Freedom escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 7
Troca de plantão


Notas iniciais do capítulo

Oi! Recebi uma queixa: muitos personagens e difícil de acompanhar. Não se preocupem! Parte disso vai acabar.



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N: Katrina

 

Deixei boa parte do pessoal discutindo um plano para achar esse tal de "Ajax", "Francis", ou quem quer que fosse. Passei no banheiro para botar meu lanche para fora de forma desagradável e segui para meu quarto. O quarto onde eu e Steve dormíamos era pouco maior que os outros. Me sentei na cama e refleti nos últimos acontecimentos. Eu deixei o conforto de Asgard para se tornar a esposa de um fugitivo na Terra. Já tentei me arrepender, mas não consegui sentir remorso algum. Eu o amo.

Acho que eu nunca fui muito sã mentalmente. Noivei de Loki na noite em que nos conhecemos, Sendo rotulada "deusa", acredito em outro Deus e ainda o sigo, adotei uma órfã japonesa... E essa é a vida! Ninguém é totalmente normal e absolutamente comum. Se pararmos pra pensar, todos são iguais exatamente nisso: ser diferente.

— Kate? - perguntou meu esposo, abrindo a porta e entrando no quarto.

— Não se preocupe! Estou bem. Chegaram a alguma coisa?

— Nada ainda. - beijou rapidamente meus lábios e se sentou ao meu lado – Está tudo bem mesmo? - insistiu e eu ri.

— Está se preocupando demais com quem não deve se preocupar.

— Você é minha esposa e está esperando nosso filho.

— Sim, mas eu não sou frágil como as humanas!

— Eu sei...

— E ainda por cima, sou médica!

— Você foi. E curandeira do palácio de Odin.

— Qual a diferença?

— É. - ele assentiu – Verdade.

Rimos.

— Deu um problema. Os mutantes foram embora, mas Paôla quis ficar. Ah, e ela ganhou um apelido da Taylor.

— Ela ficou? - perguntei confusa.

— Foi uma grande emergência, pelo que disseram.Hellen disse que tinha alguém vindo. Não sabia quem, mas tinha. Mas "Lola", como chamou a Taylor, quis fiar por algum motivo.

— Não confio nela.

— Ninguém confia.

— Mas... você acha que Zoe pode estar certa?

— Talvez. Conheci Ben Michell. Servimos juntos antes dele morrer. Ele até me apresentou Zoe, mas como Zandaia. Eu pouco me lembrava disso, quanto mais ela vá se lembrar.

— Sério?

— Sério! E aquela garota é mesmo muito parecida com ele.

— E o que você acha?

— Que eu não preciso achar alguma coisa. A verdade vai ser revelada, uma hora ou outra. É só esperar.

Me aconcheguei em seus braços e ele acariciou meus cabelos. Eram longos e totalmente lisos, mas agora, são médios e repicados. Fiz isso logo que voltei da lua de mel.

 

N: Cléo

 

Meu pai e eu pilotávamos o jato. Me levantei por um instante e o deixei para ver o que estava acontecendo. Não éramos muitos. Um anti herói que conhecia o cara, eu, Tales, meu pai, um mutante japonês, Natasha e um jovem samurai apaixonado que tinha um felino nos braços. Ele era fofo. Clint não topou ir e Paôla me mandou uma mensagem dizendo que muitas coisas iriam acontecer. Isso me deu medo, se considerar o histórico de visões dela. Só de pensar nisso...

— Algum de vocês tem um saco pra vômito?

— Acho que tenho em algum lugar. - disse o mercenário - Mas você não morou num avião por um ano?

— Não com o cara que minha irmã matou. - revidei.

— Já expliquei que aquele não era eu. - respondeu Deadpool – Eu não destruí seu orfanato e nem voltei pra matar sua irmã. Aquele cara com nome de sabão em pó que fez isso. Ele me clonou antes mesmo de eu ficar com câncer e conhecer ele. Quando? Eu não sei.

— Provavelmente eu tô enjoada porque está difícil de assimilar isso tudo. - digo, tomando em minhas mãos o saco de papel que ele me estende.

Me afasto um pouco e inflo aquela sacola com coisas que você não quer saber o que é. Bom, você já sabe, certo? Então, Natasha me olhou nos olhos e perguntou:

— Cléo? Tem certeza de que está bem?

— Eu achei que esse cara tava morto. Só isso. - respondi - Tá difícil de assimilar que ele tá vivo e que minha irmã matou outro cara.

