Perdidas em Teen Wolf escrita por MorgsValdez


Capítulo 3
Oh Gosh


Notas iniciais do capítulo

Hey wolfs! Demorei né? Mas no problem, agora to postando e ta de qualidade viu? kkkk Enjoy!



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Trailer

POV Amanda

Parrish me levou até um lugar afastado da cidade em uma rodovia que levava a divisão do estado (segundo ele), haviam alguns tonéis dispostos perto de algumas árvores, aquilo me assustou. O que Jordan pretendia? Jogar combustível em mim para ver se eu não queimava por completo? Senti algo diferente dentro de mim, algo no âmago do meu ser, se revirando, queimando... Não era azia, era real. Me concentrei naquela força que queria sair de mim, um vapor expeço envolveu meu corpo e bloqueou minha visão por poucos segundos, quando voltei a ver meus pés já não tocavam o chão.

— Então é assim que você fica por completo. – analisou ele – Eu fico assim.

Jordan irrompeu em chamas e sua roupa quase por completo queimou, mas pude perceber que ele podia controlar algumas partes do seu corpo para não queimarem tanto, sua camiseta já era, mas sua calça virou um calção na altura da coxa.

Eu estava consciente de que minhas asas não saíam de “dentro” das minhas costas, ao menos não literalmente, elas eram de fogo e nada mais, mas sustentavam meu peso com facilidade. Pelo pouco que eu sabia de fênix, elas podem carregar peso extremos, então o peso de sí próprias não deve ser nada. Digo, de mim mesma. Contudo minhas roupas não pareciam muito alteradas, digo, minha blusa parecia ter queimado um pouco atrás, mas quase nada.

— Porque minhas roupas não queimam como as suas? – questionei.

— Parece que o seu fogo é auto protetor, você só atinge ou fere com ele se for por defesa, caso não... Parece inofensivo.

Era para eu ter me tranquilizado, era um alívio saber que eu podia controlar, que eu podia seguir normal sem esses poderes novos me afetarem, mas no final aquele “inofensivo” feriu meu ego, como se ele fosse melhor do que eu! Parrish sorriu de vagar sabendo que conseguira o que queria, me provocar.

Jordan correu em minha direção dando um salto tremendo para me atacar, mas meu instinto de sobrevivência fora mais forte, minhas asas desviaram rapidamente, fazendo-o cair perto de um dos tonéis, as flexionei para a frente e lancei fogo em direção ao tonel mais perto do meu inimigo, e eu nem sabia que sabia fazer isso. O tonel explodiu e mais dois que estavam por perto entraram em combustão também, Parrish apareceu do meio do fogo agora sem o sorriso, mas igualmente intacto.

— Parabéns, você jogou o meu plano contra mim, muito inteligente. Mas e você? Sobrevive a explosões dessa magnitude?

Em uma fração de segundos tonéis escondidos em árvores começaram a explodir e o fogo era tudo que eu via e sentia, mas ao contrário de doer ou arder, ou qualquer coisa do tipo, era como se eu fosse de encontro a origem de mim mesma, o fogo era reconfortante e aconchegante, não vi problema em estar no meio dele.

— Parece que ainda vou te surpreender muito. – falei chegando por trás do policial.

POV July

Aquilo era fascinante. Estar com Lydia Martin, em Beacon Hills. Ela me levou até a casa da sua avó fora da cidade.

— Uau, como você tem coragem de vir aqui depois de tudo que aconteceu? – perguntei olhando para o local onde a parede falsa havia sido descoberta.

— Hu, então você sabe disse também. – ela estreitou os olhos – Então você também sabe o que isso significa?

Ela tinha nas mãos vários fios, e o modo como os segurava lembrava um jogo de infância, cama de gato. Fui até ela, minhas mãos sendo atraídas pelos fios, então meus movimentos seguintes foram muito básicos, eu os puxei de forma que viessem para minhas mãos sem desfazer a cama, quando os fios passaram para mim tive uma visão.

Minhas amigas e eu, nós estávamos na floresta, mais precisamente em frente ao Nemeton só que de costas, eu estava de mãos dadas com a Lydia, usávamos o mesmo vestido cinza, mas quando ventava a cor oscilava para vermelho sangue. Amanda e Parrish estavam de frente um para o outro, faíscas saíam de seus corpos, Parrish tinha uma coleira vazia nas mãos e Amanda tinha uma pássaro quase do seu tamanho bem ao seu lado, esse pássaro estava em chamas. Malu, no começo da visão, estava de costas, a sua esquerda estava Stiles e na direita Scott, mas quando ela se virou para frente parecia brilhar como uma galáxia e seus olhos verdes estavam com fagulhas como fogos de artificio, Stiles a abraçou pela cintura e Scott se transformou em lobisomem, seus olhos vermelhos e seu rugido me fizeram voltar para a realidade.

