Echo escrita por Crazy


Capítulo 1
1. I pretend I'm alright, but it's never enough


Notas iniciais do capítulo

Hey, ho, pessoas! Como vão vocês? (Risos). Eu sei, eu sei; estou sumida mesmo, mas farei o possível para aparecer com mais frequência. Realmente sinto muita falta de escrever algo para vocês, e fico pura e extremamente pra baixo por não dispor mais de tanto tempo pra isso.

Mas então...

"Crazy-chan, o que é isso agora, mulher? Cê não ia seguir listinha de sei-lá-o-quê, não?!". Ah, é, né? Pois é. (Risos). Digamos que sempre tem algo que eu tenho pra colocar na frente e pá, aí eu SEMPRE dou uma "deslizada" básica nesse quesito. Eu estava realmente muito necessitada por um Nathise/Louniel, então...

É! Antes que eu me esqueça, essa shortfic será subdividida em três ou quatro capítulos, e, diferenciando-se da maioria das histórias que eu posto com esses dois, NÃO será hentai. (Prevejo pervertidas de plantão formando um coro de "aaaah" ~risos~). Será um drama meio "mela-cueca" com o ADULTÉRIO como o tema principal. (Risos). Ah, e talvez - mas bem talvez mesmo - terá algumas cenas com uma insinuaçãozinha ou outra também.

"Tá, Crazy-chan. Mas por que você resolveu escrever justo sobre ADULTÉRIO?!". Simples! Porque MINHA SANTA AFRODITE DOS CAMPOS ELÍSEOS (sim. Para que não sabe, Crazy-chan é uma fã enrustida de Percy Jackson), essa porqueira de assunto simplesmente está ME PERSEGUINDO por tudo quanto é animê que acompanho. E, gente, é sério mesmo, isso está me irritando MUITO. E é por um claro motivo: por mais errado que o protagonista esteja, ele NUNCA se arrepende de nada. (Aff!). A culpada é sempre a menina e nhénhénhénhé, o que conflita bastante com meus ideais feministas. (Risos). Aí eu pensei aqui, com os meus miolos, que seria muito, MUITO legal se houvesse uma versão onde ele realmente se arrependesse da lambança que fez. E quem melhor para retratar isso do que o Nath e a Lou, hein? (Risos).

Voilá!

Como eu disse anteriormente, esta história terá uns três ou quatro capítulos. É mais do que eu costumo postar, mas eu achei bacana retratar esse "conflito" com mais vagarosidade, explorando bem a situação. Eu gostaria de pedir, portanto, para que me enviem um pequeno feedback (nem que seja apenas um "continua", vai!) se quiserem que eu efetue a postagem dos outros capítulos, pois ela dependerá muito da opinião de vocês. (Risos).

Antes que eu me esqueça, essa shortfic teve por base a música Echo, do cantor Jason Walker. Eu recomendo que a coloquem para tocar durante a leitura, pois trará mais emoção à narrativa.

Sem mais, boa leitura a todos! Nos vemos lá embaixo!



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 Joguei meu celular para longe. Eu estava em meu quarto escuro, iluminado somente pelas luzes difusas do ambiente exterior e com uma parcela a mais de culpa em minha consciência. Minha mente parecia chacoalhar em um espetáculo turbulento de sensações horríveis, e minha cabeça latejava em uma dor lancinante. Droga!

  Por que eu fizera aquilo? Eu a tinha e a amava, então, por que eu...? Sacudi o rosto impulsivamente e olhei para cima na exasperada tentativa de conter as lágrimas, secando – por fim- meus olhos marejados.

  Louise.

  Envolvi meus próprios braços ao redor de meu tronco e me inclinei para frente. Afinal, eu era idiota ou o quê? Eu a amava, ela me amava, nós nos amávamos. Eu tinha tudo o que eu sempre desejei, e joguei fora toda e qualquer oportunidade de ser feliz ao fazer a escolha errada. Uma mínima escorregada já havia sido o bastante para dar fim a tudo o que tivemos e vivemos juntos.

  Os faróis dos carros incidiam pela janela e chegavam a mim. Suspirei e voltei a erguer meu rosto, desta vez encarando o céu noturno. Onde será que ela estaria naquele exato momento? Pensando a meu respeito, talvez?

  Não. Àquela altura, Louise deveria estar preparando as malas e organizando seu currículo de entrada para a universidade no exterior. O voo partia no dia seguinte, às 08h, afinal; ela não teria tempo de se lembrar de mim. E provavelmente nem queria se lembrar de mim.

  Encarei meus próprios pés, entristecido com o súbito baque que a realidade me causara. Dizer que toda aquela situação não era compreensível, entretanto, estava fora de cogitação. Nathaniel McGold, seu idiota!

