Lover Conflict - Interativa escrita por Luna Kiara


Capítulo 9
Capítulo IX


Notas iniciais do capítulo

MAIS UMA CAPÍTULO!
YHEI!!!!

Minha internet está salva e eu estou de volta com a continuação!

Fiquem ligados!



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Capítulo IXCrise Parte 2

 

Holly tinha plena consciência da rotina de suas irmãs, mas não tinha tanta certeza quanto a dos rapazes. Sabia que os mais novos saiam para a escola, Louis saia para trabalhar mais ou menos às nove horas... Sabendo disso ela não tinha como evitar alguns encontros, isso não era necessariamente um problema já que não tinha intenções de sair daquele quarto. Nem tinha vontade de editar alguns vídeos, como gostava fazer.

Apenas queria ficar ali e quem sabe... morrer...

Se Holly tinha certeza que seus pensamentos e atitudes magoavam sua família? Sim ela tinha! E se ressentia por isso. Mas naqueles momentos nada importava, nem mesmo sentimentos fraternos.

 

Fechando os olhos, Holly deixou seu corpo tombar no tapete felpudo do quarto e mais uma vez deixou que seus pensamentos fluírem para um rumo que com toda certeza não era nem um pouco bom. Pensou em seus pais - os biológicos - principalmente na mãe, Holly sentiu seus dedos formigarem e seu pulso coçar.

A sensação agoniante não durou muito, logo outro pensamento se sobrepõe a esses.

 

[flash back]

 

A morena alta, andava meio trôpega pelas ruas muito bem iluminadas daquela rua residencial, o que era muito diferente da rua em que morava na infância - constatou ela com certa ironia. É as pessoas sobem na vida - pensou.

Ahhh... como se sentia bem!!

Alguns a podiam considerar uma bêbada, mas em sua humilde opinião, estava perfeitamente bem!

Rindo da forma atrapalhada que manuseava as chaves de casa, Holly finalmente consegui abrir a porta. A casa escura e silenciosa, atesta que seus moradores dormiam tranquilos nos braços de Morpheu.

 

— ótimo, pensou em voz alta. Era ótimo que estivessem dormindo, assim poderia ser apenas uma bêbada feliz sem incomodar ninguém. Caminhava tateando às cegas, tentando encontrar as escadas ou os botões do elevador, mas acabou por bater o dedo mínimo na quina do criado onde guardavam os chinelos para visitantes.

Sibilando de dor e xingando horrores, Holly caiu por cima do sofá.

 

— Se você fosse um dos meus irmãos, eu lavaria sua boca com sabão.

Ah. Ali estava uma de suas perdições... Vestindo um terno risca-de-giz com uma camisa vermelha sem usar gravata, os cabelos normalmente impecáveis estavam desgrenhados e fora do lugar, ali estava Ukyo a observando de modo impassível com uma sobrancelha loira arqueada.

Se Holly já achava o cara bonito todo alinhado, imagina agora...

Queria enterrar os dedos naquele cabelo loiro e talvez deixar alguns arranhões naquelas costas largas...

 

— Mas eu sou sua irmã, Bengoshi-kun¹ - Disse de modo a provocar - Não sou? - Holly alargou os lábios em um sorriso de gato.

— Onde estava, até essa hora? - Ukyo ignorou a fala de Holly.

— Hummm... - Holly pareceu pensativa por um momento, mas logo o sorriso retornou - Não sei - disse - Andei por vários lugares essa noite.

— Você está cheirando a bebida - Ukyo apontou, distorcendo suas feições em uma careta.

— Talvez eu tenha bebido um pouco sim - Holly riu - Mas isso não importa, porque sou maior de idade...hehehe! - a morena se apoiou no encosto do sofá se esticando na direção do loiro - Hey, você não acha um pouco estranho que quando fazemos aniversário e nós tornamos maiores de idade, não sentimos nada de diferente?

— Você está bêbada.

— Sim, talvez eu esteja um pouco bêbada sim - admitiu caindo na risada - Mas sabe de uma coisa? Eu nunca estive mais lúcida e nunca vi um advogado mais bonito - disse -Todos que já vi eram velhos com cara de pervertidos - A cada palavra dita Holly fechava o espaço entre eles, percebendo isso, Ukyo tentou se afastar, mas Holly não deixou. A morena o segurou pelo colarinho da camisa vermelha o puxando para um beijo.

