Uma Segunda Chance? -- Klaroline escrita por Nerd Estranha


Capítulo 12
Medos e Segredos


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura.



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POV Caroline.

Acordei e senti meus braços queimando, quando finalmente recuperei a visão vi que estava amarrada com cordas banhadas em verbena, ok, ok, o que está acontecendo aqui?

É nessas horas que eu começo a lembrar de M.F. quando um de nós era sequestrado ou algo do tipo, isso sempre parecia unir todo mundo, todos a procura da mesma pessoa, quando meu pai me sequestrou até mesmo Damon foi me ajudar, o que é muito levando em conta de quem estamos falando.

E aqui, quem eu tenho pra me salvar? Enzo não conhece bruxas, se já dormiu com uma vai precisar de muito mais para fazer com que ela me encontre, Marcel, eu disse para ele que iria embora hoje, então está fora da jogada também, e Klaus... Ele tem a Cami, então que a loira aqui que se foda.

Fiquei presa em meus pensamentos que nem percebi na mulher que estava parada em minha frente.

—Que merda é essa?

Falei sem paciência.

—Me desculpe pelas cordas, é que eu e minhas... Amigas pensamos que não estaria "bem" o suficiente para ter uma conversa civilizada.

Ri de sua frase.

—Se você e suas "amigas" queriam ter uma conversa sivilizada comigo bastava me chamar para beber algo, não usar seus poderes de bruxa para me arrastar para cá e me amarrar.

Falei da forma mais arrogante e sarcástica que consegui ignorando a dor que sentia em meus pulsos.

—Não seja por isso.

Senti uma fisgada de dor e soltei um grito abafado, ela havia colocado fogo em uma parte o mais longe da minha pele possível soltando assim as cordas.

—Aceita se sentar e tomar um chá comigo?

Perguntou e eu revirei os olhos.

—Desculpa mais vai precisar de algo mais forte se quise ter uma Barbie vampira civilizada.

Ela sorriu e chamou uma garota que aparentava ter ainda seus 15 anos e a mandou pegar uma garrafa de whisky, e ela foi obedientemente parando em seguida ao meu lado e me servindo.

Era quase impossível não notar o modo como ela olhava para mim tentando disfarçar, e ficou completamente corada quando percebeu que eu havia percebido seu gesto.

Dei um sorriso simpático para ela e ela se atrapalhou um pouco fazendo a mulher a minha frente a olhar com reprovação.

—Perdoe-me, ela nunca havia visto um vampiro na vida antes.

A mulher disse fazendo a garota abaixar a cabeça desconfortável.

—Acredite garota, não está perdendo nada ficando longe de monstros.

Ela me olhou confusa e parecia estar em uma briga interna decidindo se falava alguma coisa ou não, opitando por fim falar.

—Ma-Mas a senhora também não é vampira?

Fiz uma careta engraçada quando ela me chamou de senhora.

—Não me tornei vampira por opção querida, eu fui submetida a isso como um recadinho dizendo a minha melhor amiga que a próxima poderia ser ela.-Ela me olhou com pena, se ela soubesse soubesse quanto eu odeio aquele olhar...-Mas com o tempo você se acostuma e até começa a gostar de algumas coisas, como ser linda para sempre, os poderes vampirescos, não ficar bêbada... e por aí vai.

—Mas a senhora gosta do fato e ter que se alimentar de pessoas.

Neguei com a cabeça.

—Não gosto, por isso mesmo não me alimento, bebo apenas de bolsas de sangue e de humanos só quando é caso de vida ou morte. Ah e por favor, não me chame de senhora, senhora está no céu, me chame apenas de Caroline, você se chama?

—Amora.

Sorri para ela e ela se retirou me deixando sozinha novamente com a mulher que me encarava com certa desconfiança.

—Acha mesmo que irei cair nessa de "Não me alimento de humanos, somente a for muito necessario"? Vocês vampiros são monstros que não se importam com as pessoas indefesas que machucam.

