Freedom escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 6
Adivinha quem não morreu?!


Notas iniciais do capítulo

OIEEEEE!!!!!

Capítulo novo! Espero que gostem!



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N: Julia

 

Eu só queria ajudar. Acho que isso pode corrigir os erros que cometi. No dia em que Zoe perdeu os poderes, todos começaram a procurar uma forma de trazer eles de volta. Minha área era a tecnologia, não a biologia, mas eu queria ajudar minha amiga, mesmo não podendo fazer nada. Já haviam se passado 24 horas e nada. E essa garota, Hellen, estava começando a me irritar. Sempre que eu olhava pra ela, pensava no que fez com minha amiga. Saber que eu não podia fazer nada me fazia sentir que eu era impotente. E lá estávamos nós duas, observando os cientistas furando os braços de Zoe e coletando amostras de sangue. Isso era um pouco...

— Agonizante. - completou Hellen.

— Desculpe, o que? - perguntei, enquanto saía do transe que estava e tirava os fones de minhas orelhas.

— Nada. As vezes, me pego ouvindo pensamentos e achando que são falas. Se estou te incomodando, podia ter falado.

— Foi mal. Sou educada demais para te dar um soco e gritar com você pelo que fez com a Zoe.

— Já falei que não foi minha intenção! Achei que ela seria uma ameaça e não medi as consequências dos meus atos! Esse é um dom que eu preciso aprender ainda. - admitiu.

— Por favor! Você é da Hidra!

— Eu era da Hidra. E veja pelo meu lado: sei que você está sofrendo, mas eu também estou! Eu vim aqui esperando encontrar alguém que na verdade está morto!

— Qual deles? Pietro ou Bucky? Porque todo mundo ouviu você gritando o nome de um enquanto dizia que amava outro.

— Pietro foi um curativo para o meu coração, que cobriu a ferida da morte do Jim... ou Bucky, tanto faz. Eu chamava ele das duas coisas.

— Como assim morto?

— Ele foi morto quando a S.H.I.E.L.D. foi derrubada. - suspirou - Já deve ter ouvido falar no nome...

— Soldado Invernal. - completei.

— Sim, ele.

— Mas Bucky não está morto! - afirmei surpresa e confusa, e ela me encarou mais ainda – Lutei ao lado dele meses atrás!

— O... o que?! - ela se apoia no vidro.

— Gente! - grita alguém dentro do laboratório - Acho que descobri alguma coisa! - ele alerta.

Outro cientista, um dos poucos brancos lá dentro, tirou a máscara cirúrgica e o óculos de proteção que eu estava estranhando dês do começo e socou a cara dele com tanta força que o mesmo cuspiu sangue. Dei paços para trás vendo todos os outros que usavam máscaras tirarem elas e os óculos e atacarem os cientistas, causando uma movimentação caótica, com Zoe sozinha e sem seus poderes tentando controlar a situação. Quem bom que ela sabe lutar e tem treinamento da S.H.I.E.L.D.!

— Tá esperando o que, Stark?! - questionou Hellen, puxando meu braço.

Puxei minha adaga do suporte de minha calça onde ficaria o cinto e entrei lá dentro ao lado de Hellen, que jogava as coisas de um lado para o outro, acertando as cabeças dos inimigos. Puxei um pelo braço e fiz um corte no seu rosto. Assim, começamos a lutar. Tinham cinco, mas eles eram muito fortes. E éramos só nós três. Os outros cientistas correram para se esconder. Hellen era muito boa. Enquanto eu e Zoe lutávamos contra um carinha, ela fazia três lutarem uns contra os outros. Mas aí... alguém gritou:

— Gente! Gente. Vamos parar um pouco, tá bem? Que tal discutirmos o que é importante?

— Ah, não! Achei que ele estava morto! - reclamou Hellen.

— Engano seu, Taylor! - Responde ele, saindo das sombras.

Ele era até bonitinho. Branco, alto, forte com o cabelo castanho ralo e raspado. Seu sorriso era diabólico.

— Não sei se vocês me conhecem. Sou Aja...

— Francis, estas são minhas mais novas amiguinhas Julia e Zoe. - a encaramos confusas – Julia e Zoe, esse veado, sem querer ofender nossos amiguinhos LGBTs, é o Francis.

— É Ajax. - respondeu com raiva, então olhou para ela diretamente - Você consegue quase ser pior que o Wade. - ele disse com um sorriso forçado ridículo.

— Obrigada. Você é um doce. - respondeu Hellen, sorrindo de lado igual Natasha (e depois dizem que eu faço isso) - Mas diz aí: como voltou? Eu vi Wade enfiar uma bala na tua cabeça... e o Colossus vomitando, o que não foi agradável. Até onde eu sei, você estava morto!