 

♢ ♢ ♢ ♢

 

Holly grunhiu de frustração, puxando seus cabelos de forma dolorida. Ah! Como queria ser aquele tipo de babado que esquecia das coisas que fez no dia seguinte.

O que tinha feito?

Beijou o cara que seria seu ‘irmão’ oficialmente e, três dias. Não que ela se importasse realmente com isso, Ukyo era lindo, mas um beijo poderia estragar tudo, principalmente o casamento de Eiji e Miwa.

Mal sabia Holly que era exatamente isso que os dois pombinhos mais queriam... O único que parecia saber disso era Hikaru.

 

♢ ♢ ♢ ♢

 

O clima ainda andava meio pesado na Sunrise Residence. Já havia se passado um dia e Holly ainda não havia dado sinais de que sairia do quarto.

Wataru e Maiko cumpriram sua promessa de ir contar a Holly o que tinham feito durante o dia, os relatos infantis tinham deixado a mais velha um pouco mais alegre.

Ali cada um tinha sua própria maneira de lidar com toda aquela tensão. As meninas Tsubaki, já acostumadas com tudo aquilo, mantinham um perfeita máscara de “calma”. Todas sabiam do que Holly era capaz de fazer quando tinha uma crise e temiam por isso. Cada uma delas tinha uma maneira de amenizar a preocupação, mas tinha uma única coisa que elas faziam. De hora em hora, de minuto em minuto elas passavam pelo quarto de Holly, sempre atentas e escutando para saber se Holly estava bem.

No jardim, Hanabi lidava com sua própria maneira com a ansiedade. A jovem loira carregava um enorme balde de água murmurando para si mesma canções alegres enquanto tomava cuidado para não derramar a água em seu caminho pelo jardim.

 

— Iori-san? - Hana parou quando viu o menino observando a muda de Lycoris.

— Olá - Iori comprimentou sem tirar os olhos da flor - Sabe qual o significado dessa flor?

Yuurei-bana²? - Pergunta sorrindo amarelo. Hanabi se abaixou perto da muda - O lírio-aranha tem diversos significado, deveras pesados para uma flor...

—... - Iori assentiu fechando os olhos - Eu não gosto muito delas...

— Acho que algumas pessoas têm medo delas - Comenta Hanabi - Mas só porque uma flor não tem um significado favorável não significa que seja algo ruim. - Hanabi sorriu ao terminar sua fala e o silêncio tomou o espaço entre eles. - Conhece a lenda dessa flor?

— Ah dos dois duendes? - pergunta e Hana assente - Sim...

— Eu gosta dela porque prefiro acreditar que essa flor representa a saudade deles...

 

♢ ♢ ♢ ♢

 

 

Wataru, Maiko e Mitsuki caminhavam tranquilamente enquanto voltavam para casa. As duas crianças tagarelava sobre a aula de educação física que teriam no dia seguinte.

— Onee-chan - Maiko agarrou a mão de Mitsuki - Você sabe dar voltas na barra, não sabe?

— Voltas na barra? É isso que vão fazer amanhã?

— Sim! - Wataru ergueu os braços alegre - Então você sabe, Mi-nee? - a pergunta infantil trouxe um sorriso aos lábios de Mitsuki.

— Sim, eu sei fazer é bem divertido - Mitsuki arrepia o cabelo de Wataru com carinho - Querem que eu ensine?

— Vai nos ensinar? - as duas crianças tinham os olhos brilhando de expectativa.

— Mas é claro! - Mitsuki piscou.

 

Os três seguiram para o pequeno parque que havia próximo de casa, chegando lá, Mitsuki os levou para perto das barras já começando a explicar como se fazia para dar voltas na barra. Depois de algumas falhas tentativas as crianças pediram para Mitsuki fazer uma demonstração.

— UAU!!! - Os doi menores batiam palmas extasiados.

— É bem fácil, só precisa de um pouco mais de prática...

— O que estão fazendo?

— Subaru-nii - Wataru gritou correndo para perto do irmão.

Subaru estava suado e um pouco ofegante, trajava uma regata preta que deixava a mostra os braços fortes, fones de ouvido pendiam na regata.

— Mi-nee está nos ensinando a fazer giros na barra.