  Eu a havia traído. Sentia-me um lixo por causa disso, e inclusive já sentia meu auto-ódio se manifestando em meu cerne. Mas já era tarde demais para me proporcionar quaisquer arrependimentos, ainda mais com o fato de Melody ter aparecido em meu apartamento há algumas horas. Eu tinha me deixado levar novamente, e a vontade de me autoflagelar não era pouca.

  É... Louise com certeza não me daria ouvidos. Não depois de tudo o que aprontei pra cima dela. Ela era uma garota delicada e decidida, que não merecia passar por nem um terço do que havia passado comigo.

  Eu? Huh. Eu fui um simples idiota que chegou a sua vida e a moldou da forma que achava melhor, sem nem me importar com seus sentimentos. Era o mundo dela, e eu simplesmente cheguei e vivi da forma que me conviesse. Louise e Melody não eram aquelas melhores amigas, porém detinham uma interação muito íntegra e respeitosa; eu a arruinei, contudo, sem sequer me dar conta da catástrofe que se formava sob os panos.

  Levantei-me e andei até o banheiro. Lavei meu rosto com água em abundância antes de me encarar no espelho. Uma imensurável marca de batom vermelho estampava minhas bochechas, marcando-as como um tipo de estigma. Curvei-me sobre a bancada, então, e me senti enjoado com a crueldade de seu significado: ele jamais me abandonaria. Não importava o quanto eu o esfregasse e limpasse, pois a marca, mesmo que invisível, permaneceria ali, como um lembrete de todas as cagadas que ousei fazer. Você a traiu, McGold, e esse é o preço a pagar.

  Pousei as mãos sobre os olhos em mais uma tentativa de privá-los das lágrimas. Por quê? Por que não me obriguei a parar a tempo?

  Eu tive todas as chances de me reconciliar, parando pra pensar. Mas não. “Só mais uma vez”, eu dizia. “Só mais uma vez e aí eu paro”. Mas eu não soube remediar a situação, e dei continuidade à palhaçada. As coisas só tendiam a piorar, mesmo, e foi exatamente o que aconteceu após um tempo. Passamos por olhares inocentes e sorrisos presunçosos, por encontros às escondidas, beijos na sala do grêmio e amassos na parte de trás do colégio. Isso tudo em uma margem de alguns meses, ao adentrarmos o terceiro e último ano do ensino médio.

  Burro. Burro, burro, BURRO! Você é um burro, Nathaniel McGold! Louise era única e exclusivamente sua. Por que não a respeitou?!

  Louise era tudo para mim, mas fui imprudente e decidi transpor as barreiras de nosso relacionamento, desrespeitando-a. Eu sei; esse meu argumento não era válido e com certeza não lhe traria satisfações, mas os sentimentos nele impostos eram verdadeiros, e eu sentia muito por toda a dor que causara a ela. Pelo quanto eu a fiz chorar.

    Você não presta, Nathaniel McGold!

    Uma tênue dor começou a pinicar meu rosto. Voltei a me olhar no espelho e pousei minha mão na bochecha com certo carinho. Ela havia me desferido um tapa bem naquela região quando nos pegou no flagra, durante a semana de despedidas do colegial. Lembro-me de seus olhos azuis se inundando de lágrimas, de sua expressão entristecida e de sua raiva instantânea, cuja intensidade foi a responsável por aquele ardor descomunal em minha face. Eu me lembrava de tudo, e –logicamente- também me arrependia por não tê-la parado naquele mesmo instante e confessado que eu a amava e a queria de volta. Eu havia sido um idiota, mas um idiota arrependido e pura e imutavelmente apaixonado.

  Um sorriso triste contornou meus lábios, impondo o xeque-mate: desta vez eu me entreguei por completo e me permiti desabar em lágrimas. Descontroladas, elas desciam pelas minhas bochechas e chegavam ao queixo, por onde desciam até minha camisa desabotoada, encharcando-a. Eu era um idiota. Eu a amava. Eu a queria de volta.  Mas agora eu já não tinha mais chance, e a perderia para sempre. Ao amanhecer, Louise embarcaria em um avião e iria para bem longe, em um lugar onde nunca mais pudesse me encontrar. E não havia nada que eu pudesse fazer para reverter a situação.


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Notas finais do capítulo

Link da música, com a tradução para quem tem dificuldades em inglês: https://www.youtube.com/watch?v=pH_fKWXQdDo

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Então, pessoas, o que acharam? (Risos). Escrever romances a esse estilo é uma coisa meio nova para mim, então está sendo uma experiência no mínimo interessante, também. (Risos).

Obrigada a quem leu até aqui. Se dispuserem de tempo, por favor, enviem-me um comentário para que eu saiba se querem a continuação ou não. Até mais!



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