Lydia estava segurando os fios comigo, e tão logo quanto voltei, seus olhos tomaram foco.

— Foi a primeira vez que eu vi. – disse ela ofegante.

— Além das vozes, você diz? – perguntei desfazendo a cama de gato. Senti-me tonta.

A garota ruiva assentiu com a cabeça, ela foi até uma mesa próxima e pegou dois copos com um conteúdo verde. Ao ver minha expressão ela riu de vagar, mesmo com toda a tensão no ar.

— É suco detox. Ajuda após esses... Isso que acabou de acontecer. Fora que faz super bem para a pele. – sorriu.

Eu ri e beberiquei o líquido, estava muito bom! Nos sentamos no sofá sem falar nada, apenas bebendo o suco, acho que estávamos protelando para não falar da visão sinistra que compartilhamos. Quando Lydia abriu a boca para falar ouvimos batidas na porta, de vagar ela foi abrir, mas o alívio foi visível quando a voz de Scott soou do lado de fora. Uma verdadeira pequena multidão começou a entrar na casa: Scott, Stiles, Malia, Liam, Hayden, Parrish, Amanda, Malu, Melissa e o xerife. Engoli em seco sendo observada por todos aqueles rostos que tinham a mesma expressão: Ah, elas estavam bebendo e jogando papo fora, que legal.

— Não acho que tem lugar para todo mundo. – disse Lydia.

Inevitavelmente Malu e Amanda vieram para o meu lado no sofá e Lydia ficou ao lado de Parrish e do xerife, foram movimentos automáticos, tipo cada um com o seu bando.

— Então, alguém progrediu? – Deaton entrou pela porta sendo alvo de todos os olhares.

Bem que eu percebi que faltava alguém.

— Elas vão ficar por um tempo, é melhor serem matriculadas no colégio. – a voz de Lydia não foi normal. Foi persuasiva e literal.

O xerife Stilinski coçou a cabeça e soltou um suspiro, provavelmente pensando em como sustentaria mais três bocas além de Stiles.

— Elas podem ficar lá em casa. – se pronunciou a pessoa mais inusitada para sugerir aquilo.

Malia deu alguns passos a frente. – Meu pai disse que sentia falta de movimento em casa, estava pensando até em adotar uma criança. Com mais três garotas em casa ele não vai ter o que reclamar. – disse a coiote.

—||-

O xerife decretou que começaríamos a estudar, saber o que era decisão dela e o que influencia da Banshee era um mistério, Lydia olhou em meus olhos, eu sabia que tinha uma conexão ali, quase como uma transferência de pensamentos, eu queria conversar mais com ela a sós, queria novamente segurar aquela cama de gato que se tornava mítica quando em nossas mãos. A sensação de ter aquelas linhas do futuro tecendo em minha mente quando do que iria acontecer, e eu teria conhecimento prévio. Indescritível.

Fomos pegar nossas coisas juntamente com Malia para irmos a sua casa e finalmente devolvermos o quarto de Stiles, acho que para Malu o processo foi mais difícil do que deveria, digo, não tínhamos nada que fosse nosso exceto as roupas que havíamos chegado ali e as que ganhamos de Lydia, inclusive a roupa que Malu usava era uma saia e uma blusa que ganhara da outra ruiva. Ela choramingou ao deixar o quarto do seu amor platônico, rolou um pouco na cama dizendo que ia deixar seu cheiro, e, juro, pensei que Amanda fosse chamuscar os cabelos dela quando Malu brincou dizendo “Não deixou nenhuma pena por aí que vá causar um incêndio e dissipar meu cheiro né?”, mas por sorte na mesma hora Scott e Stiles chegaram e separaram as duas, era fascinante como a voz alfa de Scott tinha poder até mesmo sobre a fênix que havia dentro de Amanda.

— Porque o cheiro está tão estranho? – disse Hayden chegando com Liam.

— Por que o seu olfato de lobo está sentindo dois cheiros: fúria e feromônios, o último é o que a ciência chama de “hormônio do amor”, o ser humano exala quando está apaixonado e vê a pessoa amada. – explicou Scott um pouco confuso por tal olfato no ar.

— Ah, a fúria vem da brasileira, Amanda né?

— Sim Hayden, obrigada por quase aprender meu nome. – Amanda estava queimando de raiva.