— E você? Quantas balas na cabeça já tomou e não morreu?

— Eu tenho fator de... ah, tá!

— Será que todo mundo é imortal nessa coisa toda?! - questionou Zoe.

— Assim, eu estava observando, e ia perguntar se não tem telecinéticos demais aqui. - comentei.

— Antes que o assunto mude: o que você quer? - Hellen volta para o foco.

— Ah, uma hora vocês descobrem.

Bom, a luta estourou de novo. Sabe os soldados que recuaram? Nos atacaram de novo. O dito cujo "Francis" ou "Ajax" fugiu e deixou nós três contra cinco monstrões. Não que a briga estivesse difícil, mas um dos melhores momentos foi o final.

— Ju? Tia Zoe? Podem vazar. Agora é comigo.

— O que vai fazer, Hellen?

— A briga perdeu a graça. - disse, se sentando em posição de Flor de Lótus no ar, pegando seu violino, que estava apoiado no canto do laboratório – Vou acabar com isso.

"O que exatamente ela quer fazer?!", pensei. Eu e Zoe ficamos observando do vidro do lado de fora do laboratório, enquanto ela tocava. Em certo ponto, ela fica em pé novamente e começa a danças enquanto toca. Ah, uma observação: enquanto ela faz isso, os cinco atacam um ao outro, controlados mentalmente para que se matassem.

— Ela é completamente louca. - comentei.

Em seguida, encarei Zoe, que estava maravilhada.

— Meu Deus...

— O que foi?

— É impressionante a forma como ela sente a música.

— Sim, ela é muito boa, mas ela é louca.

Então ela para de tocar assim que eles caem mortos. Então se virou para nós e sorriu, empolgada, fofa e provavelmente debochada.

Que vontade de estrangula-la.

Bom, e esse acontecimento repercutiu. O grupo que eu me dividia, chamando hora de Vingadores Refugiados, outra Vingadores Secretos (que não tem nada a ver, mas soa muito maneiro), se reuniram com aquela minoria de X-Mans e não heróis. Com certeza, o rei T'Challa tinha que repensar seu sistema de segurança. Se bem que eu estou ajudando ele em algumas coisas na área. O que foi? Acha mesmo que eu estava sem fazer nada presa no meu quarto? Uma coisa que eu e meu pai temos em comum: afundarmos no trabalho quando se é preciso esquecer algo.

Bom, Katrina estava sentada no sofá e Steve a abraçava e acariciava sua barriga de quatro meses, Zoe estava ao lado deles, com Kaz e Sam atrás dela. Eu estava ao lado de Hellen, que parecia mais atenta na discussão do que eu, em outro sofá, de frente para o primeiro. Paôla estava de pé, como os outros mutantes, menos Wolverine, que sentou no chão. Sentados no chão, mas apoiada no sofá onde estavam os primeiros, estavam Wanda e Scott (Lang), e T'Challa estava em uma cadeira maneira, devo admitir (por que eu estou falando de uma cadeira agora? Faz sentido?).

— Ah, pode ser que a culpa seja minha. - disse Hellen, e todos a encararam.

— Por que sua? - perguntou Lang.

— Quando usei meu poder lindo e maravilhoso chamado tecnopatia e desativei mentalmente o sistema de segurança, eu posso ter... ferrado com ele sem querer. - explicou, e depois sorriu amarelo - Perdão. É sério, eu não queria que ele fosse destruído. Só que desativasse temporariamente!

— Agora eu me pergunto: por que você não vai presa?! - questionou T'Challa com raiva.

— Você não conseguiria nem chegar perto de mim se eu não quiser, mas isso não conta, não é? Bom, lá vai: provavelmente, o problema dele é comigo e vocês não vão resolver isso sem mim.

— Ela tá certa. - disse Zoe - É bem capaz de Ajax...

— Francis. - Hellen finge tossir.

— ... queira algo dela. Dês de alguma vingança por algum motivo ou seu DNA. O mundo está cheio de cientistas buscando DNA de mutantes e pessoas com poderes para fins militares.

— Ela tem razão. - disse Jean - Já atacaram a escola por causa disso.

— Acho que isso só a coloca como mais culpada disso tudo. - disse Sam.

— Bom, podemos entregar ela nas mãos dele e problema resolvido. - falei dando de ombros.

— Julia! - protestou Steve.

— Foi mal.

Hellen começou a rir.

— Por que? Vocês conseguem?

— E se for a segunda opção? Não somos nós que impedimos que DNA's de gente com poderes caiam em mão erradas? - perguntou Lang.

— Olha, devo alertar que Scott está certo. - disse Paôla (que não usava mais seu uniforme, mas roupas que ela havia levado por "precaução") - E o pior é que em todas as versões do futuro em que Taylor foge ou vocês se livram dela, Zoe morre.