— La belleza de la vida está en que se puede confundir. - disse meu namorado.

— Traduza, por favor. - pediu o mutante, Takashi.

— A beleza da vida está no quanto ela pode ser confusa.

— De que livro tirou isso, amor? - perguntei.

— Não sei. - respondeu Tales.

— Espero que não tenhamos muitas surpresas, sendo assim. - disse Wade, rindo – Se um zumbi aparecer e você ficou desse jeito...

— Surpresas não costumam fazer isso comigo. - comentei – Não vomitei quando descobri que era meio asgardiana.

— Então algo...

Gente, estamos chegando. Estava achando estranho o garoto não abrir a boca, mas preferi não questionar. Takashi encarava o celular com uma foto de Paôla, sua noiva. O jovem acariciava o gato. Eram os mais quietos. A viagem inteira foi quieta, tirando meus questionamentos sobre o Wilson. Usei meus poderes pra ver onde eles estavam. Quando descemos, Paôla nos esperava. Ela estava com minha irmã, ou seja, deu ruim.

— Vou primeiro. - alertei, já correndo.

— Espere! - chamou Tales, me seguindo.

Me joguei nos braços de Zoe, que me apertou forte e me colocou de volta no chão. Os outros foram descendo.

— Senti tantas saudades, irmãzinha! - falou Zoe.

— Não acredito que passou por tanta coisa. - respondi - E eu achando que estava sofrendo porque deixei a S.H.I.E.L.D. - ri.

— Deixou a S.H.I.E.L.D.?! - perguntou.

— Isso não é nem uma parte do que aconteceu.

— Ar livre! - comemorou Wilson, saindo do jato – Valeu pela carona, tapa-olho. Se me der licença, eu preciso urgentemente ir ao...

— Ah, isso só pode ser brincadeira. - reclamou Zoe.

— Deixo as explicações pra mais tarde. Até porque, a história é longa. - falei, vendo os outros saírem.

Zoe correu e abraçou papai, que não via fazia anos. Acho até que chegou a chorar um pouco. Era bom ver nossa família unida de novo. Foi quando Julia e Kazumi apareceram, perguntando o que estava acontecendo. As duas cenas a seguir aconteceram simultaneamente, mas vou conta-las uma de cada vez. O jovem samurai com um gato nos braços segue na direção de Julia, que põe suas mão no rosto dele e pergunta:

Jones? É você mesmo?

— Estou tão diferente?

— Sua barba cresceu. Mas não é isso, é que... passei tanto tempo sem você que achei que podia ser uma alucinação.

— Jura? Porque eu sou bem real, Julia. Eu vim por você. - falou, entregando a ela o felino.

— Rome! - comemorou, acariciando sua cabeça.

— Seu pai mandou dizer que cuidou bem dela. Disse que te perdoa e implora seu perdão.

— Não posso perdoa-lo agora. - falou, pondo a gata no chão, e ela deitou aos pés de sua dona – Você veio por mim! E fantasiado de samurai!

— Não é uma fantasia. É um uniforme. Mas não vou agir como herói lá. Não vou asinar droga de acordo nenhum.

— Senti tanta saudade!

E se beijaram apaixonadamente, como não podiam se beijar há muito tempo. Natasha parou ao meu lado, observando tudo. Kazumi que nos surpreendeu com sua reação. O noivo de Paôla, depois de conversar com ela, em fim reparou que estava sendo encarado pela menina. O que houve naquela hora foi completamente inesperado:

— Não... você?! O que faz aqui? - perguntou Takashi.

— Anata wa watashi o hōki shimashita. - falou, angustiada. (Você me abandonou.)

— Watashi wa anata o hōki shimasendeshita! Anata ga inakute sabishikattadesu! - ele respondeu. (Eu não te abandonei! Eu te perdi!)

— Então por que não me procurou?! - gritou.

— Eu procurei! - respondeu - Watashi wa watashi ga shinda to omotta, imōto. - (Achei que estava morta, irmãzinha).

— Não me chame assim!

— Kazumi-chan! Por favor! Sabe por quanto tempo eu sofri por achar que você estava morta.

— Não, irmão. Agora que ganhei outra família, você finalmente aparece?!

— Ela é sua irmã?! - perguntou Paôla, enquanto todos os encaravam perplexos.

— Sim. Okamoto Kazumi é minha irmã mais nova.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e sido pegos de surpresa!



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