Malu estava completamente vermelha, com certeza ela estava com medo que Hayden falasse que o feromônio vinha dela. Eu fiz uma careta para Scott que, não sei como em toda a sua lentidão mental, já havia sacado tudo.

— Hayden, esse fedor todo de amor vem do Liam quando está perto de você! – falou rolando os olhos.

Antes que a garota pudesse sequer protestar Liam a agarrou em um beijo tão apaixonado que chegou a nos deixar envergonhados. Scott os empurrou para a escada onde incrivelmente o casal conseguiu descer ainda se beijando.

— July, posso falar uma coisa com você ali? – Scott apontou para o corredor.

Assenti e caminhei com o alfa até estarmos distante o suficiente dos outros.

— Hã, é impressão minha ou a Malu gosta do Stiles? – perguntou sorrindo de canto.

— Ela é louca por ele. – falei rindo.

Ouvimos uns rosnados e fomos para o quarto, era a Malia, nos esquecemos que ela podia nos ouvir, ela olhava para Malu com um semblante indecifrável, Stiles estava muito assustado, balbuciava quase um socorro, afinal, ele conhecia a ex namorada. Scott olhou para Malia e fez que “não” com a cabeça, a coiote respirou fundo e saiu com passos duros do quarto.

— Eu vou falar com ela. – Scott disse.

— Por que ela estava agindo assim? – Stiles desabou na cama.

Malu já sabia, eu via no seu olhar que ela queria me matar por ter contado para o Scott.

— Nada não. Malu eu vou descer, você termina de pegar as coisas? – falei e saí sem esperar resposta.

POV Malu

July saiu do quarto me deixando com um Stiles pensativo, ele estava tentando provavelmente descobrir o que fizera Malia querer me matar – o que pelo menos ficou só no olhar – sendo que nada havia acontecido entre nós duas.

— O que o Scott e a July conversaram que a Malia ouviu? – perguntou.

— É... – minha língua travou, um bip no celular de Stiles chamou sua atenção.

Eu não fui ler a mensagem por que seria uma falta de respeito, mas eu vi as bochechas de Stiles corarem e ele me olhar de canto.

Faltou-me o ar e o meu coração começou a bater forte, alguém respondera a pergunta de Stiles, e eu não precisava nem ter poderes para saber que Malia fora quem me fizera o favor de enviar a mensagem. Stiles ficou de pé e caminhou até mim, então deu meia volta e olhava para mim pelo seu espelho, então depois veio até mim e de novo e pensei em dizer alguma coisa me virando rapidamente, mas nossos narizes acabaram se batendo, engoli em seco e Stiles caiu na cama me olhando nos olhos.

— Droga de carma. – falei chutando algo e machucando o pé. Gritei alto e acabei caindo na cama o lado de Stiles.

— O que aconteceu? – subiu Amanda gritando e mais uma cambada de gente atrás.

— Ela bateu o pé no meu taco de beisebol. – disse Stiles avaliando minha perna exposta, onde ele olhou um pouco acima do pé e engoliu a saliva. Corei intensamente. – Eu vou tirar a sua bota bem devagar...

AAAAAH!— gritei mais alto ainda – Stiles, não! Ta inchado, não faz isso, ta doendo!

Naquele momento eu só queria minha família. Sentir o acolhimento deles, a preocupação da minha mãe que em segundos podia resolver qualquer problema, pois ela era a minha heroína. Lydia já estava ligando para Melissa quando comecei a sentir vontade de dormir, mas não foi uma sonolência normal, foi mais como uma vontade de desmaiar e cair em um lago de chocolate quente. Um pouco antes de cair na escuridão ouvi uma voz dizer “isso é purpurina?”.

—||-

— Sei lá mãe, deixa ela respirar, não fica em cima. – uma voz terna e familiar soou.

— Theo? – perguntei sobre a voz de meu irmão.

— To aqui pirralha. – disse com um sorriso na voz.

Abri meus olhos extremamente confusa, meu irmão estava do meu lado na minha cama, no meu quarto... No meu universo!

— Malu, filha, como você está? Ficamos preocupados, não foi na aula por quê? – perguntou minha mãe.

— Mãe? – eu mal podia acreditar. Minha família! Abracei-a fortemente.

— Bah, eu não recebia um desses há algum tempo. – riu ela.

Bufei e abracei meu pai e meu irmão.

— Malu, cadê a julha e a Amanda? – minha mãe perguntou.

Um soco gelado bem no meu estômago. Não foi um sonho. E elas não voltaram comigo.


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Notas finais do capítulo

Entãããão? Comentem, por favor, façam uma autora feliz ♥



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