Olhei para ela com o cenho franzido, é, acho que agora é a hora de colocar as cartas na mesa.

—Olha, para quem queria ter uma conversa civilizada você se superou, selvagem.-Ela me fulminou com o olhar e eu ri.-Acredite no que quiser, você não conhece minha história, não sabe como foi difícil para mim matar uma pessoa assim que me transformei, não sabe como foi horrível ver a cara de decepção da minha mãe ao ver que sua única filha se tornou em tudo o que ela sempre odiou, ou a raiva ao ver meu pai me torturar por eu ser vampira dizendo que eu era um monstro sem controle e que aquilo era para o meu próprio bem, acha que é fácil pra uma vampira ser arrastada de uma vez em um turbilhão de sentimentos sem ao menos ter o direito de opinar?-Percebi que estava chorando e bati na mesa com raiva.-Acha que eu gosto de sentir todos os meus sentimentos multiplicados e ter que me segurar e fazer um grande esforço para mante-los em seu lugar? sempre sorrindo e tentando mostrar aos outros que está tudo bem? Sempre escondendo o quanto estou com medo e que nada está bem? ou que é fácil para mim o fato do único homem que percebeu isso agora estar com outra loira que parece ser muito mais interessante que eu me fazendo perceber que eu deveria ter corrido atrás dele, atrás da minha felicidade enquanto ainda era tempo?

Ela que antes me encarava com raiva e indiferença agora me olhava não com pena, mas sim com compreensão, como se me entendesse de alguma forma, como se tivesse passado por algo parecido.

—Sinto muito.

Ela sussurrou.

Eu enxuguei as minhas lágrimas e respirei fundo colocando um sorriso falso no rosto.

—Não sinta, eu estou bem, só tenho andado muito emotiva ultimamente e depois de descobrir que eu fui trocada por outra loira eu meio que piorei um pouco, nunca fui de demonstrar meus sentimentos dessa maneira.

Ela sorriu.

—Sei como é.

Eu queria mudar rapidamente de assunto, então assumi de volta o meu papel de Caroline "O dia está cor de rosa" e me ageitei na cadeira.

—Enfim, ainda não sei o seu nome e muito menos o porque de eu estar aqui.

Falei.

—Ah, sim! Me chamo Sally, e acho que temos um problema em comum, um certo original.

Olhei-a com o cenho franzido novamente.

—Desculpe mas acho que está enganada, eu não tenho mais nada a ver com os Mikaelson, principalmente quando se trata de Niklaus.

—Sabe, ele trouxe um pouco e nossa liberdade de volta nos permitindo usar a magia novamente sem nos preocupar se vamos ser pegas ou não, mas ele é um homem muito frio, não se importa em sair matando as pessoas por aí, queremos alguém para amolecer seu coração, é a escolhida foi você.

Eu a encarei com os olhos arregalados e quando dei por mim eu já estava rindo, mas é claro, aquilo SÓ podia ser uma brincadeira, mas o rosto dela não confirmava o que eu queria ouvir, ela estava séria.

—Não está brincando?-Perguntei e ela negou com a cabeça. -Sabe que pegou a loira errada né? sabe que ele agora está com a Cami certo? Não seria melhor pegarem ela não eu?

—Não foi a ela que ele jurou amor eterno.

Arregalei os olhos.

—Como você sabe disso?

Ela sorriu.

Aquilo era para ser algo somente nosso, que só nós dois sabíamos, não acredito na hipótese dele ter contado para alguém, principalmente se esse alguém for ela.

—Mas chega de conversa, que jeito melhor de fazer a atenção do híbrido voltar somente para você se não uma Caroline morrendo aos poucos e seu único modo de salvar sua vida está viajando pelo mundo?

—O-O que?

Perguntei.

—Chega de perguntas mocinha, hora de voltar a dormir, quando você voltar, tudo já estará resolvido e então será com você.

Tentei me levantar para atacar ela mais eu fui devagar de mais, caí sobre a mesa com a minha visão ficando turva, senti uma dor e tudo apagou novamente.


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