Agora, o silêncio se instala na sala. Zoe encara Paôla e depois Hellen, que fica confusa, mas depois sorri e acena (essa garota estava me irritando e isso não era só naquela hora).

— Então, resolvemos esse problema juntos como num filhe infantil e assim ela pode ir embora e parar de roubar as roupas da Wanda.

— E quem disse que só roubo as roupas da Wanda? Não reconhece esses sapatos?

Olhei para os pés dela: meus sapatos da Rainha de Copas, de Alice no País das Maravilhas. Aquilo foi a gota d'água!

— Ora, sua...!

 

N: Cléo

 

Espelho, espelho meu. Existe pessoa mais entediada do que eu?

Dês do começo dessa história dos Acordos de Sokovia, Dasye e Helena fugiram e a S.H.I.E.L.D. está caçando as duas. Tales tinha acabado de perder um amigo muito próximo (Lincon Campbell) e concordamos que o melhor a fazer era se afastar um pouco e passar um tempo em sua terra natal, Espanha, e assim nos aposentando da S.H.I.E.L.D., não mais precisando caçar nossos melhores amigos ou ficar em um lugar que tudo fazia lembrar deles.

Que péssima decisão tomamos.

Ficamos em um hotel por um tempo e depois fomos morar na casa da avó dele que está doente. Um dia ela foi para o hospital, choveu e só consegui dormir quando ele foi pro meu quarto. Até aí tudo bem, mas acontece que a gente não apenas dormiu. E se minha irmã descobrir, estou morta. Não me julguem! A carne é fraca e eu sou nova convertida. Ele está seguindo o mesmo caminho que eu, então está tão mal quanto eu.

— Rainha Cleópatra? - chamou ele, me abraçando.

— Para de me chamar assim. - grunhi, terminando de lavar a louça.

— O hospital ligou. Minha avó vai receber alta hoje.

— Que bom. - suspirei.

— Está tudo bem?

— Como? Como eu conseguia não viver perigosamente antes da S.H.I.E.L.D.?

— Você tinha vida antes da S.H.I.E.L.D.? - já disse o quanto eu amo o sotaque espanhol dele?

— Sabe que eu não me lembro? - falei, me virando e abraçando seu pescoço.

Ele riu. O telefone tocou e eu enxuguei as mãos na camisa dele e corri para atender. Era um telefone fixo pequeno e rosa. Imaginava que era uma ligação para a avó de Tales, como era na maioria das vezes. Então atendi no idioma natural de lá:

— Buenas tardes. ¿Quien habla?

— Olha! Seu espanhol está bem fluente! - disse aquela voz nostálgica na qual eu sentia tanta saudade.

— Pa... papai?! - olho para trás e vejo Tales ficando tenso.

— Senti sua falta. E da sua irmã. Como ela está?

— Na última vez que fiquei sabendo, a polícia estava atrás dela por ajudar os Rogers a tirar metade dos Vingadores da prisão.

— Jura? Só isso? Da última vez que entramos em contato, você disse que havia descoberto sua natureza alienígena e tinha um dom novo.

Foi quando eu lembrei: eu podia ver todo o que acontecia em qualquer lugar do mundo e não fazia isso meramente... por esquecer que posso. Encaro o espelho que ficava na parede, mirando meus olhos amarelados.

— É... isso é verdade.

— Mas, de uma forma diferente da sua, eu também tenho olhos em todos os lugares.

Dei uma risada.

— Claro! Se não você não seria Nick Fury, não é, pai? - mais uma vez, reparo no desconforto de meu namorado.

— Sim, claro! Agora, o importante: preciso da sua ajuda.

— Fale.

— Sua irmã está precisando de ajuda. Está envolvida em um belo problema.

— Tem gente o bastante por lá pra ajudar!

— Tem certeza? É uma desculpa para rever sua irmã e me apresentar seu namoradinho.

— Pai! - reclamei – Ele sabe que sou filha do grande diretor Fury, e tem pavor de te conhecer. - sussurrei a frase.

— Então quem sabe eu não mostro pra ele que não sou tão bravo assim? - brincou.

— Quem sabe? - encarei Tales, que parecia um pouco nervoso – Tales adoraria conhecer você, não é, amor? - perguntei a ele.

— Se ele não atirar no meu olho...

— Ele vai adorar! - comentei ao telefone, e papai riu.

— Mais alguém vai?

— Ah, mais dois ex agentes, um amigo e um mutante. Como você disse, lá já tem gente o suficiente.

— Levo o Sub-Zero? - pergunto sorrindo, e Tales revira os olhos.

— Claro! Pode ser!

Sorri. Finalmente reencontraria meu pai e minha irmã Zoe.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!



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