca mas ele logo completou.

— Estamos de castigo mágico.  — Disse olhando diretamente para Alex.

— Como assim? — A adolescente morena perguntou mais perdida que cego em tiroteio. Era muita informação para uma manhã só.

— Por que aparenta surpresa? —  Justin lhe lançou um olhar mortal. Aconteceu ali uma comunicação silenciosa, como se a garota estivesse sendo acusada por toda a sua falta de obediência de uma só vez. Seu colega de apartamento até então não havia sido tão hostil. O sangue subiu-lhe à cabeça:

— Aaaahhhh! Então o senhor boas-maneiras acha que passado algum tempinho, já pode se esquecer do que fiz por ele!

Harper e Max, que ainda discutiam até então, foram se calando com o clima tenso que dominava os outros dois. Justin estava completamente estático com o último comentário:

— Então, é assim… Vai jogar na cara porque eu te olhei torto…— sussurrou. Então completou meio ansioso, piorando ainda mais a situação —  Esqueceu que eu também acabei de te ajudar?! A segurar o segredo do mundo mágico?!

Alex, girou os olhos irritando-se de maneira crescente, como uma chaleira prestes a transbordar:

— Ah, sim. Porque só para isso que servi até aqui, né? Não estava tão irritado assim quando me puxou para dançar, né seu… Com licença. - Enfiou sua varinha nova na mochila que usava e saiu batendo a porta.

Estava armado o climão daquele dia.  Justin passara a noite anterior, procurando saber melhor sobre o Treinamento e as informações que obteve não eram nem um pouco boas. Acabou sem ter uma boa noite de sono, o que ajudava a piorar o humor péssimo.  Já Alex, após acordar com a bomba da amiga, entre berros com o irmão, mais o sono e a preguiça, ainda esbarrar Justin no momento e na hora errada foi como um estopim para o estresse. Nenhum dos dois queria ter dito aquelas palavras, mas disseram. Assim que chegou no térreo do prédio (vulgo, lanchonete), a baixinha se sentiu um pouco culpada por seguir sozinha para a escola. Contudo, considerando seu emocional naquele momento, foi uma sábia decisão.

     Chegando lá, teve tantos exercícios de Matemática para fazer que acabou não conseguindo falar muito com ninguém, nem mesmo com Harper, que entrou esbaforida, um pouquinho depois da aula começar, querendo saber se a amiga estava bem. Alex acabou lhe dando uma resposta evasiva e focou em se dedicar de verdade aos estudos na Tribeca para se acalmar, numa tentativa desesperada de não brigar ainda mais naquela manhã.  Ela teve que admitir para si mesma que estudar era muito bom para se esquecer do restante da vida. Contudo, no fim do dia, se sentiu parecida com Justin, fazendo todas as tarefas. A vontade, com tal pensamento, foi de rasgar todas as folhas em que escrevera na aula. Harper, contudo, percebeu a piora súbita no humor da amiga quando o alarme do final das aulas tocou, então correu para perto dela.

— Eu sei que você não é muito de diálogos femininos. Mas a gente precisa conversar. Rumo ao banheiro! — E saiu puxando Alex para o melhor lugar reservado de uma escola de Ensino Médio.

A morena seguiu a amiga, de braços cruzados.

— E então?

Harper fez uma cara impaciente, mas antes de seguir o assunto, as duas receberam uma mensagem de Theresa simultaneamente pelo celular. Alex sacou seu aparelho do bolso da calça para ver logo o que era:

“ Nos encontre na toca o mais rápido possível. Precisamos conversar”.

Ela mostrou à colega, no que comentou, irônica:

— Poxa vida, que pena, vamos ter que deixar essa conversa para fora do banheiro!

— Tem problema não, a gente pode ir conversando até em casa. Até já peguei o papel toalha para entrar no clima! —  A ruiva falou, balançando um papel recém-pego. Alex fez uma careta com o comentário da irmã mais velha de Max, porém, seguiu-lhe. Harper andava depressa, apreensiva com o enunciado de Theresa e Jerry, mas mais ainda com o que tinha para falar. Acabou falando afetadamente, enquanto caminhavam:

— Hoje, enquanto você descontava a raiva nos trabalhos… Lembra da conversa que tivemos de manhã? Pois, bem eu… Estava muito ansiosa. Por todo o clima de manhã, minha preocupação com o Max… Foi um momento de desespero mas.. mandei uma mensagem para cada um dos meus pais.

Alex parou de caminhar por um segundo:

— Como assim?! Minha raiva tava infectando o redor?! Péra, o que falou com eles?

— Eu mandei um “oi”.

Alex parou a caminhada de novo:

— Depois de todo esse tempo você só mandou um “oi”...

— Eu tô nervosa, miga! Ai, eu sei que parece idiotice… Mas o que será que eles vão me responder?

— Sinceramente? Eu te bloquearia depois de um contato desses.

Elas foram discutindo as possíveis consequências das mais variadas formas, até chegarem em casa. Harper se perguntava quais as piores maneiras de destruir alguém por mensagem de texto , pois em sua cabeça, seria exatamente o que a mãe faria. Já Alex tentava reconfortar-lhe dizendo que pessoalmente seria pior.

— Você não acha estranho que eles nunca tenham resolvido te enviar alguma coisa antes? — A morena perguntou.

— Olha, parando para pensar...

A essa altura já atravessavam as portas da lanchonete. Harper fez que iria subir, mas Alex puxou-lhe pelos braços:

— Não, você também recebeu a mensagem. Pode não querer usar magia, mas ao menos devia tentar entrar mais vezes na Toca.

A ruiva respirou fundo e acabou concordando. Chegando no freezer industrial, então, a baixinha sacou sua varinha nova da mochila e fez um desenho ao redor da porta metálica do compartimento, revelando a Toca.

Justin, Max, Jerry e Theresa já estavam lá reunidos; todos com cara de enterro.

— Que bom que chegaram. — Jerry falou com um ar cansado.  Como o Justin deve ter dito mais cedo, fomos intimados a fazer um treinamento intensivo.


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Notas finais do capítulo

E chegou o momento de me xingar! Sugestões para desfecho? Críticas? Aceito tudo !



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