— É mesmo? - Subaru pergunta curioso, dirigindo um olhar para Mitsuki que corou no mesmo instante - Que interessante. - Nunca havia pensado nela como uma garota esportiva. - Como estão indo?

— Nem um pouco bem - Maiko fez beicinho - Só a Tsuki-nee que consegue - diz dirigindo um olhar carrancudo para as barras - humm! - Os olhos castanhos de Maiko aumentaram de tamanho com a ideia que acabou de ter - Subaru-nii! Você também sabe dar giros na barra?

— Faz muito tempo que não faço isso - ponderou o mais velho - mas eu acho que sim, porque?

— Venha nos ensinar também! - Maiko e Wataru praticamente arrastaram Subaru para perto das barras e de Mitsuki.

Relutantes, os dois mais velhos acabaram palestrando uma aula de como dar voltas na barra. Foi uma meia hora de risadas e bicos fofos de frustração infantil, até que ambas as crianças conseguissem dar os tão esperados giros.

 

— Agora quem quer sorvete? - Mitsuki pergunta.

— EU!!! - Wataru e Maiko ergueram as mãos animados, antes de saírem correndo para perto da barraquinha.

— Eles vão acabar não jantando - Subaru adverte

— Eu acho que eles merecem depois do esforço.

— Pensando assim, acho que eu também mereço um sorvete - Subaru riu.

— Por que não toma um? - Mitsuki pergunta olhando diretamente nos olhos de Subaru.

— Hoje eu não posso - Subaru coçou a bochecha constrangido - Tenho um jogo daqui a alguns dias.

— Ah é! Masaomi-san me contou que você é jogador de basquete.

— Quer ir ver?

— Eu posso ir?

— Se eu ganhar, podemos ir tomar um sorvete - Subaru sugeriu com um sorriso.

— Então boa sorte.

 

♢ ♢ ♢ ♢

 

Holly respirou fundo mais uma vez. Naquele dia em questão estava sendo particularmente difícil suportar seus pensamentos, tanto que cogitava fazer algo que não queria.

Os olhos escuros de Holly miraram a gaveta da escrivaninha. Talvez...

Devagar Holly ergueu o corpo se pondo de pé, passo a passo foi caminhando para perto daquela gaveta, a mão já erguida no ar para segurar o puxador...

No entanto, ela não abriu a gaveta. Holly travou no lugar quando ouviu a voz de Wataru do outro lado da porta. O pequeno começou a tagarelar sobre seu dia, desta vez ele estava sozinho. Contou a Holly de Subaru e Mitsuki os ensinando a dar voltas na barra e do que esperava para o dia de amanhã.

Quando o relato chegou ao fim, Holly ouviu Asuka chamar o menino para o jantar.

— Holly-nee, - disse o menor - Venho trazer o jantar para você depois, ok?

As palavras de Wataru deixou o coração de Holly estranhamente mais leve e por isso ela se aproximou da porta com passos rápidos e a abriu.

— Não precisa - disse com a voz serena - Eu vou descer com você -  O sorriso que Wataru lhe dirigiu foi radiante. O menino segurou a mão da irmã e juntos foram para o jantar.


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Notas finais do capítulo

Bem, eu não sei como mé sai escrevendo esses capítulos é a primeira vez que escrevo com esse tema e personagens depressivos... espero ter me saído bem...

¹ Bengoshi-kun - Advogado-kun
² Yuurei-bana,” (幽霊花) – Significa “flor que parece um fantasma”.
É tradicionalmente associado com a morte na sociedade japonesa, por estar muito presente nos cemitérios, que segundo dizem, foi plantada para manter os animais escavadores longe dos restos mortais. Uma característica interessante dessa exótica flor é que as folhas e a flor nunca aparecem ao mesmo tempo.
Com isso, também dizem que a flor representa dois amantes apaixonados que devido às circunstâncias precisam viver separados. Também significa a dor da perda e da saudade, como também pode representar a morte, mas não sentido pejorativo da palavra e sim no sentido de transição para uma nova vida. Enfim, esta flor tem inúmeros significados e uma grande simbologia na religião budista.

Querem saber mais sobre a flor? Asse aqui: http://www.japaoemfoco.com/higanbana-e-sua-simbologia-no-japao/

Já Né!!! o/



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