De Outro Mundo escrita por S Q


Capítulo 37
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Notas iniciais do capítulo

Depois de outro sumiço, aqui estou eu para provar que demoro mas não abandono! Sim, essa história tem um final na minha cabecinha e pretendo chegar nele um dia. mas enquanto isso, vou seguindo amando essa fic por fazer ela sem preocupações ou cobranças, inteiramente por amor à escrita, aos meus leitores e à série.
Espero q n seja tão decepcionante (XD)



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— Ei, ei, ei, pessoal, eu sei o que estão falando de mim! Assim como vocês estão fofocando, agora é minha vez de dizer… o que eu tenho para dizer!

Justin, Max e Harper olhavam desesperados em sua direção. Ninguém fazia a menor ideia do que Alex estava planejando. O pátio estava em silêncio, cena raríssima de se ver. Ela limpou a garganta e mandou:

— Vocês gostam de ser capacho da Gigi, não é? Porque ela se acha superior a todo mundo e ainda assim, todo mundo alimenta as baboseiras dela.

Começou um murmúrio.

— EU NÃO TERMINEI! É, então, quem nunca foi zoado aqui dentro que levante a mão.

Alguns engraçadinhos começaram a levantar, mas seus próprios amigos lembravam de alguma treta. Ficou uma grande confusão.

— Shhh! Então como eu ia dizendo… Nós somos zoados, e continuamos promovendo isso. E daí que eu ainda gosto de brincar que sou uma bruxa? Aquela garota ali fez uma plástica terrível no nariz. E o Joseph da minha sala, que cospe enquanto fala? Quem aqui não tem suas esquizitisses?

Justin, que era o nerd mais zoado de sua sala, entendeu qual era o plano e correu na direção dela para ajudar. Não chegou a subir no banco, mas ficou ali no meio, também adicionando suas informações:

— Isso! E o Terence, eu já vi ele brincando com os músculos. Vai dizer que ninguém aqui tirou meleca do nariz?

Bem ou mal, criou-se uma discussão tão grande que os alunos não lembravam mais ou levavam a sério a história de feiticeiros. A desculpa da Alex de “brincar de bruxa” parecia ter colado bem, de qualquer forma. Mas a escola ficou uma verdadeira bagunça. Quando Justin viu muita gente já tomando coragem para tirar satisfação com Gigi, puxou Alex do banco.

— Fez um bom trabalho, mas já deu.

A confusão continuou no pátio, mesmo depois do sinal do intervalo ter batido de novo. O Sr. Laritate, desesperado com a gritaria e as reclamações de professores com as salas vazias, foi ver nas câmeras quem tinha começado aquela baderna. Resultado: detenção para Alex e Justin. Os dois ficaram chocados pela detenção do adolescente moreno. Mas não houve contra-argumentos. Embora fosse um ótimo aluno, Justin tinha posto muita lenha na fogueira. A menina ficou bem mal pelo amigo, afinal ele só entrou nessa para ajudá-la. Mas não se comparava ao quanto o próprio Justin estava se sentindo péssimo.

Quando ficaram na aula até mais tarde, ele não dizia nada, só olhava para baixo irritadíssimo. Até pouco tempo atrás, o menino pensava que o fato de nunca ter pego qualquer castigo escolar compensava o bullying que já sofreu, mas parecia que isso acabava ali. Sabia que aquilo não era culpa direta de Alex mas… também não deixava de ser.

E para fechar bem o dia, ainda teria que trabalhar até tarde na lanchonete. Chegou obviamente atrasado. O padrinho já lhe esperava com avental na mão.

— Tenho que conversar uma coisa contigo. Mas vai lá agora, vai trabalhar, depois vemos isso. Me procura antes de subir para o apartamento quando o último cliente sair.

O garoto cumpriu com seus afazeres, apesar do mal-humor, movido pela curiosidade. Assim que o expediente acabou, ele correu para falar com o tio, que fechava o caixa. O homem com alguns fios grisalhos, nem se deu ao trabalho de olhar para Justin, foi logo falando:

— A encomenda de suas varinhas chegou, mas devido à confusão que causaram serão levados à dimensão mágica para um treinamento intensivo.

— Oi?

— Isso aí que você escutou. - Então finalmente ergueu a cabeça do livro onde anotava o saldo. Deu uma bufada. - Desculpe, eu também não consegui absorver as duas coisas muito bem. Recebi uma notificação do DOM com o alerta 164 sobre exposição da magia na mesma encomenda que o correio mágico deixou com as varinhas pessoais de vocês. Estão tentando imitar as redes sociais mandando mais de uma coisa por vez, só pode. Enfim, elas serão úteis para o treinamento.

— Que história é essa de treinamento? Não é aquela medida para feiticeiros com problemas de adequação à magia.

— Essa mesmo. Sei do ótimo desempenho de vocês mas… quase romper o segredo dos bruxos antes de conseguir a própria varinha não é exatamente o que chamam de boa adaptação. — Jerry disse olhando para baixo. Sabia tanto quanto o afilhado que proteger a Toca da entrada de pessoas comuns era dever dos funcionários do DOM, mas em primeira instância a organização nunca iria admitir que a falha fora deles. Se admitissem, os funcionários ali presentes seriam severamente punidos, entre eles Kelbo.

Temos alguns dias ainda antes de precisarmos partir para a dimensão mágica. Até lá vamos ver como vamos acertar as coisas. Estou contando isso para você primeiro Justin, pois confio que vai me ajudar com os outros. Certo?

Novamente metido numa enrascada por conta de Alex, com Max no combo agora.

— Certo. — Ele murmurou.

— Mas… Fique contente pela sua varinha! Você vai ver a diferença de desempenho quando for testada. — E entregou a caixa à Justin. — Entregue para os outros quando achar seguro.

O rapaz de olhos verdes subiu as escadas sem responder. Sempre era ele o mais responsável para FAZER as coisas, mas ninguém lhe recompensava por isso. Só ganhava mais e mais trabalho e se saísse da linha já se ferrava. Balançou a cabeça, não queria se contaminar com aqueles pensamentos. Catou uma varinha que tivesse seu nome. Era toda branca com um apoiador de mãos azul. Maior na base, ficava mais estreita na direção da ponta, mas bem no bico, tinha uma pequenina pedra da lua. Ficou admirado. Sabia que as varinhas eram codificadas de acordo com a magia realizada pelas varinhas de aprendizes, então deviam ser bem ajustadas aos poderes do dono, ma não imaginou gostar tanto da sua. Não conseguia imaginar uma varinha menos “Justin”.

 

***



A casa acordou com um berro na manhã seguinte:

— MELDEUS, ELAS CHEGARAM!

Harper e Alex desceram as escadas do andar dos quartos correndo, assustadas com o grito, mas no meio do caminho, os degraus sumiram e virou tudo um grande escorrega. Uma caiu de bumbum no chão e a outra escorregou de costas. Max foi correndo na direção das duas, animado:

— Olhem só essa belezinha?! — Mostrava uma varinha lisa de plástico, verde neon meio triangular. — Eu achei nossas varinhas em cima da mesa da cozinha, tinha até uma com seu nome maninha! A minha é muito inteligente, ela pensou no que eu queria fazer.

Alex encarou Harper sem saber se reclamava de Max ou comemorava. A face da ruiva, porém, era de que certamente iria conversar sério com o irmão.


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Notas finais do capítulo

É isso pessoas, não vou pedir comentários aqui porque eu sei que não tô merecendo. Mas desejo ainda do fundo do coração que os minutos de leitura tenham valido a pena. Té mais!



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