POV Caroline.

Acordei em uma cama, não faço a menor ideia de onde estou, mas vejamos pelo lado bom, eu não estou amarrada, o que significa que posso matar o primeiro que passar por aquela porta.

Me levantei devagar e me encostei na porta e ativei minha super audição e consegui ouvir uma discussão.

—Você não pode a manter aqui Klaus!

Eu conheço essa voz, mas de onde? Tudo parecia estar passando em câmera lenta, talvez seja a falta de sangue, será que drenaram meu sangue? Eu não me sentiria assim tão mau só com dois dias sem sangue.

—Não é você quem decide isso Cami, ela foi deixada na minha porta com aquela marca no pescoço, não posso deixa-la ir sem saber o que aconteceu!

Também conheço essa voz, Klaus, vi um espelho de corpo inteiro e fui ver que marca era aquela que eles falavam, mas não deixei de prestar atenção na conversa.

—Tem certeza que é só por isso? Tem certeza que não sente mais nada por ela?

Ui a conversa tá ficando Boa.

—Não eu não sinto Cami! Mas eu tenho que saber de tudo o que acontece na minha cidade, e ela não sai até eu saber exatamente o que aconteceu e quem a levou!

Ouvi passadas fortes e voltei a olhar no espelho, tinha uma marca vermelha em meu pescoço, como se garras tivessem me arranhado e formado um círculo de várias camadas, estava de um jeito que parecia cicatrizado, o que não é normal, isso já deveria ter sumido.

então lembrei do que Sally falou, eu estou morrendo aos poucos, tampo meu rosto com as mãos e senti uma dor cortante no pescoço, como se tivessem colocado fogo no local, eu comecei a gritar e cai no chão, fui engatinhando para longe do espelho enquanto a dor sumia aos poucos,fiquei ali parada até que alguém abre a porta e eu encaro o loiro a minha frente.

—O que aconteceu?

Ela pergunta.

—Eu quero ir embora.

foi a única coisa que eu disse.
eu sei qual é o plano daquela víbora, agora cabe a mim arruína-lo e mostrar de uma vez para ela que pegou a loira errada para esse caso de vida ou morte.

—Você não vai embora até me contar o que houve Sweet.

Lancei a ele um olhar mortal.

—Não me chame mais assim, não sou nada sua, muito menos uma velha amiga como falou para a Cami, eu vou embora.

Disse em um tom baixo, quase um sussurro, mas sei que ele ouviu tudo pois o vi comprimir os lábios.

—Caroline...

—Onde está o Enzo? Ele deve estar preocupado por eu ter sumido por dois dias.

Ele me olhou meio espantado e eu franzi o cenho.

—Caroline, você não desapareceu por apenas dois dias...

—Então foi por quanto tempo?

—Caroline...

—Quanto tempo Klaus?

—2 semanas.

Levantei do chão e passei a andar de um lado para o outro.
Ai meu Deus! duas semanas! Eu vou matar aquela bruxa maldita! como ela pode fazer isso comigo? Elas acham mesmo que eu vou ficar aqui e fazer parte do plano idiota dela? Eu não! Eu sei muito bem de uma bruxinha que pode tirar essa coisa de mim.

—Klaus, eu preciso de um celular, tenho que ligar para a Bonnie.

—Ok, mas antes, você vai me explicar direitinho o que aconteceu.

Ótimo! o que ele quer que eu diga? "Uma bruxa me deixou a beira da morte para te seduzir e ver se você volta a sentir algo por mim." Ele com certeza vai me matar se souber disso, então eu só tenho que inventar uma história, ou melhor, contar a verdade da forma mais resumida possível, evitando grandes detalhes, para que assim ele me deixe ir embora.

—Uma bruxa me sequestrou e achou que seria legal me deixar a beira da morte, ela disse que só uma bruxa poderia me ajudar mas que ela está muito longe no momento, então eu vou chamar a Bonnie, sei que ela virá.

Ele ouviu tudo atentamente mas pareceu não acreditar totalmente no que eu disse, ou percebeu que eu estou escondendo algo, veja bem, eu não vou dizer a verdade para ele, ele com certeza vai pensar que estou comfabulando com ela.

—E por que logo você? O que ela viu em você para te sequestrar?

Dei de ombros.

—Não sei, mas ela sabia que eu o conheço, acho que a coitada achou que isso iria te afetar, tadinha, eu disse que pegou a loira errada.

Ele ficou calado por um tempo que pareceu ser uma eternidade, ele permanecia com sua expressão imparcial.

—Então, já contei tudo o que eu sei.-uma mentirinha que é aceitável no momento, claro.- Pode me emprestar o celular agora? E cadê o Enzo em? Não me diga que aquele cretino idiota me deixou aqui e foi transar com outra ruiva?!

Ele deu um pequeno sorriso e disse.

—Na verdade, ele está lá embaixo cantando a minha irmã.

Revirei os olhos.

—Diga para ele que se ele não subir agora eu vou decepar aquela coisa lá embaixo que ele ama tanto.

Ele saiu rindo e em menos de dois segundos Enzo apareceu na porta.

—Minha loirinha preferida!

Diz com um biquinho fofo e cruzei os braços.

—Uhum, tá! Sei muito bem que estava me trocando por outra loira!

Ele se sentou do meu lado e me abraçou.

—Que isso amor, eu não troco você por ninguém, você é a minha loirinha se esqueceu?

—Ok, ok, mas saiba que Klaus é um irmão ciumento e possessivo, brinque com o coração da irmã dele e ele acaba com você, e eu não vou fazer nada para empedir.

—Depois ainda vem dizer que me ama.

Dessa vez foi ele quem fez bico.

—Não me culpe por isso, ele pode muito bem te matar e se eu me intrometer eu acabar morrendo junto.

Ele revirou os olhos.

—Ok, ok, agora eu quero que você me conte exatamente o que aconteceu.

—E aquela ruiva? ligou para ela?

Tentei mudar de assunto.

—Não mude de assunto Caroline Forbes, tenho certeza que não contou tudo que sabe pra aquele loiro metido a rei.

Eu ri com o apelido.

—Pelo visto não foi com a cara dele né? Posso te contar quando sairmos daqui? Não quero que ele ouça.-Ele fez que sim com a cabeça. -Ótimo, agora vem aqui que eu estou morrendo de fome!

Uma coisa básica sobre mim, não vou beber sangue dos pobres coitados dos humanos, mas nada me impede de beber o sangue do Enzo.